sexta-feira, 13 de maio de 2011

So Closer Cap. 6 - Nada é como imaginamos

Quinze minutos. Trinta minutos. Uma hora. Duas horas.
Os minutos pareciam passar rapidamente enquanto eu e Bill jogávamos conversa fora.
Eu contava o porquê que estava na Alemanha e todas minhas experiências na universidade, enquanto ele contava suas aventuras em cada show. Em nenhum momento hesitei em comentar que era fã da banda, isso poderia deixar-lo com uma visão diferente sobre mim.
Tudo aquilo era magnífico, Bill me divertia muito com suas historias, e eu podia sentir que também divertia ele. Isso era bom.
Depois de mais meia hora em estrada, finalmente chegamos a Hamburgo. O hotel que ficaríamos não ficava muito longe agora.
O celular de Bill tocava.
- Alô? – Ele atende. – Olá Kate! Não, estou perto agora. Em cinco minutos estarei ai. – Bill continua respondendo á alguma pergunta fácil de deduzir. – Ok, eu também. – Ele desliga.
Chegamos ao hotel, finalmente. Estava lotado de jovens. Provável que já sabiam quem estaria hospedado no local.
Bill deu a volta com o carro e entrou no estacionamento evitando tumulto. Saímos do carro e ele me ajudou novamente com as malas.
Ao atravessarmos a porta de entrada, o lugar era suntuoso e esplendido. Eu sabia que apenas os melhores estava há minha vista naquele hotel. A sensação de vitória, era por saber que agora seria reconhecida e ainda trabalhando com minha banda preferida, era incrível isso. Sem tirar o prazer de estar ao lado de quem eu amava, de certa forma.
Bill passava pelas pessoas distribuindo sorrisos e olhos simpáticos, enquanto eu esbanjava meu ar virgem do local, Bill estava muito introspectivo. Eu não queria ser olhada como uma idiota que nunca esteve num hotel luxuoso antes, mesmo sendo a minha primeira vez em um.
Entramos no elevador e Bill apertou o botão do terceiro andar.
- Sem chaves? – Perguntei curiosa.
- Temos um andar fechado somente para nós, as chaves estão com os seguranças. Poderá escolher o quarto que quiser. – Bill olhou para mim com um ar de cansaço.
As portas do elevador se abriram.
Cinco seguranças caminhavam de uma ponta á outra no enorme corredor. Confesso que isso me assustava.
Bill caminhava á minha frente levando minhas malas. Eu não sabia a onde ele estava me levando, eu apenas o segui.
Ele cumprimentou um dos seguranças e abriu uma das portas do corredor. Era uma sala enorme.
- Chegamos! – Bill soltou minhas malas e apoiou os braços em sua cintura.
Eu pude ver Tom, com suas tranças perfeitamente caídas ao longo de seu peito coberto pela camisa branca duas vezes maior que ele, Georg com seus cabelos lisos e dourados realçando a cor esmeralda de seus olhos, e Gustav com seu fiel boné preto e os olhos curiosos por trás dos óculos de grau, sentados no sofá, e mais várias pessoas que eu não conhecia, contando com duas mulheres, uma loira não muito bonita aparentando ter quase quarenta anos, e uma morena mais nova e também mais bonita, junto com três homens, um moreno mais velho e também mais baixo, outro mais alto e mais novo e um de cabelos grisalhos, porém mais novo que o primeiro.
Meus olhos brilharam ao encontro da figura dos integrantes da banda, até minha emoção de estar conhecendo todos pessoalmente ser cortada pela mulher morena mais nova que veio correndo ao encontro de Bill, que a recebeu com um abraço terno e logo depois seus lábios se encontraram.
Eu segurava minha bolsa nas mãos, mas a deixei cair pela dormência que senti em toda extensão de meu corpo. Aquilo foi como um golpe certeiro em algo que batia dentro de mim. Minha vontade era de sair correndo naquele momento, seja a onde fosse, e deixar jorrar lagrimas incessaveis de meus olhos, até morrer de angustia.
Mas eu não podia demonstrar nenhum abalo.
Quando deus lábios já não estavam mais em encontro, Bill virou-se sorrindo para mim, que forcei um sorriso não muito convincente.
- Sophie, esta é Kate Adler, minha namorada. – Bill apresentou a mulher que me mediu dos pés á cabeça.
- Olá senhorita Adler, prazer em conhecer-la. – Minha voz falhava em cada palavra.
- O prazer é todo nosso, senhorita Hildebrand. – Kate continuava me medindo com os olhos caramelo não muito convidadivos.
Pelo o que parecia, todos já me conheciam por alí.
- Essa é Sophie Hildebrand, nossa nova maquiadora. – Bill me puxou pelo braço para sua frente e todos me olharam por um momento com sorrisos de boas vindas.
- Seja bem vinda á familia, Sophie! – Tom falou com seu ar informal, o que me deixou totalmente á vontade. Tirando pelo fato de não querer olhar para trás e ter que me deparar com Kate abraçada á cintura de Bill e lembrar da cena que eu havia visto minutos atrás.
- Obrigada. – Respondi sem saber o que dizer.
- Sente-se conosco Sophie! – Georg bateu com a mão no espaço vazio ao seu lado no sofá para que eu me sentasse.
Caminhei em sua direção e sente-me ao lado de Georg e Tom.
Observei Kate e Bill, mesmo desejando permanecer meus olhos longe deles.
- ... Eu disse que não queria mulher novamente. Você é surdo? Eu não quero mulheres nessa equipe sem ser eu e a Sabine. – Kate bronquiava em um tom um pouco alto demais para Bill, que fazia sinal para que ela falasse baixo.
- Não ligue para ela. Terá que se acostumar com a presença dela, assim como todos nós também tivemos. – Tom cochichou para mim.
- Se acostumar? Porque? – Perguntei e Georg me olhou como se o cansasse pensar naquilo.
- Ninguém aqui gosta dela, á não ser o Bill. Ela é ciumenta demais, trata ele como empregado, despreza seus atos e tudo a irrita. Todos aqui sabem que eu e Bill somos inceparaveis, mas depois dela... – Tom deu uma pausa fuzilando Kate com os olhos. – Procuro nem chegar perto de Bill. – Tom finalizou a frase, chochichando ainda mais baixo.
- Cansamos de dizer para Bill que ele merece algo melhor... mas sabe, ele procurou tanto pela “alma gemea” e quando finalmente resolveu se relacionar com alguem, foi justo com a pessoa errada, e essa pessoa errada o deixou completamente cego. – Georg chochichou para mim também.
- É como eu digo... Bill escolheu, escolheu, e acabou sendo escolhido. – Tom concluiu.
- Isso é terrível. – Falei olhando para Tom e depois para Georg.
- O duro é ver que ele não está feliz como desejava estar, mas ele acredita que está feliz apenas por ter alguém com ele. – Gustav apoiou-se na perna de Georg para chochichar para mim.
- Ok, isso é mais do que terrível. – Falei para Gustav. – E a ultima maquiadora, o que aconteceu com ela? – Perguntei e Gustav voltou a sentar-se no sofá sem responder.
Procurei a resposta no rosto de Tom que ainda fuzilava Kate.
- Ela não aguentou mais e desistiu do cargo. – Tom falou em um tom de voz normal agora.

So Closer Cap. 5 - Inesperado

Oito e meia da manhã, e lá estava eu, sentada no sofá perto da porta com minhas malas ao meu lado.
A ansiedade estava tão incontida dentro de mim que eu não havia nem se quer conseguido tomar café da manhã.
Eu olhava no relógio que parecia arrastar o ponteiro por cada número, lentamente. Tentei me acalmar repassando cada item de minha mala em minha cabeça para ter certeza de que não havia esquecido nada, mas me deixei perder a mente em algo muito mais interessante.
Aqueles olhos, aquelas mãos, aquele sorriso. Tão nítido ainda em minha mente, e fazia me sentir em uma tempestade de neve por dentro, só de pensar que veria tudo àquilo novamente.
Batidas na porta.
Meus olhos correram para o relógio novamente. Eram nove horas em ponto.
Levantei-me desnorteada com urgência para abrir a porta.
- Bom dia, senhorita Hildebrand! – A figura inesperada surgiu com um sorriso largo e divertido quando abri a porta, me causando um susto tão grande que comecei a rir em vez de ficar em choque.
- Bill! Meu Deus... desculpe. Bom dia senhor Kaulitz. – Me recompuz sem fôlego.
- Eu não esperava te assustar. – Bill riu também. Uma risada deliciosa de se ouvir.
- Desculpe novamente. Eu esperava um staff e não o próprio Bill Kaulitz em minha porta. Isso foi bem inesperado. – Brinquei.
- Ok, estará desculpada se me deixar ajudar-la a descer com as malas até o carro. – Bill apoiou um dos braços no batente da porta, me olhando através de seu óculos escuros.
- Claro, por favor. – Falei dando espaço para que ele entrasse em meu apartamento.
Bill hoje usava outro capuz, mas este era preto. Seus óculos escuros fiéis quando ele não usava maquiagem, e uma jaqueta preta de couro sintético criando contraste com sua calça jeans escura. Sempre muito elegante, não importava que ocasião.
Bill direcionou-se até minhas malas e pegou uma delas com facilidade. Eu me perdi na imagem. Nunca havia imaginado que um dia teria Bill Kaulitz em meu apartamento. Há dois dias atrás estava eu sentada em minha escrivaninha do escritório fazendo um esboço de seu rosto no papel, sem a nenhuma esperança de um dia se quer chegar perto dele, e hoje estava ele em minha sala, segurando minha mala.
O destino realmente era imprevisivel e irônico.
- Vamos? – Bill sorriu e eu sorri de volta pegando minha outra mala e uma bolsa com meus pertences mais importantes.
Dei uma ultima olhada em meu apartamento antes de trancar a porta e direcionar-me até o elevador junto de Bill.
O elevador já estava subindo para o andar que estavamos e quando as portas abriram, me deparei com Dirk que me olhou animado e perdeu a animaçao no mesmo instante em que avistou as malas e Bill ao meu lado.
- Bom dia Sophie. – Dirk quebrou a formalidade normal que os alemães tinham em se direcionar ás pessoas pelo sobrenome e olhou sério para Bill.
- Bom dia Dirk.- Manti a mesma linha de informalidade do rapaz e Bill me olhou sem entender o olhar do mesmo.
Dirk saiu do elevador e nós dois entramos nele. Dirk jogou um ultimo olhar estranho para Bill.
- Até mais. – Falei quebrando a tenção e ele sorriu por um momento até as portas do elevador se fecharem.
- Qual era o problema dele? – Bill perguntava enquanto arrumava os óculos no rosto.
- Eu não sei. Eu conheci ele ontem, não sei o que se passa com ele. – Respondi mais confusa do que Bill.
- Eu senti que ele não gostou muito de ver você com malas e um rapaz junto. – Bill riu.
- Que bobagem, eu conheci ele ontem! – Respondi rindo junto com Bill.
O elevador parou no estacionamento. Bill me guiou até um Audi A1 cinza, e pegou minha outra mala, novamente com uma facilidade incrivel, e as colocou dentro do porta-malas.
Ele foi um legitimo cavaleiro, abrindo a porta para mim do carro e entrando no mesmo logo em seguida.
- Pronta? A viagem será um pouco longa. – Bill ligou o carro sem ouvir minha resposta.
Bill dirigia elegantemente, era impossivel não admirar-lo com os olhos perdidos na estrada e as mãos levemente pousadas sobre o volante.
- Todos já estão em Hamburgo? – Quebrei o silêncio.
- Sim. Foram cedo de avião, o Tom não tem muita paciência para pegar estrada. Apenas faltam nós dois. – Bill respondeu enquanto parava o carro em um farol vermelho.
- Não teria sido mais confortável e menos estressante se tivesse ido de avião junto com todos? - Perguntei sem tirar os olhos dele em nenhum momento.
- Sim, teria. Mas preferi ir de carro com minha maquiadora para ter a chance de conhecer-la melhor durante a viagem. – Bill respondia enquanto me olhou com um sorriso por um momento até o farol ficar verde.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

