Quinze minutos. Trinta minutos. Uma hora. Duas horas.
Os minutos pareciam passar rapidamente enquanto eu e Bill jogávamos conversa fora.
Eu contava o porquê que estava na Alemanha e todas minhas experiências na universidade, enquanto ele contava suas aventuras em cada show. Em nenhum momento hesitei em comentar que era fã da banda, isso poderia deixar-lo com uma visão diferente sobre mim.
Tudo aquilo era magnífico, Bill me divertia muito com suas historias, e eu podia sentir que também divertia ele. Isso era bom.
Depois de mais meia hora em estrada, finalmente chegamos a Hamburgo. O hotel que ficaríamos não ficava muito longe agora.
O celular de Bill tocava.
- Alô? – Ele atende. – Olá Kate! Não, estou perto agora. Em cinco minutos estarei ai. – Bill continua respondendo á alguma pergunta fácil de deduzir. – Ok, eu também. – Ele desliga.
Chegamos ao hotel, finalmente. Estava lotado de jovens. Provável que já sabiam quem estaria hospedado no local.
Bill deu a volta com o carro e entrou no estacionamento evitando tumulto. Saímos do carro e ele me ajudou novamente com as malas.
Ao atravessarmos a porta de entrada, o lugar era suntuoso e esplendido. Eu sabia que apenas os melhores estava há minha vista naquele hotel. A sensação de vitória, era por saber que agora seria reconhecida e ainda trabalhando com minha banda preferida, era incrível isso. Sem tirar o prazer de estar ao lado de quem eu amava, de certa forma.
Bill passava pelas pessoas distribuindo sorrisos e olhos simpáticos, enquanto eu esbanjava meu ar virgem do local, Bill estava muito introspectivo. Eu não queria ser olhada como uma idiota que nunca esteve num hotel luxuoso antes, mesmo sendo a minha primeira vez em um.
Entramos no elevador e Bill apertou o botão do terceiro andar.
- Sem chaves? – Perguntei curiosa.
- Temos um andar fechado somente para nós, as chaves estão com os seguranças. Poderá escolher o quarto que quiser. – Bill olhou para mim com um ar de cansaço.
As portas do elevador se abriram.
Cinco seguranças caminhavam de uma ponta á outra no enorme corredor. Confesso que isso me assustava.
Bill caminhava á minha frente levando minhas malas. Eu não sabia a onde ele estava me levando, eu apenas o segui.
Ele cumprimentou um dos seguranças e abriu uma das portas do corredor. Era uma sala enorme.
- Chegamos! – Bill soltou minhas malas e apoiou os braços em sua cintura.
Eu pude ver Tom, com suas tranças perfeitamente caídas ao longo de seu peito coberto pela camisa branca duas vezes maior que ele, Georg com seus cabelos lisos e dourados realçando a cor esmeralda de seus olhos, e Gustav com seu fiel boné preto e os olhos curiosos por trás dos óculos de grau, sentados no sofá, e mais várias pessoas que eu não conhecia, contando com duas mulheres, uma loira não muito bonita aparentando ter quase quarenta anos, e uma morena mais nova e também mais bonita, junto com três homens, um moreno mais velho e também mais baixo, outro mais alto e mais novo e um de cabelos grisalhos, porém mais novo que o primeiro.
Meus olhos brilharam ao encontro da figura dos integrantes da banda, até minha emoção de estar conhecendo todos pessoalmente ser cortada pela mulher morena mais nova que veio correndo ao encontro de Bill, que a recebeu com um abraço terno e logo depois seus lábios se encontraram.
Eu segurava minha bolsa nas mãos, mas a deixei cair pela dormência que senti em toda extensão de meu corpo. Aquilo foi como um golpe certeiro em algo que batia dentro de mim. Minha vontade era de sair correndo naquele momento, seja a onde fosse, e deixar jorrar lagrimas incessaveis de meus olhos, até morrer de angustia.
Mas eu não podia demonstrar nenhum abalo.
Quando deus lábios já não estavam mais em encontro, Bill virou-se sorrindo para mim, que forcei um sorriso não muito convincente.
- Sophie, esta é Kate Adler, minha namorada. – Bill apresentou a mulher que me mediu dos pés á cabeça.
- Olá senhorita Adler, prazer em conhecer-la. – Minha voz falhava em cada palavra.
- O prazer é todo nosso, senhorita Hildebrand. – Kate continuava me medindo com os olhos caramelo não muito convidadivos.
Pelo o que parecia, todos já me conheciam por alí.
- Essa é Sophie Hildebrand, nossa nova maquiadora. – Bill me puxou pelo braço para sua frente e todos me olharam por um momento com sorrisos de boas vindas.
- Seja bem vinda á familia, Sophie! – Tom falou com seu ar informal, o que me deixou totalmente á vontade. Tirando pelo fato de não querer olhar para trás e ter que me deparar com Kate abraçada á cintura de Bill e lembrar da cena que eu havia visto minutos atrás.
- Obrigada. – Respondi sem saber o que dizer.
- Sente-se conosco Sophie! – Georg bateu com a mão no espaço vazio ao seu lado no sofá para que eu me sentasse.
Caminhei em sua direção e sente-me ao lado de Georg e Tom.
Observei Kate e Bill, mesmo desejando permanecer meus olhos longe deles.
- ... Eu disse que não queria mulher novamente. Você é surdo? Eu não quero mulheres nessa equipe sem ser eu e a Sabine. – Kate bronquiava em um tom um pouco alto demais para Bill, que fazia sinal para que ela falasse baixo.
- Não ligue para ela. Terá que se acostumar com a presença dela, assim como todos nós também tivemos. – Tom cochichou para mim.
- Se acostumar? Porque? – Perguntei e Georg me olhou como se o cansasse pensar naquilo.
- Ninguém aqui gosta dela, á não ser o Bill. Ela é ciumenta demais, trata ele como empregado, despreza seus atos e tudo a irrita. Todos aqui sabem que eu e Bill somos inceparaveis, mas depois dela... – Tom deu uma pausa fuzilando Kate com os olhos. – Procuro nem chegar perto de Bill. – Tom finalizou a frase, chochichando ainda mais baixo.
- Cansamos de dizer para Bill que ele merece algo melhor... mas sabe, ele procurou tanto pela “alma gemea” e quando finalmente resolveu se relacionar com alguem, foi justo com a pessoa errada, e essa pessoa errada o deixou completamente cego. – Georg chochichou para mim também.
- É como eu digo... Bill escolheu, escolheu, e acabou sendo escolhido. – Tom concluiu.
- Isso é terrível. – Falei olhando para Tom e depois para Georg.
- O duro é ver que ele não está feliz como desejava estar, mas ele acredita que está feliz apenas por ter alguém com ele. – Gustav apoiou-se na perna de Georg para chochichar para mim.
- Ok, isso é mais do que terrível. – Falei para Gustav. – E a ultima maquiadora, o que aconteceu com ela? – Perguntei e Gustav voltou a sentar-se no sofá sem responder.
Procurei a resposta no rosto de Tom que ainda fuzilava Kate.
- Ela não aguentou mais e desistiu do cargo. – Tom falou em um tom de voz normal agora.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
So Closer Cap. 5 - Inesperado
Oito e meia da manhã, e lá estava eu, sentada no sofá perto da porta com minhas malas ao meu lado.
A ansiedade estava tão incontida dentro de mim que eu não havia nem se quer conseguido tomar café da manhã.
Eu olhava no relógio que parecia arrastar o ponteiro por cada número, lentamente. Tentei me acalmar repassando cada item de minha mala em minha cabeça para ter certeza de que não havia esquecido nada, mas me deixei perder a mente em algo muito mais interessante.
Aqueles olhos, aquelas mãos, aquele sorriso. Tão nítido ainda em minha mente, e fazia me sentir em uma tempestade de neve por dentro, só de pensar que veria tudo àquilo novamente.
Batidas na porta.
Meus olhos correram para o relógio novamente. Eram nove horas em ponto.
Levantei-me desnorteada com urgência para abrir a porta.
- Bom dia, senhorita Hildebrand! – A figura inesperada surgiu com um sorriso largo e divertido quando abri a porta, me causando um susto tão grande que comecei a rir em vez de ficar em choque.
- Bill! Meu Deus... desculpe. Bom dia senhor Kaulitz. – Me recompuz sem fôlego.
- Eu não esperava te assustar. – Bill riu também. Uma risada deliciosa de se ouvir.
- Desculpe novamente. Eu esperava um staff e não o próprio Bill Kaulitz em minha porta. Isso foi bem inesperado. – Brinquei.
- Ok, estará desculpada se me deixar ajudar-la a descer com as malas até o carro. – Bill apoiou um dos braços no batente da porta, me olhando através de seu óculos escuros.
