Eu não consegui ter uma reação e Bill continuou me olhando, com um ar de arrependimento ou algo parecido.
- Ok Bill, você não me disse isso. – Falei por fim abaixando os olhos.
- Eu falo sério, Samantha. Você tem que voltar ao Brasil! – Bill falou com a voz firme.
- Você é um egoísta. Egoísta! Isso que você é! Você está pensando apenas em você! Será que você não percebe que eu não vivo sem você? Será que você não percebe que me preocupo mais com você do que comigo mesma? Bill, eu larguei minha vida para criar outra com você, e você vem com essa agora de que estarei sempre em perigo?! Dane-se, eu posso até morrer por isso, mas eu não ligo, desde que eu esteja ao seu lado até o ultimo segundo! - Explodi de raiva e comecei a falar alto com ele. Ele não podia estar me dizendo isso! Eu não ia voltar para o Brasil e ele não iria me obrigar á isso!
Bill fechou os olhos por um momento e respirou fundo.
- Eu sou egoísta? Ok. Eu sou egoísta por querer te proteger? Sabe, às vezes eu acho que eu devia ter ficado na minha quando nos conhecemos. Eu não devia ter me entregado aos meus sentimentos. Eu sei que dessa forma eu teria perdido tudo de bom que passamos juntos, mas pelo menos assim, você estaria lá no Brasil, com sua vida normal e com seus amigos, e o mais importante, não estaria correndo perigo. Eu sei que dessa forma eu teria perdido talvez para sempre o amor da minha vida, mas me sentiria melhor não colocando a vida de ninguém em risco. – Bill falou irritado, enquanto tirava o capuz da cabeça e o jogava com força em cima da cama.
- É, talvez fosse melhor, não acha?! Daí você teria uma vida perfeita com a queridinha Natalie, sem ao menos saber que ela é casada e só tem olhos para o seu dinheiro! – Falei com sarcasmo.
Qual era a dele? Agora estava arrependido de tudo? Eu realmente estava ficando com muita raiva.
- Você sabe que eu nunca considerei Natalie mais do que uma amiga! – Bill encostou-se na parede irritado.
- Não sei, eu realmente não sei. – Tirei o colar do meu pescoço e ergui a mão em sua direção para que ele pegasse o colar.
Ele me olhou com o olhar triste agora, eu podia perceber que toda sua raiva havia sido tomada por outro sentimento repentino.
- Confesso que eu não sei o que significa o “sempre” para você. Você esta me mostrando que não existe um sempre. – Falei enquanto sentia as lagrimas banharem meus olhos.
Bill não se mexeu um milímetro e continuou me olhando com o mesmo olhar.
Soltei o colar e o deixei cair ao chão e sai do quarto, descendo as escadas. Encontro-me com Simone, que estava á caminho do quarto de Bill para ver o que estava acontecendo.
- Samy? O que aconteceu? – Simone me olhou assustada.
Eu não me importei em responder sua pergunta. Continuei andando para fora da casa.
Eu não sabia para onde ia, eu só queria andar por aí, sem rumo.
Entrei na floresta que havia ao lado da casa e me sentei á beira da primeira arvore que me apareceu na frente.
Eu apenas conseguia chorar. Como ele podia fazer isso depois de tudo?! Eu não conseguia ver um lado bom no que ele queria. Era ilógico.
Eu sentia falta do que sempre esteve em meu pescoço. Aquele colar era minha certeza da realidade. E agora? O que eu tinha?
Passei a mão pela minha barriga. Não era tão emocionante tudo aquilo sabendo que ele me queria longe.
Ouvi um barulho de carro na estrada, olhei para ver quem era, mas os vidros eram filmados e completamente escuros. Eu já tinha visto aquele carro em algum lugar, mas não me lembrava onde.
O carro parou logo á minha frente, e a porta abriu-se.
- Samy? O que esta fazendo aqui? – Uma voz grossa falou logo em seguida. Eu reconhecia aquela voz, era Tom.
Levantei-me e o abracei. Eu não conseguia parar de chorar.
- O que foi? Não acredito que você e o Bill já brigaram! Você acabou de sair do hospital! – Tom falou irritado.
- Ele quer que eu volte para o Brasil, Tom! Tudo por medo do Mike! Eu não quero ir, eu não posso ficar longe dele! – Falei enquanto soluçava. Tom não disse nada, apenas me puxou pela mão e me carregou para dentro da casa.
Simone estava descendo as escadas e não disse nada quando viu Tom me carregando irritado.
Subimos as escadas e Tom me soltou perto da porta do quarto de Bill.
- Não saia daqui! Eu vou conversar com ele. – Tom ordenou e entrou no quarto fechando a porta. Encostei meu ouvido na porta para ouvir a conversa.
- Bill, que história é essa? Você não pode pedir para que a Samy volte ao Brasil! Você está louco? – Tom falava irritado.
- É para o bem dela! Eu não quero que ela continue em risco! – Bill respondeu com a voz um pouco emocionada. Eu não gostava disso.
- Para o bem dela? Só se for na sua cabeça! Se ela for para o Brasil, será pior para ela e para você também! Só eu sei como você ficou quando tivermos que vir para a Alemanha e deixar-la no Brasil. Eu realmente não quero que você fique naquele estado de novo. – Tom falou com um ar paterno.
- O Mike a visitou no hospital! Tom, se algo acontecer com ela de novo, eu não sei o que será de mim. – Bill falou com pesar.
- Que se dane o Mike! Ele esta querendo destruir o relacionamento de vocês, e se você mandar-la ao Brasil, ele irá conseguir o que queria. Não seja burro! – Tom falava alto e claro.
Tudo ficou em silêncio. Eu queria saber o que estava acontecendo lá dentro. Levei a mão na maçaneta, mas Tom começou a falar novamente.
- Ela te ama muito, e você também a ama. Seja o que for, permaneça ao lado dela, mesmo que ela corra risco ou você, o melhor que vocês têm de fazer é passar por isso juntos. – Tom falou com a voz abafada.
Eu não me contive e abri a porta. Bill estava sentado na cama com os cotovelos apoiados nas pernas e o rosto pousado sobre as mãos. Tom estava de pé á sua frente de braços cruzados.
Tom me olhou e imediatamente saiu do quarto fechando a porta sem dizer mais nada.
Aproximei-me de Bill. Eu não sabia o que falar, nem o que fazer. Tudo que tinha de ser dito, Tom já havia o feito. Apenas permaneci em pé ao seu lado.
Bill tirou as mãos do rosto e me olhou com os olhos molhados. Ele segurou minhas mãos, entrelaçando os dedos nos meus e me puxou, me abraçando e enterrando seu rosto em minha barriga.
- Por favor Samy, me perdoe? – Bill choramingou.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Para sempre você - cap. 82
Mike me olhou com um sorriso malicioso como se tivesse relembrando que não desistiria facilmente e saiu do quarto com uma postura de um adulto responsável. O médico sorriu simpaticamente para ele e entrou no quarto fechando a porta.
- Samantha, está com sorte. Terá alta ainda hoje. Iríamos liberar-la agora para que fosse embora junto com o seu pai, mas como Bill está como o seu responsável aqui na Alemanha, decidimos esperar por ele. Ele já deve estar chegando. – O médico sorriu para mim enquanto desligava os aparelhos que estavam ligados em mim.
Imagine se ele me liberasse agora. Meu deus, não quero nem pensar no que Mike iria fazer comigo.
Sentia-me aliviada, os ruídos irritantes não existiam mais agora, e eu podia me movimentar melhor. Sentia-me como uma marionete libertada das cordas.
- Vou dar-lhe privacidade para que se vista. Assim que Bill chegar eu venho lhe buscar. Não saia do quarto! – O médico ordenou e saiu do quarto.
Olhei para uma pequena mesa no canto do quarto. Meu vestido branco de rendas que eu tanto gostava, estava sobre ela.
Tirei aquelas roupas horríveis de hospital e o coloquei. Eu não podia deixar de admirar minha barriga. Era tão inacreditável ter uma vida dentro de mim.
Eu sentia-me ansiosa para ver Bill, tão ansiosa que eu sentia vontade de gritar, pular e bater palmas, tudo ao mesmo tempo, como uma louca.
Eu precisava de um espelho, com certeza eu estava horrível. Mas isso não me importava tanto agora, eu estava ansiosa demais, feliz demais por estar saindo daquele hospital, e assustada, pela aparição de Mike, depois de tanto tempo.
Sentei-me na cama tentando me acalmar quando ouvi a porta abrir-se.
Levantei-me ansiosa para ver quem estava entrando, e lá estava ele. Bill entrava no quarto na maior elegância, com um capuz cinza colocado elegantemente sobre a cabeça, óculos escuros, jeans claro e uma camiseta grafite.
