sexta-feira, 18 de março de 2011

Para sempre você - cap. 100

Senti um arrepio percorrer por toda a extensão do meu corpo. Não podia ser ele... depois de tanto tempo... ele não podia resolver me atormentar naquele dia. Logo naquele dia.
- O que você fez com o Bill? – Me virei para encarar Mike nos olhos, mesmo seus olhos sendo intimidadores de uma mistura de sarcasmo e prazer, eu me sentia corajosa naquele instante. Eu estava farta, eu queria voltar a viver sem toda essa preocupação voltada sobre mim por causa dele. Eu sentia uma onda de adrenalina subir por minhas veias, eu não iria ser capaz de me controlar se soubesse que ele havia tocado um dedo em Bill.
- Bill? – Mike deu uma risada alta como tivesse se divertindo. – Eu resolvi fazer uma visitinha para desejar felicidades ao casal e você já acha que fiz algo com seu querido Bill? Senti-me ofendido agora. – Mike apoiou-se na cabeceira da cama ainda rindo.
- Porque você está aqui? Porque não esquece essa ambição? Tanta gente nesse mundo, e você têm essa ambição logo pela fortuna de Bill. Por quê?! – Ignorei seu comentário e explodi em perguntas acusadoras.
Mike continuou com um sorriso sarcástico no rosto e se aproximou de mim em passos contados. Eu me afastava de costas até ele me encurralar na parede.
- Porque além de tudo, ele tem você. – Mike respondeu com o mesmo sorriso de antes enquanto alisava meu rosto até meu pescoço.
Eu não sabia o que fazer, eu poderia usar minha coragem agora para afastar-lo, mas eu tinha medo de Mike, não por mim, mas pela minha filha crescendo dentro de mim.
Mike estava agora com os lábios muito próximos dos meus. Eu não iria permitir isso.
Em uma pontada de desespero, enchi meus pulmões de ar e gritei por Tom o mais alto que eu pude.
No mesmo instante Tom abriu a porta do quarto quase a derrubando no chão.
- Samantha o que... Mike! – Tom olhou para Mike por um instante e de repente seu olhar escureceu em fúria. Ele ameaçou pegar Mike pelo pescoço, mas ele me prendeu em sua frente com seu braço quase me sufocando.
- Você não fará nada enquanto ela estiver aqui. – Mike intimidou Tom e ele recuou com as mãos fechadas em punho.
Em meio de minha tentativa de respirar e pensar em algo para escapar, olhei para a porta e vi Simone olhando assustada. Ela me olhou e depois correu para o andar de baixo. Deduzi que fora ligar para a policia ou simplesmente fugir.
De repente, algo acertou a cabeça de Mike e ele me soltou em reação á pancada. Percebi que era um vaso, olhei para a porta e Simone estava ao lado de fora fazendo gestos para que eu corresse em sua direção, e foi exatamente o que eu fiz enquanto Tom aproveitava e dava um murro no rosto de Mike.
Enquanto eu e Simone descíamos as escadas, torci meu pé e cai de joelhos. Simone me segurou evitando que rolasse pela escada. Levantei-me com ajuda dela e levei um enorme susto quando milhares de policiais entravam pela porta da frente e subiam as escadas ignorando nós duas e indo em direção do quarto onde Mike apanhava de Tom.
Simone apoiou um de meus braços em seu pescoço e me ajudou ir até o sofá.