- Claro, por favor. – Falei dando espaço para que ele entrasse em meu apartamento.
Bill hoje usava outro capuz, mas este era preto. Seus óculos escuros fiéis quando ele não usava maquiagem, e uma jaqueta preta de couro sintético criando contraste com sua calça jeans escura. Sempre muito elegante, não importava que ocasião.
Bill direcionou-se até minhas malas e pegou uma delas com facilidade. Eu me perdi na imagem. Nunca havia imaginado que um dia teria Bill Kaulitz em meu apartamento. Há dois dias atrás estava eu sentada em minha escrivaninha do escritório fazendo um esboço de seu rosto no papel, sem a nenhuma esperança de um dia se quer chegar perto dele, e hoje estava ele em minha sala, segurando minha mala.
O destino realmente era imprevisivel e irônico.
- Vamos? – Bill sorriu e eu sorri de volta pegando minha outra mala e uma bolsa com meus pertences mais importantes.
Dei uma ultima olhada em meu apartamento antes de trancar a porta e direcionar-me até o elevador junto de Bill.
O elevador já estava subindo para o andar que estavamos e quando as portas abriram, me deparei com Dirk que me olhou animado e perdeu a animaçao no mesmo instante em que avistou as malas e Bill ao meu lado.
- Bom dia Sophie. – Dirk quebrou a formalidade normal que os alemães tinham em se direcionar ás pessoas pelo sobrenome e olhou sério para Bill.
- Bom dia Dirk.- Manti a mesma linha de informalidade do rapaz e Bill me olhou sem entender o olhar do mesmo.
Dirk saiu do elevador e nós dois entramos nele. Dirk jogou um ultimo olhar estranho para Bill.
- Até mais. – Falei quebrando a tenção e ele sorriu por um momento até as portas do elevador se fecharem.
- Qual era o problema dele? – Bill perguntava enquanto arrumava os óculos no rosto.
- Eu não sei. Eu conheci ele ontem, não sei o que se passa com ele. – Respondi mais confusa do que Bill.
- Eu senti que ele não gostou muito de ver você com malas e um rapaz junto. – Bill riu.
- Que bobagem, eu conheci ele ontem! – Respondi rindo junto com Bill.
O elevador parou no estacionamento. Bill me guiou até um Audi A1 cinza, e pegou minha outra mala, novamente com uma facilidade incrivel, e as colocou dentro do porta-malas.
Ele foi um legitimo cavaleiro, abrindo a porta para mim do carro e entrando no mesmo logo em seguida.
- Pronta? A viagem será um pouco longa. – Bill ligou o carro sem ouvir minha resposta.
Bill dirigia elegantemente, era impossivel não admirar-lo com os olhos perdidos na estrada e as mãos levemente pousadas sobre o volante.
- Todos já estão em Hamburgo? – Quebrei o silêncio.
- Sim. Foram cedo de avião, o Tom não tem muita paciência para pegar estrada. Apenas faltam nós dois. – Bill respondeu enquanto parava o carro em um farol vermelho.
- Não teria sido mais confortável e menos estressante se tivesse ido de avião junto com todos? - Perguntei sem tirar os olhos dele em nenhum momento.
- Sim, teria. Mas preferi ir de carro com minha maquiadora para ter a chance de conhecer-la melhor durante a viagem. – Bill respondia enquanto me olhou com um sorriso por um momento até o farol ficar verde.
A ansiedade estava tão incontida dentro de mim que eu não havia nem se quer conseguido tomar café da manhã.
Eu olhava no relógio que parecia arrastar o ponteiro por cada número, lentamente. Tentei me acalmar repassando cada item de minha mala em minha cabeça para ter certeza de que não havia esquecido nada, mas me deixei perder a mente em algo muito mais interessante.
Aqueles olhos, aquelas mãos, aquele sorriso. Tão nítido ainda em minha mente, e fazia me sentir em uma tempestade de neve por dentro, só de pensar que veria tudo àquilo novamente.
Batidas na porta.
Meus olhos correram para o relógio novamente. Eram nove horas em ponto.
Levantei-me desnorteada com urgência para abrir a porta.
- Bom dia, senhorita Hildebrand! – A figura inesperada surgiu com um sorriso largo e divertido quando abri a porta, me causando um susto tão grande que comecei a rir em vez de ficar em choque.
- Bill! Meu Deus... desculpe. Bom dia senhor Kaulitz. – Me recompuz sem fôlego.
- Eu não esperava te assustar. – Bill riu também. Uma risada deliciosa de se ouvir.
- Desculpe novamente. Eu esperava um staff e não o próprio Bill Kaulitz em minha porta. Isso foi bem inesperado. – Brinquei.
- Ok, estará desculpada se me deixar ajudar-la a descer com as malas até o carro. – Bill apoiou um dos braços no batente da porta, me olhando através de seu óculos escuros.
- Claro, por favor. – Falei dando espaço para que ele entrasse em meu apartamento.
Bill hoje usava outro capuz, mas este era preto. Seus óculos escuros fiéis quando ele não usava maquiagem, e uma jaqueta preta de couro sintético criando contraste com sua calça jeans escura. Sempre muito elegante, não importava que ocasião.
Bill direcionou-se até minhas malas e pegou uma delas com facilidade. Eu me perdi na imagem. Nunca havia imaginado que um dia teria Bill Kaulitz em meu apartamento. Há dois dias atrás estava eu sentada em minha escrivaninha do escritório fazendo um esboço de seu rosto no papel, sem a nenhuma esperança de um dia se quer chegar perto dele, e hoje estava ele em minha sala, segurando minha mala.
O destino realmente era imprevisivel e irônico.
- Vamos? – Bill sorriu e eu sorri de volta pegando minha outra mala e uma bolsa com meus pertences mais importantes.
Dei uma ultima olhada em meu apartamento antes de trancar a porta e direcionar-me até o elevador junto de Bill.
O elevador já estava subindo para o andar que estavamos e quando as portas abriram, me deparei com Dirk que me olhou animado e perdeu a animaçao no mesmo instante em que avistou as malas e Bill ao meu lado.
- Bom dia Sophie. – Dirk quebrou a formalidade normal que os alemães tinham em se direcionar ás pessoas pelo sobrenome e olhou sério para Bill.
- Bom dia Dirk.- Manti a mesma linha de informalidade do rapaz e Bill me olhou sem entender o olhar do mesmo.
Dirk saiu do elevador e nós dois entramos nele. Dirk jogou um ultimo olhar estranho para Bill.
- Até mais. – Falei quebrando a tenção e ele sorriu por um momento até as portas do elevador se fecharem.
- Qual era o problema dele? – Bill perguntava enquanto arrumava os óculos no rosto.
- Eu não sei. Eu conheci ele ontem, não sei o que se passa com ele. – Respondi mais confusa do que Bill.
- Eu senti que ele não gostou muito de ver você com malas e um rapaz junto. – Bill riu.
- Que bobagem, eu conheci ele ontem! – Respondi rindo junto com Bill.
O elevador parou no estacionamento. Bill me guiou até um Audi A1 cinza, e pegou minha outra mala, novamente com uma facilidade incrivel, e as colocou dentro do porta-malas.
Ele foi um legitimo cavaleiro, abrindo a porta para mim do carro e entrando no mesmo logo em seguida.
- Pronta? A viagem será um pouco longa. – Bill ligou o carro sem ouvir minha resposta.
Bill dirigia elegantemente, era impossivel não admirar-lo com os olhos perdidos na estrada e as mãos levemente pousadas sobre o volante.
- Todos já estão em Hamburgo? – Quebrei o silêncio.
- Sim. Foram cedo de avião, o Tom não tem muita paciência para pegar estrada. Apenas faltam nós dois. – Bill respondeu enquanto parava o carro em um farol vermelho.
- Não teria sido mais confortável e menos estressante se tivesse ido de avião junto com todos? - Perguntei sem tirar os olhos dele em nenhum momento.
- Sim, teria. Mas preferi ir de carro com minha maquiadora para ter a chance de conhecer-la melhor durante a viagem. – Bill respondia enquanto me olhou com um sorriso por um momento até o farol ficar verde.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
So Closer Cap. 4 - Despedidas
Fiquei por tempo suficiente ali parada para todas as pessoas em volta me encararem como se eu fosse louca ou algo parecido.
Disfarcei pegando minha pasta e saindo ignorando completamente os olhares indesejados.
Senti meu celular vibrar no bolso da calça.
- Alô? – Atendi já deduzindo quem seria.
- Soph, aonde você está? Liguei como uma louca em sua casa! – Anne falava gritando ao celular, como de costume.
- Tive uma reunião de negócios. Boas notícias, esse é o melhor emprego que eu poderia ser contratada! – Falei sorrindo ao celular enquanto entrava em meu carro e colocava a pasta no porta-luvas.