So Closer Cap. 4 - Despedidas

Fiquei por tempo suficiente ali parada para todas as pessoas em volta me encararem como se eu fosse louca ou algo parecido.
Disfarcei pegando minha pasta e saindo ignorando completamente os olhares indesejados.
Senti meu celular vibrar no bolso da calça.
- Alô? – Atendi já deduzindo quem seria.
- Soph, aonde você está? Liguei como uma louca em sua casa! – Anne falava gritando ao celular, como de costume.
- Tive uma reunião de negócios. Boas notícias, esse é o melhor emprego que eu poderia ser contratada! – Falei sorrindo ao celular enquanto entrava em meu carro e colocava a pasta no porta-luvas.
- Essa é minha garota! Eu preciso de mais detalhes, podemos sair essa noite? – Anne continuava em seu tom de voz normal, elevado.
- Eu acho melhor não, Anne. Devo me preparar para o trabalho de amanhã. – Respondi enquanto ligava o carro.
- Ótimo. Ás nove horas eu estarei em seu apartamento então, junto com Monica. Até mais tarde Soph. – Anne se despediu e logo desligou o telefone sem ao menos me deixar pronunciar uma única palavra. Isso era típico dela.
Anne era minha melhor amiga. Eu havia a conhecido em meus primeiros dias na faculdade. Como eu era a estrangeira da turma, a maioria me olhava como se eu fosse uma atração de circo, mas com Anne foi diferente. Ela havia se aproximado de mim com a maior naturalidade e me carregava á todo lugar que ela se dirigia. Por causa de Anne eu havia conhecido diversas pessoas, hoje meus amigos também, como Klaus, Helene, Hans e Monica. Eles eram a minha família naquela imensa Alemanha.
O transito estava ótimo, ao contrario de antes. Peguei poucos sinais fechados e logo eu estava de volta á meu apartamento.
Eu sentia uma ansiedade tão grande dentro de mim que eu poderia sair saltitando em pleno estacionamento do prédio e colocar para fora todos os gritos que eu havia repreendido naquele momento em que vi Bill Kaulitz em minha frente. Mas tudo que eu fiz foi sorrir para mim mesma como uma completa idiota, sem conseguir acreditar no que havia acontecido.
Caminhei até o elevador com minha pasta nos braços, completamente boba perdida em meus sorrisos difíceis de serem contidos.
Entrei no elevador e apertei o botão do sétimo andar.
O elevador subiu dois andares e parou. Um rapaz entrou nele dividindo o espaço comigo.
- Sophie Hildebrand, certo?! – O rapaz rompeu o silêncio.
- Sim... – Olhei assustada para o rapaz que eu jamais vira em minha vida.
Ele era um jovem rapaz bonito, uma pele muito branca típica alemã, cabelos castanhos lisos e olhos em um bege esverdeado.
- Prazer, meu nome é Dirk Heiselmann. Sou seu vizinho á cinco anos. – Dirk sorriu simpático.
- Prazer senhor Heiselmann. Desculpe-me não ter o notado antes, sabe, não costumo ficar muito em meu apartamento. – Falei retribuindo o sorriso encantador do rapaz.
- Tudo bem, não se preocupe. – Ele deu de ombros e abaixou os olhos, sorrindo ainda.
O elevador parou em nosso andar e eu me direcionei á meu apartamento. Dirk morava exatamente ao meu lado.
- Até mais vizinha. – Dirk brincou antes de entrar em seu apartamento.
Eu apenas sorri para ele e entrei no meu também.
Joguei minha pasta em cima da mesa e encarei o relógio que marcava quatro horas da tarde.
Eu não sabia se deveria pensar em como me vestiria e me arrumaria no amanhã. Não era um encontro, era apenas meu trabalho.
Sentei-me no sofá, imóvel, eu estava perdida em imagens nítidas que se passavam em minha mente, como se eu estivesse revendo a melhor parte de um filme, inúmeras vezes.
Seu sorriso, seus olhos, suas mãos. Tudo, exatamente tudo, era inacreditável. Meu mundo parou naquele momento em que me deparei com ele, e tudo que eu sabia fazer agora era continuar naquele momento.
O telefone tocou.
Levantei-me desnorteada, como se tivesse acabado de acordar de um sono profundo, e corri em direção do telefone o atendendo de imediato.
- Sim? – Atendi ansiosa.
- Senhorita Hildebrand? Boa tarde! Creio que lembre-se de mim. Sou o Benjamin Ebel. – O rapaz da voz profissional ditava uma frase agora com simpatia, sem tanto profissionalismo.
- Boa tarde senhor Ebel! É claro que lembro do senhor. – Sorri enquanto perdia o fôlego de tanta ansiedade.
- Isso é ótimo! Fiquei feliz por Bill ter encontrado uma profissional como você. Ele realmente está animado. – Ebel falava com tanta simpatia que se podia deduzir que ele sorria ao telefone.
- Eu também estou muito animada. Devo agradecer-lo pela incrível proposta. – Falei puxando ar que quase não existia em meus pulmões.
- Não agradeça. – Ele riu – Arrume suas malas, amanhã estaremos indo para Hamburgo. Como você deve ter lido no contrato, você não terá moradia fixa a partir de amanhã, claro, irá estar viajando direto com a banda. Ás nove da manhã mandaremos um dos staffs te buscar para ajudar com as malas. Como dito no contrato, custos extras, como viagens, hospedagens de hotel e entre outros, não serão inclusos em seu salário, é tudo por conta dos managers, ok?! – Ebel fez questão de explicar o que havia no contrato, algo que eu não havia lido por culpa de alguém á minha frente que tirava completamente minha atenção naquele momento.
- Ok. Até amanhã então senhor Ebel. – Falei enquanto respirava fundo.
- Até amanhã senhorita Hildebrand. – Ebel desligou, sem mais.
Olhei em toda a extensão de meu apartamento. Eu iria embora de daquele lugar, amanhã.
Sim, eu iria voltar nas férias talvez, porém era tão triste ter que deixar aquela conquista de meu apartamento próprio. Deixar meus amigos, aqueles que me acolheram quando eu era tão sozinha em outro mundo. Deixar Anne, minha melhor amiga, minha base de tudo naquele novo sonho.
Não era a primeira vez em que eu deixara metade de mim em um lugar para ir atrás de um sonho. De metade em metade, um dia eu iria acabar vazia. Mas, quanto custaria esse sonho? Eu estava decidida pagar para ver.
Peguei minha mala que estava em baixo da cama e a abri.
Aquilo era tudo o que eu queria, mas, era tão receoso ter que deixar tudo novamente para trás.
Comecei a pegar minhas roupas de dentro do guarda-roupa e as colocar dentro da mala.
Horas se passaram enquanto eu arrumava minha mala, quando a campainha tocou.
- Soph! – Anne e Monica me abraçavam histéricamente quando abri a porta.
Elas tinham nas mãos uma caixa de pizza e refrigerantes.
Nos sentamos no sofá da sala para comermos. Era justo eu ter pelo menos aquela noite com elas, já que não iria ver o resto de meus amigos por algum tempo.
- Soph, conte-nos, como é esse novo emprego? – Monica comia uma fatia de pizza.
- Eu vou ir para Hamburgo amanhã... – Comecei pela pior parte e Monica engasgou com a pizza enquanto Anne arregavala os olhos.
- Não! Você não vai! Que tipo de trabalho é esse? É tão bom assim? – Anne levatou-se irritada.
- Anne... é com o Bill Kaulitz! – Falei alto cubrindo a voz de Anne, que no mesmo instante setou-se no sofá me olhando em choque.
- Bill? Como assim? O Bill do Tokio Hotel? Aquele estampado em todos seus desenhos? – Monica desistiu de seu pedaço de pizza e me olhava fixamente agora.
- Sim, ele mesmo. Ele me contratou para ser sua maquiadora. Vou precisar viajar direto com a banda por conta disso. O salário é bom, mas isso é de menos, o importante é com quem vou trabalhar. – Parei de falar e Anne e Monica não hesitaram em dizer mais nada. – Me dói ter que deixar vocês, ter que deixar tudo isso... – Continuei e Anne me interrompeu.
- Mas você deve ir. Voce terá férias também, certo?! Poderá voltar para nos ver, mas você tem que ir. Nunca mais em sua vida você terá outra chance como essa, se é que você me entende. – Anne falava e Monica apenas concordava com a cabeça.
- Eu sei. Vou sentir a falta de vocês. – Senti meus olhos mergulharem em lágrimas e ambas me abraçaram também em lágrimas.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

