sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Para sempre você - cap. 6

Eu tive um sonho, muito estranho. Agustina e Angelina estavam sentadas no chão no quarto delas e dando várias risadas enquanto arrumavam a bagunça de suas revistas. Eu me aproximei delas e elas me olharam nos olhos de uma maneira que nunca tinham feito. Agustina e Angelina me abraçaram forte demais.
- Nunca desista! – Elas disseram em coro enquanto me abraçaram.
Eu acordei sufocada, tentando respirar. Parecia que elas tinham me abraçado na realidade também com aquela força do sonho. Mais o sonho ficou na minha cabeça, e o que elas haviam me falado estava ecoando na minha cabeça com muita nitidez. Só que eu não entendia no que eu não deveria desistir.
Me levantei e olhei para os posters, como eu fazia diariamente, fiquei observando cada detalhe de Bill.
Eu estava perdidamente apaixonada por ele, mais meu amor era inútil. Ele não sabia que eu existia e provavelmente nunca iria saber. Mais mesmo sabendo disso, eu não conseguia me conter, eu o amava muito, á ponto de ter tornado ele a razão da minha própria vida.
O dia foi horrível. Minha mãe me contara que o carro pegou fogo no acidente, e que não tinha sobrado nada do corpo delas. Rose parecia um zumbi. Ela não comia, não falava, e chorava sem parar. E eu fiquei o dia todo sentada no sofá branco da sala branca. Eu não conseguia ir ao quarto delas, a frase delas do meu sonho continuava ecoando na minha cabeça e no quarto delas ficava mais alto como se elas estivessem comigo.
Dias se passaram, e era sempre a mesma coisa, Rose cada dia mais parecia um zumbi e eu cada vez mais estava espelhando Rose.
Em outra Segunda feria, onde já fazia um mês do falecimento das gêmeas. Eu resolvi ir para o quarto delas durante a tarde e ir procurar noticias sobre Tokio Hotel na internet para me distrair um pouco.
Entrei no site oficial do Brasil, e a primeira noticia estava em destaque com as letras bem grandes
“TOKIO HOTEL VIRÁ PARA O BRASIL DIA DEZENOVE DE JANEIRO”
Aquilo foi um choque para mim, eu comecei a chorar com a noticia, e depois da morte das gêmeas, era a primeira vez que eu chorava de alegria.
Só faltavam dois dias para dia 19, e eu não sabia como pedir para meus pais para voltar ao Brasil, ainda mais deixando Rose nessa situação. Mais eu queria muito ver eles e tomei coragem para conversar com eles. Desci as escadas quase gritando de ansiedade, mais eu contive minha alegria, não era uma boa hora para chegar na frente de Rose saltitando.

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