Tom bocejava em meio de seus olhos cansados, mas permanecia sentado, agora batendo os pés no chão impacientemente.
- Sabe Samy, talvez se não fosse você, ela ainda estaria em seu joguinho apaixonada pelo dinheiro e a fama. Talvez fosse até pior no final, quando ela conseguisse o que queria. – Tom bocejou novamente.
- Você está irritado com Bill?
- Não, não estou. Apenas estava muito irritado naquele momento e não me sentia capaz de explicar tudo sem dar um murro em alguém.
- Eu o compreendo, Tom. Realmente é difícil lidar com essas pessoas, eu quem o diga, Natalie também foi desprezível comigo, e você sabe disso. – Levantei-me do sofá e Tom levantou automaticamente. – Muito obrigada Tom por me contar isso. Hoje Natalie tentou me enganar na rua, pedindo pela minha ajuda e eu quase caio em sua armadilha novamente, por isso que ela estava naquele hotel, por isso que talvez Nanda a havia convidado para entrar. Mas depois que você me contou isso, vejo que é impossível ela mudar... ela é doente! E me desculpe por ter o acordado, vejo que você esta cansado... já estou indo para meu quarto. – Continuei enquanto caminhava até a porta e Tom me seguia.
- Não foi nada Samy. Boa noite. – Tom abriu a porta para mim e eu sai o desejando o mesmo.
Caminhei lentamente até chegar a meu quarto. Abri a porta com cuidado e me deparei com o quarto totalmente escuro, me senti cega por um instante. Cambaleei pela enorme sala e avistei uma luz fraca sobre uma mesa central. Eu queria tomar um banho antes de me deitar. Caminhei sem fazer ruído pelo quarto até o banheiro. Não se podia ver absolutamente nada no quarto, estava muito escuro, mas provavelmente Bill estava dormindo, o que fez a cama me parecer tão desejável.
Entrei no banheiro deixando a porta semi-aberta pelo medo de fechar-la e provocar algum barulho que o acordaria.
Liguei a luz que acabou me cegando por completa e levei alguns segundos para me recompor enquanto tirava minhas roupas e caminhava até a banheira e ligava o chuveiro deixando a água quente cair sobre mim.
Tomei o banho mais rápido do mundo. Eu queria estar logo com Bill.
Enrolei-me na toalha e caminhei para fora do banheiro para procurar minhas lingeries pretas preferidas, mas o escuro não ajudava. Fiquei horas ali procurando até encontrar-las.
Joguei a toalha ao lado de minha mala e vesti a lingerie tomando cuidado para não esbarrar em nada e cair.
Caminhei até a cama e deitei tomando o maior cuidado do mundo para não acordar-lo com meus movimentos bruscos.
- Tenho que confessar que sua tentativa de não me acordar foi inútil! Eu não iria dormir antes de você voltar. – A voz de Bill me assustou no silêncio daquele quarto. Senti meu coração subir pela garganta e depois voltar ao seu lugar.
- Porque não disse nada antes? – Resmunguei.
- Porque eu queria ver o que você iria fazer. – Ele riu.
Ele levou uma das mãos a seu lado e ligou o abajur com uma iluminação fraca e amarelada.
Bill agora parecia um boneco de porcelana. A iluminação fraca deixava as linhas de seu rosto mais sutis e seus olhos caramelizados com a iluminação amarelada estavam sem as maquiagens escuras, o deixando com uma expressão mais ingênua, com os cabelos negros perfeitamente jogados para trás em um brilho bronze também por causa da iluminação. Segui com meus olhos e percebi que ele estava apenas de boxer branca. As tatuagens eram mais visíveis naquela iluminação, pareciam ser fluorescentes. Bill realmente gostava de me ver sofrer com essas coisas.
- E Tom?
Percebi que estava de boca aberta enquanto o olhava, o que o fez dar um sorriso meio sem graça. Fechei rapidamente minha boca enquanto me recuperava.
- Bom, ele está bem. Contou-me tudo o que Natalie já fez para ele. E ele não está com raiva de você. – Sorri e Bill pareceu ficar aliviado.
Bill puxou-me para perto dele colando seus lábios nos meus. Sua mão quente alisava meu rosto, enquanto seus lábios se moviam lentamente nos meus com pequenas pausas segurando meu lábio inferior. Eu podia sentir sua respiração quente acariciar meu rosto e seu corpo caloroso colar no meu enquanto suas pernas se enroscavam nas minhas. Seus lábios percorreram meu rosto até meu ouvido e descendo pelo meu pescoço. A ponta de seu nariz roçava levemente minha pele me causando arrepios.
- Eu senti muito a sua falta. – Bill sussurrou enquanto prendia seu olhar no meu.
- Não irá sentir mais. – Prometi.
Deitei minha cabeça em seu peito e ele me envolveu com uma das mãos enquanto a outra se entrelaçava na minha que estava livre sobre seu peito.
Fechei meus olhos com o doce som de seu coração em meu ouvido. O doce som que me fazia bem. O sono começou a tomar conta de mim aos poucos.
- Mamãe! Mamãe! – Uma garotinha gritava desesperadamente em uma floresta escura. Tudo estava embaçado, havia uma névoa muito forte e esbranquiçada. Eu não conseguia chegar até a garotinha que chorava desesperadamente pela mãe.
O choro dela havia diminuído, estava mais longe. Eu corria entre as arvores, mas nunca a alcançava.
- Mamãe! – O grito dela ecoou por todos os cantos da floresta. Eu estava atordoada, não sabia para onde ir e nem onde ela estava.
- Samy? – Uma voz doce soprou em meu ouvido, aquela voz não fazia parte desse sonho.
Abri os olhos lutando contra a luz forte do sol que entrava pelas janelas.
- Bom dia! – Bill estava de bruços apoiado na cama pelos cotovelos enquanto me olhava com um sorriso esplendido. Era tão bom ter a primeira visão do dia em Bill.
- Bom dia. – Esfreguei meus olhos duas vezes. Eu ainda não havia me convencido que aquilo tudo era real. Apoiei-me no braço e ergui minha cabeça para dar-lhe um beijo.
Parecia que seria uma manhã tranqüila, eu desejava isso. Eu queria ter um dia tranqüilo com Bill, somente eu e ele. Mas percebi que não era possível quando ouvi batidas na porta.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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Tão fofo o Bill com a Samy *-*'
ResponderExcluir-
Quanto ao sonho me arrepiei de certa forma era assustador G_G'
-
Quem seria à porta?
Rumo ao 55º o/
-Perfect
~Ceh!~