Olhei confusa para David que ainda esfregava a testa com os dedos.
- Samy, o Tom não comentou nada com você? – David olhou fixamente para mim por um momento.
- Não, ele não comentou nada sobre o que ia fazer durante esse tempo que eu e Bill estaríamos na ilha. – Tentei lembrar-me da ultima conversa que tive com Tom, mas suas palavras já estavam perdidas em minha mente. Mas o pouco que eu lembrara, nada fora importante.
Bill ergueu uma sobrancelha e pegou seu celular no bolso da jaqueta.
- Eu já tentei isso, mas o celular toca até cair a linha. - David respondeu o ato de Bill, mas ele não deu importância e discou os números no celular enquanto se afastava de nós.
Lembrei-me de Nanda que deveria ter voltado ao Brasil. Talvez Tom estivesse com ela, já que os dois andavam juntos ultimamente.
Peguei meu celular e disquei o telefone de Nanda.
- Alô?!
- Oi Nanda! É a Samy. Você sabe alguma noticia sobre o Tom? – Perguntei.
- Oi Samy! Bom, o Tom havia vindo comigo para o Brasil. Ele queria curtir o resto das férias em algum lugar quente, e como eu já estava para voltar, ele resolveu ir junto.
- Havia? – Percebi o verbo no passado que estava em destaque em sua frase.
- Sim, ele embarcou ontem para a Alemanha. Ele queria chegar antes de você e de Bill, mas vejo que não conseguiu. – Nanda riu-se.
- Ok Nanda. Obrigada! Agora vou tentar descansar um pouco da viajem e depois eu te ligo para contar como foi. – Sorri ao celular.
- Com certeza eu irei querer saber. Até depois.
Desliguei o celular e olhei para trás. Bill estava com uma expressão preocupada ao celular e batia o pé direito no chão com impaciência.
Aproximei-me de Bill para contar onde Tom estava, mas ouvi gritos desesperados vindo do lado de fora do hotel. Olhei para a porta de vidro e avistei Tom entrando com uma mala branca de mão.
- Olá! Como foram de viajem? – Tom sorriu para nós.
Bill o fuzilou com os olhos e eu ri baixinho com a situação.
- Onde você estava? Você some, e ainda faz de conta que não tem celular! Você pensa que eu não dou á mínima, mas eu dou Tom! Da próxima vez eu vou acionar a marinha, a aeronautica e o exército para ir atrás de você. – Bill repreendia Tom com um ar paternal e Tom ria.
- Vai me colocar de castigo? – Tom fez uma expressão engraçada de choro falso. Bill bufou e cruzou os braços para Tom esperando explicação.
- Ok, eu estava no Brasil. Não é só você que tem direitos de curtir as férias! – Tom respondeu sério e Bill relaxou.
David estava ao meu lado com uma mão sobre a boca prendendo uma risada alta.
Bill se aproximou de mim e envolveu seu braço em minha cintura enquanto me puxava para o elevador.
Quando chegamos ao nosso andar, lá estávamos no mesmo quarto de antes. Nossas malas já estavam posicionadas uma ao lado da outra perto da cama. Algum dos seguranças deveria ter as trazido.
Eu estava exausta, eu queria tomar um banho e depois relaxar. Provavelmente Bill também queria o mesmo, sua expressão era de cansaço.
Bill sentou-se na cama enquanto tirava o cachecol do pescoço e eu caminhei até o banheiro.
Tirei minha roupa e as coloquei sobre a pia e entrei na ducha. Abri o chuveiro e a água quente começou á cair sobre meu corpo, relaxando todos meus músculos.
Como já era de se esperar, o que o Dr. Peter havia me dito naquele dia começou a me incomodar. Comecei a levar em conta as vezes que senti tontura, os desmaios, o enjôo de hoje e meu período atrasado.
Não! Isso só podia ser coisa da minha cabeça!
Comecei a ouvir atentamente o barulho da água caindo no chão e comecei a me acalmar e limpar minha mente aos poucos esquecendo a conclusão que eu estava chegando. Eu não queria pensar nisso. Não hoje.
