domingo, 31 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 51

- Porque eu deveria? – Me irritei ao celular.
- Porque você é a única que pode resolver isso! – Uma mulher gritou ao fundo e Nanda desligou o telefone no mesmo instante.
Passou várias coisas em minha cabeça nesse instante. Entre elas, jogar o celular de uma vez no lago e continuar ali com Bill como se nada estivesse acontecendo naquele hotel. Mas, aquilo iria me deixar inquieta, algo ruim parecia estar realmente acontecendo.
Coloquei o celular no bolso da calça lutando contra minha enorme vontade de jogar-lo no lago.
- O que esta acontecendo? – Bill me olhava assustado. Provavelmente ele havia escutado a gritaria que com certeza podia ser ouvida mesmo estando longe do celular.
- Não sei. Nanda disse para eu ir para o hotel, e tinha duas pessoas discutindo aos gritos. Para completar ela ainda disse que só eu posso resolver isso. Mas eu não tenho nem idéia do que houve. – Expliquei.
Bill permanecia com um olhar assustado para mim.
- Mas eu não quero ir. Não mesmo. – Completei.
- E se for algo grave?
Suspirei fundo com uma tristeza que tomou conta de mim imediatamente. Sempre tinham que estragar meus momentos com Bill.
Bill me abraçou e eu envolvi meu rosto sobre seu peito.
- Eu vou com você até lá. Mas depois quero que você se mude definitivamente para o meu hotel. Bom... definitivamente, enquanto eu e os garotos estivermos em Hamburgo. – Bill falou enquanto beijava o alto de minha cabeça.
- E quando vocês forem embora? – Senti uma pontada de medo me invadir.
- Vocês não! Nós! Você continuará morando no mesmo hotel que eu. – Bill sorriu e eu sorri também e assenti.
Ele não iria me deixar mais.
Andamos até a saída do parque e Bill permanecia me envolvendo com seu braço para me aquecer.
- Preparada para correr? – Bill parou á alguns passos da saída do parque.
- Correr?
- No momento que eu aparecer na rua, praticamente todos iram me cercar. Então o melhor será correr. – Bill riu.
Claro, eu namorava o cantor mais famoso da Alemanha, eu havia me esquecido desse detalhe.
Continuamos andando até a saída, quando já estávamos na rua, não demorou nem um segundo e já se podiam ouvir gritos por todos os lados.
Bill me segurou pela mão e atravessamos correndo a rua e continuamos correndo até o hotel. Quando chegamos á porta de vidro do hotel, Bill se enrolou e não conseguia abrir-la. Olhei para trás e uma enorme multidão vinha em nossa direção. Comecei empurrar a porta com meu corpo junto com ele, e a recepcionista do hotel viu nossa dificuldade e desespero e logo abriu a porta sem que nós víssemos e acabamos caindo ao chão. A multidão agora estava mais perto e não tivemos tempo de levantar para entrar, fomos engatinhando até o hall de entrada e a recepcionista fechou a porta bem á tempo. Logo estava lotado de fãs batendo na porta de vidro.
Sentei-me no chão enquanto passava o susto, e Bill também ficou alguns segundos se recuperando e logo começou á gargalhar.
A risada dele era tão contagiante e doce que chegava á fazer carinho nos ouvidos.
Comecei a rir também e ele se levantou me dando a mão para eu se levantar também.
A recepcionista olhava para nós com um olhar tão assustado que chegava á ser engraçado, nos fazendo rir ainda mais.
Fomos até o elevador e entramos nele. Dei um passo á frente para apertar o botão do meu andar enquanto as portas do elevador se fechavam. Virei-me para encontrar o rosto de Bill e ele me olhava com um sorriso torto e com uma das sobrancelhas erguida. Se ele estava tentando me seduzir, com certeza conseguiu.
Aproximei-me dele e logo ele envolveu suas mãos em minha cintura me puxando para mais perto dele, enquanto seus lábios se prenderam aos meus. Automaticamente enrosquei meus dedos em seu moicano, enquanto podia o sentir apertar minha cintura com a mesma força que ele me apertava contra o seu corpo.
Estamos completamente entretidos um com o outro que mal podemos perceber que havia chegado ao meu andar.
Me afastei de Bill e percebi que havia uma senhora parada na frente da porta do elevador nos fuzilando com os olhos.
Bill ficou completamente sem graça e me puxou pela cintura para fora do elevador e só pude ouvir a senhora dizer enquanto nos afastávamos “Que pouca vergonha!”. Eu ri para si mesma.
Andamos até o quarto de Nanda e já se podiam ouvir os gritos vindos de dentro do quarto. Um deles eu reconheci, era o de Tom.
Bati na porta cinco vezes e Nanda a abriu com um olhar desesperado e cansado.
Olhei para dentro de seu quarto, e lá estava, Natalie e Tom discutindo agressivamente. Por um instante até pude pensar que Tom iria a agredir, de tão alterado que ele estava.
- O que ela está fazendo aqui? – Bill sussurrou em meu ouvido.
- É uma longa história, depois eu te explico! – Entrei no quarto de Nanda e me coloquei entre os dois.
- Parem com isso agora! Qual é problema de vocês? – Gritei e eles pararam no mesmo instante.
- Qual é o problema? Eu venho aqui chamar a Nanda para sair e encontro com essa loira maluca aqui dentro! – Tom lançava uma enorme fúria sobre Natalie.
Olhei para Natalie esperando explicação.
- Nanda me convidou para entrar, só isso!
- Pare de nos perseguir! Estou farto de você! – Tom continuava gritando.
- Natalie é o problema meu e da Samy. Porque você está se alterando tanto com ela sendo que ela nem é o seu problema? – Bill se intrometeu interrompendo Tom que no mesmo instante pareceu encolher com a pergunta de Bill.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 50

A mão era macia, suave como seda, e entrelaçava os dedos nos meus lentamente, e a temperatura dela variava, sua palma era quente, mas as pontas dos dedos estavam frias, causando uma sensação gostosa ao encostarem-se às costas de minha mão.
Não havia ninguém no mundo que conhecia tão bem aquela mão quanto á mim.
Levantei a cabeça lentamente e o breu havia piorado, estava tudo mais escuro e a lua era totalmente branca e grande sobre o céu límpido infestado de estrelas com um brilho azulado celestial.
Olhei para a mão que envolvia a minha e acompanhei com os olhos até finalmente fitar o seu rosto.
A luz do luar refletia em sua pele á deixando completamente branca como a lua, e ele parecia brilhar como as estrelas, enquanto um sorriso singelo cortava sua boca que parecia estar azulada pela pouca luz que parecia estar toda focada nele. O reflexo iluminado da lua se transformava em pingos de diamantes em seus olhos, que me fitavam calorosamente com seu aspecto profundo e envidraçado.
Bill parecia um anjo.
Levei vários segundos para me recompor de tudo. Bill estava totalmente divino, mais do que o normal, e eu sentia o ar faltar em meio de minhas batidas rápidas e fortes do coração, que eu jurava que podia ser escutado á quilômetros.
- Bill? – Foi a única coisa que eu pude dizer. Eu não encontrava palavras para serem ditas, muito menos força para ás falar.
- Samy, você precisa me escutar. – A expressão dele era séria agora.
Eu assenti e fechei a minha boca engolindo a saliva enquanto eu respirava fundo tentando me acalmar em meio à divindade de Bill.
