terça-feira, 17 de agosto de 2010

Para sempre você - cap. 85

Em pleno aniversário meu e eu aqui sozinha sem o Bill. Sozinha não... meu bebê estava comigo, e Georg nem contava já que não se lembrava de meu aniversário.
O meu dia não podia estar pior.
- Ótimo. – Foi a única coisa que consegui falar para Georg.
Georg analisou minha expressão e percebeu que algo estava errado.
- Não gostou? Samy fique tranqüila, o Bill não é igual ao Tom... bom tecnicamente não. – Georg riu.
- Não me preocupo com isso! Eu confio mais nele do que em mim mesma. – Falei em um tom sério e Georg parou de rir.
- O que foi então? – Georg cruzou os braços musculosos sobre o seu tronco definido.
- Sabe que dia é hoje? – Falei um pouco baixo.
Georg me olhou pensativo e fez algumas contas nos dedos.
- Sexta-feira 13! Meu Deus, não me diga que você é supersticiosa. – Georg soltou outra gargalhada.
Ele realmente não lembrava.
- É, eu sou muito supersticiosa, Georg. Você não tem nem idéia do quanto! – Subi as escadas batendo os pés fortemente contra a tabua e entrei no quarto novamente.
Era imperdoável isso, totalmente imperdoável! Como eles podiam fazer isso comigo?! Principalmente o Bill! Todos se divertindo em uma festa e eu aqui, contando partículas de pó flutuante.
Tomei um banho demorado e logo depois me vesti com uma camiseta simples e uma calça jeans.
Desci as escadas para comer alguma coisa e Georg estava ao celular, que ao me ver logo o desligou.
- Resolveu descer?! – Georg sorriu.
- Se estou aqui em baixo, parece que sim. – Falei séria novamente e fui em direção da cozinha.
- Você deveria vestir algo mais bonito. – Georg me seguiu.
- Porque eu deveria? – Abri a geladeira e peguei um pedaço do bolo de chocolate que Simone havia mandado fazer especialmente para mim.
- Bom, porque o Bill me ligou e disse para mim te levar para a fan party, porque ele irá ficar até de madrugada por lá e não quer te deixar aqui sozinha. – Georg rodava a chave de seu carro no dedo indicador.
- Ok. – Acabei de comer o pedaço do bolo e fui até o quarto novamente.
Bom, pelo menos eu iria passar meu aniversário com Bill, ele lembrando ou não, pelo menos eu estaria com ele.
Coloquei uma calça preta e uma blusa prata purpurinada, logo depois arrumei meu cabelo com cachos soltos e arrisquei um sapato de salto alto. Passei uma maquiagem escura, mas não tão magnífica como a de Bill.
Desci as escadas para ir ao encontro de Georg e ele sorriu ao me ver vestida daquela forma.
- Você realmente sabe agradar o Bill. – Georg passou o braço pelo meu ombro e me carregou junto dele até seu carro que estava parado na frente da casa.
Sentei no banco do carona e Georg sentou no banco do motorista já colocando a chave na ignição e ligando o carro.
A viajem não foi longa como a de ida para a casa dos Kaulitz. Georg parou em uma casa branca muito bonita, não chegava a ser mais bonita que a dos Kaulitz, mas estava perto. Ela não era tão monstruosa e nem parecia um enorme palácio, mas era linda, tinha colunas brancas na entrada do portão e um jardim maravilhoso com uma fonte moldurada no meio dele.
- Georg, é aqui a fan party? – Perguntei um pouco surpresa. Não parecia ser um lugar de festas, estava tudo muito calmo, e parecia que apenas tinha eu e Georg naquele local.
- Sim, você verá. – Georg sorriu e parou o carro na frente da casa e me puxou para dentro daquele enorme jardim junto com ele.
Tudo estava muito estranho, eu estava começando a desconfiar de Georg. Com certeza não havia ninguém naquela casa.
Chegamos à porta e Georg me olhou sorridente.
- Abra a porta. – Georg deu um passo para trás dando passagem livre para mim.
Levei a mão na maçaneta da porta e a abri lentamente.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Para sempre você - cap. 84

