Bill me olhou pelo canto dos olhos e não esperou eu dizer nada, apenas caminhou até a porta e a abriu.
- Bill, o que aconteceu? Fiquei preocupada! – Natalie se lançou para cima de Bill o abraçando.
Minha vontade era de pegar Natalie pelos cabelos e arrastar-la pelo corredor todo do hotel até desfigurar seu rosto no chão áspero. Mas eu não podia, Bill adorava Natalie, e o que eu menos queria era deixar-lo magoado.
- Natalie, não vê? Estou com Samy, por isso que não fui. – Bill a afastou.
Natalie era um anjo perto de Bill. Sua voz era delicada e meiga e seus olhos eram preocupados. Tudo aquilo parecia á transformar em uma mulher inofensiva e até mesmo se eu já não a conhecesse, podia até achar-la uma pessoa legal e que eu adoraria ter como amiga confidente. Mas aquilo tudo era uma mascara, e apenas eu, Tom e Nanda sabíamos o monstro que existia por trás dela. E custe o que custasse, eu tinha que desmascarar-la e acabar com aquele fingimento nojento dela perto de Bill.
- Ela te atrapalha tanto assim? – Natalie era meiga com Bill, mas seus olhos me fuzilavam discretamente.
- O que? – Bill riu-se para ela.
- Bill, olhe para ela, é apenas uma garotinha tola brasileira, você merece mais do que isso.
- Natalie, qual é o seu problema? – A voz de Bill era de irritação agora.
- Eu sei qual é o problema dela! Bill, você irá me escutar, agora! – Me aproximei e Natalie fechou as mãos em punho em reação á raiva que a tomava.
Bill me olhou com uma expressão assustada e esperou que eu começasse.
- Você pensar que ela é uma grande amiga. Você esta enganado! Isso tudo é uma mascara que ela usa para conquistar você...
- Cala boca, você nem me conhece! – Natalie explodiu de raiva o que fez Bill se assustar.
- Não conheço a Natalie da mascara, mas a por trás da mascara eu conheço muito bem!
Natalie ia começar á falar, mas Bill colocou a mão sobre sua boca enquanto olhava atentamente para mim para que eu continuasse.
- Quando eu cheguei aqui na Alemanha e a encontrei, ela não me ajudou, fez de conta que não me conhecia, quando eu consegui entrar, ela me colocou para fora, por isso que eu estava na rua no meio daquela chuva. Não foram seguranças desinformados, todo momento foi ela!
Bill olhava com uma expressão indefinida, era uma mistura de raiva, duvida e susto.
- Natalie, você não... – Bill tirou a mão de sua boca e a olhava com os olhos tristes.
- Bill, eu fiz isso tudo, porque eu te amo! – Natalie atirou-se em cima de Bill novamente agora o beijando.
Bill lutava tentando á afastar, mas eu sentia que ele tinha medo de machucar-la. Sim, ele não á machucou, mas machucou á mim.
Eu não podia ficar mais nenhum segundo naquele quarto. Passei por eles correndo e atravessei a porta e continuei até o fim do corredor.
Eu sentia um enorme ódio dentro de mim. Não era bom sentir isso, mas me passou pela cabeça diversas formas de como matar-la. As lagrimas escorriam pelo meu rosto e logo o ódio se transformou em uma tristeza angustiante.
Encostei-me na parede do corredor e fiquei ali, chorando. Era a única coisa que eu podia fazer naquele momento.
- Samy? O que aconteceu? – Tom apareceu ao meu lado. Fiquei algum instante me perguntando de onde ele havia saído, mas isso não importava. O abracei com todas minhas forças e Tom dava pequenos tapinhas singelos sobre minhas costas tentando me acalmar.
- Ó Tom, a Natalie... a Natalie, beijou o Bill na minha frente. – Gaguejei e as palavras travavam em minha garganta como se fossem proibidas de serem pronunciadas. Doía dizer aquilo.
- O que? – Tom gritou com uma enorme fúria. – Não, agora ela passou dos limites! – Tom continuou agora andando em direção do quarto de Bill.
Eu permaneci onde eu estava eu estava sem forças para andar, para falar, até mesmo para respirar.
Apenas podia ver Tom discutindo com Bill e depois carregando Natalie pelo braço no corredor, no mesmo instante Bill fechou a porta de seu quarto em uma batida alta que até fez eco.
- Natalie, você está despedida! Chega! Não aturo mais suas atitudes! Cansei! – Tom gritava ao ouvido de Natalie enquanto a arrastava pelo braço.
Natalie estava com os olhos chorosos e olhava para mim com fúria. Tom abriu a porta do elevador e a empurrou para dentro.
- Você não vai por bem, então vai por mal! – Tom gritava com Natalie ainda dentro do elevador até as portas se fecharem e a voz de Tom ficar abafada por elas.
Eu não sabia o que fazer, eu amava Bill, mas depois daquilo, eu não iria consegui mais nem ao menos falar com ele. Eu precisava ir para meu hotel esquecer o ocorrido, mas minhas coisas estavam no quarto dele, o que me obrigaria á ter que ir até ele de qualquer forma.
Andei lentamente até o quarto de Bill e bati na porta.
Bill abriu a porta com os olhos chorosos.
- Bill, apenas me entregue a minha mala.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
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Demorou mas chegou *-*' -E chegou com tudo Uh!-
ResponderExcluir-
Se a Samy precisar de sujestões de como acabar com a Natalie eu ajudo com prazer! -Muahaha-
Aplausos para o Tom! Ehhh!
-
"Bill, apenas me entregue minha mala."
-Nosfafa-
-
Parabéns a Fic está cada vez mais fissurante e simplesmente perfeita!
~Ceh!~