sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Para sempre você - cap. 32

Tive o mesmo sonho da noite passada. Mas agora tudo em volta estava escuro. Por um momento eu pude sentir que estava morta, mas não estava. A sensação que eu sentia era horrível, era difícil de descrever, e o único nome que eu conseguia chamar era o de Bill, e a cada momento que eu o chamava minha garganta ardia, como se eu tivesse o gritado por horas ou talvez dias.
Acordei tremendo novamente, aquele sonho estava começando a me dar muito medo. Olhei para o lado e Bill não estava mais onde eu havia o visto pela ultima vez. Eu precisava o ver para me acalmar daquele pesadelo. Peguei meu celular para ver as horas e percebi que havia algo em baixo dele. Era uma carta.
Sentei-me na cama e abri a carta cuidadosamente, e logo veio em destaque uma letra bem desenhada e bonita, era a letra de Bill, eu conhecia aquela letra muito bem.
Minhas mãos começaram a tremer mais do que já estavam, eu estava com medo de começar á ler, eu não consegui encontrar um motivo para ele me deixar uma carta. Mais de qualquer forma, optei pelo melhor motivo, podia ser apenas uma carta carinhosa. Eu não pude conter a ansiedade, e por mais que meus olhos estavam desesperados sobre a carta, eu os forcei á ler.
“ Samy minha vida,
Realmente essa nossa vinda ao Brasil fez a diferença, eu conheci você. Quando eu já havia perdido as esperanças de encontrar alguém que me amasse não somente como ídolo, mas como eu sou, alguém que me fizesse feliz, alguém que eu amasse, te conheci. Desde a primeira vez que te vi, sempre senti que você fosse especial, e eu estava certo.
Mas, infelizmente eu não sou uma pessoal normal, com um cotidiano normal, uma vida normal, e é por esses motivos que eu procuro não me apaixonar, mais eu não pude me conter.
Samy, ontem foi o melhor dia de minha vida, eu jamais irei esquecer.
Quando você disse que me amava pela primeira vez, eu fiquei totalmente sem ação, era uma coisa que eu queria muito ouvir de você, mas ao mesmo tempo eu não queria, eu não queria que você me amasse, porque eu não queria te fazer sofrer depois. Com certeza eu iria sofrer, porque te amar foi inevital, mais não queria que você passasse pelo mesmo.
Quando você me perguntava se algo estava me incomodando, na realidade sempre teve. David , nosso produtor, um dia antes do show nos ligou dizendo que na manhã seguinte ao show teríamos que voltar para a Alemanha por causa de uma entrega de prêmios que terá e estamos na indicação. Eu não consegui te falar. Aquilo estava me matando por dentro, eu não conseguia acreditar que aquele seria meu ultimo dia com você.
Provavelmente será muito difícil nos encontrarmos novamente, foi sorte você ter aparecido em meu caminho naquele dia no aeroporto e esse tipo de sorte é difícil de acontecer pela segunda vez.
Só quero que você saiba Samy, que você foi a única que tocou meu coração durante esses anos, e que quando eu disse que te amava, era verdade.
Nunca se esqueça que a amo, e sempre irei te amar. E você estará sempre guardada em mim em forma daquela canção que eu fiz somente para você, porque para mim, será para sempre você.
Bill Kaulitz. "

As lagrimas que escorriam pelo meu rosto incessavelmente começaram a molhar o papel da carta. Ele não podia ter ido embora, aquela carta com certeza devia ser alguma brincadeira sem graça do Tom com o Georg.
Abri a porta de meu quarto correndo e corri rapidamente para a porta do quarto de Bill.
- Bill! Bill! Bill! Por favor, abra a porta! – Eu gritava em meio as lagrimas enquanto batia com todas minhas forças na porta. Ninguém saiu.
Corri até o quarto de Tom e nada. No de Georg e Gustav muito menos.
Fui até o elevador com dificuldade, minhas pernas estavam bambas e eu sentia o ar faltar.
Entrei nele e esperei sentada no chão até chegar ao hall de entrada.
Chegando corri até a atendente tentando engolir meus soluços altos que vinham junto com as lagrimas e me impediam de falar.
- Por favor, eu preciso da chave do quarto quatro! – Falei com um tom desesperado enquanto eu me segurava no balcão para não cair.
A atendente me olhou com uma expressão assustada, um dos motivos provavelmente seria por causa de meu rosto branco, eu conseguia sentir que o sangue havia fugido de minha pele.
Ela me entregou a chave e eu corri para o elevador novamente. Pude escutar ela perguntando se eu queria um médico, mais eu não á dei atenção.
Chegando ao andar novamente eu corri para o quarto de Bill. Tive dificuldade em colocar a chave no trinco, pois minhas mãos tremiam muito, mais consegui no final. Abri a porta rapidamente e senti um choque enorme tomar conta de meu corpo.
Tudo estava vazio. Era verdade, eles haviam voltado para a Alemanha. Bill havia ido embora.

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