- Primeiramente, eu que pedi para Tom ligar para você vir para cá. Eu sabia que você não aceitaria se fosse eu na ligação. – Bill estava enganado, eu jamais recusaria um pedido dele, mas uma vez que eu já tinha o feito, eu já não sabia mais o que pensar sobre mim. – E, Samy... eu passei anos com Natalie, praticamente todos os dias de minha vida de famoso com ela, e eu nunca, jamais a vi mais do que uma amiga. Passei tanto tempo procurando minha outra metade, tanto tempo procurando pela minha alma gêmea, e com certeza não seria Natalie, se não eu já havia me rendido á ela á muito tempo. E você, apareceu de repente na minha vida e tomou conta dela de um dia para o outro, eu cheguei à conclusão que te amei desde o primeiro momento que te vi. E eu não consigo, não tenho forças para ficar longe você. Perder-te será como a morte para mim, porque eu sei que irei te amar por cada dia da minha vida, cada dia de minha existência, eu sinto isso dentro de mim, dentro de meu coração, e não importaria jamais o que acontecesse, eu jamais deixaria de te amar. Eu já disse isso para você, mais se for preciso, eu direi para você por todos os dias, o quanto for necessário para te convencer. Eu te amo Samy, e você não tem nem idéia do quanto. – Bill olhava profundamente em meus olhos, e eu podia ver a verdade nele tão profundamente que chegava á sentir minha alma deixar o meu corpo por alguns segundos e eu se esquecer de tudo que havia em nossa volta. Eu me negava até mesmo á piscar, para não perder nenhum segundo do brilho de diamante dos olhos dele.
Ele estava sendo sincero, muito para falar a verdade. Não tinha como negar isso. E eu apenas estava sentindo a maior alegria de minha vida naquele momento, eu me sentia sortuda.
Eu não podia dizer nada, eu estava sufocada pela emoção que sua declaração havia me provocado.
Apenas me atirei aos braços dele e o beijei ternamente enquanto minhas lagrimas escorriam pelo rosto e por um segundo pude sentir que lagrimas também molhavam o rosto dele.
- Bill, desculpe-me. Eu não devia ter saído do seu hotel, eu não devia... – Coloquei as palavras para fora de uma única vez, mas Bill me interrompeu colocando seu dedo sobre minha boca.
- Não tem que se desculpar. – Seu dedo escorregou de leve pelos meus lábios e meu queixo.
Eu ainda estava maravilha pela divindade de Bill naquela noite. Eu o olhava com tanta intensidade que chegava á deixar-lo sem graça.
Bill riu e o som de seu riso cortou o silencio da noite, com um som gostoso, que me fazia bem.
Eu o olhei com curiosidade para saber do que ele estava rindo.
- Acho que dessa noite não passa o nosso segredo. – Bill ria ainda.
- Segredo?
- Sim. Amanhã com certeza terá fotos rondando pelos programas de TV, internet, revistas, jornais. Já até imagino as manchetes “Bill Kaulitz com sua nova namorada.”. Bom, estamos na Alemanha Samy, e aqui, não temos folga. Parece que estamos sozinhos, mas, com certeza não estamos. – Bill sorriu para mim e seu sorriso brilhou com o reflexo da lua.
Olhei para trás fuzilando as arvores negras em meio o breu. Não se podia ver nada, mas eu concordava com Bill.
- E esta mais do que na hora do mundo inteiro saber disso. Com certeza, algumas fãs vão odiar, mas eu não ligo, eu estou feliz. – Bill continuou enquanto eu tentava ver algo em nossa volta.
- Se elas forem verdadeiras fãs, com certeza ficaram feliz por você estar feliz. – Bill sorriu com minha frase. Mas era verdade, elas teriam que aceitar, Bill não ficaria solteiro para sempre.
Caminhamos pelas trilhas do parque contornando o lago. A noite estava um pouco fria e Bill me envolvia com seu braço para me aquecer.
Tudo estava maravilhoso, mas o som do toque de meu celular acabou com tudo. Por um momento eu tive vontade de jogar-lo no lago, mas não o fiz.
Atendi com má vontade e me deparei com uma gritaria tremenda de várias pessoas.
- Samy, por favor, venha para o hotel agora! – Nanda estava desesperada ao telefone e eu podia escutar pessoas discutindo agressivamente ao fundo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 49

Não olhei no visor para ver quem era, apenas atendi.
-Alô?
- Samy, me encontre daqui meia hora no parque em frente de seu hotel! – A voz de Tom era firme. Não pude dizer mais nada, ele desligou logo depois de me dar a ordem.
Senti certa preocupação tomar conta de mim, a voz de Tom indicava que era algo sério.
Não quis me atrasar, mesmo que fosse daqui meia hora, ir á um parque, me parecia convidativo. Fazia muito tempo que minha vida apenas se passava dentro de hotéis, e ver algo que não fosse apenas camas, lençóis e travesseiros seria bom.
Meu cabelo ainda estava molhado pelo banho e isso me desconfortava. O prendi em um rabo de cavalo ao alto da cabeça e coloquei minha franja atrás da orelha.
Sai de meu quarto e enquanto eu trancava a porta senti alguém colocar a mão sobre meu ombro.
- Samy o que ouve? Porque não estava com Bill na festa? – Os olhos de Nanda eram curiosos e preocupados.
- Não ouve nada, apenas passei a noite com ele em seu hotel. – Dei de ombros.
- Você quer dizer que vocês...
- Sim. – Dei um meio sorriso para ela e ela explodiu de alegria.
- Samy fico tão feliz por vocês! – Nanda pulava enquanto me abraçava.
- É, mas aconteceram algumas coisas... – Abaixei a cabeça.
- Foi a Natalie de novo, não foi?! – Nanda fechou os olhos contendo sua raiva.
- Sempre foi ela. – Respirei fundo – Bom, mas agora tenho que resolver algumas coisas com Tom, depois nos falamos ok?! – Sorri para ela sem graça.
- Ok. Obrigada por tudo Samy. – Nanda sorriu para mim também.
Coloquei a chave de meu quarto no bolso da calça e fui em direção do elevador e entrando no mesmo.
Chegando ao hall de entrada, percebi que já se passavam seis da tarde e o céu já estava em seu tom alaranjado de por do sol. Caminhe até a saída e parei logo na calçada esperando o farol ficar vermelho para eu atravessar e ir até o parque.
Encostei-me em um poste que havia ao meu lado e senti alguém seguram meu braço.
Olhei assustada e logo reconheci a mulher irritante que era a razão principal por tudo de ruim que estava acontecendo.
- O que você quer? Já não basta ter arruinado tudo, você quer me perturbar ainda mais? – Gritei com Natalie e todos que passavam pela rua nos olharam.
- Acalme-se garotinha, eu só quero conversar com você. – Natalie olhou para os lados encarando as pessoas que nos olhavam.
- Conversar? Você quer conversar? Então converse com minha mão! – Eu estava alterada ao extremo. Descontei toda minha raiva no peso de minha mão que acertou seu rosto em um golpe certeiro e forte.
Natalie caiu ao chão em reação e todos em volta olhavam assustados para mim, mas eu não liguei, eu fiz o que eu desejava á algum tempo.
- E fique sabendo, que essa garotinha aqui se chama Samantha Meyer, minha querida. – Continuei lançando minha fúria para cima dela enquanto ela me olhava com um olhar sarcástico e sua boca sangrando por conta de meu golpe.
Naquele exato momento, eu me senti leve, fazer aquilo me fez bem.
Finalmente o farol ficou vermelho e me dirigi para atravessar a rua, mas Natalie segurou minha perna.
- Ok, já descontou sua raiva, agora me escute! Eu me arrependo de tudo, por favor, me ajude! Eu não tenho para onde ir, eu não tenho nada! – Natalie implorava enquanto chorava agarrada á minha perna. Ela estava se humilhando, e estava me fazendo passar vergonha. Mas por mais que eu a odiasse, eu não suportava ver ninguém naquela situação.
- Natalie, pare com isso! – A puxei pelo braço para ela se levantar mais ela não o fez.
- Samy, por favor! Eu estou desesperada! – Era a primeira vez que eu a via me chamando de Samy, confesso que senti que ela realmente falava a verdade.
