domingo, 16 de janeiro de 2011

Para sempre você - cap. 96

- Tom, solte a minha chapinha agora! – Georg gritava do outro lado da porta.
Bill e eu rimos juntos.
- Eu não gostaria de saber o que Tom irá fazer com a chapinha de Georg.- Bill continuou rindo.
Escorreguei as mãos pelo bolso da frente da calça de Bill e ele parou de rir no mesmo instante dando um sorriso sarcástico e levantando uma das sobrancelhas.
- Não vai me soltar? – Perguntei fazendo bico.
- Não. – Bill respondeu com uma voz rouca e beijou-me intensamente.
Uma de suas mãos me prendia entre ele e a porta, e a outra veio ao encontro da minha pousada sobre seu bolso e a conduziu até o zíper de sua calça o abrindo e pressionando minha mão ali.
Bill passou á beijar meu pescoço, enquanto passava uma de suas mãos para meu cabelo e a outra abria minha blusa. Permaneci com a mão onde ele havia a colocado, escorreguei-a para dentro de sua calça e o puxei para que colasse mais ainda seu corpo em mim.
Bill pareceu enlouquecer com isso.
- Bill Kaulitz, abra a porta agora! – Uma voz irritada de uma mulher vinha de trás da porta.
Eu conhecia aquela voz, era a mãe de Bill e Tom.
- Droga! Agora não! – Bill sussurrou ao meu ouvido e hesitou duas vezes em parar o que estava fazendo e abrir a porta para Simone.
Ele me soltou e correu para pegar dois roupões no banheiro e me entregou um enquanto vestia o dele.
Fiquei sem entender na hora o porquê dele vestir um roupão já que não estava nu, mas entendi logo depois por causa do volume em suas calças.
Bill abriu a porta e eu me coloquei atrás de dele.
- Porque essa porta estava trancada? Bill! Você viu o estado que está a casa? Eu disse que iria passar uma semana com Gordon na praia, volto dois dias antes e encontro a casa com pizza até no teto! Você e Tom estão cansados de saber que não temos mais empregados para limpar as coisas! Enquanto Mike estiver á solta eu não posso ter nenhum empregado para não corrermos riscos de vida novamente! – Simone brigava com Bill com a autoridade típica de mãe.
Simone estava diferente, seu cabelo havia crescido, estava agora na altura de seu ombro, e estava tingido de preto. Ela estava mais bonita ainda, agora parecia mais ainda uma boneca de porcelana.
- Mãe a culpa não foi minha! Eu fui buscar a Samantha no Brasil e deixei a casa nas mãos de Tom. Quando cheguei já estava essa baderna. – Bill tentava se defender.
- Samantha? – Simone olhou por cima do ombro de Bill e eu me coloquei ao lado dele sorrindo envergonhada.
- Olá dona Simone. – falei enquanto sorria.
- Samantha! Não acredito que você realmente voltou! Eu senti tanto a sua falta. Como você está? E o bebê? – Simone me abraçou sorrindo. Eu pude sentir toda sua raiva pela bagunça da casa sumir por um momento.
- Eu estou ótima, e nossa garotinha também. – Respondi olhando para Bill que abriu um enorme sorriso no mesmo instante.
- É uma menina? – Simone perguntou me olhando com os olhos surpresos.
- Sim. – Respondi enquanto entrelaçava meus dedos nos de Bill.
- Meu Deus! Eu não acredito, que noticia maravilhosa! – Simone sorria emocionada.
Tom passou tentando não ser percebido andando em passos leves atrás de Simone indo em direção de seu quarto do lado do nosso. Bill olhou para ele com uma sobrancelha levantada.
- Tom, aonde você pensa que vai? – Simone se virou no mesmo instante.
- Para o meu quarto. – Tom mostrou o dedo do meio para Bill e depois cruzou os braços.
- Não, você não vai para o seu quarto, você e seu irmão vão limpar a casa agora! – Simone voltou á tomar a posição de autoritária.
- Porque nós que temos que limpar se Gustav, Georg... e a Samantha também ajudaram a sujar tudo? – Tom encarou Bill enquanto me dedurava também.
- Porque a responsabilidade estava com vocês e não com eles! – Simone olhou de lado para Bill.
- Não Dona Simone, eu ajudo eles á limpar, eu estava na bagunça também, assim como Tom disse. Seria mais justo. – Me intrometi.
- Não, você está grávida, irá tomar um banho agora e descansar da viajem! – Simone me ordenou. – E vocês dois estão esperando o que para começar á limpar a casa? – Simone cruzou os braços e Bill e Tom foram até a escada um empurrando o outro.
- Se for assim eu também quero engravidar. – Tom resmungou para Bill.
- Vou pedir para Georg se encarregar disso, ok?! – Bill falou ironicamente e Tom ergueu a mão para batê-lo, mas ele se afastou antes.
- Nunca iram crescer. – Simone deu um leve sorriso enquanto os observava descer as escadas e foi logo atrás deles.
Entrei no quarto e fechei a porta enquanto tirava o roupão.
Era tão incrível eu estar de novo naquele quarto magnífico. O quarto que agora eu poderia chamar de “nosso”.
Coloquei o roupão sobre a cama e avistei o pacote rosa sobre a bancada. O presente que Natalie havia me dado ainda estava no mesmo lugar onde Georg havia o deixado.
Aproximei-me e o peguei. Dessa vez eu não iria hesitar, eu deveria ter aberto ele fazia tempo.
Abri o pacote lentamente e dentro dele estava lotado de papéis de seda vermelho. Retirei um por um até chegar ao que realmente havia dentro. Um quadro todo revestido de brilhantes vermelhos moldurava o rascunho da letra da música que Bill havia escrito para mim. A minha música. O papel estava um pouco amassado, porém a letra perfeita e bem desenhada de Bill se destacava em cada linha, no canto do papel eu podia ver meu nome escrito, com uma letra mais grossa, como se ele tivesse contornado meu nome diversas vezes.
Era um dos presentes mais lindos que eu já havia recebido.
Meus olhos mergulharam em lágrimas. Passei um bom tempo admirando aquele quadro. Como podia um simples papel ter um significado tão grande para mim?
Coloquei o quadro em cima da bancada onde estava o pacote e fui banhar-me assim como Simone havia me mandado.
Estava em frente ao espelho penteando meus cabelos depois do banho quando ouvi a porta do banheiro se abrir.