- Acabou Samy. Agora acabou. – Simone segura minhas mãos com muita força transmitindo segurança e confiança para mim. Era tudo que eu precisava.
Os policiais desceram as escadas levando Mike algemado. Seu olhar estava diferente agora, um olhar apagado, perdido, como se tivesse perdido todo aquele prazer sempre presente em tudo que fazia, e ele não encarava ninguém como sempre o fez. Sua boca estava cortada e sangrava um pouco, assim com um corte em sua testa que eu não sabia dizer se fora adquirido graças á Tom, ou o vaso de Simone.
Os policiais saíram da casa o levando e tudo ficou em silencio por um momento, até Tom descer as escadas com um enorme ar de satisfação.
- Nunca me senti tão realizado. Eu queria fazer aquilo já fazia muito tempo. – Tom arrumava a gola da camisa. Ele estava intacto, com nenhum arranhão.
- Bom, Mike não fará mais nada agora. Sinto-me mais aliviada por Bill... era tudo que ele queria pela sua segurança, e de Yasmine. – Simone alisou minha mão. – Seu pé está bem? Vou buscar gelo. – Simone levantou-se e jogou um olhar comunicativo para Tom que assentiu algo no qual eu não podia captar.
- Samy... vou ligar para Bill, não se preocupe. – Tom respondeu uma pergunta que eu não havia feito ainda, e caminhou em direção da sala de jantar.
Simone veio com um saco de gelo e o colocou sobre meu pé.
- Belo dia para torcer o pé, Samantha. – Simone brincou e eu sorri.
Eu não sabia o que falar. Eu estava absorvendo ainda o que havia acontecido. Eu não podia acreditar que agora não existia mais perigo, não teria mais que sair de casa com medo de alguém me seqüestrar ou fazer algum mal á Bill. Mas eu sentia que algo não estava certo. A forma com que Mike havia se referido á Bill, em que ele não viria, me fez ficar mais preocupada ainda. O que havia acontecido? Ele já deveria estar na Alemanha.
Eu podia ver Tom de um lado para o outro na sala de jantar rindo ao celular. Quando ele percebeu que eu observava, imediatamente sua expressão ficou séria e então ele desligou o celular e voltou para a sala.
- Samy, pode andar? – Tom me olhou sério analisando meu pé com o saco de gelo.
- Claro. Não foi nada. – Respondi tirando o saco de gelo e me colocando de pé.
- Vamos. – Tom colocou a mão no bolso da calça para pegar a chave de seu carro.
Simone não questionou, ela olhou comunicativamente para Tom novamente e me deu um beijo no rosto antes de subir as escadas.
- Está linda Samy. – Simone sorriu do alto da escada e entrou em um dos quartos.
- Ela não vai? O Bill já está lá? – Perguntei sentindo meu estomago se revirar em borboletas.
- Apenas venha comigo. – Tom continuou sério e agora frio, e senti novamente que algo estava errado, fazendo minhas borboletas morrerem no mesmo instante.
Segui Tom até o carro e senti dificuldade em sentar no banco por causa de meu vestido.
Isso literalmente não estava nos planos, pelo menos não nos meus.
Tom foi estrada á fora em um caminho que eu não conhecia.
- Tom, para onde estamos indo? Onde está o Bill? Por favor, me fale. – Implorei.
- Estou te levando para um lugar seguro. O Bill não irá voltar.

