sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Para sempre você - cap. 1

Era um dia diferente, não estava mais frio, e um lindo sol ardia sobre minha pele branca demais, por causa da falta de sol. Brasil sempre foi quente, mais durante esses meses o clima havia mudado bruscamente, de uma maneira que nem parecia o bom e velho, Brasil. Mais pouco me importava agora, eu estava de férias, e as férias já tinham começado bem, com um lindo sol, que eu sentira falta durante dias.
As férias estavam ótimas, até meu pai inventar de irmos para a Argentina visitar Rose, amiga de minha mãe. Acabava de rever meu querido sol, e logo já tinha que dar adeus á ele novamente. Eu já me imaginava saindo do avião e mergulhando em um mar de gelo. Isso me fez tremer só de pensar.
Meu pai estava muito agitado com a idéia, e comprou as passagens antes de avisar á mim e minha mãe. Isso já estava óbvio demais, iria acordar amanhã, e já estaria ele segurando minha mala já pronta, e já iria querer sair sem ao menos esperar eu acordar direito.
E foi exatamente o que aconteceu.
Acordei com ele me chamando desesperado, para que eu me arrumasse logo. Como eu havia previsto, lá estava minha mala já pronta em cima de meu armário.
Me arrumei de qualquer jeito, e saímos de casa praticamente voando.
A viajem foi tranquila, apesar de eu ter dormido a maior parte dela.
Chegando na Argentina, o clima não estava como eu havia imaginado. Havia um sol tímido, mais estava quente. Isso me animou um pouco.
Pegamos o primeiro taxi que avistava, e meu pai foi praticamente saltitando para o banco do carona. Eu não conseguia entender, como uma pessoa poderia ficar tão contente em visitar uma pessoa que quase não conhecia.
Quando chegamos na casa de Rose, ela estava esperando por nós com suas duas filhas na varanda.
A casa era muito grande, e tinha uma cor diferente, eu fiquei em duvida se era azul ou lilás, mais isso variava com forme a luz do sol a iluminava; e tinha uma varanda branca, muito bonita, que me encantou com os detalhes das colunas.
Meus pais abraçaram Rose com demora, para matar as saudades. Eu a comprimentei com timidez, e então examinei as duas garotas ao lado dela. Elas estavam mais tímidas do que eu, e percebi então que eram gêmeas identicas.
- Não sejam mal educadas. – disse Rose para as gêmeas.
- Oi – elas disseram em coro.
- Oi – respondi abaixando a cabeça.
Fiquei aliviada por saber que elas falavam português, pelo menos eu não iria passar vexame com o meu portunhol ridículo.

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