So Closer Cap. 3 - Inesperado sonho real

Me virei para ver quem era e me deparei em choque.
O rapaz usava um capuz creme, óculos escuros, uma camisa combinando com o capuz e calça jeans clara. Seu rosto, apesar do óculos escuro cobrir seus olhos, era totalmente simétrico e lindo. Eu conhecia aquele rapaz muito bem... bem demais.
- Olá, eu sou o Bill Kaulitz. Sou o interessado em seu trabalho. – Bill estendeu a mão em minha direção.
- P-prazer. Hildebrand ... S-sophie. – Engasguei. – Sophie Hildebrand. Desculpe. – Cumprimentei Bill com minha mão tremula.
Bill deu um sorriso maravilhoso que senti o ar faltar no mesmo instante. Eu não podia acreditar que estava conhecendo o meu amor platônico, e que ele estava interessado em meu trabalho. Isso era um sonho? Só poderia ser um sonho.
Apesar de minha vontade ser de abraçar-lo, pedir uma foto, um autógrafo e dar gritos histéricos, eu tinha que me segurar e mostrar ser o mais profissional possível, como se não o conhecesse... mas minha mão tremula já havia me entregado de certa forma.
Bill sentou-se de frente para mim. Ele tirou seus óculos e o guardou em sua bolsa e pegou três fotos e as colocou sobre a mesa. Não pude deixar de notar que estava sem maquiagem nos olhos e como ele era divino sem a mesma.
- Veja esses trabalhos. Você consegue fazer algo parecido? – Bill apontava para a três fotos dele sobre a mesa.
Fotos magníficas de um photoshoot muito elaborado, mas o que mais chamava atenção eram suas expressões atraentes e as poses muito bem pensadas que entravam em sintonia com suas expressões.
Olhei em seus olhos por um momento e logo desviei. Seus olhos eram no mais perfeito e doce mel, e eu tinha medo de ficar vidrada neles e não conseguir falar.
- Certamente. Posso fazer igual, parecido ou até mesmo melhor, você quem irá escolher. – Respondi entregando-lhe as fotos.
Ele sorriu mais uma vez, agora satisfeito.
Peguei as fotos dos meus trabalhos na minha pasta e os mostrei.
- Eu trouxe alguns exemplos de meu trabalho. Veja que sou perfeccionista e adoro detalhar e marcar bem os olhos. – Falei enquanto ele analisava as fotos com um sorriso maravilhado.
- Vejo que estou prestes á contratar uma das melhores maquiadoras do mundo. – Bill concluiu com as fotos e as me entregou.
- Obrigada. Prometo não te decepcionar. – Falei sorrindo e ele sorriu também.
- Aqui está o contrato. Leia e me diga se irá aceitar a proposta ou não. Irei pedir dois cappuccinos para nós. – Bill me entregou o contrato e chamou o garçom para fazer seu pedido.
Eu não me importava com o que estava escrito no contrato. Depois de conhecer o interessado pessoalmente, não existia mais contras á essa proposta. Eu iria trabalhar com minhas maquiagens escuras preferidas e marcantes, iria viajar pelo mundo juntamente com a banda, e ainda melhor, iria para todo lugar juntamente com Bill Kaulitz. Não me importava o custo de rompimento de contrato, eu jamais iria querer romper esse contrato, nem quanto eu iria ganhar, por mais que meus olhos se surpreenderam ao passarem pelo grande valor em euros que eu iria receber nesse pequeno trabalho, poderia ser até mesmo um valor muito pequeno, eu não iria me importar, desde que estivesse sempre perto de Bill.
O garçom serviu nossos cappuccinos e então eu olhei por um pequeno momento nos olhos dele novamente.
- E então? – Ele perguntou ansioso.
- Eu aceito. – Respondi me sentindo como se estivesse acabado de aceitar uma proposta de casamento.
- Que maravilha! Apenas assine o contrato e você irá começar já amanhã. – Bill deu um sorriso maravilhoso com os olhos alegres, assim como o esboço que eu estava fazendo na noite passada.
Assinei o contrato sem hesitar e o entreguei sorrindo também.
- Me fale mais sobre você agora, preciso conhecer minha maquiadora. – Bill guardou o contrato em sua bolsa e tomou um gole do cappuccino.
- Minha vida não é muito interessante. Sou brasileira, moro á seis anos aqui na Alemanha, me formei á sete meses em maquiagem profissional... – O toque de seu celular me interrompeu.
Bill fez um sinal com a mão para que eu esperasse e levantou-se para atender o celular.
Encarei meu cappuccino sobre a mesa e sorri para mim mesma.
Á final, o mundo é tão pequeno enquanto pensamos que ele é quase infinito de tão grande. De todas as pessoas do mundo, ele veio escolher á mim para ser sua nova maquiadora.
Era engraçado, chocante, magnífico, surreal, tudo, tudo e mais um pouco.
Tomei um gole do cappuccino e olhei em direção de onde Bill havia ido. Eu podia ver-lo do lado de fora do estabelecimento falando ao celular, com uma das mãos no bolso de sua calça e sua cabeça abaixada encarando os pés enquanto falava.
Bill desligou o celular e o rapaz de antes, mais baixo, se aproximou dele novamente. Eles conversaram rapidamente e por fim Bill assentiu algo e voltou para dentro do Café Kranzler.
Ele se aproximava de mim elegantemente enquanto arregaçava a manga da camisa. Perdi-me tanto em sua imagem que acabei engasgando com o cappuccino.
- Demorei? – Bill perguntou enquanto se sentava novamente.
- Não. – Falei enquanto me recuperava da crise de tosse por ter engasgado.
- Bom, infelizmente eu vou ter que ir embora. Nossa conversa fica para depois. Ebel irá te ligar mais tarde para te passar o endereço e acertar horário para amanhã, ok?! – Bill pegava sua bolsa enquanto falava.
- Sim, tudo bem. – Falei com um tom um pouco chateado e arrumei minha pasta.
- Foi um prazer conhecer-la e com certeza será um prazer ter-la conosco. – Bill levantou-se enquanto colocava novamente os óculos escuros e erguia a mão para um aperto de mão com ar de “negócio fechado”.
- O prazer foi e será todo meu, senhor Kaulitz. – Falei enquanto apertava sua mão.
Quente, macia e lisa. Nunca desejara segurar para sempre uma mão de um rapaz.
- Até amanhã senhorita Hildebrand. – Bill sorriu e seguiu até a saída do estabelecimento, me deixando imóvel onde estava, observando através da porta de vidro ele entrar em seu carro com o rapaz mais baixo e sumir na avenida.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

So Closer Cap. 2 - Estranho Perfeito

Minhas espectativas de meu trabalho ser reconhecido estava dando certo. Mas essa proposta era um tanto difícil. Se tornar maquiadora oficial de uma banda era como se casar com a banda toda até seu fim, porque romper contrato dependia de uma boa quantia em dinheiro para isso, e Ebel havia comentado “um de meus garotos de uma banda que sou manager viu seu trabalho no desfile hoje e realmente se encantou”, isso então significava que na banda havia apenas garotos. Seria um pouco complicado para mim, pois adorava fazer arte nos olhos, ousar e abusar de sombras, rimel, lápis e muito preto, eu adorava olhos bem marcados, e em rapazes não teria isso, apenas uma base e pó para cobrir as imperfeições e as vezes um batom cor de boca para evitar o rececamento dos lábios.
Apesar da idéia não me apetitar tanto, era certo eu analisar a proposta amanhã, talvez o contrato fosse tão interessante quanto eu imaginava.
Eu estava exausta, finalmente fui banhar-me e quando voltei, deitei em minha cama. Meus olhos ficaram abertos no nada, eu não conseguia dormir mesmo estando muito cansada.
Levantei-me e fui para meu escritório e sentei-me na mesa. Peguei um papel qualquer branco e o encarei por um tempo.
Meu prazer particular era desenhar. Desde pequena minha mãe dizia que eu deveria ser desenhista, mas nunca dei importancia, eu amava desenhar, mas era algo íntimo, eu desenhava para mim mesma, desenhava apenas para expressar minhas alegrias, medos, amor, ansiedades, tristezas, solidão, desejos, e era só isso que eu queria dar de fim á meus desenhos. Aqueles desenhos eram como a transparência de meu corpo para dar a livre visão á minha alma, cada pedacinho meu estava naqueles esboços, riscos, detalhes e sombreamentos. Tudo tão simplificado e expressado por um simples grafite de um lápis comum.
Fiz um esboço do rosto de Bill. Eu não precisava de nenhuma foto para isso mesmo fazendo algum tempo que eu não o via em fotos, eu conhecia muito bem aquele rosto. Fiz seus lábios abertos mostrando um sorriso único e lindo e seus olhos alegres, assim como eu gostava de ver. Fazia tanto tempo que eu não desenhara mais aquele rosto.
Olhei no relógio e percebi que já eram duas da manhã. Eu poderia dar o acabamento naquele desenho depois, eu precisava dormir.
Direcionei-me até minha cama e deitei novamente, mas agora consegui dormir.
O relógio despertou ás dez da manhã. Acordei com um brilho magnifico do sol invadindo o quarto. O dia estava lindo, exatamente como eu adorava.
Levantei e fui direito tomar um banho e depois fui prepararar um café da manhã reforçado.
Hoje seria um dia de negócios. Eu não podia negar que estava ansiosa. Eu não sabia ainda o que seria certo fazer, a pergunta martelava na minha cabeça, “aceitar ou não aceitar?”.
Procurei algumas fotos de trabalhos meus anteriores para poder mostrar mais além do desfile e os coloquei em uma pasta, junto com meus certificados de formação e profissionalismo na área.
Me arrumei com uma calça jeans escura e uma blusa de seda preta mais formal, e prendi meu cabelo no alto da cabeça, completando meu look com um sapato de salto alto comum. Fiz uma maquiagem simples para o dia e passei um batom neutro.
Já eram uma da tarde, eu precisava correr ou chegaria atrasada, já que o Café Kranzler não ficava muito perto de meu apartamento e nesse horário em plena segunda-feira em Berlin, era repleto de engarrafamentos.
Peguei minha pasta e fui até o estacionamento atrás de meu carro.
Logo eu estava á três quadras do Café Kranzler, parada em pleno farol vermelho com um fila de automóveis que não se movimentava e o tempo passando rapidamente. Quando era uma e quarenta e seis da tarde eu consegui chegar ao local.
Estava pouco movimentado o que era um milagre, e eu dava graças á Deus por ter chegado cedo.
Entrei e sentei-me em uma mesa de canto nos fundos, para ninguém atrapalhar a pequena reunião de negócios.
Olhei no relógio e faltavam dez para ás duas. Será que Ebel era pontual?
Vi pelo canto dos olhos um rapaz muito alto acompanhado de um outro mais baixo, parados na porta do Café conversando. O mais baixo saiu do estabelecimento e o mais alto vinha em minha direção.
Então Ebel era pontual, como eu esperava.
- Senhorita Hildebrand? – O rapaz estava atrás de mim com uma voz aveludada e calma.
Não era a mesma voz que a de Ebel.