- Natalie, olha me espere no hotel que depois eu falo com você! Agora eu preciso encontrar com Tom! – A puxei pelo braço novamente e ela finalmente se levantou assentindo enquanto secava as lagrimas.
Olhei em volta e todos estavam parados assistindo ao espetáculo meu e de Natalie. Fuzilei todos com os olhos e atravessei a rua indo em direção ao parque.
O parque era bonito, apesar de já estar escuro, eu podia ver a vegetação verde por todos os cantos. Havia um lago enorme que brilhava como diamante á luz da lua e uma enorme vegetação negra pela noite que o circulava ao fundo.
Aproximei-me do lago e me debrucei na grade que impedia a passagem para ele, e fiquei ali o observando. Cheguei até mesmo me esquecer de Tom que estava ali em algum lugar me esperando, de tudo que Natalie havia me feito, de minha mãe que estava em algum lugar nesse mundo. Enfim, eu havia se esquecido de todos meus problemas. Apenas uma coisa eu conseguia pensar, em Bill. Apenas vinha coisas boas em minha cabeça, os momentos que eu havia passado com ele.
- Samy? – Uma voz doce cortou a noite em meio de meu momento com o lago.
Olhei para o lado e não conseguia ver nada, tudo estava muito escuro e apenas a luz do luar clareava a noite singelamente. Pisquei várias vezes tentando ver alguma coisa e voltei meu olhar para o lago novamente, esperando alguém me chamar de novo, mas não o fez.
Minha mão estava livre pela grade do lago e eu a balançava no ritmo do vento. Abaixei minha cabeça sobre meus braços apoiados na grade e senti uma mão envolver a minha suavemente.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 48

Abaixei minha cabeça procurando não encontrar seus olhos. Seus olhos eram profundos, e ver o que Bill sentia naquele instante, com certeza me faria sentir uma angustia ainda maior, com certeza me mataria depois, se eu sobrevivesse ao agora.
- Samy, eu... não... por favor! – A voz de Bill era baixa e tremula, como de alguém chorando. Ele não podia estar chorando. Eu não ia olhar em seus olhos, eu não iria agüentar.
- Bill, eu apenas quero a minha mala. – Persisti sem olhar-lo.
Eu não sabia o que pensar naquele instante, eu queria ir embora, eu queria esquecer. Mas algo dentro de mim sabia que não era culpa dele, foi a Natalie que o beijou, ele não queria aquilo. Mas, pela primeira vez eu estava deixando minha razão tomar conta de tudo. Ele podia ter a afastado, mas não o fez. Eu realmente não sabia no que acreditar. Eu o amava demais, ele era a minha vida, mas eu não queria ser uma garota tola que engoliria tudo e fizesse de conta que não havia acontecido nada.
As lagrimas escorriam pelo meu rosto sem eu notar-las. Eu sentia muita raiva, muito ódio de Natalie. Eu queria mais era que ela morresse.
Senti as mãos de Bill roçarem meu rosto de leve. Suas mãos estavam frias, mas mesmo assim não deixavam de ser macias.
Permaneci com a cabeça baixa, mas Bill segurou meu rosto entre suas mãos e encontrar seus olhos foi inevitável.
- Samy, por favor, não faça isso. – Bill implorava com os olhos brilhando, mergulhados em lagrimas que desciam pelo seu rosto de feições doces. Era o maior pecado ver-lo assim, eu sentia que tudo era culpa minha, eu jamais queria ver Bill derramando uma lagrima que fosse. Eu me sentia um monstro, mas não era certo me sentir assim.
- Bill eu.... não! Não insista, por favor. – Me assustei comigo mesma, eu realmente estava sendo forte naquele momento, resistir ao pedido dele era impossível para mim, mas dizer não mostrou que nada é impossível, por mais que parecesse.
Bill não hesitou, apenas deu passagem para eu entrar. Sua face estava com expressões perturbadas, olhar para ele me fazia querer morrer.
Entrei rápido e peguei uma roupa qualquer em minha mala e as vesti tirando o roupão e o jogando sobre a cama. Apressei-me em pegar minha mala e ir em direção á porta. Bill permanecia imóvel no mesmo local.
- Você sabe que foi a Natalie. Você sabe que eu te amo. – A voz de Bill era baixa.
- Você também sabe que eu te amo. – Não me obriguei á dizer mais nada. Se eu ficasse mais um segundo olhando para ele, minha fraqueza iria tomar conta de mim. Eu tinha que aproveitar enquanto eu me sentia forte o bastante para pode sair daquele hotel.
Virei-me e caminhei até o elevador evitando olhar para trás. Eu estava sendo cruel comigo mesma.
Entrei no elevador e logo eu estava no hall de entrada e fui logo em direção á saída entrando no primeiro taxi que aparecia em minha frente.
Não demorou muito em meio de meu silencio monótono e logo eu estava em meu hotel.
Quando cheguei ao meu andar, pensei em ir falar com Nanda, mas eu não estava com forças para isso. Eu precisava tomar um banho e ficar sozinha.
Entrei em meu quarto e logo coloquei a mala sobre a cama e levei a mão automaticamente em meu colar. Eu já sentia a falta dele, mas eu precisava de um ou dois dias para me acalmar.
Tirei minhas roupas e caminhei até o banheiro, ligando o chuveiro e entrando em baixo dele deixando a água quente cair sobre meu corpo.
Senti minhas costas arderem conforme a água caia sobre ela.
Quando acabei o banho, olhei-me no espelho de corpo inteiro que havia atrás da porta do banheiro, e localizei aranhões longos e avermelhados nas minhas costas. Os acompanhei com a ponta dos dedos e eles arderam em reação.
Eu não conseguia me lembrar da dor desses arranhões na noite passada, eu só me lembrava que adorava quando Bill me apertava com suas unhas.
Senti uma enorme alegria voltar á mim ao lembrar-se da noite que eu passara com Bill.
Comecei a me arrepender de ter saído do hotel dele. Ele realmente não queria uma garota por uma noite, e o que ele teve comigo, foi por amor mesmo, e Natalie nunca, jamais passará por isso. Ela havia o beijado, mas ele não queria aquilo, eu realmente fui cruel não só comigo, mas com ele também. Eu podia simplesmente ter a arrancado de cima de Bill pelos cabelos e a arrastado pelo chão áspero, assim como eu queria fazer quando logo á vi entrar no quarto.
Vesti uma blusa preta e uma calça jeans e arrumei meu cabelo.
Sentei-me na cama em prantos. Eu estava mal comigo mesma, com tudo que havia ocorrido, com tudo que eu havia feito e deixado de fazer. Deitei-me na cama tentando limpar minha mente e não pensar em nada, deixar tudo no escuro, esquecer de tudo por um momento. Mas fui interrompida com o toque de meu celular.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 47

Bill me olhou pelo canto dos olhos e não esperou eu dizer nada, apenas caminhou até a porta e a abriu.
- Bill, o que aconteceu? Fiquei preocupada! – Natalie se lançou para cima de Bill o abraçando.
Minha vontade era de pegar Natalie pelos cabelos e arrastar-la pelo corredor todo do hotel até desfigurar seu rosto no chão áspero. Mas eu não podia, Bill adorava Natalie, e o que eu menos queria era deixar-lo magoado.
- Natalie, não vê? Estou com Samy, por isso que não fui. – Bill a afastou.
Natalie era um anjo perto de Bill. Sua voz era delicada e meiga e seus olhos eram preocupados. Tudo aquilo parecia á transformar em uma mulher inofensiva e até mesmo se eu já não a conhecesse, podia até achar-la uma pessoa legal e que eu adoraria ter como amiga confidente. Mas aquilo tudo era uma mascara, e apenas eu, Tom e Nanda sabíamos o monstro que existia por trás dela. E custe o que custasse, eu tinha que desmascarar-la e acabar com aquele fingimento nojento dela perto de Bill.