Assim que ele me viu, abriu um sorriso tão lindo, que quase me fez tombar para trás. Senti-me exatamente como da primeira vez que o vi no aeroporto do Brasil. Era como se eu tivesse o encontrando pela primeira vez. Senti meu coração bater fortemente, me sufocando.
Corri ao seu encontro e o abracei com todas as minhas forças. Bill me envolveu em seus braços e beijou meus lábios em meio de seu sorriso emocionado.
- Como é bom ver-la bem! Você não tem nem noção do quanto eu sofri com tudo isso. – Bill alisou meu rosto.
Eu estava atordoada, sentia saudades do sabor de seus lábios, do calor de seus braços e de tudo relacionado á ele.
Bill agachou-se e beijou minha barriga e me abraçou novamente por um longo tempo, como se quisesse me prender em seus braços para sempre.
- Bom... desculpa me intrometer, mas Senhorita Meyer, procure repousar agora, não tenha emoções muito fortes e procure não fazer muito esforço. Você passou por uma situação de alto risco, e não deve abusar. – O médico falava para mim, mas olhava fixamente para Bill, como se fosse uma advertência para ele.
Bill deu um sorriso sem graça para o médico.
Como assim, sem emoções muito fortes? Era impossível não ter emoções fortes ao lado de Bill.
Saímos do quarto juntos indo diretamente para fora do hospital. Assim que saímos, havia vários repórteres e fotógrafos, pareciam canibais ansiando por um pedaço de nossa carne.
Bill passou o braço pela minha cintura e me puxou rapidamente para dentro do carro dele parado logo á frente do hospital, sem responder nenhuma pergunta aos repórteres.
- Todo mundo já sabe? – Olhei para ele assustada.
- Sobre nosso filho? Não. Mas que você estava internada, sim. Não teve como esconder isso, muitos me viram vindo para cá e indo embora todos os dias, sem tirar os pacientes que com certeza uma hora ou outra iriam contar para a mídia. Mas, ninguém sabe o porquê que você estava aqui. – Bill explicou calmamente.
Senti-me aliviada. Eu sabia que uma hora ou outra todos iriam ficar sabendo, mas teríamos que nos preparar para isso, principalmente o Bill, que iria ser manchete de jornais no mundo todo. Já podia imaginar o que iriam escrever “Bill Kaulitz engravida uma garota de dezessete anos”. Bom, pelo menos não seria dezessete, porque amanhã eu já estaria com dezoito. Mas de qualquer forma, não iria transmitir uma boa imagem á seu respeito... mas se fosse casado... não, Bill nunca iria querer se casar, ele não acreditava em religião alguma e também era muito novo.
Bill ligou o carro e seguiu pela estrada deixando aquela multidão de repórteres e fotógrafos para trás.
- Bill, o que aconteceu naquele dia para eu ter vindo parar no hospital? – Perguntei. Eu precisava saber, eu não lembrava de absolutamente nada.
- Você não se lembra? – Bill respondeu com uma pergunta.
- Eu não me lembro de nada. Nem do que fizemos naquele dia. Apenas me lembro de ter chegado a sua casa, e que ela é linda... e de sua mãe, apenas isso. – Olhei para Bill e ele permaneceu calado. Ameaçou a falar duas vezes, mas disfarçou molhando os lábios com a língua.
- Não precisa lembrar. Não é algo muito agradável para se guardar na memória, não acha?! – Ele finalizou o assunto.
- Bill... o Mike me visitou um pouco antes de você chegar. – Eu precisava contar para ele.
Bill pareceu se assustar e desviou de um carro que vinha na nossa direção ás pressas. Aquilo me assustou, poderia ter provocado um acidente. Eu realmente devia ter esperado chegar a casa dele para contar isso.
- O Mike? Ele te fez alguma coisa? – Bill apertou o volante como se fosse quebrar-lo. Eu não podia ver sua expressão, ele estava com os seus óculos escuros.
- Não. Ele apenas disse que queria a mim e que não iria desistir. Ele é perigoso Bill, estou começando á ter medo... não por mim, por você. – Conclui.
Bill não disse nada. Ele parecia preocupado.
Chegamos a sua casa enorme. Não pude deixar de me maravilhar novamente com aquele jardim que mais parecia tirado de um conto de fadas.
Entramos em sua casa e Simone me recebeu com beijos e abraços. Ela realmente era uma pessoa maravilhosa.
Eu queria ver Tom, Georg e Gustav, mas Bill disse que eles estavam em Hamburgo participando de um programa. Ele me disse que durante todos os dias que eu fiquei naquele hospital, nenhum deles saiu de lá, e assim que ele soube que logo eu teria alta, achou melhor que fossem á esse programa para que as fãs não ficassem preocupadas.
Subimos á seu quarto e Bill fechou a porta enquanto tirava seus óculos. Ele realmente estava com uma expressão preocupada.
- Eu te amo como nunca amei ninguém. Mas Samy, eu vejo que enquanto você estiver comigo, permanecerá em perigo, e o que eu menos quero é que algo aconteça com você e nosso filho. Eu pensei que tinha te perdido, e realmente, não quero passar por aquilo de novo. Eu não viveria sem sua existência. – Bill segurou meu rosto entre suas mãos enquanto me olhava com seus olhos caramelizados e profundos.
- O que você quer dizer com isso? – Perguntei um pouco assustada.
- Eu sei que isso irá me matar... mas acho que você deve voltar ao Brasil... sozinha.
- Samantha, está com sorte. Terá alta ainda hoje. Iríamos liberar-la agora para que fosse embora junto com o seu pai, mas como Bill está como o seu responsável aqui na Alemanha, decidimos esperar por ele. Ele já deve estar chegando. – O médico sorriu para mim enquanto desligava os aparelhos que estavam ligados em mim.
Imagine se ele me liberasse agora. Meu deus, não quero nem pensar no que Mike iria fazer comigo.
Sentia-me aliviada, os ruídos irritantes não existiam mais agora, e eu podia me movimentar melhor. Sentia-me como uma marionete libertada das cordas.
- Vou dar-lhe privacidade para que se vista. Assim que Bill chegar eu venho lhe buscar. Não saia do quarto! – O médico ordenou e saiu do quarto.
Olhei para uma pequena mesa no canto do quarto. Meu vestido branco de rendas que eu tanto gostava, estava sobre ela.
Tirei aquelas roupas horríveis de hospital e o coloquei. Eu não podia deixar de admirar minha barriga. Era tão inacreditável ter uma vida dentro de mim.
Eu sentia-me ansiosa para ver Bill, tão ansiosa que eu sentia vontade de gritar, pular e bater palmas, tudo ao mesmo tempo, como uma louca.
Eu precisava de um espelho, com certeza eu estava horrível. Mas isso não me importava tanto agora, eu estava ansiosa demais, feliz demais por estar saindo daquele hospital, e assustada, pela aparição de Mike, depois de tanto tempo.
Sentei-me na cama tentando me acalmar quando ouvi a porta abrir-se.
Levantei-me ansiosa para ver quem estava entrando, e lá estava ele. Bill entrava no quarto na maior elegância, com um capuz cinza colocado elegantemente sobre a cabeça, óculos escuros, jeans claro e uma camiseta grafite.
Assim que ele me viu, abriu um sorriso tão lindo, que quase me fez tombar para trás. Senti-me exatamente como da primeira vez que o vi no aeroporto do Brasil. Era como se eu tivesse o encontrando pela primeira vez. Senti meu coração bater fortemente, me sufocando.
Corri ao seu encontro e o abracei com todas as minhas forças. Bill me envolveu em seus braços e beijou meus lábios em meio de seu sorriso emocionado.
- Como é bom ver-la bem! Você não tem nem noção do quanto eu sofri com tudo isso. – Bill alisou meu rosto.
Eu estava atordoada, sentia saudades do sabor de seus lábios, do calor de seus braços e de tudo relacionado á ele.
Bill agachou-se e beijou minha barriga e me abraçou novamente por um longo tempo, como se quisesse me prender em seus braços para sempre.
- Bom... desculpa me intrometer, mas Senhorita Meyer, procure repousar agora, não tenha emoções muito fortes e procure não fazer muito esforço. Você passou por uma situação de alto risco, e não deve abusar. – O médico falava para mim, mas olhava fixamente para Bill, como se fosse uma advertência para ele.
Bill deu um sorriso sem graça para o médico.
Como assim, sem emoções muito fortes? Era impossível não ter emoções fortes ao lado de Bill.
Saímos do quarto juntos indo diretamente para fora do hospital. Assim que saímos, havia vários repórteres e fotógrafos, pareciam canibais ansiando por um pedaço de nossa carne.
Bill passou o braço pela minha cintura e me puxou rapidamente para dentro do carro dele parado logo á frente do hospital, sem responder nenhuma pergunta aos repórteres.
- Todo mundo já sabe? – Olhei para ele assustada.