- Essa é minha garota! Eu preciso de mais detalhes, podemos sair essa noite? – Anne continuava em seu tom de voz normal, elevado.
- Eu acho melhor não, Anne. Devo me preparar para o trabalho de amanhã. – Respondi enquanto ligava o carro.
- Ótimo. Ás nove horas eu estarei em seu apartamento então, junto com Monica. Até mais tarde Soph. – Anne se despediu e logo desligou o telefone sem ao menos me deixar pronunciar uma única palavra. Isso era típico dela.
Anne era minha melhor amiga. Eu havia a conhecido em meus primeiros dias na faculdade. Como eu era a estrangeira da turma, a maioria me olhava como se eu fosse uma atração de circo, mas com Anne foi diferente. Ela havia se aproximado de mim com a maior naturalidade e me carregava á todo lugar que ela se dirigia. Por causa de Anne eu havia conhecido diversas pessoas, hoje meus amigos também, como Klaus, Helene, Hans e Monica. Eles eram a minha família naquela imensa Alemanha.
O transito estava ótimo, ao contrario de antes. Peguei poucos sinais fechados e logo eu estava de volta á meu apartamento.
Eu sentia uma ansiedade tão grande dentro de mim que eu poderia sair saltitando em pleno estacionamento do prédio e colocar para fora todos os gritos que eu havia repreendido naquele momento em que vi Bill Kaulitz em minha frente. Mas tudo que eu fiz foi sorrir para mim mesma como uma completa idiota, sem conseguir acreditar no que havia acontecido.
Caminhei até o elevador com minha pasta nos braços, completamente boba perdida em meus sorrisos difíceis de serem contidos.
Entrei no elevador e apertei o botão do sétimo andar.
O elevador subiu dois andares e parou. Um rapaz entrou nele dividindo o espaço comigo.
- Sophie Hildebrand, certo?! – O rapaz rompeu o silêncio.
- Sim... – Olhei assustada para o rapaz que eu jamais vira em minha vida.
Ele era um jovem rapaz bonito, uma pele muito branca típica alemã, cabelos castanhos lisos e olhos em um bege esverdeado.
- Prazer, meu nome é Dirk Heiselmann. Sou seu vizinho á cinco anos. – Dirk sorriu simpático.
- Prazer senhor Heiselmann. Desculpe-me não ter o notado antes, sabe, não costumo ficar muito em meu apartamento. – Falei retribuindo o sorriso encantador do rapaz.
- Tudo bem, não se preocupe. – Ele deu de ombros e abaixou os olhos, sorrindo ainda.
O elevador parou em nosso andar e eu me direcionei á meu apartamento. Dirk morava exatamente ao meu lado.
- Até mais vizinha. – Dirk brincou antes de entrar em seu apartamento.
Eu apenas sorri para ele e entrei no meu também.
Joguei minha pasta em cima da mesa e encarei o relógio que marcava quatro horas da tarde.
Eu não sabia se deveria pensar em como me vestiria e me arrumaria no amanhã. Não era um encontro, era apenas meu trabalho.
Sentei-me no sofá, imóvel, eu estava perdida em imagens nítidas que se passavam em minha mente, como se eu estivesse revendo a melhor parte de um filme, inúmeras vezes.
Seu sorriso, seus olhos, suas mãos. Tudo, exatamente tudo, era inacreditável. Meu mundo parou naquele momento em que me deparei com ele, e tudo que eu sabia fazer agora era continuar naquele momento.
O telefone tocou.
Levantei-me desnorteada, como se tivesse acabado de acordar de um sono profundo, e corri em direção do telefone o atendendo de imediato.
- Sim? – Atendi ansiosa.
- Senhorita Hildebrand? Boa tarde! Creio que lembre-se de mim. Sou o Benjamin Ebel. – O rapaz da voz profissional ditava uma frase agora com simpatia, sem tanto profissionalismo.
- Boa tarde senhor Ebel! É claro que lembro do senhor. – Sorri enquanto perdia o fôlego de tanta ansiedade.
- Isso é ótimo! Fiquei feliz por Bill ter encontrado uma profissional como você. Ele realmente está animado. – Ebel falava com tanta simpatia que se podia deduzir que ele sorria ao telefone.
- Eu também estou muito animada. Devo agradecer-lo pela incrível proposta. – Falei puxando ar que quase não existia em meus pulmões.
- Não agradeça. – Ele riu – Arrume suas malas, amanhã estaremos indo para Hamburgo. Como você deve ter lido no contrato, você não terá moradia fixa a partir de amanhã, claro, irá estar viajando direto com a banda. Ás nove da manhã mandaremos um dos staffs te buscar para ajudar com as malas. Como dito no contrato, custos extras, como viagens, hospedagens de hotel e entre outros, não serão inclusos em seu salário, é tudo por conta dos managers, ok?! – Ebel fez questão de explicar o que havia no contrato, algo que eu não havia lido por culpa de alguém á minha frente que tirava completamente minha atenção naquele momento.
- Ok. Até amanhã então senhor Ebel. – Falei enquanto respirava fundo.
- Até amanhã senhorita Hildebrand. – Ebel desligou, sem mais.
Olhei em toda a extensão de meu apartamento. Eu iria embora de daquele lugar, amanhã.
Sim, eu iria voltar nas férias talvez, porém era tão triste ter que deixar aquela conquista de meu apartamento próprio. Deixar meus amigos, aqueles que me acolheram quando eu era tão sozinha em outro mundo. Deixar Anne, minha melhor amiga, minha base de tudo naquele novo sonho.
Não era a primeira vez em que eu deixara metade de mim em um lugar para ir atrás de um sonho. De metade em metade, um dia eu iria acabar vazia. Mas, quanto custaria esse sonho? Eu estava decidida pagar para ver.
Peguei minha mala que estava em baixo da cama e a abri.
Aquilo era tudo o que eu queria, mas, era tão receoso ter que deixar tudo novamente para trás.
Comecei a pegar minhas roupas de dentro do guarda-roupa e as colocar dentro da mala.
Horas se passaram enquanto eu arrumava minha mala, quando a campainha tocou.
- Soph! – Anne e Monica me abraçavam histéricamente quando abri a porta.
Elas tinham nas mãos uma caixa de pizza e refrigerantes.
Nos sentamos no sofá da sala para comermos. Era justo eu ter pelo menos aquela noite com elas, já que não iria ver o resto de meus amigos por algum tempo.
- Soph, conte-nos, como é esse novo emprego? – Monica comia uma fatia de pizza.
- Eu vou ir para Hamburgo amanhã... – Comecei pela pior parte e Monica engasgou com a pizza enquanto Anne arregavala os olhos.
- Não! Você não vai! Que tipo de trabalho é esse? É tão bom assim? – Anne levatou-se irritada.
- Anne... é com o Bill Kaulitz! – Falei alto cubrindo a voz de Anne, que no mesmo instante setou-se no sofá me olhando em choque.
- Bill? Como assim? O Bill do Tokio Hotel? Aquele estampado em todos seus desenhos? – Monica desistiu de seu pedaço de pizza e me olhava fixamente agora.
- Sim, ele mesmo. Ele me contratou para ser sua maquiadora. Vou precisar viajar direto com a banda por conta disso. O salário é bom, mas isso é de menos, o importante é com quem vou trabalhar. – Parei de falar e Anne e Monica não hesitaram em dizer mais nada. – Me dói ter que deixar vocês, ter que deixar tudo isso... – Continuei e Anne me interrompeu.
- Mas você deve ir. Voce terá férias também, certo?! Poderá voltar para nos ver, mas você tem que ir. Nunca mais em sua vida você terá outra chance como essa, se é que você me entende. – Anne falava e Monica apenas concordava com a cabeça.
- Eu sei. Vou sentir a falta de vocês. – Senti meus olhos mergulharem em lágrimas e ambas me abraçaram também em lágrimas.
Disfarcei pegando minha pasta e saindo ignorando completamente os olhares indesejados.
Senti meu celular vibrar no bolso da calça.
- Alô? – Atendi já deduzindo quem seria.
- Soph, aonde você está? Liguei como uma louca em sua casa! – Anne falava gritando ao celular, como de costume.
- Tive uma reunião de negócios. Boas notícias, esse é o melhor emprego que eu poderia ser contratada! – Falei sorrindo ao celular enquanto entrava em meu carro e colocava a pasta no porta-luvas.
- Essa é minha garota! Eu preciso de mais detalhes, podemos sair essa noite? – Anne continuava em seu tom de voz normal, elevado.
- Eu acho melhor não, Anne. Devo me preparar para o trabalho de amanhã. – Respondi enquanto ligava o carro.
- Ótimo. Ás nove horas eu estarei em seu apartamento então, junto com Monica. Até mais tarde Soph. – Anne se despediu e logo desligou o telefone sem ao menos me deixar pronunciar uma única palavra. Isso era típico dela.