- Ela te atrapalha tanto assim? – Natalie era meiga com Bill, mas seus olhos me fuzilavam discretamente.
- O que? – Bill riu-se para ela.
- Bill, olhe para ela, é apenas uma garotinha tola brasileira, você merece mais do que isso.
- Natalie, qual é o seu problema? – A voz de Bill era de irritação agora.
- Eu sei qual é o problema dela! Bill, você irá me escutar, agora! – Me aproximei e Natalie fechou as mãos em punho em reação á raiva que a tomava.
Bill me olhou com uma expressão assustada e esperou que eu começasse.
- Você pensar que ela é uma grande amiga. Você esta enganado! Isso tudo é uma mascara que ela usa para conquistar você...
- Cala boca, você nem me conhece! – Natalie explodiu de raiva o que fez Bill se assustar.
- Não conheço a Natalie da mascara, mas a por trás da mascara eu conheço muito bem!
Natalie ia começar á falar, mas Bill colocou a mão sobre sua boca enquanto olhava atentamente para mim para que eu continuasse.
- Quando eu cheguei aqui na Alemanha e a encontrei, ela não me ajudou, fez de conta que não me conhecia, quando eu consegui entrar, ela me colocou para fora, por isso que eu estava na rua no meio daquela chuva. Não foram seguranças desinformados, todo momento foi ela!
Bill olhava com uma expressão indefinida, era uma mistura de raiva, duvida e susto.
- Natalie, você não... – Bill tirou a mão de sua boca e a olhava com os olhos tristes.
- Bill, eu fiz isso tudo, porque eu te amo! – Natalie atirou-se em cima de Bill novamente agora o beijando.
Bill lutava tentando á afastar, mas eu sentia que ele tinha medo de machucar-la. Sim, ele não á machucou, mas machucou á mim.
Eu não podia ficar mais nenhum segundo naquele quarto. Passei por eles correndo e atravessei a porta e continuei até o fim do corredor.
Eu sentia um enorme ódio dentro de mim. Não era bom sentir isso, mas me passou pela cabeça diversas formas de como matar-la. As lagrimas escorriam pelo meu rosto e logo o ódio se transformou em uma tristeza angustiante.
Encostei-me na parede do corredor e fiquei ali, chorando. Era a única coisa que eu podia fazer naquele momento.
- Samy? O que aconteceu? – Tom apareceu ao meu lado. Fiquei algum instante me perguntando de onde ele havia saído, mas isso não importava. O abracei com todas minhas forças e Tom dava pequenos tapinhas singelos sobre minhas costas tentando me acalmar.
- Ó Tom, a Natalie... a Natalie, beijou o Bill na minha frente. – Gaguejei e as palavras travavam em minha garganta como se fossem proibidas de serem pronunciadas. Doía dizer aquilo.
- O que? – Tom gritou com uma enorme fúria. – Não, agora ela passou dos limites! – Tom continuou agora andando em direção do quarto de Bill.
Eu permaneci onde eu estava eu estava sem forças para andar, para falar, até mesmo para respirar.
Apenas podia ver Tom discutindo com Bill e depois carregando Natalie pelo braço no corredor, no mesmo instante Bill fechou a porta de seu quarto em uma batida alta que até fez eco.
- Natalie, você está despedida! Chega! Não aturo mais suas atitudes! Cansei! – Tom gritava ao ouvido de Natalie enquanto a arrastava pelo braço.
Natalie estava com os olhos chorosos e olhava para mim com fúria. Tom abriu a porta do elevador e a empurrou para dentro.
- Você não vai por bem, então vai por mal! – Tom gritava com Natalie ainda dentro do elevador até as portas se fecharem e a voz de Tom ficar abafada por elas.
Eu não sabia o que fazer, eu amava Bill, mas depois daquilo, eu não iria consegui mais nem ao menos falar com ele. Eu precisava ir para meu hotel esquecer o ocorrido, mas minhas coisas estavam no quarto dele, o que me obrigaria á ter que ir até ele de qualquer forma.
Andei lentamente até o quarto de Bill e bati na porta.
Bill abriu a porta com os olhos chorosos.
- Bill, apenas me entregue a minha mala.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 46

Bill parou no mesmo instante e olhou para a porta ameaçando abrir-la.
- Não! Eu que quero ver quem é. – Puxei a mão de Bill e ele olhou para mim com uma expressão desconfiada, mas logo começou á rir.
- Ok, á vontade. – Bill me deu passagem para porta e caminhou até a cama pegando algo no chão que eu não pude ver.
Eu sabia que era Natalie, ela pensava que havia se livrado de mim, e eu jamais iria perder a chance de provocar-la.
Abri a porta lentamente e Natalie fez uma enorme expressão de susto quando me viu parada na porta.
- O que você está fazendo aqui? – Natalie começou com sua ignorância.
- Você que vem bater aqui e ainda vem me perguntar o que estou fazendo aqui? Poupe-me. – Respondi no mesmo tom que o dela.
- Eu vim atrás de Bill e não de você! Com licença. – Natalie virou os olhos e tentou entrar no quarto de Bill, mas eu me coloquei no meio da passagem a impedindo de entrar.
- Eu disse, com licença. – Natalie cruzava os braços á minha frente e me olhava com um olhar de ódio. Eu estava conseguindo á provocar.
- Ah, me desculpe, mas eu acho que não. – Olhei para ela sarcasticamente e ela trincava os dentes de raiva.
- Quer entrar? Então entra! – Dei passagem para ela e quando ela se aproximou da porta, fechei a porta em sua cara.
Bill chegou perto de mim, com uma expressão curiosa, ele parecia não ter escutado absolutamente nada.
- Porque Natalie não quis entrar? – Bill perguntou enquanto colocava uma mecha de meu cabelo atrás da orelha.
- Não sei, ela estava com pressa. – Menti.
- Oh, sim. Acho que alguém te ligou de manhãzinha. – Bill estava com meu celular em mãos e logo o colocou em minha mão olhando para mim com curiosidade.
Era óbvio que era a Nanda, ela deveria estar preocupada por causa da minha e a ausência de Bill na festa.
Olhei o número com cuidado e percebi que era desconhecido, não era o numero do celular de Nanda.
- Bom, não faço idéia de quem seja, mas acho melhor eu retornar para saber quem é. – Eu disse enquanto levava o dedo ás teclas para discar.
- Ok, faça isso, vou me trocar para a reunião. – Bill beijou meus lábios por alguns segundos e se afastou indo em direção de sua mala que estava encostada na parede do quarto.
Disquei os números enquanto eu me perguntava quem deveria ter me ligado.
Chamou diversas vezes, até que uma mulher atendeu.
- Samy? Filha? Meu deus, você está bem? – A mulher tinha uma voz desesperada pelo telefone. Eu conhecia aquela mulher, era minha mãe, não tinha como não reconhecer aquela voz.
- Mãe? É você mesma? – Senti meus olhos mergulharem em lagrimas quentes, que logo desceram pelo meu rosto.
- Claro filha! Você está bem? Onde você está?
- Mãe, eu estou na Alemanha e...
- Na Alemanha? Você ficou louca? – Ela me interrompeu gritando antes mesmo que eu terminasse.
- Antes que você tenha um ataque e acione a marinha, a aeronáutica e o serviço militar, saiba que eu estou bem e que eu nunca fui tão feliz como eu sou agora.
Um silencio de cinco segundos pairou pela ligação.
- Você esta com quem? – A voz dela estava mais calma.
- Bill Kaulitz.
- Esta realmente louca...
- Mãe... – Tentei me manifestar a interrompendo, mas ela continuou.
- Mas se você está feliz, é o que importa. Eu realmente senti uma pontada de alegria em sua voz quando disse o nome dele. Uma alegria que não sentia em você á muito tempo, e tão visível ao ponto de eu poder perceber apenas de escutar á sua voz.
