sexta-feira, 23 de abril de 2010

Para sempre você - cap. 70

- Mas já? Ficamos tão pouco tempo. – Falei com a voz um pouco sonolenta enquanto esfregava os olhos.
- Bom, eu tenho que trabalhar, e temos fãs muito exigentes. – Bill piscou para mim enquanto continuava sorrindo e me deu um beijo suave nos lábios.
- Ó sim... trabalho. – Afirmei.
Bill ainda estava de baixo dos lençóis branco da cama que o cobria até a cintura e seu peito nu era convidativo para não levantar tão cedo daquela cama. Mas se iríamos seguir viagem, eu necessitava tomar um banho refrescante antes de pegar o vôo.
Levantei-me e coloquei o roupão branco dobrado sobre a cabeceira e caminhei até o espelho de corpo inteiro que havia no quarto para prender meu cabelo em um coque.
Senti as mãos de Bill me envolver a cintura por trás e seus lábios roçarem meu pescoço suavemente enquanto ele colava seu corpo nu no meu.
Senti meu corpo todo arrepiar. Virei-me para beijar seus lábios e Bill puxou-me, me colando em seu corpo nu novamente.
Bill beijava-me prazerosamente enquanto uma de suas mãos passava á meu cabelo puxando o elástico que o prendia e deixando meus cabelos caírem sobre meus ombros. Ele entrelaçou os dedos em meus cabelos e os puxava delicadamente enquanto passava a beijar meu pescoço novamente. Eu podia sentir sua língua roçar minha pele e seu piercing me causava mais arrepios ainda.
Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, descendo o roupão e fazendo meus ombros ficarem á mostra.
Sua mão macia tinha uma temperatura que variava, sua palma era quente, mas as pontas dos dedos estavam frias, causando uma sensação gostosa em minha pele, assim como daquele dia que ele veio se desculpar no parque.
- Você não ia tomar banho? – Bill sorriu mordendo o lábio inferior.
- Sozinha não. – Sorri de volta e Bill riu com as maçãs do rosto coradas.
- Que tal quando chegarmos à Alemanha? Temos um vôo daqui meia hora. – Bill alisou meu rosto com as costas da mão enquanto ainda sorria com as bochechas coradas.
Alisei seu rosto também e beijei seus lábios suavemente.
Vesti-me com uma calça jeans comum e uma blusinha regata branca e deixei meus cabelos soltos.
Bill vestiu uma calça preta, uma blusa fina também preta e uma jaqueta.
Eu estava guardando algumas coisas que haviam ficado de fora na minha mala enquanto Bill colocava um cachecol preto fino no pescoço e seus óculos de sol.
- Na Alemanha está fazendo frio, é bom se agasalhar. – Bill me alertou.
Peguei uma jaqueta que eu tinha em minha mala, não muito quente, e a coloquei.
Saímos do bangalô e me senti desconfortável com aquela jaqueta em baixo do sol ardente que fazia naquela ilha.
Bill abraçou-me enquanto caminhávamos até um carro preto que nos esperava na rua perto da praia.
Um homem de terno preto pegou nossas malas e as acomodou no porta-malas enquanto eu e Bill entravamos no carro.
- E Natalie? – Logo perguntei assim que percebi que só havia eu e Bill dentro do carro além do motorista e o rapaz de terno que seria o segurança.
- Ela voltou á Alemanha Quinta-feira. – Bill sorriu para mim.
O aeroporto não era longe de onde estávamos e logo estávamos já embarcando no avião.
Sentamos ao fundo do avião, em uma ala privada, onde só estava eu, Bill e seus seguranças.
Deitei minha cabeça em seu ombro e ele passou o braço em minha volta me puxando para mais perto dele. Era tão aconchegante estar nos braços de Bill que acabei adormecendo por alguns minutos.
Depois de algumas horas Bill exigiu que eu comesse algo. Eu não ia negar, eu estava faminta. Mas assim que a aeromoça nos serviu os pratos, o cheiro da comida me provocou um enjôo terrível que eu não conseguia nem se quer pensar em colocar um grão de arroz na boca sem colocar tudo para fora. Bill como sempre super protetor, ficou super preocupado comigo. Não era o fim do mundo, era apenas um enjôo, obviamente por causa da turbulência.
Muita gente se enjoa andando de carro e ônibus, porque não de avião? O difícil era convencer Bill disso.
Passando-se algumas horas, logo estávamos na Alemanha. O frio era terrível, eu não estava acostumada com isso, além do mais depois de passar alguns dias em uma ilha com temperaturas muito elevadas.
Quando descemos do avião, Bill me envolveu com o braço procurando me esquentar, me segurando com força contra seu peito.
O aeroporto estava lotado de repórteres. Era difícil de entender como eles sabiam de nossa chegada.
Eles perguntavam diversas coisas no alemão difícil de compreender, e Bill não parou para responder á nenhum.
Saímos do aeroporto e entramos em outro carro que estava á nossa espera e logo estávamos no mesmo hotel da ultima vez. Por um instante lembrei-me de Nanda, eu estava com saudades dela, mas com certeza ela já havia ter voltado ao Brasil.
Quando entramos no hall de entrada do hotel, David Jost estava já á nossa espera.
- Onde está Tom? – David nos perguntou com uma visível preocupação.
- Como assim onde está Tom? Acabamos de chegar! – Bill respondeu assustado.
- Ele sumiu desde o dia que a Samy embarcou para ir atrás de Você! Pensei que ele havia ido junto com ela. – David esfregou a testa com as pontas dos dedos.
- Droga Tom! – A voz de Bill era irritada.

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