quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 46

Bill parou no mesmo instante e olhou para a porta ameaçando abrir-la.
- Não! Eu que quero ver quem é. – Puxei a mão de Bill e ele olhou para mim com uma expressão desconfiada, mas logo começou á rir.
- Ok, á vontade. – Bill me deu passagem para porta e caminhou até a cama pegando algo no chão que eu não pude ver.
Eu sabia que era Natalie, ela pensava que havia se livrado de mim, e eu jamais iria perder a chance de provocar-la.
Abri a porta lentamente e Natalie fez uma enorme expressão de susto quando me viu parada na porta.
- O que você está fazendo aqui? – Natalie começou com sua ignorância.
- Você que vem bater aqui e ainda vem me perguntar o que estou fazendo aqui? Poupe-me. – Respondi no mesmo tom que o dela.
- Eu vim atrás de Bill e não de você! Com licença. – Natalie virou os olhos e tentou entrar no quarto de Bill, mas eu me coloquei no meio da passagem a impedindo de entrar.
- Eu disse, com licença. – Natalie cruzava os braços á minha frente e me olhava com um olhar de ódio. Eu estava conseguindo á provocar.
- Ah, me desculpe, mas eu acho que não. – Olhei para ela sarcasticamente e ela trincava os dentes de raiva.
- Quer entrar? Então entra! – Dei passagem para ela e quando ela se aproximou da porta, fechei a porta em sua cara.
Bill chegou perto de mim, com uma expressão curiosa, ele parecia não ter escutado absolutamente nada.
- Porque Natalie não quis entrar? – Bill perguntou enquanto colocava uma mecha de meu cabelo atrás da orelha.
- Não sei, ela estava com pressa. – Menti.
- Oh, sim. Acho que alguém te ligou de manhãzinha. – Bill estava com meu celular em mãos e logo o colocou em minha mão olhando para mim com curiosidade.
Era óbvio que era a Nanda, ela deveria estar preocupada por causa da minha e a ausência de Bill na festa.
Olhei o número com cuidado e percebi que era desconhecido, não era o numero do celular de Nanda.
- Bom, não faço idéia de quem seja, mas acho melhor eu retornar para saber quem é. – Eu disse enquanto levava o dedo ás teclas para discar.
- Ok, faça isso, vou me trocar para a reunião. – Bill beijou meus lábios por alguns segundos e se afastou indo em direção de sua mala que estava encostada na parede do quarto.
Disquei os números enquanto eu me perguntava quem deveria ter me ligado.
Chamou diversas vezes, até que uma mulher atendeu.
- Samy? Filha? Meu deus, você está bem? – A mulher tinha uma voz desesperada pelo telefone. Eu conhecia aquela mulher, era minha mãe, não tinha como não reconhecer aquela voz.
- Mãe? É você mesma? – Senti meus olhos mergulharem em lagrimas quentes, que logo desceram pelo meu rosto.
- Claro filha! Você está bem? Onde você está?
- Mãe, eu estou na Alemanha e...
- Na Alemanha? Você ficou louca? – Ela me interrompeu gritando antes mesmo que eu terminasse.
- Antes que você tenha um ataque e acione a marinha, a aeronáutica e o serviço militar, saiba que eu estou bem e que eu nunca fui tão feliz como eu sou agora.
Um silencio de cinco segundos pairou pela ligação.
- Você esta com quem? – A voz dela estava mais calma.
- Bill Kaulitz.
- Esta realmente louca...
- Mãe... – Tentei me manifestar a interrompendo, mas ela continuou.
- Mas se você está feliz, é o que importa. Eu realmente senti uma pontada de alegria em sua voz quando disse o nome dele. Uma alegria que não sentia em você á muito tempo, e tão visível ao ponto de eu poder perceber apenas de escutar á sua voz.
Eu não conseguia dizer mais nada. Tudo que eu precisava era do apoio de minha mãe, e era incrível como ela conseguia ser a melhor mãe do mundo para mim até mesmo tão distante, e em algum lugar no mundo no qual eu não tinha a mínima idéia de onde.
- Mãe, eu...eu te amo. – Sussurrei com a voz tremula abafada pelas lagrimas.
- Eu também, filha. Apenas seja feliz, é o que eu mais desejo.
- Mãe, onde você está? – Senti uma enorme preocupação tomar conta de mim.
- Não se preocupe comigo, ok?! – Um enorme silencio voltou á pairar e logo a ligação caiu.
Fiquei vários minutos encarando o celular. Eu não sabia o que sentia naquele momento. Eu sentia saudades dela, eu queria abraçar-la, poder olhar para o rosto dela novamente. Mas eu me sentia feliz por ela não ter me repreendido, por eu estar ao lado daquele que agora era minha vida. Quando eu havia tomado a decisão de ir para a Alemanha atrás dele, eu estava abrindo mão de tudo, eu estava desistindo de absolutamente tudo, de amigos, familiares, enfim, de minha vida sem ele, e a saudade era uma coisa que eu teria que me acostumar. Eu jamais iria me arrepender do que eu havia feito. Estar com ele era meu objetivo de vida, e se fosse necessário morrer por ele, eu morreria. Nada era mais importante para mim do que Bill Kaulitz, agora.
- Era sua mãe. – A voz de Bill era suave ao meu ouvido enquanto ele me abraçava.
Abracei Bill e senti uma enorme paz pairar sobre mim.
- Me fez bem escutar o que você disse á ela, “eu nunca fui tão feliz como eu sou agora”. – Bill repetiu o que eu havia dito á minha mãe.
- Eu já disse que você é minha vida. – Sorri para ele.
- E como eu gosto de lembrar-se do momento que você me disse isso. – Bill piscou para mim e me fez corar.
- Bill, é sério! Abra a porta agora! Você, e não a garotinha! – Natalie gritava novamente á porta.

Um comentário:

  1. Samy dando com a porta na cara da Natalie -Perfeito- ushsuhs!
    -
    Muito meigo a mami's dela *-*
    -
    Uhh! piscadela do Bill *o*'
    -
    Simplesmente perfeito!

    E que venha o 47º o/

    ~Ceh!~

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