Eu não conseguia dizer mais nada. Tudo que eu precisava era do apoio de minha mãe, e era incrível como ela conseguia ser a melhor mãe do mundo para mim até mesmo tão distante, e em algum lugar no mundo no qual eu não tinha a mínima idéia de onde.
- Mãe, eu...eu te amo. – Sussurrei com a voz tremula abafada pelas lagrimas.
- Eu também, filha. Apenas seja feliz, é o que eu mais desejo.
- Mãe, onde você está? – Senti uma enorme preocupação tomar conta de mim.
- Não se preocupe comigo, ok?! – Um enorme silencio voltou á pairar e logo a ligação caiu.
Fiquei vários minutos encarando o celular. Eu não sabia o que sentia naquele momento. Eu sentia saudades dela, eu queria abraçar-la, poder olhar para o rosto dela novamente. Mas eu me sentia feliz por ela não ter me repreendido, por eu estar ao lado daquele que agora era minha vida. Quando eu havia tomado a decisão de ir para a Alemanha atrás dele, eu estava abrindo mão de tudo, eu estava desistindo de absolutamente tudo, de amigos, familiares, enfim, de minha vida sem ele, e a saudade era uma coisa que eu teria que me acostumar. Eu jamais iria me arrepender do que eu havia feito. Estar com ele era meu objetivo de vida, e se fosse necessário morrer por ele, eu morreria. Nada era mais importante para mim do que Bill Kaulitz, agora.
- Era sua mãe. – A voz de Bill era suave ao meu ouvido enquanto ele me abraçava.
Abracei Bill e senti uma enorme paz pairar sobre mim.
- Me fez bem escutar o que você disse á ela, “eu nunca fui tão feliz como eu sou agora”. – Bill repetiu o que eu havia dito á minha mãe.
- Eu já disse que você é minha vida. – Sorri para ele.
- E como eu gosto de lembrar-se do momento que você me disse isso. – Bill piscou para mim e me fez corar.
- Bill, é sério! Abra a porta agora! Você, e não a garotinha! – Natalie gritava novamente á porta.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 45

Uma luz cortava meus olhos através das pálpebras e uma brisa quente soprava sobre meu rosto. Abri os olhos lutando contra a luz do sol quente que atravessava a janela e quase me cegava, parecia sol de meio de tarde, um sol que fazia a pele arder, parecia até que eu estava de volta ao Brasil, mas senti uma alegria enorme se formar dentro de mim, assim que percebi que a madrugada passada não havia sido um sonho, havia realmente acontecido. Bill dormia em completa serenidade ao meu lado, parecia um anjo com suas feições perfeitas mergulhado em um mundo de sonhos. Ele estava completamente aconchegado em seu travesseiro macio e o lençol fino de ceda que nos cobria caia sobre seu corpo e o definia através do pano. Eu poderia passar horas ali o admirando, tentando me fazer acreditar que tudo aquilo era real.
- Bill? Ei Bill! Bill abra essa porta agora! – Tom gritava enquanto batia na porta inúmeras vezes.
Eu me desesperei, lógico. Eu não queria acordar Bill de seu doce sono, mas se eu deixasse Tom continuar com aquele barulho todo, com certeza o iria acordar.
Levantei-me correndo e avistei dois roupões em cima de uma estante no quarto e o vesti, mas acabei me enrolando na hora de amarrá-lo, e Tom continuava desesperadamente batendo na porta e chamando por Bill.
Senti mãos envolverem minha cintura e automaticamente levei um susto.
- Bom dia, ou melhor, boa tarde. – Bill me abraçava com um sorriso enorme nos lábios enquanto encostava seus lábios nos meus por um instante. Ele realmente estava radiante.
- Bill, eu sei que você está aí! Abra agora! – Tom continuava agora com uma voz mais irritada sobre a porta.
Bill me soltou e levou á mão na maçaneta da porta enquanto eu caminhava até o bar para beber uma água, e avistei minha mala em cima do sofá. Provavelmente ele havia mandando alguém trazer para cá.
- Bill, porque você não foi á festa da Comet? Você tem noção do que isso prejudicou? Milhões de repórteres ficaram inventando rumores do tipo “integrantes da banda Tokio Hotel haviam brigado com seu vocalista”. – Tom estava irritado, e destacava o rumor dos repórteres entre aspas com seus dedos ao ar enquanto entrava no quarto de Bill.
Tom parou no mesmo instante quando percebeu que Bill estava apenas de roupão e levantou apenas uma sobrancelha para ele.
- O que foi? – Bill especulou.
Eu pegava gelo para colocar em minha água, e no mesmo instante deixei um cair ao chão, o que chamou a atenção de Tom para mim. Eu estava totalmente sem graça, e apenas levantei a mão o dizendo ‘Oi’.
- Samantha? Ah, agora está tudo explicado. – Tom sorriu sarcasticamente para Bill.
- Ótimo. – Bill levou a mão na porta a abrindo para Tom.
- Tá me expulsando?
Bill apenas o fuzilou com os olhos, mas em vez de Tom sair, quem entrou correndo foi Georg.
- Meu Deus, Bill Kaulitz falta em uma festa e o mundo acaba. – Bill falou se dirigindo para Georg que fazia uma expressão de duvida.
- Calma, só vim ver se você estava vivo. – Georg levantou as mãos dizendo que não tinha culpa.
- Se eu estou aqui em pé, acho que estou vivo, certo?! – Bill cruzava os braços para Georg.
Georg não o deu atenção, e logo me avistou no bar e abriu um enorme sorriso.
- Samy, é você mesma? Eles me disseram que você estava aqui na Alemanha, mas eu não estava acreditando até agora. – Georg se dirigia até a mim com os braços abertos para me abraçar.
Georg me abraçou apertado e eu finalmente pude lembrar como era bom abraçar Georg. Ele era tão amigável, poderia dizer que era o melhor amigo que alguém poderia ter. Alguém que se podia colocar toda sua confiança, pois jamais te decepcionaria.
Pude ver a expressão de impaciência de Bill olhando para nós, através do cabelo sedoso de Georg.
- Posso? – Ouvi mais alguém falando com Bill.
- Claro, já estão todos aqui dentro mesmo. – Bill virava os olhos.
Avistei a silhueta de Gustav atravessando e porta. Gustav não parou para perguntar absolutamente nada para Bill, apenas se dirigiu até á mim também com um sorriso meigo, um sorriso que era raro ver em Gustav, pois sempre estava sério, e aquilo me deixou maravilhada.
- Samy, senti saudades! – Gustav me abraçou também fortemente. Pude sentir as mesmas afeições por Gustav que a de Georg.
- É tão bom ver todos vocês! – Me dirigi para Georg e Gustav e os dois sorriram em sintonia para mim.
- Bom, temos que ir. – Georg puxou Gustav pelo braço enquanto caminhavam até a porta. Eu os segui e Bill logo me puxou pela cintura me colocando ao seu lado.
Os dois saíram do quarto dando tchau e sumiram no corredor. Tom permanecia parado em seu lugar.
- Nessas circunstancias, eu perdôo sua ausência na festa. Mas não irei te perdoar se faltar á reunião da banda daqui exatamente uma hora. – Tom olhava ao relógio sorrindo para si mesmo.
- Eu estarei lá. – Bill virou os olhos para Tom e Tom saiu do quarto sem olhar para trás, e logo Bill fechou a porta.
Bill me puxou para mais perto dele, colando seu corpo no meu, enquanto beijava meu pescoço e me fazia arrepiar.
Estávamos á sós novamente, mas foi por pouco tempo.
- Bill? – Uma voz feminina abafada chamava contra a porta enquanto batia na mesma.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 44

- Samy, o que aconteceu aqui? – Bill perguntava enquanto roçava a ponta dos dedos no pequeno corte no canto de minha boca.