- Sobre nosso filho? Não. Mas que você estava internada, sim. Não teve como esconder isso, muitos me viram vindo para cá e indo embora todos os dias, sem tirar os pacientes que com certeza uma hora ou outra iriam contar para a mídia. Mas, ninguém sabe o porquê que você estava aqui. – Bill explicou calmamente.
Senti-me aliviada. Eu sabia que uma hora ou outra todos iriam ficar sabendo, mas teríamos que nos preparar para isso, principalmente o Bill, que iria ser manchete de jornais no mundo todo. Já podia imaginar o que iriam escrever “Bill Kaulitz engravida uma garota de dezessete anos”. Bom, pelo menos não seria dezessete, porque amanhã eu já estaria com dezoito. Mas de qualquer forma, não iria transmitir uma boa imagem á seu respeito... mas se fosse casado... não, Bill nunca iria querer se casar, ele não acreditava em religião alguma e também era muito novo.
Bill ligou o carro e seguiu pela estrada deixando aquela multidão de repórteres e fotógrafos para trás.
- Bill, o que aconteceu naquele dia para eu ter vindo parar no hospital? – Perguntei. Eu precisava saber, eu não lembrava de absolutamente nada.
- Você não se lembra? – Bill respondeu com uma pergunta.
- Eu não me lembro de nada. Nem do que fizemos naquele dia. Apenas me lembro de ter chegado a sua casa, e que ela é linda... e de sua mãe, apenas isso. – Olhei para Bill e ele permaneceu calado. Ameaçou a falar duas vezes, mas disfarçou molhando os lábios com a língua.
- Não precisa lembrar. Não é algo muito agradável para se guardar na memória, não acha?! – Ele finalizou o assunto.
- Bill... o Mike me visitou um pouco antes de você chegar. – Eu precisava contar para ele.
Bill pareceu se assustar e desviou de um carro que vinha na nossa direção ás pressas. Aquilo me assustou, poderia ter provocado um acidente. Eu realmente devia ter esperado chegar a casa dele para contar isso.
- O Mike? Ele te fez alguma coisa? – Bill apertou o volante como se fosse quebrar-lo. Eu não podia ver sua expressão, ele estava com os seus óculos escuros.
- Não. Ele apenas disse que queria a mim e que não iria desistir. Ele é perigoso Bill, estou começando á ter medo... não por mim, por você. – Conclui.
Bill não disse nada. Ele parecia preocupado.
Chegamos a sua casa enorme. Não pude deixar de me maravilhar novamente com aquele jardim que mais parecia tirado de um conto de fadas.
Entramos em sua casa e Simone me recebeu com beijos e abraços. Ela realmente era uma pessoa maravilhosa.
Eu queria ver Tom, Georg e Gustav, mas Bill disse que eles estavam em Hamburgo participando de um programa. Ele me disse que durante todos os dias que eu fiquei naquele hospital, nenhum deles saiu de lá, e assim que ele soube que logo eu teria alta, achou melhor que fossem á esse programa para que as fãs não ficassem preocupadas.
Subimos á seu quarto e Bill fechou a porta enquanto tirava seus óculos. Ele realmente estava com uma expressão preocupada.
- Eu te amo como nunca amei ninguém. Mas Samy, eu vejo que enquanto você estiver comigo, permanecerá em perigo, e o que eu menos quero é que algo aconteça com você e nosso filho. Eu pensei que tinha te perdido, e realmente, não quero passar por aquilo de novo. Eu não viveria sem sua existência. – Bill segurou meu rosto entre suas mãos enquanto me olhava com seus olhos caramelizados e profundos.
- O que você quer dizer com isso? – Perguntei um pouco assustada.
- Eu sei que isso irá me matar... mas acho que você deve voltar ao Brasil... sozinha.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Para sempre você - cap. 81
Mamãe nos olhou sem entender. Eu não iria contar toda a história para ela, eu não podia envolver-la nisso, eu não queria mais um ente querido sendo prejudicado. Apenas a mandei demitir Mike e nunca mais entrar em contato com ele ou com qualquer pessoa relacionada á ele, por sorte ela entendeu o recado e não questionou.
- Garotos, vocês estão ciente que hoje será o evento na RTL. – David se aproximou nos relembrando.
- Não vou sair desse hospital até Samy estar bem! – Falei firmemente e Gustav, Georg e Tom o olharam como se eu tivesse dito por todos. David apenas nos olhou inexpressivo.
- Ok. Eu irei resolver isso. – David falou por fim e saiu do hospital com o celular no ouvido.
David não era um produtor rigoroso, ele não nos dava ordens, ele deixava nós mesmos construir nosso sucesso, e ele sempre era secundário em todos nossos projetos e procurava nos apoiar em absolutamente tudo, e criticar quando era necessário. Eu nunca pude imaginar um produtor melhor do que ele no mundo todo. Era exatamente assim que todos deveriam ser. Ninguém cria arte sendo pressionado ou obrigado, simplesmente cria.
Eu me lembro de um pouco antes da gravação de Durch den Monsun, quando eu disse á ele que tatuaria o logotipo da banda no pescoço e ele veio dizendo “Isso não é uma boa idéia! O que você irá fazer se tudo fracassar ou se você se chatear com os outros membros da banda ao ponto de se separarem e você terá para sempre o logotipo no pescoço depois de fazê-lo?!” eu apenas tinha 14 anos na época e o respondi com toda firmeza que encontrei dentro de mim naquele momento “Eu tenho esperado toda a minha vida por isto. Eu quero gravar este momento no meu corpo. Não me interessa minimamente se isto será um fracasso ou não”. Depois disso ele nunca mais questionou minhas decisões.
Sentei-me junto com Tom em um banco no corredor e Gustav e Georg foram procurar algo para comer na lanchonete. Meus olhos não se desviavam da porta onde estava Samy.
Parte contada por Samy.
bi-bi-bi-bi-bi...
Meus sonhos já haviam sido invadidos por aquele bip infernal, agora estava começando á invadir meus pensamentos.
Quantos dias já haviam se passado? Cinco? Dez? um ano? Eu já havia perdido toda noção de tempo naquele quarto branco. Aquele branco continuo já estava me cegando, meus olhos gritavam para ver cores diferentes.
E Bill? Desde o dia em que mal conseguia respirar direito que os médicos proibiram sua visita. Só porque naquele dia o monitor cardíaco teve alterações com a presença dele. Que idiotice. Eu precisava ver Bill! Sua imagem já estava se perdendo em minha mente, como se ele fosse um sonho que eu havia tido á algum tempo atrás, e me fazia questionar se tudo que eu havia passado com ele realmente era real ou não passava de um doce sonho.
Mas algo me mostrava que não podia ser um sonho. O colar, sim ele estava no meu pescoço.
Mas porque eu estava naquele hospital? Eu realmente não conseguia lembrar-me de exatamente nada sobre o que havia acontecido. Apenas me lembrava de Bill e eu chegarmos a sua casa, que mais parecida com um palácio, e de ter conhecido a mãe dele, que realmente era uma pessoa maravilhosa. Minha mente ficou naquele hall de entrada da casa dele, depois disso apenas me lembrava de não conseguir respirar e me sentir fria, muito fria, tão fria que não podia sentir meu corpo, e meu coração pulsava lentamente ruidoso. E logo que eu pude sentir o ruído de meu coração desaparecer aos poucos, eu ouvi a doce voz de Bill quebrar o vazio de minha mente, e o toque quente de sua mão macia na minha fria.
Algo que realmente marcou naquele momento foi o que ele disse, “Eu estou aqui. Sempre vou estar”. Pelo menos isso ainda era claro em minha mente.
Eu estava ótima, eu queria levantar daquela cama e correr pelos corredores do hospital atrás de Bill. Queria poder sentir seu cheiro novamente, o toque de suas mãos e seus lábios macios e saborosos.
Mas, e se ele não estivesse lá?
- Samantha! Está acordada. – A voz suave do médico ecôo pelo quarto.
- Ou estou dormindo de olhos abertos. Quero ir embora! Estou ótima! – Falei irritada.
- Calma querida. Você logo terá alta. – O médico sorriu para mim e analisou a tela dos aparelhos que estavam na sala.
- Eu quero ver o Bill! – Falei me sentando na cama. A calma daquele médico estava me irritando, como se ele tivesse debochando de mim.
- Por favor, deite senhorita Meyer. – O médico falou calmamente de novo enquanto anotava algo em uma prancheta.
- Você é surdo ou o quê? Eu disse que quero ver o Bill! – Falei novamente, enquanto escorregava para a beira da cama para me levantar.
- E você irá ver-lo quando ele chegar. Agora, não seja teimosa e deite! – O médico ordenou calmamente de novo.
Bom pelo menos ele disse que eu iria ver-lo.
- Agora quem você irá ver é o seu pai que está ai fora faz uma hora esperando você acordar. – O médico disse por fim e saiu do quarto.