terça-feira, 8 de março de 2011

Para sempre você - cap. 99

Dezessete de Janeiro.
Apesar o inverno ainda se estendendo pela Alemanha, o sol brilhava como nunca do lado de fora e eu estava sozinha naquele quarto enorme. Sozinha á cinco dias para ser mais específica.
Mas sozinha principalmente no dia mais importante da minha vida, o dia que completava um ano que havia conhecido Bill naquele aeroporto e minha vida havia mudado de rumo totalmente. O dia em que passei a viver por alguém.
Eram cinco da manhã, e eu não havia conseguido dormir nem se quer por um minuto, minha única vontade era de ficar em frente á janela do quarto, observando. Ansiedade? Medo? Saudades? Não sei ao certo o que sentia, apenas não conseguia dormir naquela cama e alisar o colchão vazio ao meu lado procurando por alguém que não estava lá.
Haviam acontecido alguns problemas no estúdio em Los Angeles e Bill havia ido sozinho com David para os Estado Unidos resolver-los. Ele havia dito que chegava cedo no dia de nosso casamento, e me fez ficar para ajudar Simone e Gordon no que fosse necessário nos preparativos, porém, eles preferiram me deixar fora de tudo, segundo Tom, para fazer surpresa no final, o que me intrigava ainda mais por ficar praticamente o dia todo trancada em casa enquanto todos saiam para resolver algo.
Eu queria ligar para Bill como fazia todos os dias, mas estava cedo. Peguei meu celular e mandei uma mensagem.
Estou a sua espera. Não consigo dormir, não desgrudo os olhos da janela esperando que você apareça em frente do portão. Eu te amo, não se esqueça disso.”
Foi tudo que consegui escrever. Por mais incrível que parecesse, eu estava mais preocupada com a ausência de Bill do que com o casamento. Não me importava casamento, desde que ele estivesse aqui, hoje.
- Filha? O que faz tão cedo acordada em frente dessa janela? – Ouvi a voz de minha Mãe invadir o quarto. Por um momento sentir toda a angustia ir embora com a presença dela.
- Mãe! Você veio! – Corri em sua direção e a abracei com muita força. Senti Yasmine pular dentro do meu ventre de alegria também.
- Claro, é o casamento da minha filha, porque eu não viria?! – Ela sorriu enquanto coloca uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. – Onde está Bill? – Ela varreu o quarto com os olhos.
- Em Los Angeles. Aconteceram alguns problemas no estúdio de lá, mas ele volta hoje antes do casamento. – Abaixei os olhos sentindo a saudades voltar a me remoer. Eu podia sentir que Yasmine sentia falta da voz dele também.
- Bom, vamos aproveitar então a ausência do noivo e começar a preparar a noiva. – Mamãe deu de ombros.
- São cinco e meia da manhã! – Reclamei.
- E você pensa que é tão rápido assim arrumar uma noiva? – Ela respondeu com uma voz brincalhona e me empurrou até o banheiro. – Vamos te arrumar aqui na casa, porque Simone me contou todos os problemas com Mike e Natalie, e sem tirar que Bill ainda não divulgou que será pai e muito menos que irá se casar. Vamos evitar polemica por enquanto e correr riscos de vida também. – Mamãe falava enquanto enchia a banheira de água quente com sais de banho que criava uma espuma rosada com um cheiro delicioso de flores.
- É, sou privada de minha liberdade, literalmente. – Resmunguei enquanto tirava minha camisola e entrava na banheira quase me afogando na espuma rosa.
- Tudo irá se acertar, tenha paciência. O importante é que tudo isso vale á pena por estar com o amor da sua vida. – Mamãe piscou para mim e saiu do banheiro.
É, valia à pena, com certeza. Ela estava certa.
Brinquei com a espuma rosa por algum tempo, até escutar alguém bater na porta. Meu coração disparou no mesmo instante... poderia ser Bill.
- Samy? Evyonne Muhuri está aqui para maquiar-la. – Simone falou contra a porta.
Não era Bill, somente Simone... Mas, Evy? Bill não havia levado Evy também já que nunca se separa de sua maquiadora? Estranho... ou ele já havia voltado.
Sai da banheira e me enrolei na toalha. Não pude evitar cheirar as costas de minha mão, que havia ficado com um cheiro delicioso de flores dos sais de banho.
Abri a porta do banheiro e lá estavam pelo menos cinco profissionais. Evy com uma ajudante de cabelos curtos ruivos, uma senhora de óculos que arrumava meu vestido ainda vestindo um manequim, junto com uma garota oriental talvez mais nova que eu, que a ajudava a ajeitar o forro da saía do vestido, e uma garota loira que preparava alguns sprays de cabelo, coroas, véu e tudo relacionado á cabelos. Senti-me importante de certa forma.
