terça-feira, 3 de novembro de 2009

Para sempre você - cap. 17

Eu o olhei com curiosidade e me senti congelada por dentro.
- Sim? – Eu disse.
Ele continuou olhando para suas pulseiras abrindo um pouco os lábios, como se estivesse procurando as palavras certas para dizer.
- Tom me disse ontem, que eu estava diferente... sabe, mais animado com você e... – Ele foi interrompido quando as portas do elevador se abriram entrando uma senhora velha com uma bolsa grande pendurada no braço, que fuzilou Bill pelo canto dos olhos. Eu tive vontade de falar pouca e boas para ela, mas não queria criar confusão por besteira.
Bill olhou para mim e serrou os lábios voltando á olhar para suas pulseiras.
A porta se abriu em nosso andar e ele me puxou pela mão para fora do elevador. Ele permaneceu em silencio até chegarmos no salão de jantar.
Sentamos em uma mesa com apenas dois lugares nos fundos do salão.
- E como você estava dizendo... – Eu quebrei o silencio.
Ele apresentou um ar de timidez e voltou a mexer em suas pulseiras evitando o meu olhar.
- É que ...eu me irritei com o Tom naquele momento, mas eu estive pensando ...é verdade o que ele disse.
Eu não sabia o que dizer, mas eu precisava ouvir uma explicação.
- Como assim? – Eu perguntei com a voz tremula.
- Desde do momento que nos encontramos no aeroporto, eu me encantei com você. Eu não liguei muito, pois para mim você era como qualquer fã. Mas depois que nós viemos á ficar no mesmo hotel e eu te conheci melhor, eu passei á te ver mais do que uma fã. – Ele terminou com um longo suspiro.
Sim, naquele momento eu estava de boca aberta, eu estava com vontade de gritar, eu estava com vontade de chorar, de rir, de pular, e meu coração batia tão forte que me tirava o fôlego.
- Eu sei que é muito cedo para te dizer isso, afinal, nos conhecemos ontem, mas se eu não te dissesse isso agora, daqui quatro dias eu estaria de volta á Alemanha sem te dizer e provavelmente, seria difícil termos a sorte de nos encontrarmos novamente. – Ele completou.
Ele finalmente voltou seu olhar para mim. Seu olhar era preocupado, provavelmente com o resultado de tudo aquilo que ele havia dito e também com minha expressão difícil de decifrar se era de surpresa, choro ou seja lá o que parecia.
- Eu não sei o que falar... eu... eu... – Gaguejei com uma voz de choro e ele ameaçou a se levantar da cadeira.
- Oi? Estou atrapalhando vocês? – Uma voz vinha de trás de mim e Bill olhou com uma expressão de raiva no mesmo instante.

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