Abaixei minha cabeça e deixei a água cair sobre meu pescoço.
Senti mãos me envolverem a cintura por trás, escorregando pelo meu quadril e prendendo-se em minha barriga.
- Eu prometi. – Bill sussurrou ao meu ouvido.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Para sempre você - cap. 70
- Mas já? Ficamos tão pouco tempo. – Falei com a voz um pouco sonolenta enquanto esfregava os olhos.
- Bom, eu tenho que trabalhar, e temos fãs muito exigentes. – Bill piscou para mim enquanto continuava sorrindo e me deu um beijo suave nos lábios.
- Ó sim... trabalho. – Afirmei.
Bill ainda estava de baixo dos lençóis branco da cama que o cobria até a cintura e seu peito nu era convidativo para não levantar tão cedo daquela cama. Mas se iríamos seguir viagem, eu necessitava tomar um banho refrescante antes de pegar o vôo.
Levantei-me e coloquei o roupão branco dobrado sobre a cabeceira e caminhei até o espelho de corpo inteiro que havia no quarto para prender meu cabelo em um coque.
Senti as mãos de Bill me envolver a cintura por trás e seus lábios roçarem meu pescoço suavemente enquanto ele colava seu corpo nu no meu.
Senti meu corpo todo arrepiar. Virei-me para beijar seus lábios e Bill puxou-me, me colando em seu corpo nu novamente.
Bill beijava-me prazerosamente enquanto uma de suas mãos passava á meu cabelo puxando o elástico que o prendia e deixando meus cabelos caírem sobre meus ombros. Ele entrelaçou os dedos em meus cabelos e os puxava delicadamente enquanto passava a beijar meu pescoço novamente. Eu podia sentir sua língua roçar minha pele e seu piercing me causava mais arrepios ainda.
Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, descendo o roupão e fazendo meus ombros ficarem á mostra.
Sua mão macia tinha uma temperatura que variava, sua palma era quente, mas as pontas dos dedos estavam frias, causando uma sensação gostosa em minha pele, assim como daquele dia que ele veio se desculpar no parque.
- Você não ia tomar banho? – Bill sorriu mordendo o lábio inferior.
- Sozinha não. – Sorri de volta e Bill riu com as maçãs do rosto coradas.
- Que tal quando chegarmos à Alemanha? Temos um vôo daqui meia hora. – Bill alisou meu rosto com as costas da mão enquanto ainda sorria com as bochechas coradas.
Alisei seu rosto também e beijei seus lábios suavemente.
Vesti-me com uma calça jeans comum e uma blusinha regata branca e deixei meus cabelos soltos.
Bill vestiu uma calça preta, uma blusa fina também preta e uma jaqueta.
Eu estava guardando algumas coisas que haviam ficado de fora na minha mala enquanto Bill colocava um cachecol preto fino no pescoço e seus óculos de sol.
- Na Alemanha está fazendo frio, é bom se agasalhar. – Bill me alertou.
Peguei uma jaqueta que eu tinha em minha mala, não muito quente, e a coloquei.
Saímos do bangalô e me senti desconfortável com aquela jaqueta em baixo do sol ardente que fazia naquela ilha.
Bill abraçou-me enquanto caminhávamos até um carro preto que nos esperava na rua perto da praia.
Um homem de terno preto pegou nossas malas e as acomodou no porta-malas enquanto eu e Bill entravamos no carro.
- E Natalie? – Logo perguntei assim que percebi que só havia eu e Bill dentro do carro além do motorista e o rapaz de terno que seria o segurança.
- Ela voltou á Alemanha Quinta-feira. – Bill sorriu para mim.
O aeroporto não era longe de onde estávamos e logo estávamos já embarcando no avião.
Sentamos ao fundo do avião, em uma ala privada, onde só estava eu, Bill e seus seguranças.
Deitei minha cabeça em seu ombro e ele passou o braço em minha volta me puxando para mais perto dele. Era tão aconchegante estar nos braços de Bill que acabei adormecendo por alguns minutos.