Qualquer garota em meu lugar resistiria. Iria fazer-se de difícil e fazer o rapaz realmente se arrepender do que fez, enquanto se arrastava aos seus pés, implorando perdão. Isso seria uma ótima lição para o rapaz nunca mais cometer o mesmo erro. Mas eu não conseguia fazer isso.
Poderiam me chamar de idiota ou o que fosse, eu poderia até ser uma idiota mesmo, mas Bill realmente dominava meus sentidos, minhas razões, meus sentimentos, e eu nunca iria ser capaz de rejeitar um pedido seu de perdão. Quanto mais esnobar-lo e correr o risco de perder-lo para sempre. Ter o amor de Bill somente para mim era algo muito valioso, sem medidas, sem comparações, e eu valorizava muito isso. E eu sabia mais do que qualquer pessoa que Bill era diferente, não tinha uma cabeça como de qualquer rapaz na sua idade, ele era sincero em suas palavras, meigo em todos os sentidos e valorizava o amor, acima de tudo. Ele não era o tipo de homem que merecia levar lições para se arrepender, ele era o tipo de homem que se arrependia no exato momento em que descobria que havia feito algo errado. Bill era único.
- Tudo bem, Bill. Suas intenções eram as melhores, você apenas estava com medo. – Beijei sua testa e ele permaneceu me prendendo em seu abraço.
- Mas eu não deveria deixar meus medos me dominarem tanto para chegar á um ponto extremo. – Bill me puxou, sentando-me em seu colo.
- Se você permitir, eu estarei sempre aqui te dando forças para superar-los. – Beijei seus lábios por um momento e ele sorriu.
A noite já caia do lado de fora da casa, mas dentro dela ainda era dia. Parecia que o sol habitava naquela casa de tão iluminada e bela nos detalhes.
Bill e eu descemos as escadas indo até a sala, e Georg, Gustav e Tom estavam sentados no sofá. Tom estava completamente á vontade, esparramado no sofá com uma garrafa de refrigerante. Georg mexia em seu celular enquanto Gustav quase cochilava com o rosto enterrado em sua mão direita apoiada pelo cotovelo no braço do sofá.
Assim que nossa presença foi notada, Georg e Gustav vieram me abraçar com uma enorme agitação. Gustav nem parecia mais estar com sono.
- Samy! Como é bom ver-la fora daquele hospital! - Georg me abraçava enquanto Gustav o empurrava querendo ter sua vez.
- Samy, é bom ter-la de volta. – Gustav me abraçou com um sorriso estampado do rosto.
Tom levantou-se e se colocou ao lado de Bill enquanto nos olhava com um sorriso torto nos lábios.
Georg, Gustav e Tom realmente exalavam alegria, eu os adorava com todas as minhas forças.
- Ok. E como vai o garotinho? – Georg brincou enquanto passava a mão em minha barriga e Bill levantou uma sobrancelha para ele.
- Porque garotinho? Poderia ser uma garotinha, não podia?! – Gustav deu um pequeno empurrão em Georg.
- Não, vai ser um homem! Vou ensinar-lo as técnicas de titio Tom para conquistar as mulheres. – Tom gargalhou.
- Menino ou menina, o importante é, que é nosso filho e que tenha saúde. – Bill passou o braço pela minha cintura e eu sorri para ele.
Com certeza, para mim também não importava o sexo, desde que tenha saúde. Só por ser filho meu e de Bill, já era especial em todos os sentidos.
Simone chamou nos e todos nós fomos para a sala de jantar.
A sala era enorme, havia uma mesa comprida de centro em madeira pura clara. A mesa estava farta, havia comida de todos os tipos. Eu estava com fome, a comida do hospital não era apetitosa e me dava arrepios só de lembrar.
O jantar foi maravilhoso, comi exageradamente, a final, agora eu teria que comer por dois. Conversamos muito, Simone era um amor de pessoa, tratava Georg e Gustav como seus filhos também, inclusive a mim.
Georg e Gustav iriam dormir na casa naquela noite, estava muito tarde para eles pegarem estrada para suas casas e preferiram ficar. Cada um foi para seus quartos temporários naquela enorme casa, e eu e Bill fomos para o nosso.
Tomei um banho rápido enquanto Bill ia ao quarto de Tom perguntar algo para ele sobre David. Pelo o que entendi, hoje era aniversário dele. Que pena, queria tanto poder dar-lhe os parabéns... ele era um grande homem, considerava ele um herói. Mas uma pergunta não deixava de invadir minha mente... será que eles se lembravam do “meu” aniversário?
Bom, teria que esperar até de manhã para descobrir.
Voltei para o quarto e Bill já estava sentado sobre a cama com um olhar sonolento.
Deitei-me na cama ao seu lado e ele deitou me puxando para seu peito.
- Eu te amo. – Bill sussurrou com os olhos fechados.
Ele realmente estava cansado, eu não iria atrapalhar seu sono. Com certeza ele havia passado dias sem dormir direito por minha causa, e ele precisava descansar.
- Eu também. – Sussurrei também e eu já podia sentir sua respiração lenta e relaxada pelo sono.
Fechei meus olhos e adormeci ao som doce e calmo de sua respiração.
Eu realmente não sei se era ansiedade ou noites mal dormidas. Seja o que fosse, eu não sonhei absolutamente nada nessa noite. Escuro, apenas me lembro disso, tudo escuro.
Bom, quem precisa sonhar se já vive um perfeito sonho na realidade?! Desde que conheci Bill, a única parte ruim de meus dias era a que eu tinha que fechar meus olhos para adormecer. Era tão chato ter que perder cada detalhe de Bill durante o sono. Ainda bem que passava rápido.
Finalmente... Treze de Agosto. Agora sim tinha meus tão esperados dezoito anos. Comemorando os com minha devida liberdade, sem meus pais, familiares... apenas eu, e agora minha nova família. Parecia triste, mas não era para mim. Nunca fui tão feliz como sou agora. Apenas precisava de Bill, nada mais.
O dia estava morno, adorava dias assim. O dia tinha tudo para ser perfeito.
Abri meus olhos buscando por Bill ao meu lado na cama... mas ele não estava lá.
Estranho. Onde será que ele estava?
Levantei-me da cama e coloquei um roupão e fui até o quarto de Tom. Bati na porta e ninguém respondeu, então abri a porta. O quarto estava vazio, não havia ninguém nele.
Desci as escadas e tudo estava silencio. Chamei por Bill, Tom, Gustav, Georg e Simone... ninguém respondeu, apenas meu ecôo pelos enormes cômodos da casa.
Estava ficando preocupada, Bill não iria sair sem me avisar.
Voltei correndo para o quarto para pegar meu celular e ligar para ele, mas alguém me segurou pelo braço.
- Bom dia Samy! – Georg sorriu para mim.
- O que está acontecendo? Onde está o Bill? – Perguntei desesperada.
- Relaxe Samy! Bill, Tom e Gustav foram para Hamburgo participar de uma fan party de ultima hora, e Simone os acompanhou. Pediram para que eu ficasse com você, então aqui estou eu de babá. – Georg riu.
Ok, pergunta respondida. Eles realmente não se lembraram de meu aniversário.