Meu pai? Como assim, meu pai? Ele nem sabia que eu havia vindo para Alemanha e muito menos que eu estava com Bill Kaulitz. Como poderia ser ele?
Que droga! Eu não queria ver meu pai. Traidor!
Com certeza ele viria com algum sermão idiota e iria querer levar-me de volta para o Brasil. Eu não estava com cabeça para aturar isso.
Deitei-me na cama e fechei os olhos fingindo ter dormindo novamente.
Escutei a porta do quarto abri-se e passos largos se aproximarem de minha cama.
- Eu sei que você não está dormindo, querida filhinha. – Uma voz rude falou com sarcasmo. Aquela não era a voz de meu pai.
Abri os olhos e lá estava... Mike. Senti um medo enorme tomar conta de mim e eu fiquei sem ação.
- O que... o que você estava fazendo aqui? – Falei gaguejando e ele sorriu.
- Vim desejar feliz aniversário adiantado para minha filhinha. – Mike riu-se. – Amanhã é seu aniversário não é?! Não me diga que se esqueceu. – Mike continuou.
Meu aniversário? Amanhã era dia 13 de agosto? Meu deus! Eu estava já se fazia um mês naquele hospital!?
Olhei para mim mesma. Minha barriga ainda era pequena, mas eu podia notar-la certo volume, um volume que ninguém notaria sem ser eu mesma. Um mês, meu bebê já tinha um mês. Alisei minha barriga por um momento. E amanhã eu finalmente seria adulta, finalmente teria meus dezoito anos e não teria que me preocupar com absolutamente nada.
Por um momento eu pude me esquecer que o perigo estava ali na minha frente.
Mike não podia saber de minha gravidez, nunca!
- Claro, agora esta toda emocionada com a criaturinha que esta dentro de você! – Mike zombou.
Como ele sabia?
- O que você quer? Vou chamar o médico! – Falei com a voz tremula.
- Se eu fosse você, eu não faria isso. Está vendo esse celular no meu bolso? Uma chamada que eu der, meus amigos lá fora, acompanhados de belas armas cintilantes, iram atrás de seu queridinho Bill. – Mike sorriu enquanto apontava para o celular preto em seu bolso.
- O que você quer? – Perguntei novamente enquanto sentia meu corpo todo tremer enquanto eu olhava para o celular em seu bolso.
- Você, querida Samantha, você. E eu não vou desistir tão fácil. – Mike se aproximou sussurrando.
Eu não podia fazer nada. Por mais que minha vontade fosse de gritar e esmurrar ele, Bill estava em perigo, e isso me deixava fraca e sem saídas.
- Senhor Meyer, seu tempo acabou! - O médico chamou na porta.
- Garotos, vocês estão ciente que hoje será o evento na RTL. – David se aproximou nos relembrando.
- Não vou sair desse hospital até Samy estar bem! – Falei firmemente e Gustav, Georg e Tom o olharam como se eu tivesse dito por todos. David apenas nos olhou inexpressivo.
- Ok. Eu irei resolver isso. – David falou por fim e saiu do hospital com o celular no ouvido.
David não era um produtor rigoroso, ele não nos dava ordens, ele deixava nós mesmos construir nosso sucesso, e ele sempre era secundário em todos nossos projetos e procurava nos apoiar em absolutamente tudo, e criticar quando era necessário. Eu nunca pude imaginar um produtor melhor do que ele no mundo todo. Era exatamente assim que todos deveriam ser. Ninguém cria arte sendo pressionado ou obrigado, simplesmente cria.
Eu me lembro de um pouco antes da gravação de Durch den Monsun, quando eu disse á ele que tatuaria o logotipo da banda no pescoço e ele veio dizendo “Isso não é uma boa idéia! O que você irá fazer se tudo fracassar ou se você se chatear com os outros membros da banda ao ponto de se separarem e você terá para sempre o logotipo no pescoço depois de fazê-lo?!” eu apenas tinha 14 anos na época e o respondi com toda firmeza que encontrei dentro de mim naquele momento “Eu tenho esperado toda a minha vida por isto. Eu quero gravar este momento no meu corpo. Não me interessa minimamente se isto será um fracasso ou não”. Depois disso ele nunca mais questionou minhas decisões.
Sentei-me junto com Tom em um banco no corredor e Gustav e Georg foram procurar algo para comer na lanchonete. Meus olhos não se desviavam da porta onde estava Samy.
Parte contada por Samy.
bi-bi-bi-bi-bi...
Meus sonhos já haviam sido invadidos por aquele bip infernal, agora estava começando á invadir meus pensamentos.
Quantos dias já haviam se passado? Cinco? Dez? um ano? Eu já havia perdido toda noção de tempo naquele quarto branco. Aquele branco continuo já estava me cegando, meus olhos gritavam para ver cores diferentes.
E Bill? Desde o dia em que mal conseguia respirar direito que os médicos proibiram sua visita. Só porque naquele dia o monitor cardíaco teve alterações com a presença dele. Que idiotice. Eu precisava ver Bill! Sua imagem já estava se perdendo em minha mente, como se ele fosse um sonho que eu havia tido á algum tempo atrás, e me fazia questionar se tudo que eu havia passado com ele realmente era real ou não passava de um doce sonho.
Mas algo me mostrava que não podia ser um sonho. O colar, sim ele estava no meu pescoço.
Mas porque eu estava naquele hospital? Eu realmente não conseguia lembrar-me de exatamente nada sobre o que havia acontecido. Apenas me lembrava de Bill e eu chegarmos a sua casa, que mais parecida com um palácio, e de ter conhecido a mãe dele, que realmente era uma pessoa maravilhosa. Minha mente ficou naquele hall de entrada da casa dele, depois disso apenas me lembrava de não conseguir respirar e me sentir fria, muito fria, tão fria que não podia sentir meu corpo, e meu coração pulsava lentamente ruidoso. E logo que eu pude sentir o ruído de meu coração desaparecer aos poucos, eu ouvi a doce voz de Bill quebrar o vazio de minha mente, e o toque quente de sua mão macia na minha fria.
Algo que realmente marcou naquele momento foi o que ele disse, “Eu estou aqui. Sempre vou estar”. Pelo menos isso ainda era claro em minha mente.
Eu estava ótima, eu queria levantar daquela cama e correr pelos corredores do hospital atrás de Bill. Queria poder sentir seu cheiro novamente, o toque de suas mãos e seus lábios macios e saborosos.
Mas, e se ele não estivesse lá?
- Samantha! Está acordada. – A voz suave do médico ecôo pelo quarto.
- Ou estou dormindo de olhos abertos. Quero ir embora! Estou ótima! – Falei irritada.
- Calma querida. Você logo terá alta. – O médico sorriu para mim e analisou a tela dos aparelhos que estavam na sala.
- Eu quero ver o Bill! – Falei me sentando na cama. A calma daquele médico estava me irritando, como se ele tivesse debochando de mim.
- Por favor, deite senhorita Meyer. – O médico falou calmamente de novo enquanto anotava algo em uma prancheta.
- Você é surdo ou o quê? Eu disse que quero ver o Bill! – Falei novamente, enquanto escorregava para a beira da cama para me levantar.
- E você irá ver-lo quando ele chegar. Agora, não seja teimosa e deite! – O médico ordenou calmamente de novo.
Bom pelo menos ele disse que eu iria ver-lo.
- Agora quem você irá ver é o seu pai que está ai fora faz uma hora esperando você acordar. – O médico disse por fim e saiu do quarto.
Meu pai? Como assim, meu pai? Ele nem sabia que eu havia vindo para Alemanha e muito menos que eu estava com Bill Kaulitz. Como poderia ser ele?
Que droga! Eu não queria ver meu pai. Traidor!
Com certeza ele viria com algum sermão idiota e iria querer levar-me de volta para o Brasil. Eu não estava com cabeça para aturar isso.
Deitei-me na cama e fechei os olhos fingindo ter dormindo novamente.
Escutei a porta do quarto abri-se e passos largos se aproximarem de minha cama.
- Eu sei que você não está dormindo, querida filhinha. – Uma voz rude falou com sarcasmo. Aquela não era a voz de meu pai.
Abri os olhos e lá estava... Mike. Senti um medo enorme tomar conta de mim e eu fiquei sem ação.
- O que... o que você estava fazendo aqui? – Falei gaguejando e ele sorriu.
- Vim desejar feliz aniversário adiantado para minha filhinha. – Mike riu-se. – Amanhã é seu aniversário não é?! Não me diga que se esqueceu. – Mike continuou.
Meu aniversário? Amanhã era dia 13 de agosto? Meu deus! Eu estava já se fazia um mês naquele hospital!?
Olhei para mim mesma. Minha barriga ainda era pequena, mas eu podia notar-la certo volume, um volume que ninguém notaria sem ser eu mesma. Um mês, meu bebê já tinha um mês. Alisei minha barriga por um momento. E amanhã eu finalmente seria adulta, finalmente teria meus dezoito anos e não teria que me preocupar com absolutamente nada.