So Closer Cap. 1 - Propostas.

Meu nome é Sophie Hildebrand, tenho dezoito anos de idade e para todo caso, brasileira, porém tenho grandes decendentes alemães em minha família, o que me levou á ter um grande amor pelo país Europeu e estar morando nele á exatamente seis anos, sozinha.
Minha família nunca mais quis voltar á seu país de origem, eles ainda vivem achando que a Alemanha não mudou absolutamente nada após á queda do muro de Berlin, então preferiram que eu fosse sozinha, já que o sonho era meu.
Me formei á sete meses em maquiagem prossifional e havia me mudado recentemente para um apartamento no centro de Berlin. Adoro o mundo da moda e me formei nessa área com a intenção de se responsabilizar por maquiagens de grandes enventos de moda e arte.
E á cinco anos, nunca estive tão sozinha, em todos os sentidos. Eu tinha um amor platônico, aliás, ainda tenho... Bill Kaulitz, e não conseguia me relacionar com absolutamente ninguém por causa disso. Mas isso era o de menos. Eu sabia que ele era um fenômeno junto com sua banda na Alemanha, e atualmente no mundo inteiro, e meu amor não passava-se de algo completamente inutil, mas isso não me importava de qualquer forma. Foram cinco anos de pura felicidade apenas por saber que ele existia, e mesmo sem ele saber de minha existência, havia sido minha grande base para lutar pelos meus objetivos. Mas com minha formação na área de maquiagem profissional, á sete meses eu não escutava uma música de sua banda e muito menos via uma foto sua. Talvez isso fosse bom, para que eu focasse mais em minha profissão, mas ao mesmo tempo, eu sentia saudades infinitas como se ele sempre estivesse comigo e agora não mais.
A coisa mais incrível que acontecera comigo, foi que apenas com sete meses de expecializaçao na área, um grande evento de moda, o Wunderkind, me procurou para que eu fosse a maquiadora das modelos do evento, tudo por conta da minha graduação na famosa Universität der Künste.
Era incrível, eu podia ver após disso meu trabalho sendo reconhecido em toda a Alemanha, e talvez no mundo, isso era tudo que eu mais desejava.
Grandes personalidades da Alemanha estavam ali presente no dia do Wunderkind, como Nina Hagen, Marcel Schlutt, LaFee, Daniel Brühl e Nena. Será que Bill também estaria presente?
O designer de moda Wolfgang Joop era o grande responsável pelo evento e pediu para que eu fizesse a maquiagem nas modelos com pegadas no preto e cinza. Essa era minha grande especialidade.
O desfile foi um sucesso, como sempre, e eu me sentia satisfeita, já que Joop havia elogiado meu trabalho e dito que ficaria com meu contato para próximos eventos, além de fazer questão que eu desfilasse no final do evento ao seu lado e de outros organizadores. Isso foi uma honra. Todos aplaudiram de pé para nós, mas com certeza todos aqueles aplausos eram voltados ao espetacular Wolfgang Joop, ele era o centro em tudo.
Eu estava exausta e precisava voltar ao meu apartamento e ter uma boa noite de sono, mas Joop fez questão que eu conhecesse Nena, o que era incrível para mim.
- Bom trabalho senhorita Hildebrand, você tem um ótimo dom para a maquiagem! – Nena me abraçou com grande simpatia.
- Obrigada. Sou novata ainda e foi uma grande honra trabalhar nesse grande evento. – Respondi e ela sorriu.
- Você conhece o Bill Kaulitz? – Nena perguntou fugindo do assunto e eu me senti entrar em choque com sua pergunta. Porque ela estaria perguntando isso?
- Sim, mas não pessoalmente. – Respondi um pouco nervosa.
- Que pena. Ele iria adorar seu trabalho. Eu não pude deixar de notar que as maquiagens que você fez essa noite foram muito parecidas com as dele. – Nena sorriu novamente e ergueu a mão para se despedir de mim.
Joop então permitiu que eu fosse embora descansar. Peguei meu carro no estacionamento do local e fui diretamente para meu apartamento.
Ao chegar, o relógio marcava meia noite em ponto. Joguei minha bolsa sobre a cama e me preparava para ir banhar-me, então meu telefone tocou.
- Alô? – Atendi com receio.
- Olá. Senhoria Sophie Hildebrand? – Um rapaz com uma voz firme perguntava.
- Sim. Quem gostaria? – Perguntei ainda com receio.
- Me chamo Benjamin Ebel, trabalho como manager na área de música. Desculpe-me estar lhe encomodando á essa hora, mas é urgente. – Ebel falava com simpatia.
- Tudo bem, mas, urgente? Não trabalho com música nem nada parecido. – Falei sem entender.
- Sim, e eu sei muito bem disso. Um de meus garotos de uma banda que sou manager viu seu trabalho no desfile hoje e realmente se encantou, ele está procurando uma maqueadora profissional para substituir a antiga, que por motivos pessoais rompeu o contrato com a banda. Então gostaria de contratar-la. Minha proposta te interessa? – Ebel continuou falando com simpatia, mas agora com um tom mais profissional.
- Bom senhor Ebel, eu teria que analisar a proposta, mas realmente é interessante. – Respondi orgulhosa de mim mesma.
- Sim, você tem todo o direito de analisar-la. Podemos discutir isso pessoalmente, amanhã? Assim você conhecia mais sobre o trabalho da banda e tudo que é necessário, ler o contrato e então dizer se aceita ou não. – Ebel tinha uma voz forte que intimidava qualquer um com seu prossicionalismo.
- Ok. No Café Kranzler ás duas horas? – Perguntei.
- No Café Kranzler ás duas horas! – Ele afirmou. – Boa noite senhorita Hildebrand. – Ebel se despediu educadamente e desligou o telefone.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Come soon

Ufa!
Depois de praticamente dois maravilhosos anos, "Para Sempre Você" chega ao seu fim.
Sim, é triste, eu sentirei profundas saudades de Samantha Meyer e toda sua neura em apenas pensar no bem de Bill, toda essa atenção e cuidado excessivo de Bill sobre ela, as brincadeiras sem graça de Tom, os gestos tímidos de Gustav, o companherismo de Georg, os cuidados de mãezona de Simone, e até mesmo das maldades de Mike e suas influencias sobre a pobre cega apaixonada de Natalie.
Apesar de todos os conflitos, quem não gostaria de viver uma história dessas? Com certeza valeria cada perigo percorrido, cada loucura cometida, cada minimo detalhe, se fosse para ficar no final com quem você realmente ama, certo?!
Eu agradeço á todos vocês leitores por ter acompanhado cada capítulo dessa maravilhosa fanfic, por ter aguentado dias esperando novos capítulos quando ocorria algum problema e eu não pude postar-los logo, e por ter sempre comentado, dando suas críticas, seus elogios, e simplesmente ter passado todo esse tempo aqui fiel.
Porém, a fanfic "Para Sempre Você" pode ter chegado ao seu fim, mas o blog não.
Enquanto eu finalizava a "Para Sempre Você", eu iniciava outra fanfic, em minha opinião, talvez até mesmo melhor que a anterior, e acredito eu que vocês irão gostar, por conter um conteúdo mais maduro e forte.
Dia 25/04 irei começar á postar o primeiro capítulo de "So Closer".



"So Closer" se trata da vida de uma simples garota recém formada na arte da maquiagem, chamada Sophie, que tem como refugio o puro prazer intímo de desenhar, e em uma sorte única de seu destino, passa á conviver com seu amor platônico, que mesmo tão perto, ainda a faz se sentir inexistente como antes.


Espero que vocês leiam e acompanhem assim como fizeram na fanfic anterior ;)
Nos vemos no dia 25!

by @thadobillk

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Para sempre você - cap. 101 (FINAL)

- O que? Tom! Como assim? Pare esse carro agora! – Gritei sem saber o que fazer.
 - Não! Está maluca? – Tom falava sem tirar os olhos da estrada.
- Maluco é você! O que está acontecendo? Que história é essa? – Coloquei as mãos sobre o rosto evitando chorar e borrar toda aquela obra de arte em meu rosto.
- O Bill não vai voltar, simples. Ele vai ficar em Los Angeles. Isso é tão difícil de você entender? – Tom falava friamente ainda com os olhos fixos na estrada.
- O difícil de entender é o porquê que ele fez isso comigo. – Respondi tirando as mãos do meu rosto e encarando a estrada pela janela ao meu lado, deixando que a lagrimas fizessem o estrago.
- Ó, por favor Samantha, não comece á chorar. – Tom olhou rapidamente para mim e diminuiu a velocidade. – Droga, eu disse para ele que você iria reagir assim. Às vezes eu não concordo com as idéias dele, mas fazer o que, o casamento não é meu. – Tom resmungava em um tom de voz mais baixo como se estivesse conversando consigo mesmo.
- Que idéias? – Perguntei olhando para ele de lado.
- Nenhuma! Apenas pare de chorar, confie em mim. – Tom falou alto e firme enquanto voltava á acelerar o carro.
Obedeci á Tom e sequei minhas lagrimas, mas eu não via motivos para confiar nele sobre algo que eu não tinha conhecimento. Eu apenas decidi esperar para ver o que iria acontecer.
Tom parou o carro na frente de um portão grande de madeira aberto que dava acesso á uma trilha fechada com um túnel de árvores floridas em cores violetas e vermelhas, e o chão coberto por folhas e flores secas com pequenos raios de luz que conseguiam passar através da copa das árvores.
- Desça do carro e siga em frente, você vai saber para onde tem que ir. – Tom apoiou um dos braços na janela e me olhou apontando para a entrada do túnel de árvores.
- O que? Você não vai? Que lugar é esse? – Olhei assustada para Tom me sentindo perdida.
- Não me faça perguntas. Apenas faça o que eu mandei. E não se esqueça do seu buquê que está no banco de trás do carro. – Tom colocou seus óculos escuros e afrouxou o nó da gravata.
- Para que eu preciso do meu buquê? – Abri a porta do carro com dificuldade segurando meu vestido para não pisar nele.
- Sem perguntas. Tchau. – Tom não esperou eu pegar o buquê, ele mesmo pegou e me entregou e logo depois fechou a porta e arrancou o carro em uma única acelerada.
Ótimo. Sozinha em um lugar que eu não sabia onde ficava, em plena Alemanha, vestida de noiva e com um buquê de flores azuis e brancas que me desprezava e me fazia ter vontade de atirar-lo longe.
Entrei no enorme túnel de árvores e segui em frente. Tudo era silêncio, apenas meus passos nas folhas secas ecoava pela extensa trilha. Comecei a sentir medo, eu não sabia o que fazer naquele lugar, apesar de lindo, era terrível estar ali...sozinha. Continuei andando e o túnel não chegava nunca ao final, até que escutei algo vindo ao longe... uma música muito ao longe, mas eu a conhecia e Yasmine também, que reagiu no mesmo instante dando pequenos chutes.
A minha música.
Segui o som dela e podia sentir-la mais alta, á ponto de agora escutar com clareza a voz que a cantava... e entender-la também. A música estava em inglês agora, eu podia compreender-la, algo que eu sempre desejei.