Anne era minha melhor amiga. Eu havia a conhecido em meus primeiros dias na faculdade. Como eu era a estrangeira da turma, a maioria me olhava como se eu fosse uma atração de circo, mas com Anne foi diferente. Ela havia se aproximado de mim com a maior naturalidade e me carregava á todo lugar que ela se dirigia. Por causa de Anne eu havia conhecido diversas pessoas, hoje meus amigos também, como Klaus, Helene, Hans e Monica. Eles eram a minha família naquela imensa Alemanha.
O transito estava ótimo, ao contrario de antes. Peguei poucos sinais fechados e logo eu estava de volta á meu apartamento.
Eu sentia uma ansiedade tão grande dentro de mim que eu poderia sair saltitando em pleno estacionamento do prédio e colocar para fora todos os gritos que eu havia repreendido naquele momento em que vi Bill Kaulitz em minha frente. Mas tudo que eu fiz foi sorrir para mim mesma como uma completa idiota, sem conseguir acreditar no que havia acontecido.
Caminhei até o elevador com minha pasta nos braços, completamente boba perdida em meus sorrisos difíceis de serem contidos.
Entrei no elevador e apertei o botão do sétimo andar.
O elevador subiu dois andares e parou. Um rapaz entrou nele dividindo o espaço comigo.
- Sophie Hildebrand, certo?! – O rapaz rompeu o silêncio.
- Sim... – Olhei assustada para o rapaz que eu jamais vira em minha vida.
Ele era um jovem rapaz bonito, uma pele muito branca típica alemã, cabelos castanhos lisos e olhos em um bege esverdeado.
- Prazer, meu nome é Dirk Heiselmann. Sou seu vizinho á cinco anos. – Dirk sorriu simpático.
- Prazer senhor Heiselmann. Desculpe-me não ter o notado antes, sabe, não costumo ficar muito em meu apartamento. – Falei retribuindo o sorriso encantador do rapaz.
- Tudo bem, não se preocupe. – Ele deu de ombros e abaixou os olhos, sorrindo ainda.
O elevador parou em nosso andar e eu me direcionei á meu apartamento. Dirk morava exatamente ao meu lado.
- Até mais vizinha. – Dirk brincou antes de entrar em seu apartamento.
Eu apenas sorri para ele e entrei no meu também.
Joguei minha pasta em cima da mesa e encarei o relógio que marcava quatro horas da tarde.
Eu não sabia se deveria pensar em como me vestiria e me arrumaria no amanhã. Não era um encontro, era apenas meu trabalho.
Sentei-me no sofá, imóvel, eu estava perdida em imagens nítidas que se passavam em minha mente, como se eu estivesse revendo a melhor parte de um filme, inúmeras vezes.
Seu sorriso, seus olhos, suas mãos. Tudo, exatamente tudo, era inacreditável. Meu mundo parou naquele momento em que me deparei com ele, e tudo que eu sabia fazer agora era continuar naquele momento.
O telefone tocou.
Levantei-me desnorteada, como se tivesse acabado de acordar de um sono profundo, e corri em direção do telefone o atendendo de imediato.
- Sim? – Atendi ansiosa.
- Senhorita Hildebrand? Boa tarde! Creio que lembre-se de mim. Sou o Benjamin Ebel. – O rapaz da voz profissional ditava uma frase agora com simpatia, sem tanto profissionalismo.
- Boa tarde senhor Ebel! É claro que lembro do senhor. – Sorri enquanto perdia o fôlego de tanta ansiedade.
- Isso é ótimo! Fiquei feliz por Bill ter encontrado uma profissional como você. Ele realmente está animado. – Ebel falava com tanta simpatia que se podia deduzir que ele sorria ao telefone.
- Eu também estou muito animada. Devo agradecer-lo pela incrível proposta. – Falei puxando ar que quase não existia em meus pulmões.
- Não agradeça. – Ele riu – Arrume suas malas, amanhã estaremos indo para Hamburgo. Como você deve ter lido no contrato, você não terá moradia fixa a partir de amanhã, claro, irá estar viajando direto com a banda. Ás nove da manhã mandaremos um dos staffs te buscar para ajudar com as malas. Como dito no contrato, custos extras, como viagens, hospedagens de hotel e entre outros, não serão inclusos em seu salário, é tudo por conta dos managers, ok?! – Ebel fez questão de explicar o que havia no contrato, algo que eu não havia lido por culpa de alguém á minha frente que tirava completamente minha atenção naquele momento.
- Ok. Até amanhã então senhor Ebel. – Falei enquanto respirava fundo.
- Até amanhã senhorita Hildebrand. – Ebel desligou, sem mais.
Olhei em toda a extensão de meu apartamento. Eu iria embora de daquele lugar, amanhã.
Sim, eu iria voltar nas férias talvez, porém era tão triste ter que deixar aquela conquista de meu apartamento próprio. Deixar meus amigos, aqueles que me acolheram quando eu era tão sozinha em outro mundo. Deixar Anne, minha melhor amiga, minha base de tudo naquele novo sonho.
Não era a primeira vez em que eu deixara metade de mim em um lugar para ir atrás de um sonho. De metade em metade, um dia eu iria acabar vazia. Mas, quanto custaria esse sonho? Eu estava decidida pagar para ver.
Peguei minha mala que estava em baixo da cama e a abri.
Aquilo era tudo o que eu queria, mas, era tão receoso ter que deixar tudo novamente para trás.
Comecei a pegar minhas roupas de dentro do guarda-roupa e as colocar dentro da mala.
Horas se passaram enquanto eu arrumava minha mala, quando a campainha tocou.
- Soph! – Anne e Monica me abraçavam histéricamente quando abri a porta.
Elas tinham nas mãos uma caixa de pizza e refrigerantes.
Nos sentamos no sofá da sala para comermos. Era justo eu ter pelo menos aquela noite com elas, já que não iria ver o resto de meus amigos por algum tempo.
- Soph, conte-nos, como é esse novo emprego? – Monica comia uma fatia de pizza.
- Eu vou ir para Hamburgo amanhã... – Comecei pela pior parte e Monica engasgou com a pizza enquanto Anne arregavala os olhos.
- Não! Você não vai! Que tipo de trabalho é esse? É tão bom assim? – Anne levatou-se irritada.
- Anne... é com o Bill Kaulitz! – Falei alto cubrindo a voz de Anne, que no mesmo instante setou-se no sofá me olhando em choque.
- Bill? Como assim? O Bill do Tokio Hotel? Aquele estampado em todos seus desenhos? – Monica desistiu de seu pedaço de pizza e me olhava fixamente agora.
- Sim, ele mesmo. Ele me contratou para ser sua maquiadora. Vou precisar viajar direto com a banda por conta disso. O salário é bom, mas isso é de menos, o importante é com quem vou trabalhar. – Parei de falar e Anne e Monica não hesitaram em dizer mais nada. – Me dói ter que deixar vocês, ter que deixar tudo isso... – Continuei e Anne me interrompeu.
- Mas você deve ir. Voce terá férias também, certo?! Poderá voltar para nos ver, mas você tem que ir. Nunca mais em sua vida você terá outra chance como essa, se é que você me entende. – Anne falava e Monica apenas concordava com a cabeça.
- Eu sei. Vou sentir a falta de vocês. – Senti meus olhos mergulharem em lágrimas e ambas me abraçaram também em lágrimas.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
So Closer Cap. 3 - Inesperado sonho real
Me virei para ver quem era e me deparei em choque.
O rapaz usava um capuz creme, óculos escuros, uma camisa combinando com o capuz e calça jeans clara. Seu rosto, apesar do óculos escuro cobrir seus olhos, era totalmente simétrico e lindo. Eu conhecia aquele rapaz muito bem... bem demais.
- Olá, eu sou o Bill Kaulitz. Sou o interessado em seu trabalho. – Bill estendeu a mão em minha direção.
- P-prazer. Hildebrand ... S-sophie. – Engasguei. – Sophie Hildebrand. Desculpe. – Cumprimentei Bill com minha mão tremula.
Bill deu um sorriso maravilhoso que senti o ar faltar no mesmo instante. Eu não podia acreditar que estava conhecendo o meu amor platônico, e que ele estava interessado em meu trabalho. Isso era um sonho? Só poderia ser um sonho.
Apesar de minha vontade ser de abraçar-lo, pedir uma foto, um autógrafo e dar gritos histéricos, eu tinha que me segurar e mostrar ser o mais profissional possível, como se não o conhecesse... mas minha mão tremula já havia me entregado de certa forma.
Bill sentou-se de frente para mim. Ele tirou seus óculos e o guardou em sua bolsa e pegou três fotos e as colocou sobre a mesa. Não pude deixar de notar que estava sem maquiagem nos olhos e como ele era divino sem a mesma.
