Quinze minutos. Trinta minutos. Uma hora. Duas horas.
Os minutos pareciam passar rapidamente enquanto eu e Bill jogávamos conversa fora.
Eu contava o porquê que estava na Alemanha e todas minhas experiências na universidade, enquanto ele contava suas aventuras em cada show. Em nenhum momento hesitei em comentar que era fã da banda, isso poderia deixar-lo com uma visão diferente sobre mim.
Tudo aquilo era magnífico, Bill me divertia muito com suas historias, e eu podia sentir que também divertia ele. Isso era bom.
Depois de mais meia hora em estrada, finalmente chegamos a Hamburgo. O hotel que ficaríamos não ficava muito longe agora.
O celular de Bill tocava.
- Alô? – Ele atende. – Olá Kate! Não, estou perto agora. Em cinco minutos estarei ai. – Bill continua respondendo á alguma pergunta fácil de deduzir. – Ok, eu também. – Ele desliga.
Chegamos ao hotel, finalmente. Estava lotado de jovens. Provável que já sabiam quem estaria hospedado no local.
Bill deu a volta com o carro e entrou no estacionamento evitando tumulto. Saímos do carro e ele me ajudou novamente com as malas.
Ao atravessarmos a porta de entrada, o lugar era suntuoso e esplendido. Eu sabia que apenas os melhores estava há minha vista naquele hotel. A sensação de vitória, era por saber que agora seria reconhecida e ainda trabalhando com minha banda preferida, era incrível isso. Sem tirar o prazer de estar ao lado de quem eu amava, de certa forma.
Bill passava pelas pessoas distribuindo sorrisos e olhos simpáticos, enquanto eu esbanjava meu ar virgem do local, Bill estava muito introspectivo. Eu não queria ser olhada como uma idiota que nunca esteve num hotel luxuoso antes, mesmo sendo a minha primeira vez em um.
Entramos no elevador e Bill apertou o botão do terceiro andar.
- Sem chaves? – Perguntei curiosa.
- Temos um andar fechado somente para nós, as chaves estão com os seguranças. Poderá escolher o quarto que quiser. – Bill olhou para mim com um ar de cansaço.
As portas do elevador se abriram.
Cinco seguranças caminhavam de uma ponta á outra no enorme corredor. Confesso que isso me assustava.
Bill caminhava á minha frente levando minhas malas. Eu não sabia a onde ele estava me levando, eu apenas o segui.
Ele cumprimentou um dos seguranças e abriu uma das portas do corredor. Era uma sala enorme.
- Chegamos! – Bill soltou minhas malas e apoiou os braços em sua cintura.
Eu pude ver Tom, com suas tranças perfeitamente caídas ao longo de seu peito coberto pela camisa branca duas vezes maior que ele, Georg com seus cabelos lisos e dourados realçando a cor esmeralda de seus olhos, e Gustav com seu fiel boné preto e os olhos curiosos por trás dos óculos de grau, sentados no sofá, e mais várias pessoas que eu não conhecia, contando com duas mulheres, uma loira não muito bonita aparentando ter quase quarenta anos, e uma morena mais nova e também mais bonita, junto com três homens, um moreno mais velho e também mais baixo, outro mais alto e mais novo e um de cabelos grisalhos, porém mais novo que o primeiro.
Meus olhos brilharam ao encontro da figura dos integrantes da banda, até minha emoção de estar conhecendo todos pessoalmente ser cortada pela mulher morena mais nova que veio correndo ao encontro de Bill, que a recebeu com um abraço terno e logo depois seus lábios se encontraram.
Eu segurava minha bolsa nas mãos, mas a deixei cair pela dormência que senti em toda extensão de meu corpo. Aquilo foi como um golpe certeiro em algo que batia dentro de mim. Minha vontade era de sair correndo naquele momento, seja a onde fosse, e deixar jorrar lagrimas incessaveis de meus olhos, até morrer de angustia.
Mas eu não podia demonstrar nenhum abalo.
Quando deus lábios já não estavam mais em encontro, Bill virou-se sorrindo para mim, que forcei um sorriso não muito convincente.
- Sophie, esta é Kate Adler, minha namorada. – Bill apresentou a mulher que me mediu dos pés á cabeça.
- Olá senhorita Adler, prazer em conhecer-la. – Minha voz falhava em cada palavra.
- O prazer é todo nosso, senhorita Hildebrand. – Kate continuava me medindo com os olhos caramelo não muito convidadivos.
Pelo o que parecia, todos já me conheciam por alí.
- Essa é Sophie Hildebrand, nossa nova maquiadora. – Bill me puxou pelo braço para sua frente e todos me olharam por um momento com sorrisos de boas vindas.
- Seja bem vinda á familia, Sophie! – Tom falou com seu ar informal, o que me deixou totalmente á vontade. Tirando pelo fato de não querer olhar para trás e ter que me deparar com Kate abraçada á cintura de Bill e lembrar da cena que eu havia visto minutos atrás.
- Obrigada. – Respondi sem saber o que dizer.
- Sente-se conosco Sophie! – Georg bateu com a mão no espaço vazio ao seu lado no sofá para que eu me sentasse.
Caminhei em sua direção e sente-me ao lado de Georg e Tom.
Observei Kate e Bill, mesmo desejando permanecer meus olhos longe deles.
- ... Eu disse que não queria mulher novamente. Você é surdo? Eu não quero mulheres nessa equipe sem ser eu e a Sabine. – Kate bronquiava em um tom um pouco alto demais para Bill, que fazia sinal para que ela falasse baixo.
- Não ligue para ela. Terá que se acostumar com a presença dela, assim como todos nós também tivemos. – Tom cochichou para mim.
- Se acostumar? Porque? – Perguntei e Georg me olhou como se o cansasse pensar naquilo.
- Ninguém aqui gosta dela, á não ser o Bill. Ela é ciumenta demais, trata ele como empregado, despreza seus atos e tudo a irrita. Todos aqui sabem que eu e Bill somos inceparaveis, mas depois dela... – Tom deu uma pausa fuzilando Kate com os olhos. – Procuro nem chegar perto de Bill. – Tom finalizou a frase, chochichando ainda mais baixo.
- Cansamos de dizer para Bill que ele merece algo melhor... mas sabe, ele procurou tanto pela “alma gemea” e quando finalmente resolveu se relacionar com alguem, foi justo com a pessoa errada, e essa pessoa errada o deixou completamente cego. – Georg chochichou para mim também.
- É como eu digo... Bill escolheu, escolheu, e acabou sendo escolhido. – Tom concluiu.
- Isso é terrível. – Falei olhando para Tom e depois para Georg.
- O duro é ver que ele não está feliz como desejava estar, mas ele acredita que está feliz apenas por ter alguém com ele. – Gustav apoiou-se na perna de Georg para chochichar para mim.
- Ok, isso é mais do que terrível. – Falei para Gustav. – E a ultima maquiadora, o que aconteceu com ela? – Perguntei e Gustav voltou a sentar-se no sofá sem responder.
Procurei a resposta no rosto de Tom que ainda fuzilava Kate.
- Ela não aguentou mais e desistiu do cargo. – Tom falou em um tom de voz normal agora.
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Estou adorar a fanfic e já pus o teu blog nos meus favoritos !
ResponderExcluirbeijinhos*
http://dreamsow.blogspot.com