Depois de algumas horas Bill exigiu que eu comesse algo. Eu não ia negar, eu estava faminta. Mas assim que a aeromoça nos serviu os pratos, o cheiro da comida me provocou um enjôo terrível que eu não conseguia nem se quer pensar em colocar um grão de arroz na boca sem colocar tudo para fora. Bill como sempre super protetor, ficou super preocupado comigo. Não era o fim do mundo, era apenas um enjôo, obviamente por causa da turbulência.
Muita gente se enjoa andando de carro e ônibus, porque não de avião? O difícil era convencer Bill disso.
Passando-se algumas horas, logo estávamos na Alemanha. O frio era terrível, eu não estava acostumada com isso, além do mais depois de passar alguns dias em uma ilha com temperaturas muito elevadas.
Quando descemos do avião, Bill me envolveu com o braço procurando me esquentar, me segurando com força contra seu peito.
O aeroporto estava lotado de repórteres. Era difícil de entender como eles sabiam de nossa chegada.
Eles perguntavam diversas coisas no alemão difícil de compreender, e Bill não parou para responder á nenhum.
Saímos do aeroporto e entramos em outro carro que estava á nossa espera e logo estávamos no mesmo hotel da ultima vez. Por um instante lembrei-me de Nanda, eu estava com saudades dela, mas com certeza ela já havia ter voltado ao Brasil.
Quando entramos no hall de entrada do hotel, David Jost estava já á nossa espera.
- Onde está Tom? – David nos perguntou com uma visível preocupação.
- Como assim onde está Tom? Acabamos de chegar! – Bill respondeu assustado.
- Ele sumiu desde o dia que a Samy embarcou para ir atrás de Você! Pensei que ele havia ido junto com ela. – David esfregou a testa com as pontas dos dedos.
- Droga Tom! – A voz de Bill era irritada.
- Bom, eu tenho que trabalhar, e temos fãs muito exigentes. – Bill piscou para mim enquanto continuava sorrindo e me deu um beijo suave nos lábios.
- Ó sim... trabalho. – Afirmei.
Bill ainda estava de baixo dos lençóis branco da cama que o cobria até a cintura e seu peito nu era convidativo para não levantar tão cedo daquela cama. Mas se iríamos seguir viagem, eu necessitava tomar um banho refrescante antes de pegar o vôo.
Levantei-me e coloquei o roupão branco dobrado sobre a cabeceira e caminhei até o espelho de corpo inteiro que havia no quarto para prender meu cabelo em um coque.
Senti as mãos de Bill me envolver a cintura por trás e seus lábios roçarem meu pescoço suavemente enquanto ele colava seu corpo nu no meu.
Senti meu corpo todo arrepiar. Virei-me para beijar seus lábios e Bill puxou-me, me colando em seu corpo nu novamente.
Bill beijava-me prazerosamente enquanto uma de suas mãos passava á meu cabelo puxando o elástico que o prendia e deixando meus cabelos caírem sobre meus ombros. Ele entrelaçou os dedos em meus cabelos e os puxava delicadamente enquanto passava a beijar meu pescoço novamente. Eu podia sentir sua língua roçar minha pele e seu piercing me causava mais arrepios ainda.
Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, descendo o roupão e fazendo meus ombros ficarem á mostra.
Sua mão macia tinha uma temperatura que variava, sua palma era quente, mas as pontas dos dedos estavam frias, causando uma sensação gostosa em minha pele, assim como daquele dia que ele veio se desculpar no parque.
- Você não ia tomar banho? – Bill sorriu mordendo o lábio inferior.
- Sozinha não. – Sorri de volta e Bill riu com as maçãs do rosto coradas.
- Que tal quando chegarmos à Alemanha? Temos um vôo daqui meia hora. – Bill alisou meu rosto com as costas da mão enquanto ainda sorria com as bochechas coradas.
Alisei seu rosto também e beijei seus lábios suavemente.
Vesti-me com uma calça jeans comum e uma blusinha regata branca e deixei meus cabelos soltos.
Bill vestiu uma calça preta, uma blusa fina também preta e uma jaqueta.
