quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Para sempre você - cap. 35

Chegando ao aeroporto, Nanda pagou o motorista e caminhamos até a entrada carregando nossas malas. Quando atravessamos a porta de entrada, pude rever aquele momento em que trombei com Bill naquele exato local. Realmente, aquele dia havia mudado minha vida.
- Samy, é ali o portão para o nosso avião. Já está na hora de embarcar. – Nanda me puxou pelo braço enquanto apontava para um portão á nossa esquerda. O mesmo portão que eu entrei no aeroporto chegando da Argentina naquele dia.
Fui carregada por Nanda até atravessarmos o portão. Nanda entregou nossas passagens á uma mulher com um uniforme azul e continuou me carregando até entrarmos no avião. Sentei-me na cadeira oito e Nanda na cadeira nove.
- Nanda, eu te pago depois...
- Não precisa, é um presente. – Nanda ergueu a mão em sinal para eu não persistir.
A aeromoça começou dar as instruções que me deixavam entediada e logo decolamos. Eu ainda não conseguia acreditar que estava indo para a Alemanha, para a Europa, era um sonho. Mas não importava o local, eu atravessaria o mundo se fosse preciso, por mais que eu odiasse ou amasse o país, eu iria até ele apenas para estar junto de Bill novamente.
- Samy, pode me contar agora o porquê de tudo isso? Incluindo o porquê que você estava mal antes de eu aceitar seu convite, ok?! – Nanda virou-se para olhar em meus olhos.
Respirei bem fundo e comecei á contar desde o começo, em certos momentos pude sentir os meus olhos mergulharem em lagrimas, mas não poupei nenhum detalhe, contei tudo para ela. Nanda escutou a história toda com muita atenção e parecia em alguns instantes não acreditar e em outros acreditar. Mas tudo mudou quando eu lhe mostrei a carta e o colar. Ela ficou eufórica e suas mãos tremiam ao encostar a ponta dos dedos no pingente do colar e roçar cada palavra da carta com cuidado como se fosse algo precioso.
- Samy, eu não acredito! Você é a garota que estava aparecendo nas fotos! Você é a namorada secreta do Bill! – Nanda começou á falar alto quase gritando e todos do avião olharam para nós. Tampei a boca dela com uma de minhas mãos e ela parou de falar no mesmo instante e todos desviaram o olhar.
- Que fotos? – Perguntei em um tom mais baixo.
- Quando o Bill estava lá em São Paulo, começou á aparecer fotos tiradas por paparazzi do Bill jantando com uma garota e depois saindo do hotel com a mesma e chegando também. Todas as fotos que tiravam do Bill fora do local do show, ele estava com essa garota, mas não dava para ver seu rosto, porque as fotos eram de má qualidade. Mas, meu deus, essa garota é você! – Nanda explicou no mesmo tom que o meu tentando conter a emoção.
- Nossa, eu realmente fiquei um pouco desligada do mundo. Toda vez que eu saia com ele, eu não via nenhum fotógrafo nem nada, estava achando até estranho. Mas vejo que não consegui escapar.
Nanda riu baixinho e logo se calou.
- Mas quer dizer que vamos atrás do Tokio Hotel literalmente então? Eu vou conhecer-los? – Nanda começou novamente, mas sua voz falhava á cada palavra dita.
- Com certeza. Se conseguirmos os encontrar. – Sorri para ela.
Nanda encostou-se na cadeira respirando bem fundo tentando se acalmar para não começar á gritar dentro do avião. Eu estava feliz por levar Nanda comigo. Eu estaria ajudando ela a realizar seu grande sonho também, e isso me fazia bem.
Depois de Nanda ter se acalmado, conversamos muito, rimos, contei como era cada integrante da banda pessoalmente. Eu realmente estava me divertindo. A viagem durou pouco mais de 14 horas e não sentir-me entediada em nenhum momento, pois Nanda era extrovertida e não me deixava nem pegar no sono.
Quando chegamos, eu senti certa emoção ao pisar pela primeira vez em terras alemãs, e Nanda parecia sentir o mesmo, estavamos finalmente em Hamburgo. Começamos á chorar juntas e rir ao mesmo tempo enquanto caminhávamos na pista de vôo até os portões do aeroporto. Entramos no aeroporto parecendo duas bobas olhando tudo em volta, até que escutei uma voz dizer algo conhecido que fez eco por todo o aeroporto “Tokio Hotel”. Olhei para o telão que havia bem no meio do aeroporto e uma repórter contava algo sobre eles, algo sobre a entrega de prêmios da Comet que aconteceria hoje á noite. Foram as únicas coisas que consegui entender.
O tempo estava se esgotando, já era de noite e essa era a única forma de conseguir encontrar Bill, indo até essa entrega de prêmios.

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