- Eu apenas caí em cima dos cacos e acabei me machucando, só isso.
- Levei um enorme susto quando cheguei aqui.
- Imagino. E vocês? Ganharam o prêmio? – Mudei de assunto antes que eu não agüentasse e começasse a contar tudo sobre Natalie.
- Claro. Somos os melhores esqueceu? – Bill tirava sua blusa molhada enquanto falava.
- Claro que não. – O abracei colocando o rosto sobre seu peito nu.
- Samy, nós temos uma party after show agora, e eu gostaria que você fosse.
- Tudo que tiver você no meio, eu topo. – Sorri para Bill.
- Ok, mas agora coloque uma jaqueta minha para irmos para o hotel tirar essas roupas. Não quero ver Tom olhando para você daquela forma de novo.
Sorri para mim mesma. Bill havia ficado com ciúmes.
Deixei minhas mãos escorregarem pelo seu peito e Bill puxou meu rosto beijando meus lábios enquanto me prendia contra seu corpo.
- Nós temos que ir Samy. – Bill sussurrou em meu ouvido o que me fez arrepiar.
Ele caminhou até os cabides pegou duas jaquetas pretas e me entregou uma enquanto vestia a outra.
Vesti a jaqueta e enquanto eu estava arrumando a gola, Bill se aproximou e fechou o zíper para mim.
Bill abriu a porta e me puxou para fora do camarim.
- Tom, eu estou indo para o hotel trocar de roupa, vão indo na frente para a festa. – Bill avisou Tom que ainda conversava com Nanda.
Olhei para Nanda e ela sorriu para mim e eu fiz o mesmo.
Bill envolveu o braço pela minha cintura e caminhamos até uma porta que saia no estacionamento. Ele se aproximou de um carro cinza e logo abriu a porta para eu entrar.
Sentei-me no banco do carona e fechei a porta, e logo Bill entrou sentando-se no banco do motorista.
- Sem seguranças? – perguntei.
- Não é necessário. – Bill respondeu enquanto ligava o carro.
- Meu hotel é aqui do lado, porque vamos de carro?
- Vamos passar no meu primeiro.
Os vidros eram totalmente filmados e com a escuridão da madrugada não era possível ver absolutamente nada através das janelas laterais.
Durante o percurso fui contando para Bill tudo o que havia acontecido até eu chegar lá, apenas descartei as partes de Natalie, eu queria mostrar realmente quem era ela para Bill com a ajuda de Tom.
O hotel de Bill não ficava muito longe e logo chegamos. Bill estacionou na porta e tudo estava calmo, provavelmente porque já eram quatro da manhã.
O hotel era lindo, parecia um castelo cheio de colunas brancas e luzes amarelas. Saímos do carro e Bill me segurou pela mão entrelaçando os dedos nos meus, enquanto entravamos no hotel.
Mal acabávamos de entrar no elevador e já saímos. Seu quarto era no terceiro andar.
A porta de seu quarto era protegida por senha, e ele a digitou nos números que havia logo á cima do trinco e a porta se abriu automaticamente.
Bill entrou fechando a porta e logo levando a mão na jaqueta para tirar-la.
O quarto era enorme, parecia uma casa completa. Havia sala, bar, quarto e até mesmo sala de jantar. Era incrível.
- Fique á vontade. – Bill brincou em meio de minha expressão de surpresa enquanto caminhava até o bar e pegava uma garrafa de champanhe e servia em duas taças com uma cereja.
Sentei-me no sofá e tirei a jaqueta também a colocando sobre meu colo.
Bill caminhou até á mim me entregando uma taça enquanto bebia na sua.
- Vou ali me trocar. – Bill caminhou até do outro lado onde encontrava se a cama.
Levantei-me e caminhei até o muro que separava os cômodos enquanto acabava de beber o champanhe.
Bill passou por mim apenas de boxer preta e uma camisa com os botões abertos com o peito nu á mostra, enquanto levava a sua taça até o bar.
Eu só podia estar sonhando.
Encostei-me na parede impedindo sua passagem enquanto contornava meus lábios com a cereja da taça e o olhava maliciosamente.
Bill virou-se para mim e parou encostando-se na mesma parede que eu enquanto cruzava os braços e me olhava com uma expressão de sarcasmo.
- Samantha, esta tentando me provocar?
Era justamente o que eu queria. O provocar.
Eu não pensei duas vezes, o puxei pelas abas da camisa e o beijei.
Bill encostou-me na parede enquanto passava a beijar meu pescoço. Sua língua encostava na minha pele e seu piercing me causava arrepios. Senti suas mãos entrarem por baixo de minha camiseta e a fazia subir aos poucos até tirar-la. Suas unhas me faziam tremer ao deslizar suas mãos em meu corpo.
Eu passava as mãos sobre suas costas e fazia descer cada vez mais sua camisa, até ela cair ao chão, eu podia sentir Bill arrepiar com isso.
O corpo quente de Bill estava colado ao meu e sua respiração ofegante acariciava meu rosto.
Puxei com a boca o colar de metal que ele usava enquanto o olhava com um olhar mais malicioso ainda, o que o provocou muito mais, fazendo o entrelaçar os dedos em meus cabelos com tanta firmeza que até doía. Seus lábios eram urgentes nos meus, e eu podia sentir que Bill me desejava naquele instante.
Enquanto Bill me beijava ele me guiava até a cama enquanto uma de suas mãos desabotoava e descia o zíper de minha calça. Suas mãos acariciavam minha cintura e faziam a calça descer lentamente.
Bill me deitou na cama com um ar selvagem mais ainda assim com muita delicadeza e cuidado, enquanto me beijava apaixonadamente e segurava meus braços contra a cama.
Consegui lutar contra suas mãos que me seguravam e o empurrei o fazendo deitar sobre cama enquanto eu me colocava por cima dele.
Comecei á beijar seu pescoço e eu podia sentir suas unhas arranharem minhas costas. Desci beijando seu peito até aquela cobiçada estrela que eu tanto desejava. Contornei a estrela com meus lábios e aquilo fazia Bill sentir prazer causando uma ereção.
Tirei sua Boxer lentamente enquanto voltava á beijar seus lábios. Eu estava tão envolvida pelos seus beijos excitantes e acaricias quentes que mal pude sentir-lo tirar minha calcinha.
Bill mordia meu lábio inferior quando pude sentir-lo dentro de mim.
Nesse exato momento eu pude sentir que eu era uma propriedade dele, que éramos uma só pessoa, e isso me agradava, muito.
Bill gemia baixinho em meu ouvido e isso era excitante. Ele aumentava a velocidade, me fazendo gemer também. Eu podia sentir suas unhas apertarem minhas costas me causando grandes arrepios e aumentando ainda mais a sensação de prazer.
Quando chegamos ao desfecho Bill acariciava meu rosto com um lindo sorriso nos lábios.
- Eu te amo e eu sinto que isso é mais forte do que eu. – Bill sussurrou em meu ouvido me fazendo sentir uma onda de borboletas no estomago.
Deitei-me em seu peito enquanto ele me acariciava.
- Você é minha vida. – sussurrei.
Ficamos naquele momento por alguns instantes até o sono tomar conta de nós.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 43

Minhas mãos estavam começando á ficar enrugadas e a camiseta branca que eu usava estava totalmente colada ao meu corpo, o que me incomodava.
Eu já não sabia dizer o que eram gotas de chuvas e o que eram minhas lagrimas, eu já não sabia distinguir se eu ainda chorava ou não. Nanda estava demorando em ligar, eu havia dado uma missão muito difícil para ela, e eu já estava me deixando convencer que ela não iria conseguir.
Mas tudo mudou assim que meu celular tocou.