- Samantha! Sente-se. – Evy apontava para uma cadeira á sua frente com muita simpatia. Ela realmente era muito diferente de Natalie.
Sentei-me na cadeira e me senti constrangida com todos os olhares voltando-se para mim.
Evy logo começou seu trabalho, senti que meu rosto fosse uma tela de um belíssimo quadro criado aos poucos pelas mãos ágeis e leves de Evy. Como eu estaria ficando? Sentia-me ansiosa á cada traçado de suas mãos, e podia ver Simone junto com minha mãe na porta do quarto sorrindo maravilhadas á cada novo toque de Evy em meu rosto.
- Acabei. – Evy sorriu para mim, e virou meu rosto automaticamente quando me virei para olhar no espelho. – Nem pense nisso Samantha! É surpresa. – Evy segurou meu rosto me proibindo de olhar no espelho.
Surpresas. Estava começando a me irritar tantas surpresas.
A garota loira dos sprays tomou o lugar de Evy e durante incansáveis horas puxando meu cabelo para cima, para baixo e para o lado, ela terminou.
O próximo e ultimo passo seria o vestido agora. Será que Bill já havia chegado?
A senhora de óculos me ajudou a colocar o vestido, enquanto a garota oriental arrumava a saia do mesmo.
- Evy, o Bill veio com você? – Perguntei quebrando a conversa alta e risadas entre todas as mulheres presentes naquele quarto.
- Não Samy. Eu não fui com ele. – Evy respondeu enquanto formava-se um silencio incômodo no quarto.
Ela não havia ido junto com ele? Isso estava estranho demais. Percebi o olhar preocupado de Simone me cobrir por um instante.
- Ist fertig, Miss Kaulitz. – A senhora de óculos olhou para mim como se eu fosse uma obra de arte feita por ela.
- Eu não entendi. – Olhei para Evy que ria sozinha.
- Ela disse que você está pronta. – Evy traduziu me puxando para ficar de costas para o espelho.
- Vamos lá fora Samy, daqui meia hora eu venho te buscar. – Simone saia do quarto levando todas as profissionais junto inclusive minha mãe, deixando somente Evy comigo.
- Vire-se. – Evy se afastou de mim com um sorriso prazeiroso nos lábios.
Me virei para o espelho e não me reconheci.
Meu rosto estava pouco diferente das modelos belissimas, com uma maquiagem nos olhos divina em tons de azul e preto, delineados fortemente e destacando meus olhos azuis como jamais havia visto. As maças de meu rosto estavam em um tom de pêssego, e meus lábios com um rosado natural e delicado. Meu cabelo estava preso no alto com um pequena coroa branca brilhante onde caia um véu por trás de mim, e pequenas mechas de meu cabelo estavam soltos em cachos como de uma boneca.
Meu vestido, era incrivelmente lindo. Simone que havia escolhido apesar de tudo. Era branco detalhado em azul bebê no corpete trançado na frente, com a saia na altura um pouco acima do joelho na parte da frente, e mais longo atrás com pequenas pedras que tinham um brilho de cores que variavam á cada batida de luz. Tudo combinava com o sapato que mais parecia tirado de um conto de fadas, muito delicado em azul bebê com um pequeno laço branco em cima.
Senti lagrimas invadirem meus olhos mas as contive antes que borrasse a maquiagem. Aquilo tudo era tão incrível.
Olhei para trás para agradecer á Evy, mas ela já havia saído do quarto. Sozinha novamente. Não exatamente... Yasmine estava comigo e me lembrou disso dando um pequeno chute.
- Uau, fiquei com inveja de Bill agora. – A voz de Tom cortou o silêncio do quarto.
- Tom! Onde está Bill? Ele chegou? – Perguntei desesperada.
- Acalme-se. Não tenho noticias dele. – Tom deu de ombros.
Tom estava de terno branco mais justo do que suas roupas de costume. Por um momento foi engraçado ver Tom vestido daquela forma, nunca havia visto ele com calças normais, eu podia ver que ele estava desconfortável com aqueles trajes.
- Ele não pode fazer isso comigo, não hoje. – Falei enquanto me sentava na cama.
- Ei, ele não está fazendo nada. Calma. Logo ele aparece. – Tom apoiou-se no batente da porta e depois alguém que eu não pude decifrar quem era, o chamou no quarto do lado e ele saiu fechando a porta.
- Olá princesa. Acho que seu príncipe não virá te resgatar da torre hoje. – Uma voz sarcástica vinha de trás de mim.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Para sempre você - cap. 98

