terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Para sempre você - cap. 29

Eu me sentei na cadeira para recuperar minhas forças. Eu ainda chorava muito e eu sentia meu corpo tremer.
- Samy, eu tenho que ir, minha mãe esta lá fora me esperando e já me ligou falando para eu não demorar muito para sair. – Fernanda falou delicadamente colocando a mão em meu ombro.
- Ok. Não se esqueça de mim, ok?! – Falei á ela depois de respirar bem fundo engolindo o choro.
- Não irei. – Fernanda sorriu para mim e saiu quase correndo em direção á saída, com seus cabelos encaracolados pulando sobre seu rosto.
Levantei-me com as pernas bambas e me apoiei na parede do palco.
- Samantha, venha comigo! – Um homem alto e de terno me puxou pela cintura e me carregou até o corredor dos camarins.
- Onde está Bill?
- Ele passará ainda algum tempo aqui com a banda e ele me pediu para te levar para o hotel. – O homem tinha uma voz de trovão, o que me assustou um pouco.
- Ok! Mais diga á ele que não irei dormir enquanto não o ver. – Falei em um tom de ordem, mais o homem não mostrou absolutamente nenhuma expressão.
Ele continuou me carregando pelo corredor, foi quando vi Natalie saindo do camarim de Bill com um sorriso enorme nos lábios, o mesmo sorriso se tornou sarcástico quando me viu. Eu a fuzilei com os olhos e ela parecia gargalhar de mim em silencio. Eu tive vontade de ir até ela e tirar satisfações, mas me soltar das mãos do enorme homem de voz de trovão estava fora de cogitação.
Ele me carregou até a porta dos fundos e me colou dentro de um carro preto e logo em seguida entrou nele se sentando no banco do motorista e ligando o carro rapidamente.
Por um momento eu senti que estava realmente sendo seqüestrada. Aquele homem me dava um pouco de medo.
A imagem do show ainda não havia passado de meus olhos. Eu podia ver tudo nitidamente. Não somente o show, mais também, aquelas palavras singelas que Bill havia me dito antes do show. Aquilo ficaria guardado para sempre em mim.
Quando fui perceber, já estávamos estacionando no hotel. O homem praticamente me colocou pra fora do carro.
- Fique aqui no hotel. – Ele trovejou com sua voz novamente e entrou no carro.
Seguranças, sempre antipáticos e seguindo ordens cegamente. Pelo menos naquele segurança eu sentia que podia confiar.
Entrei no hotel cambaleando e logo entrei no elevador apertando o botão de meu andar. Chegando meu andar, fui até meu quarto e o destranquei abrindo a porta lentamente.
- Falei para o Gerard não demorar! – Uma voz doce atravessou a escuridão de meu quarto.

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