- Samy? Eu consegui! Estou aqui com Tom e Bill! Eles estão indo atrás de você. Estou orgulhosa de mim. – Nanda ria de emoção e fiz o mesmo. Nanda realmente era um anjo na minha vida.
Ouvi dois bips e a ligação caiu. Olhei no visor do meu celular e a bateria havia acabado. Dei graças á deus por ela não ter acabado antes.
Continuei sentada na calçada e deixando as gotas caírem em meu rosto e um enorme sorriso tomar conta de mim.
- Samy? – ouvi a voz de Bill ecoar de longe.
Levantei-me e virei para trás e avistei Bill acompanhado de dois seguranças que seguravam um enorme guarda-chuva para ele.
Bill não pareceu se importar se chovia ou não, ele correu em minha direção deixando a chuva o molhar também, e me beijou enquanto me erguia até sua altura em um abraço forte. Ele já estava todo molhado por causa da forte chuva que não cessava e eu podia sentir as doces curvas de seu corpo colado no meu.
Bill me soltou enquanto tirava seus cabelos do rosto e logo em seguida sorriu para mim enquanto segurava meu rosto entre suas mãos.
As gotas da chuva escorriam pelo seu rosto e contornavam sua boca, parecia até que as gotas tinham vida e tinham a noção do rosto mais bem esculpido que elas tocavam. Coloquei-me na ponta de meus pés e encostei meus lábios nos dele novamente, impedindo que as gotas voltassem a se aproveitar daquela boca que eu tanto enciumava.
- Senhor Kaulitz, o espetáculo esta quase no fim, é perigoso ficar aqui fora. – Um dos seguranças nos interrompeu.
Bill envolveu seu braço em minha cintura e me carregou junto dele até os seguranças que ainda seguravam o guarda-chuva.
- Acho que não precisamos mais disso. – Bill disse aos seguranças, mas eles permaneceram segurando o guarda-chuva.
Entramos pela porta dos fundos e logo estava Tom encostado na parede falando com Nanda. Nanda estava tão entretida com Tom que não tirava os olhos dele nenhum segundo.
Tom olhou para Bill o medindo dos pés á cabeça com uma das sobrancelhas levantada.
- Acho que você não sabe para que serve um guarda-chuva.
Bill não disse nada, apenas riu.
Tom voltou seu olhar para mim e percebi que minha camiseta branca estava transparente por estar molhada e logo cruzei os braços para disfarçar. Bill logo notou e me abraçou me colocando de costas para Tom enquanto o fuzilava com os olhos.
Tom riu e voltou a conversar com Nanda.
Bill me puxou para seu camarim e fechou a porta.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 42

"Capítulo contado por Nanda."

Desliguei o celular rapidamente, pois eu podia ouvir que eles já estavam acabando com o discurso. Eu tinha que correr.
Sai do banheiro correndo e empurrando todos que estavam na minha frente. Muitos reclamaram mais eu não ligava, eu tinha que ajudar Samy.
Aproximei-me da lateral do palco, e havia muitos fãs. Eu não ia conseguir chegar perto das grades, eu era muito alta, e isso era uma grande desvantagem nesse momento.
Logo avistei cada um deles se aproximando das grades. Bill deu apenas dois autógrafos e foi quase correndo até o corredor dos camarins, ele parecia ter pressa, e isso era mal, eu tinha que avisar um deles antes que Bill chegasse lá, como Samy havia dito.
Tom estava o mais próximo de mim, senti um enorme gelo se formar dentro de mim, era a primeira vez que eu chegava tão perto dele. Mas esse não era o momento para me deixar hipnotizar por ele, eu tinha que ajudar Samy.
Comecei chamar por Tom, ele parecia não ouvir, havia muitas meninas na minha frente que gritavam e faziam minha voz sumir. Tentei empurrar-las, mas foi sem sucesso.
Eu estava me dando por vencida, eu jamais iria conseguir chegar perto deles.
Encostei-me na parede para pensar em alguma solução e uma menina ao meu lado chorava muito.
- Você está bem? – perguntei.
- Não! Eu tinha um passe vip para conhecer-los no camarim, mas eu o perdi no meio da multidão. – A menina gritava enquanto chorava desesperadamente.
- Que pena. – Fiz uma expressão falsa de tristeza para ela e logo me coloquei para longe.
Era minha única alternativa. Encontrar aquele passe. Por mais que fosse algo mal, eu precisava mais entrar naquele camarim do que ela.
Infiltrei-me na multidão novamente, agora engatinhando entre as pernas de todos. Levei chutões, pisos nas mãos e até mesmo nos cabelos, mas eu não desisti. Encontrei o passe em baixo do pé de uma garota mal encarada e muito obesa. Não pedi licença, apenas puxei o passe e logo o coloquei no pescoço enquanto eu tentava sair da multidão.
Quando consegui sair, me coloquei de pé e corri até o segurança mais próximo mostrando o passe e logo corredor para dentro da área.
- Ei, garota, me deixe ver direito o seu passe. – O segurança gritou e eu parei no mesmo instante.
Aproximei-me dele enquanto eu me acalmava.
Ele pegou o passe e o virou de costas analisando. Logo percebi que havia a foto da menina no passe e todos os seus dados. O segurança logo levou a mão para segurar meu braço e me colocar para fora, mas eu fui mais rápida e corri para dentro do corredor dos camarins. Tom estava logo na minha frente falando com um homem que eu jamais havia visto.
- Tom! Tom! Tom! – Eu gritava e Tom olhou para mim com uma expressão assustada. Mas eu não pude chegar perto dele, o segurança me pegou e começou a me arrastar.
- Tom, por favor, eu tenho um recado da Samantha! – Gritei novamente enquanto o segurança me arrastava pelo corredor. Tom ao me ouvir citar Samantha logo voltou toda sua atenção para mim.
- Não! Ela pode ficar! – Tom ordenou ao segurança que me soltou no mesmo instante.
Corri ao seu encontro e o abracei em meio de minha histeria, aquilo parecia um sonho, eu finalmente estava conhecendo Tom.
- Ok, qual é o recado? – Tom falou sorrindo para mim e no mesmo instante escutamos uma porta bater com muita força e olhamos para trás.
- Onde está a Samantha? O que aconteceu no meu camarim? - Bill gritava no corredor e pude ver lagrimas escorrerem pelo seu lindo e delicado rosto.
- Me diga o recado da Samantha! Deve ser relacionado á esse escândalo do Bill. – Tom voltou seu olhar para mim novamente.
- Bom alguns seguranças desinformados a colocaram para fora. Mas ela não foi embora, ela permaneceu lá esperando por alguém ir buscar-la.
Tom assentiu e se virou para ir ao encontro de Bill, mas eu o segurei pelo braço.
- Tom, eu não queria te dizer... mas foi a Natalie. – Sussurrei para Tom e eu pude ver uma onda de raiva percorrer pelo seu olhar por um instante.
Encostei-me na parede e peguei o celular para ligar para Samy enquanto Tom caminhava até Bill para contá-lo o acontecido e o acalmar.

Para sempre você - cap. 41

Olhei para trás e lá estava Natalie apontando para mim enquanto dois seguranças corriam ao meu encontro.
Tentei correr deles, mas foi sem sucesso. Levei outro tombo, o que me atrasou e os fez me alcançar.
- Me soltem! Eu estou com o Bill! Soltem-me agora! – Eu gritava e me debatia, mas não adiantava em nada. Eles me ergueram pelo braço e me carregaram para fora enquanto Natalie ria.
Eles pareciam não me escutar e me jogaram em meio à chuva que acabara de começar.
Minha vontade era de arrancar fio por fio do cabelo daquela bruxa. Eu sentia pena de Bill por ter uma amiga tão falsa ao seu lado. Se ela realmente o amasse, desejaria o melhor para ele, e não era isso que ela estava fazendo. Eu estava começando á me convencer que o que realmente interessava para ela em Bill, eram somente a fama e o dinheiro. Senti um enorme nojo por ela.