Praia, sol ardente em minha pele, um mar de água cristalina azulada e Bill ao meu lado. Sua mão envolvendo a minha enquanto caminhávamos na areia quente e me dava gosto das pegadas no chão. Não podia deixar de sentir um dejavú daquele momento, era como viver novamente aqueles dias nas maldivas, mas algo estava diferente. Uma risada de criança vinha ao longe e se aproximava por trás de nós dois. Olhamos juntos para trás e uma brisa fresca jogou meus cabelos para trás. Uma menina de pelo menos uns seis anos de idade corria em nossa direção com Scotty atrás dela.
Scotty a alcançou e a derrubou na areia a enchendo de lambidas pelo rosto, e a menina ria em uma risada tão deliciosa de se escutar que quase como automaticamente fazia nos sorrir junto. Bill soltou minha mão e correu na direção da menina sendo atacada pelas lambidas de Scotty.
- Scotty, saia de cima de Yasmine! – Bill puxava Scotty pela coleira enquanto Yasmine perdia o fôlego de tanto rir.
Fui na direção de Bill e peguei Scotty pela coleira enquanto Bill levantava Yasmine da areia. Yasmine era tão linda, com seus olhos exatamente iguais aos de Bill e cabelos escuros como os meus, lisos caindo como cascatas negras pelo seu ombro, a pele branquinha com suas bochechas rosadas como de uma boneca de porcelana.
Bill a levantou e ela o abraçou. Acena era tão bonita que eu podia sentir um nó de lagrimas se formar dentro de mim sem motivos.
- Mãe, olha! – Yasmine apontou para uma borboleta que voava com as asas rosa detalhadas em branco, algo que eu nunca havia visto antes.
Ao invés de olhar maravilhada para a borboleta como Yasmine estava fazendo, eu preferi observar o olhar terno e carinhoso de Bill para ela. Aproximei-me de Bill e ele beijou-me enquanto Yasmine se divertia correndo atrás da borboleta.
Tudo desapareceu de repente. Abri meus olhos e levei um choque de luz e os fechei novamente. Era um sonho.
Haviam se passado três meses desde minha volta á Alemanha e a decisão de Bill de marcar nosso casamento. Ele havia marcado para dia dezessete de janeiro, o dia que nos conhecemos no Brasil, á um ano atrás.
Os dias haviam se passado muito rápido. Não havia acontecido nada que nos abalace durante esses três meses, nem Mike, nem Natalie, nem ninguém.
O natal foi maravilhoso, nunca havia me sentido em um clima tão famíliar como havia me sentido ajudando a decorar a casa com lâmpadas por todas as partes, e fazendo guerra de bolas de neve com Simone. A neve era tão magnífica. E a noite de natal, todos reunidos na sala com a lareira acesa, Bill me envolvendo em seu peito para ficarmos aquecidos enquanto riamos de Gordon vestido de papai Noel e fazendo Tom de seu duende.