Por um momento eu pude me esquecer que o perigo estava ali na minha frente.
Mike não podia saber de minha gravidez, nunca!
- Claro, agora esta toda emocionada com a criaturinha que esta dentro de você! – Mike zombou.
Como ele sabia?
- O que você quer? Vou chamar o médico! – Falei com a voz tremula.
- Se eu fosse você, eu não faria isso. Está vendo esse celular no meu bolso? Uma chamada que eu der, meus amigos lá fora, acompanhados de belas armas cintilantes, iram atrás de seu queridinho Bill. – Mike sorriu enquanto apontava para o celular preto em seu bolso.
- O que você quer? – Perguntei novamente enquanto sentia meu corpo todo tremer enquanto eu olhava para o celular em seu bolso.
- Você, querida Samantha, você. E eu não vou desistir tão fácil. – Mike se aproximou sussurrando.
Eu não podia fazer nada. Por mais que minha vontade fosse de gritar e esmurrar ele, Bill estava em perigo, e isso me deixava fraca e sem saídas.
- Senhor Meyer, seu tempo acabou! - O médico chamou na porta.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Para sempre você - cap. 80
Capítulo contado por Bill Kaulitz.
- E o que está esperando? Fale! – Falei irritado enquanto fechada minhas mãos em punho. Eu já não agüentava mais ficar na dedução, eu queria ter certeza de algo.
- Calma! – Tom segurou meu braço enquanto olhava para o médico seriamente.
- Bom, eu peço que se acalme também senhor Kaulitz. Samantha está bem, e irá precisar de muito repouso e transfusão de sangue, ela quase perdeu o bebê. – O médico falava enquanto olhava uma prancheta em suas mãos.
Senti um alivio tão grande, que podia sentir-me pairar pelo ar. Samy estava bem, e nosso filho também, era o que importava agora, nada mais.
O buraco dentro de mim imediatamente foi preenchido, mas o vazio ainda estava dentro de mim, eu precisava ver-la com meus próprios olhos para ter minha certeza.
- Eu posso ver-la? – Minha voz estava mais leve e calma e Tom soltou meu braço enquanto abria um sorriso de alivio e encontrava os olhos de mamãe que agora não eram mais de sofrimento, mas sim de alivio também, como os de todos ali presente.
- Apenas cinco minutos. Ela realmente precisa de repouso antes de levarmos ela para um quarto. Ela foi muito forte, estava quase morta quando chegou aqui. – O médico continuava olhando a prancheta.
Eu assenti e o segui pelo corredor.
- Você é medico não é? Então me diga o porquê de acontecido isso. – Falei enquanto o seguia.
- Digamos que foi uma tentativa de aborto sem sucesso. Isso é muito perigoso, às vezes perde-se muito sangue, levando até mesmo á morte. No caso de Samantha, ela teve uma hemorragia classe três, se tivesse chegado á classe quatro, talvez não teríamos conseguido salvar-la. Fizemos alguns exames, e o feto não foi afetado, considero isso muita sorte, ou um milagre talvez, o que seja que aconteceu, apenas afetou ela. – O médio falou com simpatia.
- O QUÊ? – Falei alto e irritado. – Um aborto? Ela não pode ter tentado isso! – Continuei no mesmo tom de voz irritado.
- Por favor senhor, fale baixo, estamos em um hospital! – O médico me advertiu antes de abrir a porta da sala onde estava Samy.
Eu entrei e analisei a sala que estava cheia de equipamentos de cirurgias, aparelho de reanimação cardíaca e cardiopulmonar, e entre outras coisas que eu nem imaginava para que serviam. E lá estava ela, deitada sobre uma cama e ligada em diversos aparelhos. Samy ainda parecia um anjo, mesmo naquele estado. Sua pele que sempre tinha um tom de pêssego, agora estava muito branca, parecendo de porcelana, e seus lábios estavam arroxeados e entre abertos, por onde respirava dificultosamente. Seus olhos permaneciam fechados, mas serenos, ela parecia estar dormindo tranquilamente, se é que alguém consegue dormir ligada á diversos aparelhos cheios de ruídos irritantes.
Aproximei-me da cama e segurei sua mão, percebi que estava fria, diferente de como costumava á ser quente e deliciosa quando tocava minha pele.
Ela parecia tão frágil naquela cama, era impossível de continuar irritado com ela pela tamanha bobagem feita. Mas mesmo assim, eu não acreditava que ela realmente teria prejudicado isso, ela amava nosso filho mesmo antes de vir ao mundo, disso eu tinha certeza.
Sentei em uma cadeira que estava do lado de sua cama e segurei sua mão contra meu peito, procurando esquentar-la.
- Samy, eu te amo, ok?! Não se esqueça disso. – Falei baixinho para ela, mesmo que ela não escutasse.
Senti a mão dela apertar a minha e o monitor cardíaco começou a apitar um pouco mais acelerado.
- Bill? Bill? Bill? – Samy me chamou aos sussurros. Ela estava acordada! Que saudades que eu sentia de escutar-la dizer meu nome.
- Eu estou aqui. Sempre vou estar. – Entrelacei meus dedos nos dela e ela sorriu por um momento.
- Eu te amo também... – Ela sussurrou de novo e lutou para abrir os olhos e me ver.
Eu não pude dizer nada, estava tomado pelas minhas emoções.
Samy me olhou com seus lindos olhos e senti agora meu vazio ser preenchido, exatamente como o buraco de antes.
- Senhor Kaulitz, seu tempo acabou. – O médico falou enquanto segurava a porta.
Levantei-me para ir, mas Samy não soltava minha mão.
- Fique! – Ela sussurrou mais uma vez.
- Não posso Samy. Você tem que repousar. Mas estarei aqui, sempre. – Peguei o colar que havia caído de seu pescoço e o coloquei novamente nela. Ela imediatamente soltou minha mão e a levou ao pingente do colar.
Saí da sala junto com o médico que já estava impaciente na porta.
Tom me esperava do lado de fora com os braços cruzados e a expressão séria.
- Ela está bem? – Tom perguntou com a voz firme.
- Comparado á como estava quando chegou aqui, sim. – Olhei para Tom incrédulo.
Andamos em direção de mamãe, que nos esperava juntamente com os outros.
Eu precisava saber o que havia acontecido exatamente, mas eu não iria perturbar Samy com isso por enquanto.
- Mãe, o que aconteceu ontem quando saí com Ina? – Perguntei e ela me olhou sem entender, ao mesmo tempo em que Tom me olhou furioso quando me escutou pronunciar o nome de Ina.
- Ina? Bill, qual é o seu problema? Droga, porque saiu com ela? – Tom se intrometeu irritado.
- Eu fui encontrar com o pessoal da escola! Não venha com restrições! – Respondi irritado, e mamãe se colocou entre nós dois.
- Eu tive que sair á trabalho, e deixei a criada Anna fazendo companhia para Samantha. Ela é Irmã do meu criado Mike, mas no dia que eu avisei para ele que você viria apresentar sua namorada, ele disse que teria de cuidar da esposa que estava doente e mandou Anna em seu lugar. Ela não era tão eficaz como Mike, mas pelo menos parecia ser uma boa companhia, ela tratava Samy com muito cuidado e simpatia. Eu realmente não sei o que ouve, eu cheguei tarde, por volta das onze da noite e tudo já estava escuro, deduzi que vocês já estavam dormindo, e Anna não pode dormir em casa porque ela não queria deixar a mãe sozinha, então a dispensei assim que cheguei. – Mamãe explicou cada detalhe enquanto me olhava com o olhar distante.
- Mike? Sabe o nome da esposa dele? – Perguntei enquanto captava a mesma dedução que estava nos olhos de Tom.
- Não tenho certeza. Ele nunca disse, mas uma vez eu o vi ao telefone falando com uma tal de Natalie, o mesmo nome da sua maquiadora. – Mamãe concluiu.
- Droga! - Eu e Tom fizemos coro.
- E o que está esperando? Fale! – Falei irritado enquanto fechada minhas mãos em punho. Eu já não agüentava mais ficar na dedução, eu queria ter certeza de algo.
- Calma! – Tom segurou meu braço enquanto olhava para o médico seriamente.
- Bom, eu peço que se acalme também senhor Kaulitz. Samantha está bem, e irá precisar de muito repouso e transfusão de sangue, ela quase perdeu o bebê. – O médico falava enquanto olhava uma prancheta em suas mãos.
Senti um alivio tão grande, que podia sentir-me pairar pelo ar. Samy estava bem, e nosso filho também, era o que importava agora, nada mais.
O buraco dentro de mim imediatamente foi preenchido, mas o vazio ainda estava dentro de mim, eu precisava ver-la com meus próprios olhos para ter minha certeza.