Senti-me começar do zero novamente. Eu não devia ter saído do camarim como Bill havia me ordenado. Mas graças á minha falta de atenção, ali estava eu, do lado de fora, em baixo da chuva que estava começando á aumentar e me deixar encharcada, e para completar, o corte em minha boca começava a arder.
Eu não via nenhuma alternativa, eu não iria conseguir entrar novamente. Bill irá pensar que o deixei, ou pior, que me matei, por causa do sangue pelo chão. Eu realmente conseguia fazer tudo errado. Eu era uma idiota.
Sentei-me na calçada enquanto minhas lagrimas se misturavam com as gotas da chuva.
Eu estava perdendo as esperanças, quando lembrei-me de Nanda que ainda estava dentro do local.
Peguei o celular e disquei o seu numero, rezando para que ela o escutasse em meio do som alto.
Liguei uma, duas, três, até umas doze vezes, e ela não atendia. Estava começando a me desesperar, quando decidi ligar mais uma vez, e dessa vez ela atendeu.
- Alô? – Nanda gritava no celular por causa do som alto.
- Nanda! Pelo amor de Deus! Vá para um banheiro ou qualquer lugar que o som esteja mais baixo e me ligue! Eu preciso da sua ajuda! – Gritei no celular para que ela escutasse e ela me respondeu com um ‘OK’ e logo desligou.
Esperei alguns minutos olhando sem parar para a tela do celular enquanto a chuva aumentava mais ainda agora com trovões altos e uma ventania tremenda. Eu estava completamente molhada e minha única preocupação era proteger o celular da chuva.
Corri para baixo de uma arvore e logo o celular tocou.
- Nanda! Eu estou fora do evento!
- Como assim? – Nanda gritava de preocupação.
- Foi a Natalie! Ela e seus seguranças burros me colocaram para fora. E você é minha única esperança!
- O que você tem em mente?
- Nanda, eu preciso que você tente avisar á algum integrante da banda que alguns seguranças me colocaram para fora, para que avisem para Bill antes que ele chegue no camarim. – Expliquei.
- Samy, como eu vou fazer isso? – Nanda se desesperou.
- Tente ficar na lateral do palco, assim que eles descerem do palco para ir para os camarins, provavelmente eles iram parar nas grades para dar autógrafos. Tente falar com algum deles. – Sugeri.
- Ok Samy! Farei o que puder. – Nanda desligou o celular.
Sentei-me novamente na calçada, tudo que me restava agora era esperar e colocar todas minhas esperanças em Nanda.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Para sempre você - cap. 40

Eu entrei pela pequena fresta que Tom havia aberto e logo avistei a silhueta de Bill enquanto eu sentia a porta se fechar delicadamente sem fazer ruído logo atrás de mim.
Bill estava em pé de costas com um copo de água em uma das mãos e olhava atentamente uma revista sob uma mesa infestada de colares, anéis, luvas e entre diversas outras coisas que brilhavam contra o reflexo da luz.
Senti minha cabeça girar e eu perder os sentidos por um instante. Eu não conseguia acreditar. Ele estava de pé em minha frente. Eu estava perto dele novamente. Eu havia desistido de tudo apenas para poder ter-lo novamente. Apenas para poder tocar-lo mais uma vez, poder olhar em seus olhos e escutar atentamente sua voz direcionada somente para mim sem perder nenhum suspiro.
Senti a emoção tomar conta de mim tão bruscamente que me senti sufocar com a tamanha intensidade de minha lagrimas, o que me fez soltar um suspiro alto dizendo o seu nome. No mesmo instante, Bill soltou seu copo o deixando cair sobre o chão quebrando em inúmeros pedaços, enquanto seu corpo permanecia imóvel.
Eu não conseguia me movimentar nem um centímetro, eu sentia que eu ia despencar á qualquer momento, em meio de meus soluços altos.
Bill se virou lentamente e me focalizou com os olhos assustados que no mesmo instante se tornaram chorosos.
- Samy? – Sua voz ecôo pelo camarim e por um instante pareceu fazer eco dentro de mim também. Eu sentia saudade de ouvir ele me chamar, de o ouvir ele tocar o meu nome, de ouvir a sua voz.
Eu não pude dizer absolutamente nada, os soluços me dominavam, me impediam até mesmo de respirar direito. Eu pressionava a mão contra o peito tentando fazer parar, mas foi sem sucesso.
Bill atravessou o camarim em minha direção e me abraçou me envolvendo por completa enquanto seus doces lábios tocavam nos meus.
Meus soluços pararam no mesmo instante. Senti-me ressuscitar, senti a vida voltar ao meu corpo, senti que finalmente eu podia respirar novamente antes que meus pulmões se desintegrassem, senti as borboletas voltarem á voar desesperadamente em meu estomago.
Nada era comparado ao doce sabor dos lábios de Bill. E por mais que eu sentia falta de tudo nele, o que me fazia mais falta e que ficaria cravado em minha mente para sempre, era seus lábios, macios, doces e delicados.
Bill me abraçava com tanta força que parecia que queria me prender ali para sempre. E esse ‘sempre’ era o que eu mais desejava.
Minhas lagrimas quentes molhavam sem cessar meu rosto, eu estava muito feliz. Por alguns instantes eu pude pensar que jamais eu voltaria á tocar-lo, á olhar em seus olhos, á beijar-lo, mas, tudo havia sido uma vitória, eu havia conseguido.
Bill continuou com seus lábios agora beijando meu rosto e voltando a me abraçar.
- Samy, eu pensei que eu havia te perdido! Como você chegou aqui? E seus pais? – Bill estava com uma voz tremula e aliviada.
- Nada importa, o que importa é que eu estou aqui, e estarei sempre se você me permitir permanecer junto de você para sempre.
- Para sempre! – Bill afirmou enquanto me apertava em seu abraço.
Eu desejava prolongar aquele momento por horas e horas, mas percebi que isso não iria acontecer assim que bateram na porta.
- Sim? – Bill gritou.
- Bill, você tem dois minutos para estar na concentração do palco. Vocês serão os próximos, então se aprece. – David falava contra a porta com a voz abafada.
Bill gemeu de reprovação.
- Melhor eu ir, Samy. Por favor, não saia daqui, me espere! – Bill me ordenava enquanto eu ria.
- Bill, não seja bobo. Eu não vou á nenhum lugar! – Sorri para ele enquanto o beijava pela ultima vez antes dele sair pela porta correndo.
Respirei fundo e olhei em volta.
O camarim de Bill era muito arrumado, tudo estava em ordem. As roupas arrumadas por cores nos cabides, os acessório separados por bandejas, os sapatos separados por cor e tipo nas prateleiras e as maquiagens organizadas.
Aproximei-me da mesa que Bill estava antes para ver o que ele estava vendo na revista.
Havia um degrau pequeno um pouco á frente, o que infelizmente eu não pude notar e acabei prendendo o pé em sua borda e perdendo o equilíbrio, o que me fez cair sobre os cacos de vidro do copo que Bill havia derrubado.
Levantei-me aos poucos ainda tonta com a queda e percebi que o chão estava cheio de sangue. Coloquei-me de pé rapidamente e me olhei no espelho. Eu havia cortado de leve minhas mãos e o canto de minha boca onde escorria muito sangue. Eu realmente era uma tonta. Mais um pouco sozinha, era capaz de eu me matar.
Eu precisava limpar a ferida. Caminhei com cuidado até a porta e a abri me colocando para fora. Escutei uma voz anunciar Tokio Hotel e decidi dar uma espiada neles antes de ir ao banheiro e lavar meus machucados.
Enquanto eu caminhava pelo corredor até os fundos do palco escutei alguém gritar no corredor.
- É ela! A garota maníaca que tentou me bater lá fora!