- Veja esses trabalhos. Você consegue fazer algo parecido? – Bill apontava para a três fotos dele sobre a mesa.
Fotos magníficas de um photoshoot muito elaborado, mas o que mais chamava atenção eram suas expressões atraentes e as poses muito bem pensadas que entravam em sintonia com suas expressões.
Olhei em seus olhos por um momento e logo desviei. Seus olhos eram no mais perfeito e doce mel, e eu tinha medo de ficar vidrada neles e não conseguir falar.
- Certamente. Posso fazer igual, parecido ou até mesmo melhor, você quem irá escolher. – Respondi entregando-lhe as fotos.
Ele sorriu mais uma vez, agora satisfeito.
Peguei as fotos dos meus trabalhos na minha pasta e os mostrei.
- Eu trouxe alguns exemplos de meu trabalho. Veja que sou perfeccionista e adoro detalhar e marcar bem os olhos. – Falei enquanto ele analisava as fotos com um sorriso maravilhado.
- Vejo que estou prestes á contratar uma das melhores maquiadoras do mundo. – Bill concluiu com as fotos e as me entregou.
- Obrigada. Prometo não te decepcionar. – Falei sorrindo e ele sorriu também.
- Aqui está o contrato. Leia e me diga se irá aceitar a proposta ou não. Irei pedir dois cappuccinos para nós. – Bill me entregou o contrato e chamou o garçom para fazer seu pedido.
Eu não me importava com o que estava escrito no contrato. Depois de conhecer o interessado pessoalmente, não existia mais contras á essa proposta. Eu iria trabalhar com minhas maquiagens escuras preferidas e marcantes, iria viajar pelo mundo juntamente com a banda, e ainda melhor, iria para todo lugar juntamente com Bill Kaulitz. Não me importava o custo de rompimento de contrato, eu jamais iria querer romper esse contrato, nem quanto eu iria ganhar, por mais que meus olhos se surpreenderam ao passarem pelo grande valor em euros que eu iria receber nesse pequeno trabalho, poderia ser até mesmo um valor muito pequeno, eu não iria me importar, desde que estivesse sempre perto de Bill.
O garçom serviu nossos cappuccinos e então eu olhei por um pequeno momento nos olhos dele novamente.
- E então? – Ele perguntou ansioso.
- Eu aceito. – Respondi me sentindo como se estivesse acabado de aceitar uma proposta de casamento.
- Que maravilha! Apenas assine o contrato e você irá começar já amanhã. – Bill deu um sorriso maravilhoso com os olhos alegres, assim como o esboço que eu estava fazendo na noite passada.
Assinei o contrato sem hesitar e o entreguei sorrindo também.
- Me fale mais sobre você agora, preciso conhecer minha maquiadora. – Bill guardou o contrato em sua bolsa e tomou um gole do cappuccino.
- Minha vida não é muito interessante. Sou brasileira, moro á seis anos aqui na Alemanha, me formei á sete meses em maquiagem profissional... – O toque de seu celular me interrompeu.
Bill fez um sinal com a mão para que eu esperasse e levantou-se para atender o celular.
Encarei meu cappuccino sobre a mesa e sorri para mim mesma.
Á final, o mundo é tão pequeno enquanto pensamos que ele é quase infinito de tão grande. De todas as pessoas do mundo, ele veio escolher á mim para ser sua nova maquiadora.
Era engraçado, chocante, magnífico, surreal, tudo, tudo e mais um pouco.
Tomei um gole do cappuccino e olhei em direção de onde Bill havia ido. Eu podia ver-lo do lado de fora do estabelecimento falando ao celular, com uma das mãos no bolso de sua calça e sua cabeça abaixada encarando os pés enquanto falava.
Bill desligou o celular e o rapaz de antes, mais baixo, se aproximou dele novamente. Eles conversaram rapidamente e por fim Bill assentiu algo e voltou para dentro do Café Kranzler.
Ele se aproximava de mim elegantemente enquanto arregaçava a manga da camisa. Perdi-me tanto em sua imagem que acabei engasgando com o cappuccino.
- Demorei? – Bill perguntou enquanto se sentava novamente.
- Não. – Falei enquanto me recuperava da crise de tosse por ter engasgado.
- Bom, infelizmente eu vou ter que ir embora. Nossa conversa fica para depois. Ebel irá te ligar mais tarde para te passar o endereço e acertar horário para amanhã, ok?! – Bill pegava sua bolsa enquanto falava.
- Sim, tudo bem. – Falei com um tom um pouco chateado e arrumei minha pasta.
- Foi um prazer conhecer-la e com certeza será um prazer ter-la conosco. – Bill levantou-se enquanto colocava novamente os óculos escuros e erguia a mão para um aperto de mão com ar de “negócio fechado”.
- O prazer foi e será todo meu, senhor Kaulitz. – Falei enquanto apertava sua mão.
Quente, macia e lisa. Nunca desejara segurar para sempre uma mão de um rapaz.
- Até amanhã senhorita Hildebrand. – Bill sorriu e seguiu até a saída do estabelecimento, me deixando imóvel onde estava, observando através da porta de vidro ele entrar em seu carro com o rapaz mais baixo e sumir na avenida.
O rapaz usava um capuz creme, óculos escuros, uma camisa combinando com o capuz e calça jeans clara. Seu rosto, apesar do óculos escuro cobrir seus olhos, era totalmente simétrico e lindo. Eu conhecia aquele rapaz muito bem... bem demais.
- Olá, eu sou o Bill Kaulitz. Sou o interessado em seu trabalho. – Bill estendeu a mão em minha direção.
- P-prazer. Hildebrand ... S-sophie. – Engasguei. – Sophie Hildebrand. Desculpe. – Cumprimentei Bill com minha mão tremula.
Bill deu um sorriso maravilhoso que senti o ar faltar no mesmo instante. Eu não podia acreditar que estava conhecendo o meu amor platônico, e que ele estava interessado em meu trabalho. Isso era um sonho? Só poderia ser um sonho.
Apesar de minha vontade ser de abraçar-lo, pedir uma foto, um autógrafo e dar gritos histéricos, eu tinha que me segurar e mostrar ser o mais profissional possível, como se não o conhecesse... mas minha mão tremula já havia me entregado de certa forma.
Bill sentou-se de frente para mim. Ele tirou seus óculos e o guardou em sua bolsa e pegou três fotos e as colocou sobre a mesa. Não pude deixar de notar que estava sem maquiagem nos olhos e como ele era divino sem a mesma.
- Veja esses trabalhos. Você consegue fazer algo parecido? – Bill apontava para a três fotos dele sobre a mesa.
Fotos magníficas de um photoshoot muito elaborado, mas o que mais chamava atenção eram suas expressões atraentes e as poses muito bem pensadas que entravam em sintonia com suas expressões.
Olhei em seus olhos por um momento e logo desviei. Seus olhos eram no mais perfeito e doce mel, e eu tinha medo de ficar vidrada neles e não conseguir falar.
- Certamente. Posso fazer igual, parecido ou até mesmo melhor, você quem irá escolher. – Respondi entregando-lhe as fotos.
Ele sorriu mais uma vez, agora satisfeito.
Peguei as fotos dos meus trabalhos na minha pasta e os mostrei.
- Eu trouxe alguns exemplos de meu trabalho. Veja que sou perfeccionista e adoro detalhar e marcar bem os olhos. – Falei enquanto ele analisava as fotos com um sorriso maravilhado.
- Vejo que estou prestes á contratar uma das melhores maquiadoras do mundo. – Bill concluiu com as fotos e as me entregou.
- Obrigada. Prometo não te decepcionar. – Falei sorrindo e ele sorriu também.
- Aqui está o contrato. Leia e me diga se irá aceitar a proposta ou não. Irei pedir dois cappuccinos para nós. – Bill me entregou o contrato e chamou o garçom para fazer seu pedido.
Eu não me importava com o que estava escrito no contrato. Depois de conhecer o interessado pessoalmente, não existia mais contras á essa proposta. Eu iria trabalhar com minhas maquiagens escuras preferidas e marcantes, iria viajar pelo mundo juntamente com a banda, e ainda melhor, iria para todo lugar juntamente com Bill Kaulitz. Não me importava o custo de rompimento de contrato, eu jamais iria querer romper esse contrato, nem quanto eu iria ganhar, por mais que meus olhos se surpreenderam ao passarem pelo grande valor em euros que eu iria receber nesse pequeno trabalho, poderia ser até mesmo um valor muito pequeno, eu não iria me importar, desde que estivesse sempre perto de Bill.
O garçom serviu nossos cappuccinos e então eu olhei por um pequeno momento nos olhos dele novamente.