- Eu posso ver-la? – Minha voz estava mais leve e calma e Tom soltou meu braço enquanto abria um sorriso de alivio e encontrava os olhos de mamãe que agora não eram mais de sofrimento, mas sim de alivio também, como os de todos ali presente.
- Apenas cinco minutos. Ela realmente precisa de repouso antes de levarmos ela para um quarto. Ela foi muito forte, estava quase morta quando chegou aqui. – O médico continuava olhando a prancheta.
Eu assenti e o segui pelo corredor.
- Você é medico não é? Então me diga o porquê de acontecido isso. – Falei enquanto o seguia.
- Digamos que foi uma tentativa de aborto sem sucesso. Isso é muito perigoso, às vezes perde-se muito sangue, levando até mesmo á morte. No caso de Samantha, ela teve uma hemorragia classe três, se tivesse chegado á classe quatro, talvez não teríamos conseguido salvar-la. Fizemos alguns exames, e o feto não foi afetado, considero isso muita sorte, ou um milagre talvez, o que seja que aconteceu, apenas afetou ela. – O médio falou com simpatia.
- O QUÊ? – Falei alto e irritado. – Um aborto? Ela não pode ter tentado isso! – Continuei no mesmo tom de voz irritado.
- Por favor senhor, fale baixo, estamos em um hospital! – O médico me advertiu antes de abrir a porta da sala onde estava Samy.
Eu entrei e analisei a sala que estava cheia de equipamentos de cirurgias, aparelho de reanimação cardíaca e cardiopulmonar, e entre outras coisas que eu nem imaginava para que serviam. E lá estava ela, deitada sobre uma cama e ligada em diversos aparelhos. Samy ainda parecia um anjo, mesmo naquele estado. Sua pele que sempre tinha um tom de pêssego, agora estava muito branca, parecendo de porcelana, e seus lábios estavam arroxeados e entre abertos, por onde respirava dificultosamente. Seus olhos permaneciam fechados, mas serenos, ela parecia estar dormindo tranquilamente, se é que alguém consegue dormir ligada á diversos aparelhos cheios de ruídos irritantes.
Aproximei-me da cama e segurei sua mão, percebi que estava fria, diferente de como costumava á ser quente e deliciosa quando tocava minha pele.
Ela parecia tão frágil naquela cama, era impossível de continuar irritado com ela pela tamanha bobagem feita. Mas mesmo assim, eu não acreditava que ela realmente teria prejudicado isso, ela amava nosso filho mesmo antes de vir ao mundo, disso eu tinha certeza.
Sentei em uma cadeira que estava do lado de sua cama e segurei sua mão contra meu peito, procurando esquentar-la.
- Samy, eu te amo, ok?! Não se esqueça disso. – Falei baixinho para ela, mesmo que ela não escutasse.
Senti a mão dela apertar a minha e o monitor cardíaco começou a apitar um pouco mais acelerado.
- Bill? Bill? Bill? – Samy me chamou aos sussurros. Ela estava acordada! Que saudades que eu sentia de escutar-la dizer meu nome.
- Eu estou aqui. Sempre vou estar. – Entrelacei meus dedos nos dela e ela sorriu por um momento.
- Eu te amo também... – Ela sussurrou de novo e lutou para abrir os olhos e me ver.
Eu não pude dizer nada, estava tomado pelas minhas emoções.
Samy me olhou com seus lindos olhos e senti agora meu vazio ser preenchido, exatamente como o buraco de antes.
- Senhor Kaulitz, seu tempo acabou. – O médico falou enquanto segurava a porta.
Levantei-me para ir, mas Samy não soltava minha mão.
- Fique! – Ela sussurrou mais uma vez.
- Não posso Samy. Você tem que repousar. Mas estarei aqui, sempre. – Peguei o colar que havia caído de seu pescoço e o coloquei novamente nela. Ela imediatamente soltou minha mão e a levou ao pingente do colar.
Saí da sala junto com o médico que já estava impaciente na porta.
Tom me esperava do lado de fora com os braços cruzados e a expressão séria.
- Ela está bem? – Tom perguntou com a voz firme.
- Comparado á como estava quando chegou aqui, sim. – Olhei para Tom incrédulo.
Andamos em direção de mamãe, que nos esperava juntamente com os outros.
Eu precisava saber o que havia acontecido exatamente, mas eu não iria perturbar Samy com isso por enquanto.
- Mãe, o que aconteceu ontem quando saí com Ina? – Perguntei e ela me olhou sem entender, ao mesmo tempo em que Tom me olhou furioso quando me escutou pronunciar o nome de Ina.
- Ina? Bill, qual é o seu problema? Droga, porque saiu com ela? – Tom se intrometeu irritado.
- Eu fui encontrar com o pessoal da escola! Não venha com restrições! – Respondi irritado, e mamãe se colocou entre nós dois.
- Eu tive que sair á trabalho, e deixei a criada Anna fazendo companhia para Samantha. Ela é Irmã do meu criado Mike, mas no dia que eu avisei para ele que você viria apresentar sua namorada, ele disse que teria de cuidar da esposa que estava doente e mandou Anna em seu lugar. Ela não era tão eficaz como Mike, mas pelo menos parecia ser uma boa companhia, ela tratava Samy com muito cuidado e simpatia. Eu realmente não sei o que ouve, eu cheguei tarde, por volta das onze da noite e tudo já estava escuro, deduzi que vocês já estavam dormindo, e Anna não pode dormir em casa porque ela não queria deixar a mãe sozinha, então a dispensei assim que cheguei. – Mamãe explicou cada detalhe enquanto me olhava com o olhar distante.
- Mike? Sabe o nome da esposa dele? – Perguntei enquanto captava a mesma dedução que estava nos olhos de Tom.
- Não tenho certeza. Ele nunca disse, mas uma vez eu o vi ao telefone falando com uma tal de Natalie, o mesmo nome da sua maquiadora. – Mamãe concluiu.
- Droga! - Eu e Tom fizemos coro.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Para sempre você - cap. 79
Capítulo contado por Bill Kaulitz.
Uma brisa quente soprava pela janela e o sol tímido invadia o quarto, eu podia sentir-lo focar em meu rosto, e o ar puro com o aroma campestre era completamente relaxante.
Como era bom estar em casa. Eu sentia saudades de tudo aquilo. Por mais que ali fosse minha moradia, eu a freqüentava muito raramente, e às vezes me sentia como alguém sem habitação.
Mas, o que tornava ainda mais prazeroso em estar em minha casa, era a presença de minha ilustre namorada, brevemente minha noiva e então... esposa.
Eu sabia que quando abrisse os olhos ela estaria debruçada sobre a cama me fitando com seus doces olhos azuis vibrantes, como costumava fazer. Às vezes fico me perguntando por quanto tempo ela fica ali me observando enquanto durmo.
Sorri para mim mesmo.
Eu gostava disso. Da mesma forma que eu gostava de às vezes fazer o mesmo quando acordava antes que ela. Mas nada è comparado a ver-la acordada, e poder ver aqueles olhos me fitando. Era como se minhas forças fossem recarregadas á partir daqueles olhos.
Espreguicei-me e senti minha cabeça doer. Obviamente era reação á meu exagero na bebida noite passada.
Eu realmente não queria pensar na noite passada.
Abri meus olhos esperando ver Samy acordada ao meu lado, mas ela não estava. Ainda dormia profundamente.
Olhei no relógio e marcava meio dia, iríamos nos atrasar para a volta à Hamburgo.
- Samy, hora de acordar. – Beijei seu rosto enquanto falava, mas ela não reagiu, continuou dormindo profundamente como antes.
- Samy, acorde! – Falei um pouco mais alto enquanto balançava seu braço, e novamente ela não fez nenhum movimento.
Eu estava começando a ficar preocupado, ela não tinha um sono tão pesado assim.
- Samy! Pare de brincadeira, acorde! Isso não tem graça. – Falei enquanto sentava na cama, e ela continuou imóvel.
Puxei o edredom que a cobria e me deparei com o lençol da cama em sua volta todo vermelho em sangue.
Senti que iria morrer naquele exato momento, senti meu coração parar e voltar a bater como se fosse pular para fora de meu peito. O que havia acontecido? Ela não podia estar... morta... Não!
- Mãe! Mãe! Meu deus, Mãe! – Comecei a gritar desesperadamente por minha mãe, mas ela não respondia.
Coloquei qualquer roupa que vi pela frente e peguei Samy em meu colo. Ela parecia uma boneca de pano em meus braços, com o corpo completamente mole. Senti as lagrimas escorrerem pelo meu rosto incessavelmente.
- Ela está bem, ela está bem! – Eu repitia para mim mesmo me fazendo acreditar, mas era impossível.
Corri escada à baixo com Samy em meus braços e me deparei com minha mãe vindo em minha direção com os olhos assustados.
- Meu deus! O que aconteceu? – Ela olhava para Samy sem saber o que fazer.