Eu estava guardando algumas coisas que haviam ficado de fora na minha mala enquanto Bill colocava um cachecol preto fino no pescoço e seus óculos de sol.
- Na Alemanha está fazendo frio, é bom se agasalhar. – Bill me alertou.
Peguei uma jaqueta que eu tinha em minha mala, não muito quente, e a coloquei.
Saímos do bangalô e me senti desconfortável com aquela jaqueta em baixo do sol ardente que fazia naquela ilha.
Bill abraçou-me enquanto caminhávamos até um carro preto que nos esperava na rua perto da praia.
Um homem de terno preto pegou nossas malas e as acomodou no porta-malas enquanto eu e Bill entravamos no carro.
- E Natalie? – Logo perguntei assim que percebi que só havia eu e Bill dentro do carro além do motorista e o rapaz de terno que seria o segurança.
- Ela voltou á Alemanha Quinta-feira. – Bill sorriu para mim.
O aeroporto não era longe de onde estávamos e logo estávamos já embarcando no avião.
Sentamos ao fundo do avião, em uma ala privada, onde só estava eu, Bill e seus seguranças.
Deitei minha cabeça em seu ombro e ele passou o braço em minha volta me puxando para mais perto dele. Era tão aconchegante estar nos braços de Bill que acabei adormecendo por alguns minutos.
Depois de algumas horas Bill exigiu que eu comesse algo. Eu não ia negar, eu estava faminta. Mas assim que a aeromoça nos serviu os pratos, o cheiro da comida me provocou um enjôo terrível que eu não conseguia nem se quer pensar em colocar um grão de arroz na boca sem colocar tudo para fora. Bill como sempre super protetor, ficou super preocupado comigo. Não era o fim do mundo, era apenas um enjôo, obviamente por causa da turbulência.
Muita gente se enjoa andando de carro e ônibus, porque não de avião? O difícil era convencer Bill disso.
Passando-se algumas horas, logo estávamos na Alemanha. O frio era terrível, eu não estava acostumada com isso, além do mais depois de passar alguns dias em uma ilha com temperaturas muito elevadas.
Quando descemos do avião, Bill me envolveu com o braço procurando me esquentar, me segurando com força contra seu peito.
O aeroporto estava lotado de repórteres. Era difícil de entender como eles sabiam de nossa chegada.
Eles perguntavam diversas coisas no alemão difícil de compreender, e Bill não parou para responder á nenhum.
Saímos do aeroporto e entramos em outro carro que estava á nossa espera e logo estávamos no mesmo hotel da ultima vez. Por um instante lembrei-me de Nanda, eu estava com saudades dela, mas com certeza ela já havia ter voltado ao Brasil.
Quando entramos no hall de entrada do hotel, David Jost estava já á nossa espera.
- Onde está Tom? – David nos perguntou com uma visível preocupação.
- Como assim onde está Tom? Acabamos de chegar! – Bill respondeu assustado.
- Ele sumiu desde o dia que a Samy embarcou para ir atrás de Você! Pensei que ele havia ido junto com ela. – David esfregou a testa com as pontas dos dedos.
- Droga Tom! – A voz de Bill era irritada.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Para sempre você - cap. 69
Acordei assustada. O sol entrava forte e ardente pela janela iluminando o quarto por inteiro. Olhei no relógio e ele marcava duas da tarde.
Bill ainda dormia profundamente ao meu lado, mergulhado em doces sonhos, que deixavam sua expressão calma e totalmente serena. Era tão maravilhoso observar Bill enquanto dormia.
Beijei seus lábios entre abertos com delicadeza para não o acordar e sentei-me na cama encarando o reflexo do sol que batia na madeira clara do chão.
As partículas de poeira brilhavam enquanto dançavam em sincronia no reflexo do sol pela brisa morda que soprava suavemente pela janela.
Aquele sonho já havia martelado levemente na minha cabeça, e agora havia voltado á martelar com mais força.