- E então? – Ele perguntou ansioso.
- Eu aceito. – Respondi me sentindo como se estivesse acabado de aceitar uma proposta de casamento.
- Que maravilha! Apenas assine o contrato e você irá começar já amanhã. – Bill deu um sorriso maravilhoso com os olhos alegres, assim como o esboço que eu estava fazendo na noite passada.
Assinei o contrato sem hesitar e o entreguei sorrindo também.
- Me fale mais sobre você agora, preciso conhecer minha maquiadora. – Bill guardou o contrato em sua bolsa e tomou um gole do cappuccino.
- Minha vida não é muito interessante. Sou brasileira, moro á seis anos aqui na Alemanha, me formei á sete meses em maquiagem profissional... – O toque de seu celular me interrompeu.
Bill fez um sinal com a mão para que eu esperasse e levantou-se para atender o celular.
Encarei meu cappuccino sobre a mesa e sorri para mim mesma.
Á final, o mundo é tão pequeno enquanto pensamos que ele é quase infinito de tão grande. De todas as pessoas do mundo, ele veio escolher á mim para ser sua nova maquiadora.
Era engraçado, chocante, magnífico, surreal, tudo, tudo e mais um pouco.
Tomei um gole do cappuccino e olhei em direção de onde Bill havia ido. Eu podia ver-lo do lado de fora do estabelecimento falando ao celular, com uma das mãos no bolso de sua calça e sua cabeça abaixada encarando os pés enquanto falava.
Bill desligou o celular e o rapaz de antes, mais baixo, se aproximou dele novamente. Eles conversaram rapidamente e por fim Bill assentiu algo e voltou para dentro do Café Kranzler.
Ele se aproximava de mim elegantemente enquanto arregaçava a manga da camisa. Perdi-me tanto em sua imagem que acabei engasgando com o cappuccino.
- Demorei? – Bill perguntou enquanto se sentava novamente.
- Não. – Falei enquanto me recuperava da crise de tosse por ter engasgado.
- Bom, infelizmente eu vou ter que ir embora. Nossa conversa fica para depois. Ebel irá te ligar mais tarde para te passar o endereço e acertar horário para amanhã, ok?! – Bill pegava sua bolsa enquanto falava.
- Sim, tudo bem. – Falei com um tom um pouco chateado e arrumei minha pasta.
- Foi um prazer conhecer-la e com certeza será um prazer ter-la conosco. – Bill levantou-se enquanto colocava novamente os óculos escuros e erguia a mão para um aperto de mão com ar de “negócio fechado”.
- O prazer foi e será todo meu, senhor Kaulitz. – Falei enquanto apertava sua mão.
Quente, macia e lisa. Nunca desejara segurar para sempre uma mão de um rapaz.
- Até amanhã senhorita Hildebrand. – Bill sorriu e seguiu até a saída do estabelecimento, me deixando imóvel onde estava, observando através da porta de vidro ele entrar em seu carro com o rapaz mais baixo e sumir na avenida.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
So Closer Cap. 2 - Estranho Perfeito
Minhas espectativas de meu trabalho ser reconhecido estava dando certo. Mas essa proposta era um tanto difícil. Se tornar maquiadora oficial de uma banda era como se casar com a banda toda até seu fim, porque romper contrato dependia de uma boa quantia em dinheiro para isso, e Ebel havia comentado “um de meus garotos de uma banda que sou manager viu seu trabalho no desfile hoje e realmente se encantou”, isso então significava que na banda havia apenas garotos. Seria um pouco complicado para mim, pois adorava fazer arte nos olhos, ousar e abusar de sombras, rimel, lápis e muito preto, eu adorava olhos bem marcados, e em rapazes não teria isso, apenas uma base e pó para cobrir as imperfeições e as vezes um batom cor de boca para evitar o rececamento dos lábios.
Apesar da idéia não me apetitar tanto, era certo eu analisar a proposta amanhã, talvez o contrato fosse tão interessante quanto eu imaginava.
Eu estava exausta, finalmente fui banhar-me e quando voltei, deitei em minha cama. Meus olhos ficaram abertos no nada, eu não conseguia dormir mesmo estando muito cansada.
Levantei-me e fui para meu escritório e sentei-me na mesa. Peguei um papel qualquer branco e o encarei por um tempo.
Meu prazer particular era desenhar. Desde pequena minha mãe dizia que eu deveria ser desenhista, mas nunca dei importancia, eu amava desenhar, mas era algo íntimo, eu desenhava para mim mesma, desenhava apenas para expressar minhas alegrias, medos, amor, ansiedades, tristezas, solidão, desejos, e era só isso que eu queria dar de fim á meus desenhos. Aqueles desenhos eram como a transparência de meu corpo para dar a livre visão á minha alma, cada pedacinho meu estava naqueles esboços, riscos, detalhes e sombreamentos. Tudo tão simplificado e expressado por um simples grafite de um lápis comum.
Fiz um esboço do rosto de Bill. Eu não precisava de nenhuma foto para isso mesmo fazendo algum tempo que eu não o via em fotos, eu conhecia muito bem aquele rosto. Fiz seus lábios abertos mostrando um sorriso único e lindo e seus olhos alegres, assim como eu gostava de ver. Fazia tanto tempo que eu não desenhara mais aquele rosto.
Olhei no relógio e percebi que já eram duas da manhã. Eu poderia dar o acabamento naquele desenho depois, eu precisava dormir.
Direcionei-me até minha cama e deitei novamente, mas agora consegui dormir.
O relógio despertou ás dez da manhã. Acordei com um brilho magnifico do sol invadindo o quarto. O dia estava lindo, exatamente como eu adorava.
Levantei e fui direito tomar um banho e depois fui prepararar um café da manhã reforçado.
Hoje seria um dia de negócios. Eu não podia negar que estava ansiosa. Eu não sabia ainda o que seria certo fazer, a pergunta martelava na minha cabeça, “aceitar ou não aceitar?”.
Procurei algumas fotos de trabalhos meus anteriores para poder mostrar mais além do desfile e os coloquei em uma pasta, junto com meus certificados de formação e profissionalismo na área.
Me arrumei com uma calça jeans escura e uma blusa de seda preta mais formal, e prendi meu cabelo no alto da cabeça, completando meu look com um sapato de salto alto comum. Fiz uma maquiagem simples para o dia e passei um batom neutro.
Já eram uma da tarde, eu precisava correr ou chegaria atrasada, já que o Café Kranzler não ficava muito perto de meu apartamento e nesse horário em plena segunda-feira em Berlin, era repleto de engarrafamentos.
Peguei minha pasta e fui até o estacionamento atrás de meu carro.
Logo eu estava á três quadras do Café Kranzler, parada em pleno farol vermelho com um fila de automóveis que não se movimentava e o tempo passando rapidamente. Quando era uma e quarenta e seis da tarde eu consegui chegar ao local.
Estava pouco movimentado o que era um milagre, e eu dava graças á Deus por ter chegado cedo.
Entrei e sentei-me em uma mesa de canto nos fundos, para ninguém atrapalhar a pequena reunião de negócios.
Olhei no relógio e faltavam dez para ás duas. Será que Ebel era pontual?
Vi pelo canto dos olhos um rapaz muito alto acompanhado de um outro mais baixo, parados na porta do Café conversando. O mais baixo saiu do estabelecimento e o mais alto vinha em minha direção.
Então Ebel era pontual, como eu esperava.
- Senhorita Hildebrand? – O rapaz estava atrás de mim com uma voz aveludada e calma.
Não era a mesma voz que a de Ebel.
Apesar da idéia não me apetitar tanto, era certo eu analisar a proposta amanhã, talvez o contrato fosse tão interessante quanto eu imaginava.
Eu estava exausta, finalmente fui banhar-me e quando voltei, deitei em minha cama. Meus olhos ficaram abertos no nada, eu não conseguia dormir mesmo estando muito cansada.
Levantei-me e fui para meu escritório e sentei-me na mesa. Peguei um papel qualquer branco e o encarei por um tempo.
Meu prazer particular era desenhar. Desde pequena minha mãe dizia que eu deveria ser desenhista, mas nunca dei importancia, eu amava desenhar, mas era algo íntimo, eu desenhava para mim mesma, desenhava apenas para expressar minhas alegrias, medos, amor, ansiedades, tristezas, solidão, desejos, e era só isso que eu queria dar de fim á meus desenhos. Aqueles desenhos eram como a transparência de meu corpo para dar a livre visão á minha alma, cada pedacinho meu estava naqueles esboços, riscos, detalhes e sombreamentos. Tudo tão simplificado e expressado por um simples grafite de um lápis comum.