eu sangrei por muito tempo, e ninguém podia ver o sangue. Luzes urgentes me segavam na multidão. Rostos iguais, sentimentos iguais, os mesmos sons e medos ao meu ouvido. Até uma sombra iluminar minhas paredes escuras (...)”

O primeiro verso me fez sentir as borboletas voarem em meu estomago com muita intensidade. Segui para mais perto.

O sol brilha como jamais brilhou antes, bem dentro de mim. Dias e dias em tempestades e agora, você fez o sol voltar a brilhar, como jamais brilhou antes.”

O refrão me fez sorrir. Ele havia me amado desde o primeiro dia. Como eu iria negar isso depois dessa música?

Toque minha mão por um segundo mais, sussurre-me que jamais irá embora. Abraça-me anjo, é tudo o que eu quero. Você esperou por mim uma vida, sempre esteve ao meu lado, agora eu também estarei (...)”

Aproximei-me mais e já podia ver o final do túnel com uma luz forte do sol. O Refrão da musica se repetiu mais uma vez, arrancando mais um sorriso de mim e lagrimas que resolveram aparecer sem permissão.

fique perto, eu prometo permanecer em ti. Mesmo através do escuro, estaremos juntos. Para mim, será para sempre você, minha carne e sangue, minha outra metade e minha alma. E mesmo com lagrimas de vida nos separando, perto ou longe, eu estarei ao seu lado.”

Ao fim do túnel, eu podia ver um jardim lindo rodeado por flores brancas que se destacavam no verde claro da grama. Mas nada disso tinha mais impacto que a figura de branco ao meio do jardim com um microfone nas mãos.

Ao seu lado, não importa o quanto longe. Ao seu lado, eu irei sempre estar onde você estiver.”

Bill estava todo de branco, em trajes dignos de um príncipe, detalhado em botões prateados no terno com linhas da mesma cor que ligavam um botão ao outro. Sua maquiagem escura destaca ainda mais o branco em seu corpo, e seu cabelo estava jogando de lado com a franja caída perfeitamente sobre a testa. Ele sorriu em um sorriso que nunca havia visto antes de tão estonteante enquanto cantava novamente o refrão. Aproximei-me mais dele e sequei minhas lagrimas.

Abraça-me novamente. Guarde meu coração. Eu estarei com você para sempre.”

Bill cantou a ultima frase da musica e ergueu uma das mãos em minha direção para que eu a segurasse. Aproximei-me mais e segurei sua mão, então ele me olhou por um longo tempo sem dizer absolutamente nada, apenas sorria com os lábios e os olhos. Pude ver um pouco atrás, Tom e Georg tirando seus instrumentos do ombro e os apoiando no chão, e Gustav se levantando de sua bateria.
- Você pensou que eu iria te abandonar? – Bill me puxou para mais perto e beijou o alto de minha cabeça.
- É do que eu tinha mais medo. – Respondi enquanto passava minhas mãos pelos detalhes de seu terno branco.
- Tinha. – Bill afirmou.
Bill se colocou ao meu lado e ergueu o braço para que eu o segurasse. Definitivamente eu estava me sentindo uma princesa com meu príncipe naquele momento. Logo á nossa frente havia um tapete vermelho que dava acesso á um altar improvisado com um juiz de paz á nossa espera. Não havia muitos convidados como eu havia imaginado que teria. Apenas pude ver minha mãe, Simone, Fernanda, Gordon, Andreas, Gustav, Georg e Tom. Bill me guiou até o altar e então eu não pude me conter mais e deixei que as lagrimas viessem até secarem. Foi um casamento comum, as mesmas palavras ditas que são ditas em todos os outros casamentos. Apenas em um momento Bill corrigiu as palavras do juiz, dizendo “até além da vida.” em vez de “até que a morte os separe”. Coloquei o anel no dedo de Bill, e então ele colocou no meu e me puxou para um beijo demorado assim que o Juiz nos declarou como “Marido e Mulher”.
- Eu te amo. – Bill sussurrou convicto em uma sinceridade tão grande, que não fora preciso dizer mais nada para reforçar aquela frase.
Agora sim, eu tinha certeza que era para sempre.

(...)

O sol estava aos poucos mergulhando no horizonte do mar, escurecendo a água antes azul clara, agora alaranjada como o céu. A vista do pôr do sol era magnífica em nossa janela do quarto. Á seis anos havíamos nos mudado para uma casa em frente á Venice Beach em Los Angeles. Bill e Tom haviam achado melhor todos nós nos mudarmos para Califórnia já que o estúdio preferido deles se situava em Los Angeles, e agora, com mais uma Kaulitz na família, Bill não queria se distanciar nenhum segundo de mim e de Yasmine. Bill tinha paixão por casas grandes e muito bem arejadas com cores claras que iluminassem todos os cômodos, e nossa casa era exatamente assim.
Sentei-me no chão do quarto em frente á um espelho grande enquanto arrumava algumas papeladas antigas que Bill havia deixado em cima da cômoda.
- Mamãe, pode prender meu cabelo? – Yasmine veio ao meu encontro com um pequeno elástico em suas mãos.
- Claro filha. – Respondi enquanto a puxava para sentar em minha frente para que eu prendesse seu cabelo. Deixei-me perder no reflexo de Yasmine no espelho. Ela era o maior presente que eu já havia ganhado, meu maior orgulho, meu outro motivo de ser feliz, e era incrível como ela era linda. Exatamente como eu havia sonhado. Seus olhos perfeitamente iguais aos de Bill, seu cabelo liso e escuro caídos sobre seu ombro, sua pele branca destacava o rosado de suas bochechas com pequenas covinhas deixando mais gracioso ainda cada sorriso que ela dera.
- Mamãe, eu posso te fazer uma pergunta? – Yasmine virou-se para me olhar diretamente logo depois que prendi seu cabelo.
- Quantas você quiser. – Respondi depois de dar-lhe um beijo no rosto.
- Quem era seu ídolo quando você era mais nova? – Ela perguntou enquanto brincava com o colar em meu pescoço. Aquele mesmo colar no qual eu jamais tirava de meu pescoço desde que Bill me dera. Sorri para ela por um momento e ela aguardou a resposta.
- Bill Kaulitz. – Respondi por fim.
- O papai era o seu ídolo? – Yasmine olhou para mim com um olhar divertido. Um reflexo a mais chamou minha atenção no espelho. Bill estava encostado no batente da porta com um pequeno sorriso nos lábios nos olhando através do espelho com um ar terno e orgulhoso. Eu nunca vira Bill tão realizado como estava agora.
- Sim, e sempre será.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Para sempre você - cap. 100