- Eu não sei mãe! Temos que ir para o hospital, agora! – Eu gritava de desespero enquanto corria para fora da casa em direção de meu carro.
- Bill, espere! Vou ligar para a emergência! Você não esta em condições de dirigir! – Mamãe gritou da porta, mas eu não dei ouvido.
Eu não iria esperar por ambulância nenhuma enquanto o amor da minha vida morria em meus braços.
Sentei Samy no banco do carona e passei o cinto por ela, logo depois me sentei no banco do motorista e liguei o carro às pressas.
Acelerei o carro pela estrada, eu não sabia se estava acima da velocidade ou não, eu não ligava, eu apenas queria chegar logo ao hospital, eu apenas queria salvar Samy.
As lagrimas embaçavam meus olhos, mas era impossível de conte-las. Eu desviava dos carros que apareciam pela frente e podia ouvir diversas buzinas revoltadas ficando para trás e xingamentos que eu não me importava em saber quais eram.
Avistei um hospital logo à frente e parei o carro em tamanho desespero que mal pude tirar direito a chave da ignição.
Peguei Samy no colo e corri para dentro do hospital indo em direção da primeira atendente que me apareceu na frente.
- Por favor! Atenda ela agora! – Me faltou o fôlego ao falar, mas ela pode me entender.
- Você não é Bill Kaulitz? – Ela me olhou curiosa.
- Dane-se quem eu sou, apenas quero que salve minha namorada! – Gritei irritado com a demora e todos que estavam no hospital me olharam. De imediato vieram duas enfermeiras com uma maca e a colocaram deitada sobre ela e seguiram por um corredor. Eu as segui e apenas podia ouvir-las dizendo “Ela perdeu muito sangue” enquanto ligavam os aparelhos nela á caminho da sala de emergência.
Elas entraram na sala e escutei dizerem “Está sem pulso”.
Agora sim senti meu mundo desabar.
Corri para a porta, mas a fecharam antes mesmo que eu entrasse.
Eu já não podia sentir mais nenhum músculo de meu corpo, eu estava acabado.
Bati desesperado na porta para que abrissem para mim, mas não abriram.
- Samy não me deixe! Não me deixe! Você prometeu que nunca iria me deixar! – Continuei batendo na porta desesperadamente e podia senti as lagrima pingarem em minha blusa.
Foi quando me puxaram para longe da porta.
- Mano, pare com isso! Se acalme! Ela vai ficar bem, seja positivo! – Tom, havia me puxado para fora daquele corredor. Provavelmente mamãe havia ligado para ele vir.
- Ela estava sem pulso Tom... Você tem noção do que será minha vida sem ela? Eu não terei mais vida, eu não conseguirei viver mais sem ela! E nosso filho... nosso filho. Não, eu não sobreviverei á isso. – Encostei-me na parede e escorreguei até o chão me sentando.
- Você não vai viver sem ela! Pare de ser tão pessimista! – Tom se agachou ao meu lado enquanto falava com a voz irritada.
Tom era como uma parte de mim, e ninguém melhor do que eu sabia que Tom mostrava-se irritado para não demonstrar sensibilidade. Ele também estava preocupado, ele realmente adorava a Samy, mas pela primeira vez eu o via sendo positivo e bronqueando meu pessimismo.
- Não irei mesmo. – Falei por fim e Tom me olhou com um ar de reprovação.
Passamos horas ali sentados, enquanto chegavam Georg, Gustav, David e Mamãe. Nenhum deles procurou dizer nada, permaneceram calados enquanto eu me sentia corroer por dentro, enquanto eu sentia a vida ir embora do meu corpo a cada segundo. Eu já podia sentir um vazio enorme dentro mim, como se tivesse um buraco enorme.
Hora eu sentia que tudo iria dar certo, que Samy ficaria bem, e nosso filho também, hora eu sentia que tudo daria errado e perderia as duas razões da minha vida agora.
- Não me deixe Samy. Por favor, não me deixe. – Eu dizia baixinho enquanto abaixava minha cabeça sobre meus joelhos. Tom permanecia do meu lado afagando agora minhas costas.
Vi pelo canto dos olhos algo brilhar no chão e levantei a cabeça para ver o que era.
Era o colar que eu havia dado para Samy. O colar que ela jamais tirava do pescoço e que diversas vezes eu a via segurando entre os dedos e lendo as palavras cravadas nele, como se quisesse ter certeza que era aquilo mesmo que estava ali escrito.
Era um colar tão simples, mas que parecia ter grande valor para ela. E isso me alegrava.
Peguei o colar e o segurei com força na palma de minha mão. Provavelmente ele havia caído enquanto ela era carregada para a sala de emergência.
Mamãe me olhava com um ar de sofrimento, e Tom às vezes encontrava o olhar dela e ficavam por um longo tempo, conversando apenas por olhares. Eu realmente não queria saber o conteúdo da conversa deles.
Todos então voltaram a atenção para a sala de emergência, quando um medico alto, loiro pálido veio em nossa direção.
Levantei-me no mesmo instante com uma esperança misturada com medo, crescendo dentro de mim.
- Senhor Kaulitz, eu tenho noticias sobre Samantha. – O medico me olhou com pesar.
Uma brisa quente soprava pela janela e o sol tímido invadia o quarto, eu podia sentir-lo focar em meu rosto, e o ar puro com o aroma campestre era completamente relaxante.
Como era bom estar em casa. Eu sentia saudades de tudo aquilo. Por mais que ali fosse minha moradia, eu a freqüentava muito raramente, e às vezes me sentia como alguém sem habitação.
Mas, o que tornava ainda mais prazeroso em estar em minha casa, era a presença de minha ilustre namorada, brevemente minha noiva e então... esposa.
Eu sabia que quando abrisse os olhos ela estaria debruçada sobre a cama me fitando com seus doces olhos azuis vibrantes, como costumava fazer. Às vezes fico me perguntando por quanto tempo ela fica ali me observando enquanto durmo.
Sorri para mim mesmo.
Eu gostava disso. Da mesma forma que eu gostava de às vezes fazer o mesmo quando acordava antes que ela. Mas nada è comparado a ver-la acordada, e poder ver aqueles olhos me fitando. Era como se minhas forças fossem recarregadas á partir daqueles olhos.
Espreguicei-me e senti minha cabeça doer. Obviamente era reação á meu exagero na bebida noite passada.
Eu realmente não queria pensar na noite passada.
Abri meus olhos esperando ver Samy acordada ao meu lado, mas ela não estava. Ainda dormia profundamente.
Olhei no relógio e marcava meio dia, iríamos nos atrasar para a volta à Hamburgo.
- Samy, hora de acordar. – Beijei seu rosto enquanto falava, mas ela não reagiu, continuou dormindo profundamente como antes.
- Samy, acorde! – Falei um pouco mais alto enquanto balançava seu braço, e novamente ela não fez nenhum movimento.
Eu estava começando a ficar preocupado, ela não tinha um sono tão pesado assim.
- Samy! Pare de brincadeira, acorde! Isso não tem graça. – Falei enquanto sentava na cama, e ela continuou imóvel.
Puxei o edredom que a cobria e me deparei com o lençol da cama em sua volta todo vermelho em sangue.
Senti que iria morrer naquele exato momento, senti meu coração parar e voltar a bater como se fosse pular para fora de meu peito. O que havia acontecido? Ela não podia estar... morta... Não!
- Mãe! Mãe! Meu deus, Mãe! – Comecei a gritar desesperadamente por minha mãe, mas ela não respondia.
Coloquei qualquer roupa que vi pela frente e peguei Samy em meu colo. Ela parecia uma boneca de pano em meus braços, com o corpo completamente mole. Senti as lagrimas escorrerem pelo meu rosto incessavelmente.
- Ela está bem, ela está bem! – Eu repitia para mim mesmo me fazendo acreditar, mas era impossível.
Corri escada à baixo com Samy em meus braços e me deparei com minha mãe vindo em minha direção com os olhos assustados.
- Meu deus! O que aconteceu? – Ela olhava para Samy sem saber o que fazer.
- Eu não sei mãe! Temos que ir para o hospital, agora! – Eu gritava de desespero enquanto corria para fora da casa em direção de meu carro.
- Bill, espere! Vou ligar para a emergência! Você não esta em condições de dirigir! – Mamãe gritou da porta, mas eu não dei ouvido.
Eu não iria esperar por ambulância nenhuma enquanto o amor da minha vida morria em meus braços.
Sentei Samy no banco do carona e passei o cinto por ela, logo depois me sentei no banco do motorista e liguei o carro às pressas.
Acelerei o carro pela estrada, eu não sabia se estava acima da velocidade ou não, eu não ligava, eu apenas queria chegar logo ao hospital, eu apenas queria salvar Samy.
As lagrimas embaçavam meus olhos, mas era impossível de conte-las. Eu desviava dos carros que apareciam pela frente e podia ouvir diversas buzinas revoltadas ficando para trás e xingamentos que eu não me importava em saber quais eram.