Aquele sonho não era tão bizarro, eu já havia tido sonhos muito mais estranhos. Mas o que me deixava curiosa, eram os detalhes tão reais que eu podia lembrar com clareza. Assim como a primeira vez, eu podia lembrar até dos cheiros, texturas e sons. Mas o que me deixava mais curiosa ainda, era aquela garotinha.
Quem era ela? Ao que ela estava relacionada?
De qualquer forma, ela era linda. Com a mais pura beleza angelical que eu já havia visto. E seus olhos de um castanho sonhador, assim como os de... Bill.
Sim, ela parecia com Bill! Desde a cor açucarada dos olhos, até as linhas perfeitas do rosto.
Sentir-me sufocar sem nenhum motivo e decidi caminhar pela praia, para esquecer aquele sonho.
Levantei-me e coloquei a parte de cima de meu biquíni preto, e um short qualquer perdido dentro de minha mala. Sai do bangalô e coloquei os pés na areia fina e branca. O dia estava lindo, e o sol ardia fortemente em minha pele. Caminhei na beira do mar onde a água invadia e recuava da areia.
Comecei-me a lembrar de minha mãe, de meu pai, Rose, meus colegas da escola. Passei a me perguntar se eles sentiam a minha falta ou se pelo menos se perguntavam onde eu estava. Nunca fui muito bem recebida em minha escola, com certeza eu não estava fazendo falta alguma. Mas lembrei-me principalmente de Agustina e Angelina. Se não fossem elas, hoje eu não estaria aqui. Se não fossem elas, eu jamais haveria encontrado Tom, Gustav, Georg e muito menos Bill.
Eu realmente tinha muito que agradecer á elas... na realidade, eu tinha que agradecer a vida que elas me proporcionaram, mas isso não seria mais possível. Não nessa vida.
Sentei-me na areia próxima ao mar enquanto observava o reflexo de purpurina do sol sobre a água. O mar invadia a areia molhando meus pés com uma água deliciosamente alterando do morno ao frio e recuava lentamente.
- Adoro observar essa paisagem linda também. Mas tenho que admitir que ela não se compara á você. – A voz doce de Bill quebrou o silencio fazendo meu coração pular bruscamente.
Bill sentou-se ao meu lado com um sorriso cintilante e os olhos apertados por causa da luz forte do sol.
Ele estava apenas vestindo uma bermuda listrada de branco e preto, eu adorava ver Bill com seu peito á mostra. Ele alisou seus cabelos para trás e colocou um óculos escuro.
- Claro, não se compara mesmo. A paisagem é inigualável. – Falei com sarcasmo.
- Não seja boba. – Bill deu um sorriso torto e me puxou para o seu colo.
Aquele foi o primeiro dia tranqüilo que eu passara com Bill. Sem interrupções, sem motivos para se preocupar, sem horários para seguir... apenas eu e ele, somente nós dois.
Bill não queria saber da história de Natalie e nem os motivos de Mike. Ele queria esquecer-se de tudo enquanto estivéssemos naquela ilha. Eu estava adorando.
Aproveitamos todos os recursos daquela ilha. Foi um dia divertido. E a melhor parte de todas foi observar o por do sol ao lado dele.
-Eu te amo... para sempre. – Ele sussurrou para mim enquanto eu estava deitada em seu colo na areia agora fria pelo recuar lento do sol.
Meus olhos se banharam em lagrimas pela sinceridade presente em suas palavras.
A noite que seguia daquele dia foi muito melhor que aquela da nossa primeira vez.
Bill estava mais cheio de desejo, ele não tinha com o que se preocupar, e tudo durou muito mais do que a ultima vez. Como se não tivéssemos hora para parar.
E assim foram durante uma semana.
Passávamos todas as tardes juntos e cada noite era mais perfeita que a outra. Era difícil de escolher a melhor noite de todas com Bill. Afinal, ele tornava todas perfeitas.
Na manhã do sábado acordei com o brilho do sol em meus olhos. Eu me sentia ótima, lembrar da noite passada me deixava mais ótima ainda. Abri os olhos com dificuldade e Bill já estava acordado ao meu lado com seu sorriso lindo de tirar o fôlego.