Senti um arrepio percorrer por toda a extensão do meu corpo. Não podia ser ele... depois de tanto tempo... ele não podia resolver me atormentar naquele dia. Logo naquele dia.
- O que você fez com o Bill? – Me virei para encarar Mike nos olhos, mesmo seus olhos sendo intimidadores de uma mistura de sarcasmo e prazer, eu me sentia corajosa naquele instante. Eu estava farta, eu queria voltar a viver sem toda essa preocupação voltada sobre mim por causa dele. Eu sentia uma onda de adrenalina subir por minhas veias, eu não iria ser capaz de me controlar se soubesse que ele havia tocado um dedo em Bill.
- Bill? – Mike deu uma risada alta como tivesse se divertindo. – Eu resolvi fazer uma visitinha para desejar felicidades ao casal e você já acha que fiz algo com seu querido Bill? Senti-me ofendido agora. – Mike apoiou-se na cabeceira da cama ainda rindo.
- Porque você está aqui? Porque não esquece essa ambição? Tanta gente nesse mundo, e você têm essa ambição logo pela fortuna de Bill. Por quê?! – Ignorei seu comentário e explodi em perguntas acusadoras.
Mike continuou com um sorriso sarcástico no rosto e se aproximou de mim em passos contados. Eu me afastava de costas até ele me encurralar na parede.
- Porque além de tudo, ele tem você. – Mike respondeu com o mesmo sorriso de antes enquanto alisava meu rosto até meu pescoço.
Eu não sabia o que fazer, eu poderia usar minha coragem agora para afastar-lo, mas eu tinha medo de Mike, não por mim, mas pela minha filha crescendo dentro de mim.
Mike estava agora com os lábios muito próximos dos meus. Eu não iria permitir isso.
Em uma pontada de desespero, enchi meus pulmões de ar e gritei por Tom o mais alto que eu pude.
No mesmo instante Tom abriu a porta do quarto quase a derrubando no chão.
- Samantha o que... Mike! – Tom olhou para Mike por um instante e de repente seu olhar escureceu em fúria. Ele ameaçou pegar Mike pelo pescoço, mas ele me prendeu em sua frente com seu braço quase me sufocando.
- Você não fará nada enquanto ela estiver aqui. – Mike intimidou Tom e ele recuou com as mãos fechadas em punho.
Em meio de minha tentativa de respirar e pensar em algo para escapar, olhei para a porta e vi Simone olhando assustada. Ela me olhou e depois correu para o andar de baixo. Deduzi que fora ligar para a policia ou simplesmente fugir.
De repente, algo acertou a cabeça de Mike e ele me soltou em reação á pancada. Percebi que era um vaso, olhei para a porta e Simone estava ao lado de fora fazendo gestos para que eu corresse em sua direção, e foi exatamente o que eu fiz enquanto Tom aproveitava e dava um murro no rosto de Mike.
Enquanto eu e Simone descíamos as escadas, torci meu pé e cai de joelhos. Simone me segurou evitando que rolasse pela escada. Levantei-me com ajuda dela e levei um enorme susto quando milhares de policiais entravam pela porta da frente e subiam as escadas ignorando nós duas e indo em direção do quarto onde Mike apanhava de Tom.
Simone apoiou um de meus braços em seu pescoço e me ajudou ir até o sofá.
- Acabou Samy. Agora acabou. – Simone segura minhas mãos com muita força transmitindo segurança e confiança para mim. Era tudo que eu precisava.
Os policiais desceram as escadas levando Mike algemado. Seu olhar estava diferente agora, um olhar apagado, perdido, como se tivesse perdido todo aquele prazer sempre presente em tudo que fazia, e ele não encarava ninguém como sempre o fez. Sua boca estava cortada e sangrava um pouco, assim com um corte em sua testa que eu não sabia dizer se fora adquirido graças á Tom, ou o vaso de Simone.
Os policiais saíram da casa o levando e tudo ficou em silencio por um momento, até Tom descer as escadas com um enorme ar de satisfação.
- Nunca me senti tão realizado. Eu queria fazer aquilo já fazia muito tempo. – Tom arrumava a gola da camisa. Ele estava intacto, com nenhum arranhão.
- Bom, Mike não fará mais nada agora. Sinto-me mais aliviada por Bill... era tudo que ele queria pela sua segurança, e de Yasmine. – Simone alisou minha mão. – Seu pé está bem? Vou buscar gelo. – Simone levantou-se e jogou um olhar comunicativo para Tom que assentiu algo no qual eu não podia captar.
- Samy... vou ligar para Bill, não se preocupe. – Tom respondeu uma pergunta que eu não havia feito ainda, e caminhou em direção da sala de jantar.
Simone veio com um saco de gelo e o colocou sobre meu pé.
- Belo dia para torcer o pé, Samantha. – Simone brincou e eu sorri.
Eu não sabia o que falar. Eu estava absorvendo ainda o que havia acontecido. Eu não podia acreditar que agora não existia mais perigo, não teria mais que sair de casa com medo de alguém me seqüestrar ou fazer algum mal á Bill. Mas eu sentia que algo não estava certo. A forma com que Mike havia se referido á Bill, em que ele não viria, me fez ficar mais preocupada ainda. O que havia acontecido? Ele já deveria estar na Alemanha.
Eu podia ver Tom de um lado para o outro na sala de jantar rindo ao celular. Quando ele percebeu que eu observava, imediatamente sua expressão ficou séria e então ele desligou o celular e voltou para a sala.
- Samy, pode andar? – Tom me olhou sério analisando meu pé com o saco de gelo.
- Claro. Não foi nada. – Respondi tirando o saco de gelo e me colocando de pé.
- Vamos. – Tom colocou a mão no bolso da calça para pegar a chave de seu carro.
Simone não questionou, ela olhou comunicativamente para Tom novamente e me deu um beijo no rosto antes de subir as escadas.
- Está linda Samy. – Simone sorriu do alto da escada e entrou em um dos quartos.
- Ela não vai? O Bill já está lá? – Perguntei sentindo meu estomago se revirar em borboletas.
- Apenas venha comigo. – Tom continuou sério e agora frio, e senti novamente que algo estava errado, fazendo minhas borboletas morrerem no mesmo instante.
Segui Tom até o carro e senti dificuldade em sentar no banco por causa de meu vestido.
Isso literalmente não estava nos planos, pelo menos não nos meus.
Tom foi estrada á fora em um caminho que eu não conhecia.
- Tom, para onde estamos indo? Onde está o Bill? Por favor, me fale. – Implorei.
- Estou te levando para um lugar seguro. O Bill não irá voltar.

terça-feira, 8 de março de 2011

Para sempre você - cap. 99

Dezessete de Janeiro.
Apesar o inverno ainda se estendendo pela Alemanha, o sol brilhava como nunca do lado de fora e eu estava sozinha naquele quarto enorme. Sozinha á cinco dias para ser mais específica.
Mas sozinha principalmente no dia mais importante da minha vida, o dia que completava um ano que havia conhecido Bill naquele aeroporto e minha vida havia mudado de rumo totalmente. O dia em que passei a viver por alguém.
Eram cinco da manhã, e eu não havia conseguido dormir nem se quer por um minuto, minha única vontade era de ficar em frente á janela do quarto, observando. Ansiedade? Medo? Saudades? Não sei ao certo o que sentia, apenas não conseguia dormir naquela cama e alisar o colchão vazio ao meu lado procurando por alguém que não estava lá.
Haviam acontecido alguns problemas no estúdio em Los Angeles e Bill havia ido sozinho com David para os Estado Unidos resolver-los. Ele havia dito que chegava cedo no dia de nosso casamento, e me fez ficar para ajudar Simone e Gordon no que fosse necessário nos preparativos, porém, eles preferiram me deixar fora de tudo, segundo Tom, para fazer surpresa no final, o que me intrigava ainda mais por ficar praticamente o dia todo trancada em casa enquanto todos saiam para resolver algo.
Eu queria ligar para Bill como fazia todos os dias, mas estava cedo. Peguei meu celular e mandei uma mensagem.
Estou a sua espera. Não consigo dormir, não desgrudo os olhos da janela esperando que você apareça em frente do portão. Eu te amo, não se esqueça disso.”
Foi tudo que consegui escrever. Por mais incrível que parecesse, eu estava mais preocupada com a ausência de Bill do que com o casamento. Não me importava casamento, desde que ele estivesse aqui, hoje.
- Filha? O que faz tão cedo acordada em frente dessa janela? – Ouvi a voz de minha Mãe invadir o quarto. Por um momento sentir toda a angustia ir embora com a presença dela.
- Mãe! Você veio! – Corri em sua direção e a abracei com muita força. Senti Yasmine pular dentro do meu ventre de alegria também.
- Claro, é o casamento da minha filha, porque eu não viria?! – Ela sorriu enquanto coloca uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. – Onde está Bill? – Ela varreu o quarto com os olhos.
- Em Los Angeles. Aconteceram alguns problemas no estúdio de lá, mas ele volta hoje antes do casamento. – Abaixei os olhos sentindo a saudades voltar a me remoer. Eu podia sentir que Yasmine sentia falta da voz dele também.
- Bom, vamos aproveitar então a ausência do noivo e começar a preparar a noiva. – Mamãe deu de ombros.
- São cinco e meia da manhã! – Reclamei.
- E você pensa que é tão rápido assim arrumar uma noiva? – Ela respondeu com uma voz brincalhona e me empurrou até o banheiro. – Vamos te arrumar aqui na casa, porque Simone me contou todos os problemas com Mike e Natalie, e sem tirar que Bill ainda não divulgou que será pai e muito menos que irá se casar. Vamos evitar polemica por enquanto e correr riscos de vida também. – Mamãe falava enquanto enchia a banheira de água quente com sais de banho que criava uma espuma rosada com um cheiro delicioso de flores.
- É, sou privada de minha liberdade, literalmente. – Resmunguei enquanto tirava minha camisola e entrava na banheira quase me afogando na espuma rosa.
- Tudo irá se acertar, tenha paciência. O importante é que tudo isso vale á pena por estar com o amor da sua vida. – Mamãe piscou para mim e saiu do banheiro.
É, valia à pena, com certeza. Ela estava certa.
Brinquei com a espuma rosa por algum tempo, até escutar alguém bater na porta. Meu coração disparou no mesmo instante... poderia ser Bill.
- Samy? Evyonne Muhuri está aqui para maquiar-la. – Simone falou contra a porta.
Não era Bill, somente Simone... Mas, Evy? Bill não havia levado Evy também já que nunca se separa de sua maquiadora? Estranho... ou ele já havia voltado.
Sai da banheira e me enrolei na toalha. Não pude evitar cheirar as costas de minha mão, que havia ficado com um cheiro delicioso de flores dos sais de banho.
Abri a porta do banheiro e lá estavam pelo menos cinco profissionais. Evy com uma ajudante de cabelos curtos ruivos, uma senhora de óculos que arrumava meu vestido ainda vestindo um manequim, junto com uma garota oriental talvez mais nova que eu, que a ajudava a ajeitar o forro da saía do vestido, e uma garota loira que preparava alguns sprays de cabelo, coroas, véu e tudo relacionado á cabelos. Senti-me importante de certa forma.
- Samantha! Sente-se. – Evy apontava para uma cadeira á sua frente com muita simpatia. Ela realmente era muito diferente de Natalie.
Sentei-me na cadeira e me senti constrangida com todos os olhares voltando-se para mim.
Evy logo começou seu trabalho, senti que meu rosto fosse uma tela de um belíssimo quadro criado aos poucos pelas mãos ágeis e leves de Evy. Como eu estaria ficando? Sentia-me ansiosa á cada traçado de suas mãos, e podia ver Simone junto com minha mãe na porta do quarto sorrindo maravilhadas á cada novo toque de Evy em meu rosto.
- Acabei. – Evy sorriu para mim, e virou meu rosto automaticamente quando me virei para olhar no espelho. – Nem pense nisso Samantha! É surpresa. – Evy segurou meu rosto me proibindo de olhar no espelho.
Surpresas. Estava começando a me irritar tantas surpresas.
A garota loira dos sprays tomou o lugar de Evy e durante incansáveis horas puxando meu cabelo para cima, para baixo e para o lado, ela terminou.
O próximo e ultimo passo seria o vestido agora. Será que Bill já havia chegado?
A senhora de óculos me ajudou a colocar o vestido, enquanto a garota oriental arrumava a saia do mesmo.
- Evy, o Bill veio com você? – Perguntei quebrando a conversa alta e risadas entre todas as mulheres presentes naquele quarto.
- Não Samy. Eu não fui com ele. – Evy respondeu enquanto formava-se um silencio incômodo no quarto.
Ela não havia ido junto com ele? Isso estava estranho demais. Percebi o olhar preocupado de Simone me cobrir por um instante.
- Ist fertig, Miss Kaulitz. – A senhora de óculos olhou para mim como se eu fosse uma obra de arte feita por ela.
- Eu não entendi. – Olhei para Evy que ria sozinha.
- Ela disse que você está pronta. – Evy traduziu me puxando para ficar de costas para o espelho.
- Vamos lá fora Samy, daqui meia hora eu venho te buscar. – Simone saia do quarto levando todas as profissionais junto inclusive minha mãe, deixando somente Evy comigo.
- Vire-se. – Evy se afastou de mim com um sorriso prazeiroso nos lábios.
Me virei para o espelho e não me reconheci.
Meu rosto estava pouco diferente das modelos belissimas, com uma maquiagem nos olhos divina em tons de azul e preto, delineados fortemente e destacando meus olhos azuis como jamais havia visto. As maças de meu rosto estavam em um tom de pêssego, e meus lábios com um rosado natural e delicado. Meu cabelo estava preso no alto com um pequena coroa branca brilhante onde caia um véu por trás de mim, e pequenas mechas de meu cabelo estavam soltos em cachos como de uma boneca.
Meu vestido, era incrivelmente lindo. Simone que havia escolhido apesar de tudo. Era branco detalhado em azul bebê no corpete trançado na frente, com a saia na altura um pouco acima do joelho na parte da frente, e mais longo atrás com pequenas pedras que tinham um brilho de cores que variavam á cada batida de luz. Tudo combinava com o sapato que mais parecia tirado de um conto de fadas, muito delicado em azul bebê com um pequeno laço branco em cima.
Senti lagrimas invadirem meus olhos mas as contive antes que borrasse a maquiagem. Aquilo tudo era tão incrível.
Olhei para trás para agradecer á Evy, mas ela já havia saído do quarto. Sozinha novamente. Não exatamente... Yasmine estava comigo e me lembrou disso dando um pequeno chute.
- Uau, fiquei com inveja de Bill agora. – A voz de Tom cortou o silêncio do quarto.
- Tom! Onde está Bill? Ele chegou? – Perguntei desesperada.
- Acalme-se. Não tenho noticias dele. – Tom deu de ombros.
Tom estava de terno branco mais justo do que suas roupas de costume. Por um momento foi engraçado ver Tom vestido daquela forma, nunca havia visto ele com calças normais, eu podia ver que ele estava desconfortável com aqueles trajes.
- Ele não pode fazer isso comigo, não hoje. – Falei enquanto me sentava na cama.
- Ei, ele não está fazendo nada. Calma. Logo ele aparece. – Tom apoiou-se no batente da porta e depois alguém que eu não pude decifrar quem era, o chamou no quarto do lado e ele saiu fechando a porta.
- Olá princesa. Acho que seu príncipe não virá te resgatar da torre hoje. – Uma voz sarcástica vinha de trás de mim.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Para sempre você - cap. 98

