sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Para sempre você - cap. 23

Bill olhou no relógio por um estante.
- O que você quer me mostrar? – Eu perguntei com a voz um pouco rouca.
- É surpresa. – Ele sorriu para mim e envolveu seu braço em mim me puxando para perto dele.
Eu senti o ar faltar nesse exato momento.
As portas do elevador se abriram, e Bill me carregou junto dele para fora. Dois seguranças apareceram e Bill os seguiu para fora do hotel. Entramos em um carro preto com os vidros totalmente escuros, que estava sendo protegido por mais dois seguranças. Bill se sentou ao meu lado no banco de trás do carro.
- Bill, estou começando á ficar curiosa demais. Para onde você esta me levando? - Eu disse enquanto arrumava meu vestido.
- Surpresa é surpresa. – Ele sorriu para mim.
O motorista entrou no carro junto com um segurança que foi no banco do carona. O carro começou a rondar por São Paulo. Bill olhava ansioso pela janela e ás vezes parecia até mesmo uma criança admirando a paisagem.
Nós saímos do carro, e Bill tampou meus olhos me levanto junto á ele em algum lugar que eu não pude ver.
- Bill, isso é seqüestro. – Eu brinquei.
- Vou pedir uma grande quantia por você. – Ele riu e continuou tampando meus olhos.
Entramos em algum lugar que parecia ser grande, pois, os nossos passos faziam eco.
- Esta pronta? – Bill cochichou em meu ouvido e isso me fez estremecer.
- Sim! – Eu segurei suas mãos que ainda estavam sobre meu rosto.
Bill tirou suas mãos de meus olhos.
Eu me maravilhei com o que vi. Eu estava no palco onde eles iriam tocar na noite de amanhã.
Tom estava sentado em um banquinho com um violão nas mãos e sorria para mim.
- Bill, porque você me trouxe aqui? – Eu já estava me afogando em lagrimas. Bill secou-as e me levou até a cadeira que havia na frente do palco.
- Eu fiz uma música nova, eu queria que você fosse a primeira á ouvi-la. – Bill sorriu para mim enquanto me sentava na cadeira.
Ele caminhou até seu lugar á frente do microfone e Tom piscou para mim.
- A música se chama “Für immer Du” (Para sempre você) – Bill disse ao microfone.
Tom começou a tocar uma melodia lenta e linda, e Bill começou a cantar-la com sua voz de veludo. Eu não conseguia parar de chorar.
Bill cantava cada palavra angelicalmente e por um momento eu vi o mundo desaparecer, o tempo parar, e apenas restar aquele momento. Era a música mais linda que havia escutado.
Quando a música acabou, eu estava eufórica, aquele sem duvida era o melhor dia de minha vida, e jamais haveria outro melhor. Eu queria tanto que Bill soubesse que eu o amasse incondicionalmente, que ele fosse a razão de minha vida, mais eu tinha certeza que ele estava cansado de ouvir isso das fãs e que ele não iria acreditar em um amor real em mim além de fã. Mais eu precisava fazer alguma coisa, por mais que não desse certo, eu não podia desistir, eu queria Bill para mim.
Quando a música chegou ao fim, Bill continuou á frente do microfone e Tom se levantou do baquinho. Eu me levantei também e fui em direção deles.
- Meu deus! É a música mais linda que eu já ouvi. – Eu abracei Bill e não pude agüentar as lagrimas que continuavam escorrendo pelo meu rosto sem parar.
Bill me abraçou de uma forma que nunca havia feito antes, ele me envolvia mais em seu abraço, á ponto que eu podia escutar as batidas de seu coração tão claramente, que chegavam á ser uma doce melodia.
Tom riu baixinho.

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