Fiz um esboço do rosto de Bill. Eu não precisava de nenhuma foto para isso mesmo fazendo algum tempo que eu não o via em fotos, eu conhecia muito bem aquele rosto. Fiz seus lábios abertos mostrando um sorriso único e lindo e seus olhos alegres, assim como eu gostava de ver. Fazia tanto tempo que eu não desenhara mais aquele rosto.
Olhei no relógio e percebi que já eram duas da manhã. Eu poderia dar o acabamento naquele desenho depois, eu precisava dormir.
Direcionei-me até minha cama e deitei novamente, mas agora consegui dormir.
O relógio despertou ás dez da manhã. Acordei com um brilho magnifico do sol invadindo o quarto. O dia estava lindo, exatamente como eu adorava.
Levantei e fui direito tomar um banho e depois fui prepararar um café da manhã reforçado.
Hoje seria um dia de negócios. Eu não podia negar que estava ansiosa. Eu não sabia ainda o que seria certo fazer, a pergunta martelava na minha cabeça, “aceitar ou não aceitar?”.
Procurei algumas fotos de trabalhos meus anteriores para poder mostrar mais além do desfile e os coloquei em uma pasta, junto com meus certificados de formação e profissionalismo na área.
Me arrumei com uma calça jeans escura e uma blusa de seda preta mais formal, e prendi meu cabelo no alto da cabeça, completando meu look com um sapato de salto alto comum. Fiz uma maquiagem simples para o dia e passei um batom neutro.
Já eram uma da tarde, eu precisava correr ou chegaria atrasada, já que o Café Kranzler não ficava muito perto de meu apartamento e nesse horário em plena segunda-feira em Berlin, era repleto de engarrafamentos.
Peguei minha pasta e fui até o estacionamento atrás de meu carro.
Logo eu estava á três quadras do Café Kranzler, parada em pleno farol vermelho com um fila de automóveis que não se movimentava e o tempo passando rapidamente. Quando era uma e quarenta e seis da tarde eu consegui chegar ao local.
Estava pouco movimentado o que era um milagre, e eu dava graças á Deus por ter chegado cedo.
Entrei e sentei-me em uma mesa de canto nos fundos, para ninguém atrapalhar a pequena reunião de negócios.
Olhei no relógio e faltavam dez para ás duas. Será que Ebel era pontual?
Vi pelo canto dos olhos um rapaz muito alto acompanhado de um outro mais baixo, parados na porta do Café conversando. O mais baixo saiu do estabelecimento e o mais alto vinha em minha direção.
Então Ebel era pontual, como eu esperava.
- Senhorita Hildebrand? – O rapaz estava atrás de mim com uma voz aveludada e calma.
Não era a mesma voz que a de Ebel.
So Closer Cap. 1 - Propostas.
Meu nome é Sophie Hildebrand, tenho dezoito anos de idade e para todo caso, brasileira, porém tenho grandes decendentes alemães em minha família, o que me levou á ter um grande amor pelo país Europeu e estar morando nele á exatamente seis anos, sozinha.
Minha família nunca mais quis voltar á seu país de origem, eles ainda vivem achando que a Alemanha não mudou absolutamente nada após á queda do muro de Berlin, então preferiram que eu fosse sozinha, já que o sonho era meu.
Me formei á sete meses em maquiagem prossifional e havia me mudado recentemente para um apartamento no centro de Berlin. Adoro o mundo da moda e me formei nessa área com a intenção de se responsabilizar por maquiagens de grandes enventos de moda e arte.
E á cinco anos, nunca estive tão sozinha, em todos os sentidos. Eu tinha um amor platônico, aliás, ainda tenho... Bill Kaulitz, e não conseguia me relacionar com absolutamente ninguém por causa disso. Mas isso era o de menos. Eu sabia que ele era um fenômeno junto com sua banda na Alemanha, e atualmente no mundo inteiro, e meu amor não passava-se de algo completamente inutil, mas isso não me importava de qualquer forma. Foram cinco anos de pura felicidade apenas por saber que ele existia, e mesmo sem ele saber de minha existência, havia sido minha grande base para lutar pelos meus objetivos. Mas com minha formação na área de maquiagem profissional, á sete meses eu não escutava uma música de sua banda e muito menos via uma foto sua. Talvez isso fosse bom, para que eu focasse mais em minha profissão, mas ao mesmo tempo, eu sentia saudades infinitas como se ele sempre estivesse comigo e agora não mais.
A coisa mais incrível que acontecera comigo, foi que apenas com sete meses de expecializaçao na área, um grande evento de moda, o Wunderkind, me procurou para que eu fosse a maquiadora das modelos do evento, tudo por conta da minha graduação na famosa Universität der Künste.
Era incrível, eu podia ver após disso meu trabalho sendo reconhecido em toda a Alemanha, e talvez no mundo, isso era tudo que eu mais desejava.
Grandes personalidades da Alemanha estavam ali presente no dia do Wunderkind, como Nina Hagen, Marcel Schlutt, LaFee, Daniel Brühl e Nena. Será que Bill também estaria presente?
O designer de moda Wolfgang Joop era o grande responsável pelo evento e pediu para que eu fizesse a maquiagem nas modelos com pegadas no preto e cinza. Essa era minha grande especialidade.
O desfile foi um sucesso, como sempre, e eu me sentia satisfeita, já que Joop havia elogiado meu trabalho e dito que ficaria com meu contato para próximos eventos, além de fazer questão que eu desfilasse no final do evento ao seu lado e de outros organizadores. Isso foi uma honra. Todos aplaudiram de pé para nós, mas com certeza todos aqueles aplausos eram voltados ao espetacular Wolfgang Joop, ele era o centro em tudo.
Eu estava exausta e precisava voltar ao meu apartamento e ter uma boa noite de sono, mas Joop fez questão que eu conhecesse Nena, o que era incrível para mim.
- Bom trabalho senhorita Hildebrand, você tem um ótimo dom para a maquiagem! – Nena me abraçou com grande simpatia.
- Obrigada. Sou novata ainda e foi uma grande honra trabalhar nesse grande evento. – Respondi e ela sorriu.
- Você conhece o Bill Kaulitz? – Nena perguntou fugindo do assunto e eu me senti entrar em choque com sua pergunta. Porque ela estaria perguntando isso?
- Sim, mas não pessoalmente. – Respondi um pouco nervosa.
- Que pena. Ele iria adorar seu trabalho. Eu não pude deixar de notar que as maquiagens que você fez essa noite foram muito parecidas com as dele. – Nena sorriu novamente e ergueu a mão para se despedir de mim.
Joop então permitiu que eu fosse embora descansar. Peguei meu carro no estacionamento do local e fui diretamente para meu apartamento.
Ao chegar, o relógio marcava meia noite em ponto. Joguei minha bolsa sobre a cama e me preparava para ir banhar-me, então meu telefone tocou.
- Alô? – Atendi com receio.
- Olá. Senhoria Sophie Hildebrand? – Um rapaz com uma voz firme perguntava.
- Sim. Quem gostaria? – Perguntei ainda com receio.
- Me chamo Benjamin Ebel, trabalho como manager na área de música. Desculpe-me estar lhe encomodando á essa hora, mas é urgente. – Ebel falava com simpatia.
- Tudo bem, mas, urgente? Não trabalho com música nem nada parecido. – Falei sem entender.
- Sim, e eu sei muito bem disso. Um de meus garotos de uma banda que sou manager viu seu trabalho no desfile hoje e realmente se encantou, ele está procurando uma maqueadora profissional para substituir a antiga, que por motivos pessoais rompeu o contrato com a banda. Então gostaria de contratar-la. Minha proposta te interessa? – Ebel continuou falando com simpatia, mas agora com um tom mais profissional.
- Bom senhor Ebel, eu teria que analisar a proposta, mas realmente é interessante. – Respondi orgulhosa de mim mesma.
- Sim, você tem todo o direito de analisar-la. Podemos discutir isso pessoalmente, amanhã? Assim você conhecia mais sobre o trabalho da banda e tudo que é necessário, ler o contrato e então dizer se aceita ou não. – Ebel tinha uma voz forte que intimidava qualquer um com seu prossicionalismo.
- Ok. No Café Kranzler ás duas horas? – Perguntei.
- No Café Kranzler ás duas horas! – Ele afirmou. – Boa noite senhorita Hildebrand. – Ebel se despediu educadamente e desligou o telefone.
Minha família nunca mais quis voltar á seu país de origem, eles ainda vivem achando que a Alemanha não mudou absolutamente nada após á queda do muro de Berlin, então preferiram que eu fosse sozinha, já que o sonho era meu.
Me formei á sete meses em maquiagem prossifional e havia me mudado recentemente para um apartamento no centro de Berlin. Adoro o mundo da moda e me formei nessa área com a intenção de se responsabilizar por maquiagens de grandes enventos de moda e arte.