Praia, sol ardente em minha pele, um mar de água cristalina azulada e Bill ao meu lado. Sua mão envolvendo a minha enquanto caminhávamos na areia quente e me dava gosto das pegadas no chão. Não podia deixar de sentir um dejavú daquele momento, era como viver novamente aqueles dias nas maldivas, mas algo estava diferente. Uma risada de criança vinha ao longe e se aproximava por trás de nós dois. Olhamos juntos para trás e uma brisa fresca jogou meus cabelos para trás. Uma menina de pelo menos uns seis anos de idade corria em nossa direção com Scotty atrás dela.
Scotty a alcançou e a derrubou na areia a enchendo de lambidas pelo rosto, e a menina ria em uma risada tão deliciosa de se escutar que quase como automaticamente fazia nos sorrir junto. Bill soltou minha mão e correu na direção da menina sendo atacada pelas lambidas de Scotty.
- Scotty, saia de cima de Yasmine! – Bill puxava Scotty pela coleira enquanto Yasmine perdia o fôlego de tanto rir.
Fui na direção de Bill e peguei Scotty pela coleira enquanto Bill levantava Yasmine da areia. Yasmine era tão linda, com seus olhos exatamente iguais aos de Bill e cabelos escuros como os meus, lisos caindo como cascatas negras pelo seu ombro, a pele branquinha com suas bochechas rosadas como de uma boneca de porcelana.
Bill a levantou e ela o abraçou. Acena era tão bonita que eu podia sentir um nó de lagrimas se formar dentro de mim sem motivos.
- Mãe, olha! – Yasmine apontou para uma borboleta que voava com as asas rosa detalhadas em branco, algo que eu nunca havia visto antes.
Ao invés de olhar maravilhada para a borboleta como Yasmine estava fazendo, eu preferi observar o olhar terno e carinhoso de Bill para ela. Aproximei-me de Bill e ele beijou-me enquanto Yasmine se divertia correndo atrás da borboleta.
Tudo desapareceu de repente. Abri meus olhos e levei um choque de luz e os fechei novamente. Era um sonho.
Haviam se passado três meses desde minha volta á Alemanha e a decisão de Bill de marcar nosso casamento. Ele havia marcado para dia dezessete de janeiro, o dia que nos conhecemos no Brasil, á um ano atrás.
Os dias haviam se passado muito rápido. Não havia acontecido nada que nos abalace durante esses três meses, nem Mike, nem Natalie, nem ninguém.
O natal foi maravilhoso, nunca havia me sentido em um clima tão famíliar como havia me sentido ajudando a decorar a casa com lâmpadas por todas as partes, e fazendo guerra de bolas de neve com Simone. A neve era tão magnífica. E a noite de natal, todos reunidos na sala com a lareira acesa, Bill me envolvendo em seu peito para ficarmos aquecidos enquanto riamos de Gordon vestido de papai Noel e fazendo Tom de seu duende.
O ano novo não foi diferente. Confesso que nunca me senti tão emocionada em uma virada de ano. Todos estavam vestidos de branco, e Bill me enfiou em um vestido branco rodado que eu não fazia muita questão de vestir-lo, apesar disso, Bill estava magnífico, um anjo de branco... ele realmente fica divino de branco.
A primeira frase que escutei dele na virada de ano “eu te amo, para sempre”. Foi como sentir que definitivamente esse novo ano seria o melhor de toda a minha vida... ou talvez, que agora eu tinha a certeza de que seria feliz para sempre, por causa dele. E agora, á uma semana do casamento, eu não me podia sentir mais realizada do que me sentia.
Abri meus olhos novamente e pisquei algumas vezes.
Bill dormia ao meu lado. Como sempre, eu havia acordado primeiro e podia ter o privilégio de observar-lo enquanto dormia em serenidade.
Encostei meus lábios em seu rosto e o beijei até seu ouvido.
- Bom dia, meu anjo. – Sussurrei em seu ouvido e um sorriso levemente brotou em seus lábios.
- Bom dia. – Bill respondeu abrindo seus olhos aos poucos.
Senti Yasmine mexer-se dentro de mim em reação á voz dele e minhas mãos caminharam automaticamente para minha barrida, agora já bem visível com os seis meses já evidente.
- Ela se mexeu? – Bill apoiou-se com o braço na cama.
- Toda vez que escuta a sua voz. – Sorri para ele, e ele beijou-me e colocou uma das mãos sobre a minha pousada sobre a barriga.
- Mais uma fã. – Bill riu e levantou-se para beijar minha barriga.
- Ela vai pedir todo dia para que você cante para ela. – Falei enquanto sorria.
Bill colocou-se por cima de mim e com suas mãos, prendeu meus braços na cama.
- E eu cantarei. – Bill falou com um sorriso sarcástico e aproximou seus lábios dos meus cantando em voz muito baixa, quase como um sussurro, a minha música.
Como eu queria saber o que dizia a música. Eu não sabia muito de alemão e Bill nunca havia a traduzido para mim, porém, não deixava de ser a mais bela canção que já ouvira.
Colei meus lábios nos dele e ele prendia ainda mais meus braços na cama.
- Bill, a Samantha já acordou? – A voz de Simone invadiu o quarto. Olhamos juntos em direção da porta e lá estava ela parada olhando envergonhada.
- Ok, desculpe. Eu devia ter batido na porta antes. – Simone saiu do quarto e fechou a porta.
Olhei para Bill com uma enorme vontade de rir da situação.
- Me lembre de trancar sempre a porta do quarto antes de irmos dormir. – Bill riu com um ar de sarcasmo e soltou meus braços enquanto se levantava.
Ele foi até a porta e a abriu.
- Mãe, o que você queria com a Samy? – Bill gritou e ecoou pelo corredor.
Levantei-me também e caminhei até Bill o abraçando por trás.
Simone subia as escadas e vinha em nossa direção.
- O que eu queria? Ora, não tínhamos combinado de ver o seu vestido para o casamento dona Samantha? – Simone parou de frente para nós com as mãos na cintura.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Para sempre você - cap. 97