O ano novo não foi diferente. Confesso que nunca me senti tão emocionada em uma virada de ano. Todos estavam vestidos de branco, e Bill me enfiou em um vestido branco rodado que eu não fazia muita questão de vestir-lo, apesar disso, Bill estava magnífico, um anjo de branco... ele realmente fica divino de branco.
A primeira frase que escutei dele na virada de ano “eu te amo, para sempre”. Foi como sentir que definitivamente esse novo ano seria o melhor de toda a minha vida... ou talvez, que agora eu tinha a certeza de que seria feliz para sempre, por causa dele. E agora, á uma semana do casamento, eu não me podia sentir mais realizada do que me sentia.
Abri meus olhos novamente e pisquei algumas vezes.
Bill dormia ao meu lado. Como sempre, eu havia acordado primeiro e podia ter o privilégio de observar-lo enquanto dormia em serenidade.
Encostei meus lábios em seu rosto e o beijei até seu ouvido.
- Bom dia, meu anjo. – Sussurrei em seu ouvido e um sorriso levemente brotou em seus lábios.
- Bom dia. – Bill respondeu abrindo seus olhos aos poucos.
Senti Yasmine mexer-se dentro de mim em reação á voz dele e minhas mãos caminharam automaticamente para minha barrida, agora já bem visível com os seis meses já evidente.
- Ela se mexeu? – Bill apoiou-se com o braço na cama.
- Toda vez que escuta a sua voz. – Sorri para ele, e ele beijou-me e colocou uma das mãos sobre a minha pousada sobre a barriga.
- Mais uma fã. – Bill riu e levantou-se para beijar minha barriga.
- Ela vai pedir todo dia para que você cante para ela. – Falei enquanto sorria.
Bill colocou-se por cima de mim e com suas mãos, prendeu meus braços na cama.
- E eu cantarei. – Bill falou com um sorriso sarcástico e aproximou seus lábios dos meus cantando em voz muito baixa, quase como um sussurro, a minha música.
Como eu queria saber o que dizia a música. Eu não sabia muito de alemão e Bill nunca havia a traduzido para mim, porém, não deixava de ser a mais bela canção que já ouvira.
Colei meus lábios nos dele e ele prendia ainda mais meus braços na cama.
- Bill, a Samantha já acordou? – A voz de Simone invadiu o quarto. Olhamos juntos em direção da porta e lá estava ela parada olhando envergonhada.
- Ok, desculpe. Eu devia ter batido na porta antes. – Simone saiu do quarto e fechou a porta.
Olhei para Bill com uma enorme vontade de rir da situação.
- Me lembre de trancar sempre a porta do quarto antes de irmos dormir. – Bill riu com um ar de sarcasmo e soltou meus braços enquanto se levantava.
Ele foi até a porta e a abriu.
- Mãe, o que você queria com a Samy? – Bill gritou e ecoou pelo corredor.
Levantei-me também e caminhei até Bill o abraçando por trás.
Simone subia as escadas e vinha em nossa direção.
- O que eu queria? Ora, não tínhamos combinado de ver o seu vestido para o casamento dona Samantha? – Simone parou de frente para nós com as mãos na cintura.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Para sempre você - cap. 97