Avistei um hospital logo à frente e parei o carro em tamanho desespero que mal pude tirar direito a chave da ignição.
Peguei Samy no colo e corri para dentro do hospital indo em direção da primeira atendente que me apareceu na frente.
- Por favor! Atenda ela agora! – Me faltou o fôlego ao falar, mas ela pode me entender.
- Você não é Bill Kaulitz? – Ela me olhou curiosa.
- Dane-se quem eu sou, apenas quero que salve minha namorada! – Gritei irritado com a demora e todos que estavam no hospital me olharam. De imediato vieram duas enfermeiras com uma maca e a colocaram deitada sobre ela e seguiram por um corredor. Eu as segui e apenas podia ouvir-las dizendo “Ela perdeu muito sangue” enquanto ligavam os aparelhos nela á caminho da sala de emergência.
Elas entraram na sala e escutei dizerem “Está sem pulso”.
Agora sim senti meu mundo desabar.
Corri para a porta, mas a fecharam antes mesmo que eu entrasse.
Eu já não podia sentir mais nenhum músculo de meu corpo, eu estava acabado.
Bati desesperado na porta para que abrissem para mim, mas não abriram.
- Samy não me deixe! Não me deixe! Você prometeu que nunca iria me deixar! – Continuei batendo na porta desesperadamente e podia senti as lagrima pingarem em minha blusa.
Foi quando me puxaram para longe da porta.
- Mano, pare com isso! Se acalme! Ela vai ficar bem, seja positivo! – Tom, havia me puxado para fora daquele corredor. Provavelmente mamãe havia ligado para ele vir.
- Ela estava sem pulso Tom... Você tem noção do que será minha vida sem ela? Eu não terei mais vida, eu não conseguirei viver mais sem ela! E nosso filho... nosso filho. Não, eu não sobreviverei á isso. – Encostei-me na parede e escorreguei até o chão me sentando.
- Você não vai viver sem ela! Pare de ser tão pessimista! – Tom se agachou ao meu lado enquanto falava com a voz irritada.
Tom era como uma parte de mim, e ninguém melhor do que eu sabia que Tom mostrava-se irritado para não demonstrar sensibilidade. Ele também estava preocupado, ele realmente adorava a Samy, mas pela primeira vez eu o via sendo positivo e bronqueando meu pessimismo.
- Não irei mesmo. – Falei por fim e Tom me olhou com um ar de reprovação.
Passamos horas ali sentados, enquanto chegavam Georg, Gustav, David e Mamãe. Nenhum deles procurou dizer nada, permaneceram calados enquanto eu me sentia corroer por dentro, enquanto eu sentia a vida ir embora do meu corpo a cada segundo. Eu já podia sentir um vazio enorme dentro mim, como se tivesse um buraco enorme.
Hora eu sentia que tudo iria dar certo, que Samy ficaria bem, e nosso filho também, hora eu sentia que tudo daria errado e perderia as duas razões da minha vida agora.
- Não me deixe Samy. Por favor, não me deixe. – Eu dizia baixinho enquanto abaixava minha cabeça sobre meus joelhos. Tom permanecia do meu lado afagando agora minhas costas.
Vi pelo canto dos olhos algo brilhar no chão e levantei a cabeça para ver o que era.
Era o colar que eu havia dado para Samy. O colar que ela jamais tirava do pescoço e que diversas vezes eu a via segurando entre os dedos e lendo as palavras cravadas nele, como se quisesse ter certeza que era aquilo mesmo que estava ali escrito.
Era um colar tão simples, mas que parecia ter grande valor para ela. E isso me alegrava.
Peguei o colar e o segurei com força na palma de minha mão. Provavelmente ele havia caído enquanto ela era carregada para a sala de emergência.
Mamãe me olhava com um ar de sofrimento, e Tom às vezes encontrava o olhar dela e ficavam por um longo tempo, conversando apenas por olhares. Eu realmente não queria saber o conteúdo da conversa deles.
Todos então voltaram a atenção para a sala de emergência, quando um medico alto, loiro pálido veio em nossa direção.
Levantei-me no mesmo instante com uma esperança misturada com medo, crescendo dentro de mim.
- Senhor Kaulitz, eu tenho noticias sobre Samantha. – O medico me olhou com pesar.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Problemas técnicos.
Eu sei que todos vocês devem estar ansiosos para o capitulo 79 e devem estar se perguntando "Porque tanta demora?".
Bom, semana passada eu estava em provas finais, e na quinta-feira eu comecei a escrever-lo para postar-lo no final de semana. Mas, sexta-feira o computador travou de vez, e não funcionava absolutamente nada. Passei o final de semana inteiro sem computador até segunda-feira, depois de reinstalar o Windows, ele voltou a funcionar. Mas no que resultou isso? Perdi todo o material da fanfic que estava escrevendo a um ano.
Ok, mas até ai tudo bem, eu iria tentar recupera-lo pelo blog, mas descobri que se eu conseguir instalar o word 2007 novamente eu irei recuperar todo o material perdido.
Então resolvi escrever o 79 separadamente para postar-lo aqui hoje enquanto meu primo providênciava o word 2007 para mim... mas eis que surge outro problema... com a reinstalação do windows, o teclado ficou sem cedilha e sem acentos. Ou seja, será impossível eu escrever um capitulo inteiro com a ausência de tais.
Estou em busca do cd de instalação de ambos, e prometo que farei o possivel para em breve estar postando o capitulo 79 para vocês.
E por favor pessoal, não abandonem a fanfic! Isso aqui é o meu maior orgulho e vocês não tem nem idéia do quanto me faz feliz saber que existem pessoas que a lêem.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Kaulitz Fiktion Bill's Birthday
Pois é pessoal, dia 15 de julho estaremos comemorando um ano de Kaulitz Fiktion Bill e um ano maravilhoso de "Para sempre você".
E para comemorar, eu gostaria da ajuda de todos vocês.
Tudo o que vocês têm que fazer é nos enviar uma frase bem bonita relacionada a fanfic.
Por quê?
Bom isso será surpresa :)
Quantas linhas devo escrever?
Relembrando... é uma frase e não um texto.
Para onde devo mandar?
Para o e-mail: tha_kaulitz@yahoo.com.br
Não esqueça de escreve no assunto “frase para kaulitz fiktion”.
Até quando devo mandar?
Até o dia 11/07
E galera, ficaremos gratas a vocês se nos mandarem também um pequeno texto sobre o que acham da Kaulitz Fiktion Bill.
Por quê?
Será postado no dia 15/07 aqui no blog todos os textos que vocês mandarem e abriremos um álbum no perfil da Hey du Kaulitz Edition para colocar seus textos juntamente com uma foto de vocês.
Para onde devo mandar?
Para o mesmo e-mail da frase (tha_kaulitz@yahoo.com.br).
Não se esqueçam de escrever no assunto “texto para Kaulitz Fiktion”.
O que devo mandar?
Como eu disse no começo, escreva um texto de quantas linhas você quiser, dizendo tudo o que você acha sobre a Kaulitz Fiktion. Anexe ao e-mail uma foto sua e não esqueça de informar seu nome, idade e estado.
Até quando devo mandar?
Até o dia 11/07
Bom e só isso pessoal! Espero não estar pedindo demais.
Como eu sempre disse, são vocês quem fazem a Kaulitz Fiktion ♥
E para comemorar, eu gostaria da ajuda de todos vocês.
Tudo o que vocês têm que fazer é nos enviar uma frase bem bonita relacionada a fanfic.
Por quê?
Bom isso será surpresa :)
Quantas linhas devo escrever?
Relembrando... é uma frase e não um texto.
Para onde devo mandar?
Para o e-mail: tha_kaulitz@yahoo.com.br
Não esqueça de escreve no assunto “frase para kaulitz fiktion”.
Até quando devo mandar?
Até o dia 11/07
E galera, ficaremos gratas a vocês se nos mandarem também um pequeno texto sobre o que acham da Kaulitz Fiktion Bill.
Por quê?
Será postado no dia 15/07 aqui no blog todos os textos que vocês mandarem e abriremos um álbum no perfil da Hey du Kaulitz Edition para colocar seus textos juntamente com uma foto de vocês.
Para onde devo mandar?
Para o mesmo e-mail da frase (tha_kaulitz@yahoo.com.br).
Não se esqueçam de escrever no assunto “texto para Kaulitz Fiktion”.
O que devo mandar?
Como eu disse no começo, escreva um texto de quantas linhas você quiser, dizendo tudo o que você acha sobre a Kaulitz Fiktion. Anexe ao e-mail uma foto sua e não esqueça de informar seu nome, idade e estado.
Até quando devo mandar?
Até o dia 11/07
Bom e só isso pessoal! Espero não estar pedindo demais.
Como eu sempre disse, são vocês quem fazem a Kaulitz Fiktion ♥
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