E á cinco anos, nunca estive tão sozinha, em todos os sentidos. Eu tinha um amor platônico, aliás, ainda tenho... Bill Kaulitz, e não conseguia me relacionar com absolutamente ninguém por causa disso. Mas isso era o de menos. Eu sabia que ele era um fenômeno junto com sua banda na Alemanha, e atualmente no mundo inteiro, e meu amor não passava-se de algo completamente inutil, mas isso não me importava de qualquer forma. Foram cinco anos de pura felicidade apenas por saber que ele existia, e mesmo sem ele saber de minha existência, havia sido minha grande base para lutar pelos meus objetivos. Mas com minha formação na área de maquiagem profissional, á sete meses eu não escutava uma música de sua banda e muito menos via uma foto sua. Talvez isso fosse bom, para que eu focasse mais em minha profissão, mas ao mesmo tempo, eu sentia saudades infinitas como se ele sempre estivesse comigo e agora não mais.
A coisa mais incrível que acontecera comigo, foi que apenas com sete meses de expecializaçao na área, um grande evento de moda, o Wunderkind, me procurou para que eu fosse a maquiadora das modelos do evento, tudo por conta da minha graduação na famosa Universität der Künste.
Era incrível, eu podia ver após disso meu trabalho sendo reconhecido em toda a Alemanha, e talvez no mundo, isso era tudo que eu mais desejava.
Grandes personalidades da Alemanha estavam ali presente no dia do Wunderkind, como Nina Hagen, Marcel Schlutt, LaFee, Daniel Brühl e Nena. Será que Bill também estaria presente?
O designer de moda Wolfgang Joop era o grande responsável pelo evento e pediu para que eu fizesse a maquiagem nas modelos com pegadas no preto e cinza. Essa era minha grande especialidade.
O desfile foi um sucesso, como sempre, e eu me sentia satisfeita, já que Joop havia elogiado meu trabalho e dito que ficaria com meu contato para próximos eventos, além de fazer questão que eu desfilasse no final do evento ao seu lado e de outros organizadores. Isso foi uma honra. Todos aplaudiram de pé para nós, mas com certeza todos aqueles aplausos eram voltados ao espetacular Wolfgang Joop, ele era o centro em tudo.
Eu estava exausta e precisava voltar ao meu apartamento e ter uma boa noite de sono, mas Joop fez questão que eu conhecesse Nena, o que era incrível para mim.
- Bom trabalho senhorita Hildebrand, você tem um ótimo dom para a maquiagem! – Nena me abraçou com grande simpatia.
- Obrigada. Sou novata ainda e foi uma grande honra trabalhar nesse grande evento. – Respondi e ela sorriu.
- Você conhece o Bill Kaulitz? – Nena perguntou fugindo do assunto e eu me senti entrar em choque com sua pergunta. Porque ela estaria perguntando isso?
- Sim, mas não pessoalmente. – Respondi um pouco nervosa.
- Que pena. Ele iria adorar seu trabalho. Eu não pude deixar de notar que as maquiagens que você fez essa noite foram muito parecidas com as dele. – Nena sorriu novamente e ergueu a mão para se despedir de mim.
Joop então permitiu que eu fosse embora descansar. Peguei meu carro no estacionamento do local e fui diretamente para meu apartamento.
Ao chegar, o relógio marcava meia noite em ponto. Joguei minha bolsa sobre a cama e me preparava para ir banhar-me, então meu telefone tocou.
- Alô? – Atendi com receio.
- Olá. Senhoria Sophie Hildebrand? – Um rapaz com uma voz firme perguntava.
- Sim. Quem gostaria? – Perguntei ainda com receio.
- Me chamo Benjamin Ebel, trabalho como manager na área de música. Desculpe-me estar lhe encomodando á essa hora, mas é urgente. – Ebel falava com simpatia.
- Tudo bem, mas, urgente? Não trabalho com música nem nada parecido. – Falei sem entender.
- Sim, e eu sei muito bem disso. Um de meus garotos de uma banda que sou manager viu seu trabalho no desfile hoje e realmente se encantou, ele está procurando uma maqueadora profissional para substituir a antiga, que por motivos pessoais rompeu o contrato com a banda. Então gostaria de contratar-la. Minha proposta te interessa? – Ebel continuou falando com simpatia, mas agora com um tom mais profissional.
- Bom senhor Ebel, eu teria que analisar a proposta, mas realmente é interessante. – Respondi orgulhosa de mim mesma.
- Sim, você tem todo o direito de analisar-la. Podemos discutir isso pessoalmente, amanhã? Assim você conhecia mais sobre o trabalho da banda e tudo que é necessário, ler o contrato e então dizer se aceita ou não. – Ebel tinha uma voz forte que intimidava qualquer um com seu prossicionalismo.
- Ok. No Café Kranzler ás duas horas? – Perguntei.
- No Café Kranzler ás duas horas! – Ele afirmou. – Boa noite senhorita Hildebrand. – Ebel se despediu educadamente e desligou o telefone.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Come soon
Ufa!
Depois de praticamente dois maravilhosos anos, "Para Sempre Você" chega ao seu fim.
Sim, é triste, eu sentirei profundas saudades de Samantha Meyer e toda sua neura em apenas pensar no bem de Bill, toda essa atenção e cuidado excessivo de Bill sobre ela, as brincadeiras sem graça de Tom, os gestos tímidos de Gustav, o companherismo de Georg, os cuidados de mãezona de Simone, e até mesmo das maldades de Mike e suas influencias sobre a pobre cega apaixonada de Natalie.
Apesar de todos os conflitos, quem não gostaria de viver uma história dessas? Com certeza valeria cada perigo percorrido, cada loucura cometida, cada minimo detalhe, se fosse para ficar no final com quem você realmente ama, certo?!
Eu agradeço á todos vocês leitores por ter acompanhado cada capítulo dessa maravilhosa fanfic, por ter aguentado dias esperando novos capítulos quando ocorria algum problema e eu não pude postar-los logo, e por ter sempre comentado, dando suas críticas, seus elogios, e simplesmente ter passado todo esse tempo aqui fiel.
Porém, a fanfic "Para Sempre Você" pode ter chegado ao seu fim, mas o blog não.
Enquanto eu finalizava a "Para Sempre Você", eu iniciava outra fanfic, em minha opinião, talvez até mesmo melhor que a anterior, e acredito eu que vocês irão gostar, por conter um conteúdo mais maduro e forte.
Dia 25/04 irei começar á postar o primeiro capítulo de "So Closer".
"So Closer" se trata da vida de uma simples garota recém formada na arte da maquiagem, chamada Sophie, que tem como refugio o puro prazer intímo de desenhar, e em uma sorte única de seu destino, passa á conviver com seu amor platônico, que mesmo tão perto, ainda a faz se sentir inexistente como antes.
Espero que vocês leiam e acompanhem assim como fizeram na fanfic anterior ;)
Nos vemos no dia 25!
by @thadobillk
Depois de praticamente dois maravilhosos anos, "Para Sempre Você" chega ao seu fim.
Sim, é triste, eu sentirei profundas saudades de Samantha Meyer e toda sua neura em apenas pensar no bem de Bill, toda essa atenção e cuidado excessivo de Bill sobre ela, as brincadeiras sem graça de Tom, os gestos tímidos de Gustav, o companherismo de Georg, os cuidados de mãezona de Simone, e até mesmo das maldades de Mike e suas influencias sobre a pobre cega apaixonada de Natalie.
Apesar de todos os conflitos, quem não gostaria de viver uma história dessas? Com certeza valeria cada perigo percorrido, cada loucura cometida, cada minimo detalhe, se fosse para ficar no final com quem você realmente ama, certo?!
Eu agradeço á todos vocês leitores por ter acompanhado cada capítulo dessa maravilhosa fanfic, por ter aguentado dias esperando novos capítulos quando ocorria algum problema e eu não pude postar-los logo, e por ter sempre comentado, dando suas críticas, seus elogios, e simplesmente ter passado todo esse tempo aqui fiel.
Porém, a fanfic "Para Sempre Você" pode ter chegado ao seu fim, mas o blog não.
Enquanto eu finalizava a "Para Sempre Você", eu iniciava outra fanfic, em minha opinião, talvez até mesmo melhor que a anterior, e acredito eu que vocês irão gostar, por conter um conteúdo mais maduro e forte.
Dia 25/04 irei começar á postar o primeiro capítulo de "So Closer".
"So Closer" se trata da vida de uma simples garota recém formada na arte da maquiagem, chamada Sophie, que tem como refugio o puro prazer intímo de desenhar, e em uma sorte única de seu destino, passa á conviver com seu amor platônico, que mesmo tão perto, ainda a faz se sentir inexistente como antes.
Espero que vocês leiam e acompanhem assim como fizeram na fanfic anterior ;)
Nos vemos no dia 25!
by @thadobillk
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