- ... ele que faz as coisas e eu que acabo pagando por tudo. – Bill resmungava para si mesmo enquanto entrava no banheiro.
- Já acabaram? – Perguntei o olhando pelo espelho.
- Sim, já acabei! Acabei limpando tudo sozinho! O Tom não fez nada, passou um pano em cima de mesa e sentou no sofá achando que já tinha feito a parte dele. Ele que começou tudo, ele que deveria ter limpado tudo sozinho. – Bill continuava resmungando enquanto tirava a camisa.
- Me devolve Tom! – A voz frustrada de Georg vinha do nosso quarto.
- Não, vem pegar! – A voz brincalhona de Tom seguia por risos.
- Tom! – Georg gritava agora e um barulho de algo de vidro se quebrando ao chão seguiu a risada de Tom.
Bill me olhou irritado e abriu a porta do banheiro.
- Saiam do meu quarto agora! – Bill gritava com Tom e Georg.
- Saiam do meu quarto, saiam do meu quarto... – Tom imitava Bill com uma voz engraçada.
- A culpa não foi minha, ele que veio para cá com minha chapinha! – Georg se defendia.
- Não quero saber quem foi! Vocês estão esperando o que para sair do que quarto? Saiam! – Bill falava irritado.
- Sabe mano, você fica sexy quando está bravo. – Tom gozava com Bill.
- Saia! – Bill gritou mais uma vez e um barulho alto de porta batendo veio em seguida.
Coloquei a escova sobre a pia e caminhei até a porta do banheiro.
- Está tudo bem? – Perguntei para Bill que ainda segurava a maçaneta da porta fechada.
- Tudo ótimo. – Bill respondeu sério.
Caminhei em direção dele e o abracei deitando minha cabeça em seu peito.
- Tudo bem, eu já estou calmo. – Bill respondeu ao meu abraço com um sorriso nos lábios.
- Agora sim acreditei em sua resposta. – Sorri também.
- Bom, agora irei tomar banho. – Bill me soltou com um leve sorriso nos lábios, terminando de tirar a camisa.
- Minha mala ficou na sala, preciso pegar minhas roupas. – Falei enquanto abria a porta do quarto.
- Não! Para que roupas? – Bill me segurou pela cintura e me puxou para perto dele.
- Não é legal eu ficar andando de roupão pela casa, não acha?! – Respondi.
Bill assentiu e jogou a camisa em cima da cama.
- Minha mala ficou lá em baixo também. Vou buscar a minha e pego a sua. – Bill saiu do quarto.
A mala de Bill já era pesada o suficiente, eu não iria o deixar trazer as duas. Parecia bobo da minha parte, mas eu não queria sentir que estava abusando demais dele.
Corri para a escada e passei na frente dele.
- Samantha! – Bill gritou e correu atrás de mim.
- Eu pego a minha! – Gritei de volta rindo.
- Sua boba. – Bill me puxou pelo braço para seu peito nu.
- Eu quero levar a minha mala, qual é o problema?! – Falei rindo e Bill me beijou por um tempo.
- Se vocês não perceberam, não existe só vocês na casa para namorarem na sala. – A voz de Tom vinha do andar de cima.
Bill virou-se para Tom mostrando seu dedo médio.
- E ainda é ignorante! – Tom continuou.
Peguei minha mala que estava ao lado do sofá sem Bill ver e passei por ele que ainda encarava Tom que estava encostado na grade do corredor do andar de cima.
- Samantha, me deixe levar! – Bill veio logo atrás de mim carregando sua mala também.
- Não. – Subi as escadas e entrei no quarto.
- Você é teimosa. – Bill reclamava.
- E você é mais teimoso ainda. – Respondi enquanto colocava a mala no chão.
- Não me provoque! – Bill me puxou por trás colando seus lábios macios em minha orelha e suas mãos livres caminhando pela minha cintura e ventre.
- Você sabe que eu não obedeço a esse tipo de pedido. – Respondi tentando ser irônica.
Eu estava tão acomodada em seus braços, me sentia tão segura agora com ele, com seu calor me envolvendo como uma áurea, era difícil de descrever, por um instante pude sentir que alguém dentro de mim sentia o mesmo que eu.
- Tem algum nome em mente para ela? – a voz de Bill era ansiosa enquanto se referia á nossa filha.
- Eu gostaria que você escolhesse. – Respondi fechando meus olhos enquanto escutava sua voz rouca sussurrando em meu ouvido.
- Yasmine. – Pude sentir os lábios de Bill se curvarem em um sorriso.
- Perfeito. Porque escolheu esse nome? – Perguntei maravilhada com o nome.
- Eu sonhei com ele, não me lembro do sonho, apenas desse nome. – Bill continuava sorrindo.
- É lindo. – Falei por fim e Bill me virou para beijar-me e então me aninhar em seu peito nu com um suspiro longo e profundo como de alivio.
- Não quero te perder mais. Quero marcar nosso casamento. – Bill falou com a mesma ansiedade na voz de quando falava de Yasmine.

Problemas técnicos.

Olá pessoal, tudo bem?

Bom, peço mil desculpas pela enorme demora na postagem dos novos capítulos.

Aconteceu alguns problemas técnicos, e acabei perdendo um conteúdo que eu já tinha finalizado da fanfic, mas esse não foi o único problema. Como muitas já sabem, faço parte da equipe do Fã Clube 483 Aliens in Brazil, e com o projeto Wir Schreien que aconteceu no dia 06/02, fiquei sem tempo para recuperar o conteúdo perdido, somando ainda mais com á volta as aulas.

Mas farei de tudo para voltar á ativa agora com tudo!


Espero que vocês não tenham abandonado a fanfic por causa desse transtorno D:


Obrigada pela atenção.