- Porque eu deveria? – Me irritei ao celular.
- Porque você é a única que pode resolver isso! – Uma mulher gritou ao fundo e Nanda desligou o telefone no mesmo instante.
Passou várias coisas em minha cabeça nesse instante. Entre elas, jogar o celular de uma vez no lago e continuar ali com Bill como se nada estivesse acontecendo naquele hotel. Mas, aquilo iria me deixar inquieta, algo ruim parecia estar realmente acontecendo.
Coloquei o celular no bolso da calça lutando contra minha enorme vontade de jogar-lo no lago.
- O que esta acontecendo? – Bill me olhava assustado. Provavelmente ele havia escutado a gritaria que com certeza podia ser ouvida mesmo estando longe do celular.
- Não sei. Nanda disse para eu ir para o hotel, e tinha duas pessoas discutindo aos gritos. Para completar ela ainda disse que só eu posso resolver isso. Mas eu não tenho nem idéia do que houve. – Expliquei.
Bill permanecia com um olhar assustado para mim.
- Mas eu não quero ir. Não mesmo. – Completei.
- E se for algo grave?
Suspirei fundo com uma tristeza que tomou conta de mim imediatamente. Sempre tinham que estragar meus momentos com Bill.
Bill me abraçou e eu envolvi meu rosto sobre seu peito.
- Eu vou com você até lá. Mas depois quero que você se mude definitivamente para o meu hotel. Bom... definitivamente, enquanto eu e os garotos estivermos em Hamburgo. – Bill falou enquanto beijava o alto de minha cabeça.
- E quando vocês forem embora? – Senti uma pontada de medo me invadir.
- Vocês não! Nós! Você continuará morando no mesmo hotel que eu. – Bill sorriu e eu sorri também e assenti.
Ele não iria me deixar mais.
Andamos até a saída do parque e Bill permanecia me envolvendo com seu braço para me aquecer.
- Preparada para correr? – Bill parou á alguns passos da saída do parque.
- Correr?
- No momento que eu aparecer na rua, praticamente todos iram me cercar. Então o melhor será correr. – Bill riu.
Claro, eu namorava o cantor mais famoso da Alemanha, eu havia me esquecido desse detalhe.
Continuamos andando até a saída, quando já estávamos na rua, não demorou nem um segundo e já se podiam ouvir gritos por todos os lados.
Bill me segurou pela mão e atravessamos correndo a rua e continuamos correndo até o hotel. Quando chegamos á porta de vidro do hotel, Bill se enrolou e não conseguia abrir-la. Olhei para trás e uma enorme multidão vinha em nossa direção. Comecei empurrar a porta com meu corpo junto com ele, e a recepcionista do hotel viu nossa dificuldade e desespero e logo abriu a porta sem que nós víssemos e acabamos caindo ao chão. A multidão agora estava mais perto e não tivemos tempo de levantar para entrar, fomos engatinhando até o hall de entrada e a recepcionista fechou a porta bem á tempo. Logo estava lotado de fãs batendo na porta de vidro.
Sentei-me no chão enquanto passava o susto, e Bill também ficou alguns segundos se recuperando e logo começou á gargalhar.
A risada dele era tão contagiante e doce que chegava á fazer carinho nos ouvidos.
Comecei a rir também e ele se levantou me dando a mão para eu se levantar também.
A recepcionista olhava para nós com um olhar tão assustado que chegava á ser engraçado, nos fazendo rir ainda mais.
Fomos até o elevador e entramos nele. Dei um passo á frente para apertar o botão do meu andar enquanto as portas do elevador se fechavam. Virei-me para encontrar o rosto de Bill e ele me olhava com um sorriso torto e com uma das sobrancelhas erguida. Se ele estava tentando me seduzir, com certeza conseguiu.
Aproximei-me dele e logo ele envolveu suas mãos em minha cintura me puxando para mais perto dele, enquanto seus lábios se prenderam aos meus. Automaticamente enrosquei meus dedos em seu moicano, enquanto podia o sentir apertar minha cintura com a mesma força que ele me apertava contra o seu corpo.
Estamos completamente entretidos um com o outro que mal podemos perceber que havia chegado ao meu andar.
Me afastei de Bill e percebi que havia uma senhora parada na frente da porta do elevador nos fuzilando com os olhos.
Bill ficou completamente sem graça e me puxou pela cintura para fora do elevador e só pude ouvir a senhora dizer enquanto nos afastávamos “Que pouca vergonha!”. Eu ri para si mesma.
Andamos até o quarto de Nanda e já se podiam ouvir os gritos vindos de dentro do quarto. Um deles eu reconheci, era o de Tom.
Bati na porta cinco vezes e Nanda a abriu com um olhar desesperado e cansado.
Olhei para dentro de seu quarto, e lá estava, Natalie e Tom discutindo agressivamente. Por um instante até pude pensar que Tom iria a agredir, de tão alterado que ele estava.
- O que ela está fazendo aqui? – Bill sussurrou em meu ouvido.
- É uma longa história, depois eu te explico! – Entrei no quarto de Nanda e me coloquei entre os dois.
- Parem com isso agora! Qual é problema de vocês? – Gritei e eles pararam no mesmo instante.
- Qual é o problema? Eu venho aqui chamar a Nanda para sair e encontro com essa loira maluca aqui dentro! – Tom lançava uma enorme fúria sobre Natalie.
Olhei para Natalie esperando explicação.
- Nanda me convidou para entrar, só isso!
- Pare de nos perseguir! Estou farto de você! – Tom continuava gritando.
- Natalie é o problema meu e da Samy. Porque você está se alterando tanto com ela sendo que ela nem é o seu problema? – Bill se intrometeu interrompendo Tom que no mesmo instante pareceu encolher com a pergunta de Bill.
domingo, 31 de janeiro de 2010
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UI *-*
ResponderExcluirtambem estou curiosa... porque o tom ta tao estressadino com a historia da samy e do bill?
posta logo o proximo o/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMomento atlético da noite ushus.
ResponderExcluir-
Tinha que ser a Natalie o motivo de toda essa confusão! u.u'
sem dúvidas "Natalie é do MAL".
Nanda à convidou para entrar? Nosfafa!
Mas por que? Pra que? Haaa!
--
:O
Bill e seu lado "Ponto de Interrogação".
Qual será a resposta do Tom?
Uau.
Não me aguento de ansiedade. : OOO
Ficou absurdamente perfeito esse cap.
~Ceh!~