- Bom dia meu amor. Hoje vamos voltar para a Alemanha.
Bill ainda dormia profundamente ao meu lado, mergulhado em doces sonhos, que deixavam sua expressão calma e totalmente serena. Era tão maravilhoso observar Bill enquanto dormia.
Beijei seus lábios entre abertos com delicadeza para não o acordar e sentei-me na cama encarando o reflexo do sol que batia na madeira clara do chão.
As partículas de poeira brilhavam enquanto dançavam em sincronia no reflexo do sol pela brisa morda que soprava suavemente pela janela.
Aquele sonho já havia martelado levemente na minha cabeça, e agora havia voltado á martelar com mais força.
Aquele sonho não era tão bizarro, eu já havia tido sonhos muito mais estranhos. Mas o que me deixava curiosa, eram os detalhes tão reais que eu podia lembrar com clareza. Assim como a primeira vez, eu podia lembrar até dos cheiros, texturas e sons. Mas o que me deixava mais curiosa ainda, era aquela garotinha.
Quem era ela? Ao que ela estava relacionada?
De qualquer forma, ela era linda. Com a mais pura beleza angelical que eu já havia visto. E seus olhos de um castanho sonhador, assim como os de... Bill.
Sim, ela parecia com Bill! Desde a cor açucarada dos olhos, até as linhas perfeitas do rosto.
Sentir-me sufocar sem nenhum motivo e decidi caminhar pela praia, para esquecer aquele sonho.
Levantei-me e coloquei a parte de cima de meu biquíni preto, e um short qualquer perdido dentro de minha mala. Sai do bangalô e coloquei os pés na areia fina e branca. O dia estava lindo, e o sol ardia fortemente em minha pele. Caminhei na beira do mar onde a água invadia e recuava da areia.
Comecei-me a lembrar de minha mãe, de meu pai, Rose, meus colegas da escola. Passei a me perguntar se eles sentiam a minha falta ou se pelo menos se perguntavam onde eu estava. Nunca fui muito bem recebida em minha escola, com certeza eu não estava fazendo falta alguma. Mas lembrei-me principalmente de Agustina e Angelina. Se não fossem elas, hoje eu não estaria aqui. Se não fossem elas, eu jamais haveria encontrado Tom, Gustav, Georg e muito menos Bill.
Eu realmente tinha muito que agradecer á elas... na realidade, eu tinha que agradecer a vida que elas me proporcionaram, mas isso não seria mais possível. Não nessa vida.
Sentei-me na areia próxima ao mar enquanto observava o reflexo de purpurina do sol sobre a água. O mar invadia a areia molhando meus pés com uma água deliciosamente alterando do morno ao frio e recuava lentamente.
- Adoro observar essa paisagem linda também. Mas tenho que admitir que ela não se compara á você. – A voz doce de Bill quebrou o silencio fazendo meu coração pular bruscamente.
Bill sentou-se ao meu lado com um sorriso cintilante e os olhos apertados por causa da luz forte do sol.
Ele estava apenas vestindo uma bermuda listrada de branco e preto, eu adorava ver Bill com seu peito á mostra. Ele alisou seus cabelos para trás e colocou um óculos escuro.
- Claro, não se compara mesmo. A paisagem é inigualável. – Falei com sarcasmo.
- Não seja boba. – Bill deu um sorriso torto e me puxou para o seu colo.
Aquele foi o primeiro dia tranqüilo que eu passara com Bill. Sem interrupções, sem motivos para se preocupar, sem horários para seguir... apenas eu e ele, somente nós dois.
Bill não queria saber da história de Natalie e nem os motivos de Mike. Ele queria esquecer-se de tudo enquanto estivéssemos naquela ilha. Eu estava adorando.
Aproveitamos todos os recursos daquela ilha. Foi um dia divertido. E a melhor parte de todas foi observar o por do sol ao lado dele.
-Eu te amo... para sempre. – Ele sussurrou para mim enquanto eu estava deitada em seu colo na areia agora fria pelo recuar lento do sol.
