sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Para sempre você - cap. 25

Bill pediu um prato de massa para nós, acompanhado de um vinho. Eu não bebia, mais aquela noite era especial.
Conversamos muito novamente, e em alguns momentos Bill acariciava minha mão por cima da mesa. Ás vezes eu podia sentir que algo o incomodava, mais eu não consegui descobrir o que era, e então me lembrei da briga que ele havia tido com Tom no ensaio, mais com certeza não seria isso, eles estavam ótimos quando Bill me levou para mostrar a nova música, mas resolvi perguntar.
- Bill, você ainda está chateado com Tom? – Perguntei enquanto brincava com o copo vazio em minhas mãos.
- Não. Tom apenas queria meu bem desde o começo, não devia ter brigado com ele, você estava certa. – Bill olhou para o chão.
- Ah, então foi por isso que vocês brigaram?! – Tentei parecer que não sabia de nada.
- É. Mais não foi nada. Já passou. – Bill sorriu para mim tentando encerrar o assunto.
Continuamos conversando coisas diversas e as horas passaram rapidamente e logo ficou tarde demais. Bill precisava dormir, foi um dia cheio para ele e amanhã seria o grande show.
Levantamos-nos e fomos abraçados até o elevador.
Bill continuava com um ar de incomodo e eu tive que perguntar.
- Bill, tem algo te incomodando? – Eu peguei em suas mãos. Era incrível como suas mãos eram tão macias e delicadas, pareciam pétalas de rosas.
Bill sorriu sem graça para mim e suspirou três vezes antes de começa á falar.
- Estou animado para o show de amanhã, mais não estou para o dia de amanhã. – Bill olhou para o chão novamente.
- Não entendi.
- O dia de amanhã não esta me animando, não quero que ele chegue, mais ao mesmo tempo, quero muito que o show chegue logo, é o show que mais estou ansioso para que aconteça. – Bill continuou olhando para o chão, agora falando mais baixo.
- Por quê? - Eu estava começando á ficar preocupada.
O elevador chegou ao nosso andar e nós saímos. Bill abriu a boca duas vezes, parecia que procurava as palavras para dizer. Com certeza algo não estava bem, e aquilo me fez sentir uma pontada muito forte em meu coração. Eu não suportava ver Bill triste, nem um pouquinho.
- Não é nada. Deve ser a ansiedade que está tirando meu animo. – Bill sorriu novamente sem graça.
Já estávamos na frente de meu quarto e eu ainda segurava a mão de Bill, eu não a queria soltar nunca mais.
- Bom, mais o que importa é que o show será amanhã. Finalmente. – Ele suspirou.
- Sim, finalmente. - sorri
- Boa noite Samy! – Bill me desejou com um lindo sorriso.
Eu o abracei.
- Eu te amo! – sussurrei em seu ouvido.
Bill pareceu enrijecer nesse momento e eu o soltei para poder ver sua expressão.
Sua expressão era de incomodo, seus olhos eram urgentes. Senti que não devia ter dito aquilo, ele não havia gostado.
- oh! Quer dizer... boa noite. – Eu disse rápido e me voltei para entrar em meu quarto. Mas Bill me segurou pelo braço.
- Espere... Não... Ok! Boa noite – Bill estava com uma expressão de dor e logo foi em direção de seu quarto entrando rapidamente nele.
- Desculpe. – eu disse sozinha.
Eu fiquei parada na porta de meu quarto por alguns minutos processando o que havia acabado de acontecer. Porque ele reagiu dessa forma? Eu não conseguia entender.
Entrei em meu quarto e deitei em minha cama. A imagem da expressão de Bill voltou com clareza em minha mente. Eu senti meu coração doer. Lagrimas quente escorreram pelo meu rosto. O que eu havia feito de errado?
Fechei meus olhos em meios as lagrimas e o sono começou a tomar conta de mim no mesmo instante.
Eu estava sozinha em uma rua, era uma tarde de outono, as folhas secas forravam o chão e rangiam conforme eu as pisava descalço. Eu sentia um enorme vazio em meu peito e gritava por Bill pela rua. Eu tinha meus pulsos enrolados em faixas embebidas em sangue. Minhas lagrimas ardiam enquanto escorriam pelo meu rosto. O vento era gelado e cortava minha pele exposta.
Acordei tremendo e com o coração batendo fortemente. O Sol batia em meu rosto e quando olhei no relógio, marcava quase uma da tarde.
Levantei-me rapidamente e depois de um banho me arrumei. O Show era hoje!
O sonho que eu havia tido ainda me causava certo desespero. Bebi um copo de água e me sentei no sofá olhando pela janela. Eu podia ouvi milhares de fã gritando na rua.
Fui em direção da porta e a abri olhando pela fresta.

2 comentários:

  1. ai que droga...
    sera que ela falou rapido demais seus sentimentos?
    parece que ele nao gostou muito...

    continua please ><
    rafa kaulitz

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