- ... ele que faz as coisas e eu que acabo pagando por tudo. – Bill resmungava para si mesmo enquanto entrava no banheiro.
- Já acabaram? – Perguntei o olhando pelo espelho.
- Sim, já acabei! Acabei limpando tudo sozinho! O Tom não fez nada, passou um pano em cima de mesa e sentou no sofá achando que já tinha feito a parte dele. Ele que começou tudo, ele que deveria ter limpado tudo sozinho. – Bill continuava resmungando enquanto tirava a camisa.
- Me devolve Tom! – A voz frustrada de Georg vinha do nosso quarto.
- Não, vem pegar! – A voz brincalhona de Tom seguia por risos.
- Tom! – Georg gritava agora e um barulho de algo de vidro se quebrando ao chão seguiu a risada de Tom.
Bill me olhou irritado e abriu a porta do banheiro.
- Saiam do meu quarto agora! – Bill gritava com Tom e Georg.
- Saiam do meu quarto, saiam do meu quarto... – Tom imitava Bill com uma voz engraçada.
- A culpa não foi minha, ele que veio para cá com minha chapinha! – Georg se defendia.
- Não quero saber quem foi! Vocês estão esperando o que para sair do que quarto? Saiam! – Bill falava irritado.
- Sabe mano, você fica sexy quando está bravo. – Tom gozava com Bill.
- Saia! – Bill gritou mais uma vez e um barulho alto de porta batendo veio em seguida.
Coloquei a escova sobre a pia e caminhei até a porta do banheiro.
- Está tudo bem? – Perguntei para Bill que ainda segurava a maçaneta da porta fechada.
- Tudo ótimo. – Bill respondeu sério.
Caminhei em direção dele e o abracei deitando minha cabeça em seu peito.
- Tudo bem, eu já estou calmo. – Bill respondeu ao meu abraço com um sorriso nos lábios.
- Agora sim acreditei em sua resposta. – Sorri também.
- Bom, agora irei tomar banho. – Bill me soltou com um leve sorriso nos lábios, terminando de tirar a camisa.
- Minha mala ficou na sala, preciso pegar minhas roupas. – Falei enquanto abria a porta do quarto.
- Não! Para que roupas? – Bill me segurou pela cintura e me puxou para perto dele.
- Não é legal eu ficar andando de roupão pela casa, não acha?! – Respondi.
Bill assentiu e jogou a camisa em cima da cama.
- Minha mala ficou lá em baixo também. Vou buscar a minha e pego a sua. – Bill saiu do quarto.
A mala de Bill já era pesada o suficiente, eu não iria o deixar trazer as duas. Parecia bobo da minha parte, mas eu não queria sentir que estava abusando demais dele.
Corri para a escada e passei na frente dele.
- Samantha! – Bill gritou e correu atrás de mim.
- Eu pego a minha! – Gritei de volta rindo.
- Sua boba. – Bill me puxou pelo braço para seu peito nu.
- Eu quero levar a minha mala, qual é o problema?! – Falei rindo e Bill me beijou por um tempo.
- Se vocês não perceberam, não existe só vocês na casa para namorarem na sala. – A voz de Tom vinha do andar de cima.
Bill virou-se para Tom mostrando seu dedo médio.
- E ainda é ignorante! – Tom continuou.
Peguei minha mala que estava ao lado do sofá sem Bill ver e passei por ele que ainda encarava Tom que estava encostado na grade do corredor do andar de cima.
- Samantha, me deixe levar! – Bill veio logo atrás de mim carregando sua mala também.
- Não. – Subi as escadas e entrei no quarto.
- Você é teimosa. – Bill reclamava.
- E você é mais teimoso ainda. – Respondi enquanto colocava a mala no chão.
- Não me provoque! – Bill me puxou por trás colando seus lábios macios em minha orelha e suas mãos livres caminhando pela minha cintura e ventre.
- Você sabe que eu não obedeço a esse tipo de pedido. – Respondi tentando ser irônica.
Eu estava tão acomodada em seus braços, me sentia tão segura agora com ele, com seu calor me envolvendo como uma áurea, era difícil de descrever, por um instante pude sentir que alguém dentro de mim sentia o mesmo que eu.
- Tem algum nome em mente para ela? – a voz de Bill era ansiosa enquanto se referia á nossa filha.
- Eu gostaria que você escolhesse. – Respondi fechando meus olhos enquanto escutava sua voz rouca sussurrando em meu ouvido.
- Yasmine. – Pude sentir os lábios de Bill se curvarem em um sorriso.
- Perfeito. Porque escolheu esse nome? – Perguntei maravilhada com o nome.
- Eu sonhei com ele, não me lembro do sonho, apenas desse nome. – Bill continuava sorrindo.
- É lindo. – Falei por fim e Bill me virou para beijar-me e então me aninhar em seu peito nu com um suspiro longo e profundo como de alivio.
- Não quero te perder mais. Quero marcar nosso casamento. – Bill falou com a mesma ansiedade na voz de quando falava de Yasmine.

Problemas técnicos.

Olá pessoal, tudo bem?

Bom, peço mil desculpas pela enorme demora na postagem dos novos capítulos.

Aconteceu alguns problemas técnicos, e acabei perdendo um conteúdo que eu já tinha finalizado da fanfic, mas esse não foi o único problema. Como muitas já sabem, faço parte da equipe do Fã Clube 483 Aliens in Brazil, e com o projeto Wir Schreien que aconteceu no dia 06/02, fiquei sem tempo para recuperar o conteúdo perdido, somando ainda mais com á volta as aulas.

Mas farei de tudo para voltar á ativa agora com tudo!


Espero que vocês não tenham abandonado a fanfic por causa desse transtorno D:


Obrigada pela atenção.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Para sempre você - cap. 96

- Tom, solte a minha chapinha agora! – Georg gritava do outro lado da porta.
Bill e eu rimos juntos.
- Eu não gostaria de saber o que Tom irá fazer com a chapinha de Georg.- Bill continuou rindo.
Escorreguei as mãos pelo bolso da frente da calça de Bill e ele parou de rir no mesmo instante dando um sorriso sarcástico e levantando uma das sobrancelhas.
- Não vai me soltar? – Perguntei fazendo bico.
- Não. – Bill respondeu com uma voz rouca e beijou-me intensamente.
Uma de suas mãos me prendia entre ele e a porta, e a outra veio ao encontro da minha pousada sobre seu bolso e a conduziu até o zíper de sua calça o abrindo e pressionando minha mão ali.
Bill passou á beijar meu pescoço, enquanto passava uma de suas mãos para meu cabelo e a outra abria minha blusa. Permaneci com a mão onde ele havia a colocado, escorreguei-a para dentro de sua calça e o puxei para que colasse mais ainda seu corpo em mim.
Bill pareceu enlouquecer com isso.
- Bill Kaulitz, abra a porta agora! – Uma voz irritada de uma mulher vinha de trás da porta.
Eu conhecia aquela voz, era a mãe de Bill e Tom.
- Droga! Agora não! – Bill sussurrou ao meu ouvido e hesitou duas vezes em parar o que estava fazendo e abrir a porta para Simone.
Ele me soltou e correu para pegar dois roupões no banheiro e me entregou um enquanto vestia o dele.
Fiquei sem entender na hora o porquê dele vestir um roupão já que não estava nu, mas entendi logo depois por causa do volume em suas calças.
Bill abriu a porta e eu me coloquei atrás de dele.
- Porque essa porta estava trancada? Bill! Você viu o estado que está a casa? Eu disse que iria passar uma semana com Gordon na praia, volto dois dias antes e encontro a casa com pizza até no teto! Você e Tom estão cansados de saber que não temos mais empregados para limpar as coisas! Enquanto Mike estiver á solta eu não posso ter nenhum empregado para não corrermos riscos de vida novamente! – Simone brigava com Bill com a autoridade típica de mãe.
Simone estava diferente, seu cabelo havia crescido, estava agora na altura de seu ombro, e estava tingido de preto. Ela estava mais bonita ainda, agora parecia mais ainda uma boneca de porcelana.
- Mãe a culpa não foi minha! Eu fui buscar a Samantha no Brasil e deixei a casa nas mãos de Tom. Quando cheguei já estava essa baderna. – Bill tentava se defender.
- Samantha? – Simone olhou por cima do ombro de Bill e eu me coloquei ao lado dele sorrindo envergonhada.
- Olá dona Simone. – falei enquanto sorria.
- Samantha! Não acredito que você realmente voltou! Eu senti tanto a sua falta. Como você está? E o bebê? – Simone me abraçou sorrindo. Eu pude sentir toda sua raiva pela bagunça da casa sumir por um momento.
- Eu estou ótima, e nossa garotinha também. – Respondi olhando para Bill que abriu um enorme sorriso no mesmo instante.
- É uma menina? – Simone perguntou me olhando com os olhos surpresos.
- Sim. – Respondi enquanto entrelaçava meus dedos nos de Bill.
- Meu Deus! Eu não acredito, que noticia maravilhosa! – Simone sorria emocionada.
Tom passou tentando não ser percebido andando em passos leves atrás de Simone indo em direção de seu quarto do lado do nosso. Bill olhou para ele com uma sobrancelha levantada.
- Tom, aonde você pensa que vai? – Simone se virou no mesmo instante.
- Para o meu quarto. – Tom mostrou o dedo do meio para Bill e depois cruzou os braços.
- Não, você não vai para o seu quarto, você e seu irmão vão limpar a casa agora! – Simone voltou á tomar a posição de autoritária.
- Porque nós que temos que limpar se Gustav, Georg... e a Samantha também ajudaram a sujar tudo? – Tom encarou Bill enquanto me dedurava também.
- Porque a responsabilidade estava com vocês e não com eles! – Simone olhou de lado para Bill.
- Não Dona Simone, eu ajudo eles á limpar, eu estava na bagunça também, assim como Tom disse. Seria mais justo. – Me intrometi.
- Não, você está grávida, irá tomar um banho agora e descansar da viajem! – Simone me ordenou. – E vocês dois estão esperando o que para começar á limpar a casa? – Simone cruzou os braços e Bill e Tom foram até a escada um empurrando o outro.
- Se for assim eu também quero engravidar. – Tom resmungou para Bill.
- Vou pedir para Georg se encarregar disso, ok?! – Bill falou ironicamente e Tom ergueu a mão para batê-lo, mas ele se afastou antes.
- Nunca iram crescer. – Simone deu um leve sorriso enquanto os observava descer as escadas e foi logo atrás deles.
Entrei no quarto e fechei a porta enquanto tirava o roupão.
Era tão incrível eu estar de novo naquele quarto magnífico. O quarto que agora eu poderia chamar de “nosso”.
Coloquei o roupão sobre a cama e avistei o pacote rosa sobre a bancada. O presente que Natalie havia me dado ainda estava no mesmo lugar onde Georg havia o deixado.
Aproximei-me e o peguei. Dessa vez eu não iria hesitar, eu deveria ter aberto ele fazia tempo.
Abri o pacote lentamente e dentro dele estava lotado de papéis de seda vermelho. Retirei um por um até chegar ao que realmente havia dentro. Um quadro todo revestido de brilhantes vermelhos moldurava o rascunho da letra da música que Bill havia escrito para mim. A minha música. O papel estava um pouco amassado, porém a letra perfeita e bem desenhada de Bill se destacava em cada linha, no canto do papel eu podia ver meu nome escrito, com uma letra mais grossa, como se ele tivesse contornado meu nome diversas vezes.
Era um dos presentes mais lindos que eu já havia recebido.
Meus olhos mergulharam em lágrimas. Passei um bom tempo admirando aquele quadro. Como podia um simples papel ter um significado tão grande para mim?
Coloquei o quadro em cima da bancada onde estava o pacote e fui banhar-me assim como Simone havia me mandado.
Estava em frente ao espelho penteando meus cabelos depois do banho quando ouvi a porta do banheiro se abrir.