Meus olhos se banharam em lagrimas pela sinceridade presente em suas palavras.
A noite que seguia daquele dia foi muito melhor que aquela da nossa primeira vez.
Bill estava mais cheio de desejo, ele não tinha com o que se preocupar, e tudo durou muito mais do que a ultima vez. Como se não tivéssemos hora para parar.
E assim foram durante uma semana.
Passávamos todas as tardes juntos e cada noite era mais perfeita que a outra. Era difícil de escolher a melhor noite de todas com Bill. Afinal, ele tornava todas perfeitas.
Na manhã do sábado acordei com o brilho do sol em meus olhos. Eu me sentia ótima, lembrar da noite passada me deixava mais ótima ainda. Abri os olhos com dificuldade e Bill já estava acordado ao meu lado com seu sorriso lindo de tirar o fôlego.
- Bom dia meu amor. Hoje vamos voltar para a Alemanha.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Para sempre você - cap. 68
Olhei curiosa para o senhor de cabelos brancos que acabara de guardar o ultimo medicamento em sua bolsa. O que ele queria falar comigo?
Passei á ficar ansiosa, sem ter a mínima idéia do que ele queria. Mil coisas se passaram pela minha cabeça, mas nenhuma se encaixava.
- Bom Samantha, eu não sou médico especializado em uma determinada área. Meus pacientes são aqueles que precisam de mim para coisas simples, como machucados, doenças virais, enxaquecas e quebra de alguma parte óssea, por isso que atendo na própria residência das pessoas, eu não necessito de consultório, eu carrego tudo aqui em minha bolsa. – Ele deu dois tapinhas em sua bolsa enquanto falava.
Eu não estava entendo á onde ele pretendia chegar.
- Mas como qualquer bom médico, eu tenho minhas duvidas, e toda duvida é resolvida á partir de uma resposta coerente, ou seja, á partir de exames. Bill comentou de seus desmaios e tonturas. Podem ser falta de alimentação adequada, problemas neurológicos ou milhares de diversas coisas. Mas, antes de qualquer coisa, eu gostaria que você procurasse um ginecologista. – Ele finalizou.
- O que? – Arregalei os olhos para ele assustada.
- Eu sei que você me compreende. Não estou julgando absolutamente nada Samantha, apenas seria um bom começo para saber o que realmente está te provocando esses sintomas. Mas isso será apenas se esses sintomas continuarem, o que eu acredito muito que não iram, depois que você relaxar um pouco e colocar sua alimentação em dia. – Ele respondeu com um sorriso leve, formando ruguinhas no canto dos olhos.
Eu assenti e sorri forçado para ele.
Dr. Peter pegou sua bolsa e a colocou no ombro esquerdo e caminhou até a porta do quarto acenando para mim com animo. Eu acenei de volta.
Como assim?
Olhei fixamente para o chão enquanto tudo o que o Dr. Peter havia dito, se repassava em minha mente com cuidado.
Não! Ele estava achando que eu estava... grávida?
Era difícil até para pensar na conclusão dele. Ele estava totalmente enganado quanto á isso! Tudo aquilo era fruto de minha falta de alimentação! Claro que era!
Bufei rejeitando a conclusão do médico e cruzei os braços ainda encarando o chão.
Eu não ia fazer aquela idéia me preocupar, eu estava disposta á esquecer-la. Eu também não ia colocar aquela idéia na cabeça de Bill. Aquilo que o médico disse acabou com um ponto final irremovível.
Bill entrou no quarto segurando uma bandeja e logo expulsei minha expressão emburrada para bem longe.
Senti-me uma doente crônica assim que percebi que era comida que estava em cima da bandeja.
Bill colocou a bandeja sobre a cama. Havia dois pratos de Panquecas integrais de frutas e dois copos de suco de laranja. Parecia saudável e interessante seguir a dieta vegetariana de Bill.
Bill sentou-se junto comigo na cama com um sorriso lindo que me derreteu por completa.
- O que o Dr. Peter quis falar com você ? – Bill tocou no assunto enquanto pegava um pedaço da sua panqueca.
