terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Para sempre você - cap. 56

- Samy? Oi? – Georg balançava o meu braço enquanto eu estava paralisada em meu lugar. Meus olhos não tinham necessidade de piscar e imagens de como seria essa viajem, passava em minha cabeça como um filme jamais filmado. – Tá vendo Bill, você Traumatizou ela! – Georg continuava balançando meu braço e finalmente voltei á realidade.
- Vou ficar traumatizada se você continuar balançando meu braço dessa forma. – Pisquei duas vezes voltando meu olhar para Georg que logo parou e fez uma expressão de culpa, o que fez Bill soltar uma enorme gargalhada gostosa de ouvir.
- Bom, agora que já mostrei o que tinha que mostrar, vou sair com Tom e Gustav, vamos comprar instrumentos novos. – Georg se levantou enquanto caminhava até a porta e saia acenando para mim com a mão esquerda.
- Quando será a entrevista? – Perguntei para Bill que permanecia em pé, agora debruçado sobre a bancada do bar brincando com o celular.
- Já marquei na RTL assim que minha mãe desligou. Será daqui meia hora mais ou menos.
- E você vai nesses trajes? – Apontei para o seu corpo nu, apenas coberto pela Box branca.
- Tenho certeza que iram adorar. – Bill olhou para si mesmo e sorriu para mim.
Fiz a maior cara emburrada que eu pude fazer e cruzei os braços o olhando fixamente, o que o fez rir.
- Estou sem maquiadora. – Bill suspirou.
Era verdade, Bill estava sem maquiadora. Eu não sabia maquiar nem á mim mesma, quanto á ele, sempre com a maquiagem impecável.
Mesmo que Natalie havia sido uma pedra em nosso caminho, eu tinha que admitir que o seu trabalho era realmente muito bom.
- E se chamarmos Natalie? Sei que é uma decisão um tanto drástica, mas, é só provisoriamente. Á final vamos viajar, não vamos?! Depois você contrata outra com mais tempo.
Bill olhou para mim assustado. Eu sabia que estava optando por algo muito arriscado, mas com certeza a história de ir para as Maldivas com Bill, realmente tinha tirado todo o juízo que me restava. A insanidade era de grau alto e estava tomando conta de mim.
- Ok. Eu vou ligar para ela. Mas saiba que a idéia foi sua. – Bill alertou e eu assenti.
Fui para o banheiro e tomei um banho rápido e caminhei até o quarto escolhendo um vestido branco com rendas, enquanto Bill se arrumava logo atrás de mim.
Prendi minha franja no alto da cabeça com grampos escuros difíceis de notar pela cor de meu cabelo.
Senti as mãos de Bill envolver minha cintura por trás e seus lábios tocarem meu pescoço.
- Posso ficar aqui se quiser. – Bill sussurrou.
- Não, eu serei boazinha e irei esperar. – Sussurrei de volta.
Ouvi batidas na porta e me soltei das mãos de Bill enquanto caminhava até ela e abria.
- Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece. – Fiz uma careta ao ver Natalie.
- Bom ver você também, Samy. – Natalie foi educada pela primeira vez comigo.
Dei espaço para ela entrar e ela cumprimentou Bill de uma forma diferente, como se nunca tivesse o visto na vida. Ela estava agindo como uma completa estranha entre nós.
Logo ela começou o seu trabalho. Eu apenas fiquei encostada na parede de braços cruzados a observando. Eu estava me sentindo como um dos seguranças de Bill.
Mas mesmo que eu estivesse vigiando qualquer tentativa idiota dela de agarra Bill, eu não deixava de observar a delicadeza que ela tinha e a habilidade impressionante nos traços perfeitos da maquiagem. Era de dar inveja.
Quando ela acabou, Bill olhou no relógio e se assustou.
- Tenho que correr! Estou atrasado! – Bill passou por Natalie sem agradecer e me deu um beijo caloroso nos lábios antes de sair pela porta.
Finalmente, estávamos á sós. Eu e Natalie. Eu sempre desejei isso para poder dar-lhe o que tanto merecia. Mas naquele momento, ela havia feito um favor para Bill, não tinha feito nada de errado. Dessa vez eu deixaria passar.
- Porque pediu para Bill me chamar? – Natalie manteve sua voz firme tentando ser simpática comigo.
- Ele precisava do seu trabalho. – Respondi friamente.
Natalie juntava as maquiagens em uma bolsa preta que eu não havia percebido antes.
- Você tem um trabalho tão impressionante, para quê fazer tudo o que você fez? – Continuei falando friamente.
- Não quero falar sobre isso. Já não basta o peso enorme da minha consciência que tenho que carregar como um fardo, agora você vem jogar isso na minha cara?! – Natalie ficou fria de repente. Ela não me olhava, apenas acabava de guardar suas coisas na bolsa.
- Esta arrependida? – Eu ri.
Natalie me fuzilou com os olhos enquanto colocava sua bolsa sobre o ombro.
- Apenas sou uma profissional agora. – Natalie respondeu uma pergunta que eu não havia feito e saiu do quarto sem se despedir.
Resolvi sair um pouco também e dar um passeio na praça que havia logo ao lado do hotel. Eu precisava ver a luz do dia, e ficar sozinha naquele hotel não era muito emocionante.
Entrei no elevador e um rapaz estava encostado na parede.
Suas feições eram bonitas. Nada comparado com Bill, mas o rapaz era bonito. Tinha cabelos loiros com um toque bronze e olhos verdes ardentes. Um típico alemão.
Ele me olhou com curiosidade. Com certeza o motivo era minha aparição nas revistas, jornais e programas de TV. Eu teria que me acostumar com isso agora.
Ao chegar ao hall de entrada, caminhei até a porta para sair do hotel. Olhei para trás e o rapaz também saia logo atrás de mim.
Parei na calçada arrumando o grampo em meu cabelo que estava saindo e escutei algumas pessoas comentando.
Olhei em volta e havia várias garotas correndo em minha direção.
- Ó sim, Georg havia me alertado sobre isso. – Falei para mim mesma.
Eu não queria aquela atenção toda, não queria ter que explicar tudo, eu não estava preparada para isso. Corri para tentar entrar novamente no hotel, mas meu pé falhou e acabei torcendo o tornozelo me fazendo cair ao chão aos gritos.
O rapaz do elevador se aproximou correndo e me pegou no colo me levando para dentro do hotel.
Senti uma enorme tontura sem origem tomar conta de mim, e minha visão começou escurecer até eu finalmente desmaiar.

Um comentário:

  1. Samy ficou em trase só ao imaginar hushu;
    -
    Será que Natalie agora "é só profissional" -sinceramete espero que sim-
    -
    Aiê, torcer o Tornozeldo deve doer G_G'
    Quem será o rapaz do elevador?
    E salvador do pisoteamento? uhsus.

    Anciosa pelo próximo Cap.

    57º \o
    57º \o
    57º \o/
    57º \o/
    57º o/
    57º o/
    ~
    ~Ceh!~

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