- Nada demais. Apenas me aconselhou á ir á um médico especialista se caso continuar minhas tonturas e desmaios. – Dei de ombros e peguei um pedaço da minha panqueca. Era uma delicia.
Bill sorriu com os lábios fechados e me deu um beijo na testa.
Comemos enquanto conversávamos, contamos um para o outro nossas aventuras de infância e rimos bastante. Era um momento totalmente descontraído, mal notávamos que já se passava das três da manhã.
Havia sido um dia muito cansativo, mas eu não sentia necessidade de dormir, eu queria passar todos meus minutos e segundos com Bill, eu não queria perder tempo fechando meus olhos e me desligando da realidade que agora era mil vezes melhor que um sonho.
Fui banhar-me e logo depois me deitei na cama junto de Bill, colocando minha cabeça sobre seu peito enquanto ele acariciava meu rosto com sua mão suave.
Ele estava muito cansado e logo pegou no sono. Eu me maravilhava ao ver-lo dormir com tamanha serenidade e sua respiração lenta entre lábios.
O som de sua respiração era como uma cantiga de ninar, e logo deixei o sono tomar conta de mim também.
Era aquele sonho de novo.
- Mamãe! Mamãe! – A garotinha gritava desesperadamente em uma floresta escura. Tudo estava ainda mais embaçado, a névoa forte e esbranquiçada agora parecia neve dançante pelo ar. Eu nunca conseguia chegar até a garotinha que chorava desesperadamente pela mãe. Eu ansiava por ver seu rosto. Ver quem era ela.
O choro dela estava mais próximo agora, como se estivesse em minha frente. Mas eu a procurava entre as arvores e não a encontrava.
- Mamãe! – O grito dela ecoou agora parecendo vir de trás de mim. Olhei esperançosa, mas ela não estava ali.
De repente o vendo soprou fortemente na névoa de gelo e pude avistar uma garotinha de uns cinco anos de idade ao longe correndo entre as arvores. Seu cabelo comprido era negro e liso, destacando sua pele branquinha com um toque pêssego. Eu gritei por ela e ela me olhou por um momento. Seus olhos eram de um castanho quase mel. Seus traços faciais eram familiares.
Tentei alcançar-la novamente, mas ela sumiu entre a névoa de gelo novamente.
Passei á ficar ansiosa, sem ter a mínima idéia do que ele queria. Mil coisas se passaram pela minha cabeça, mas nenhuma se encaixava.
- Bom Samantha, eu não sou médico especializado em uma determinada área. Meus pacientes são aqueles que precisam de mim para coisas simples, como machucados, doenças virais, enxaquecas e quebra de alguma parte óssea, por isso que atendo na própria residência das pessoas, eu não necessito de consultório, eu carrego tudo aqui em minha bolsa. – Ele deu dois tapinhas em sua bolsa enquanto falava.
Eu não estava entendo á onde ele pretendia chegar.
- Mas como qualquer bom médico, eu tenho minhas duvidas, e toda duvida é resolvida á partir de uma resposta coerente, ou seja, á partir de exames. Bill comentou de seus desmaios e tonturas. Podem ser falta de alimentação adequada, problemas neurológicos ou milhares de diversas coisas. Mas, antes de qualquer coisa, eu gostaria que você procurasse um ginecologista. – Ele finalizou.
- O que? – Arregalei os olhos para ele assustada.
- Eu sei que você me compreende. Não estou julgando absolutamente nada Samantha, apenas seria um bom começo para saber o que realmente está te provocando esses sintomas. Mas isso será apenas se esses sintomas continuarem, o que eu acredito muito que não iram, depois que você relaxar um pouco e colocar sua alimentação em dia. – Ele respondeu com um sorriso leve, formando ruguinhas no canto dos olhos.
Eu assenti e sorri forçado para ele.
Dr. Peter pegou sua bolsa e a colocou no ombro esquerdo e caminhou até a porta do quarto acenando para mim com animo. Eu acenei de volta.
Como assim?
Olhei fixamente para o chão enquanto tudo o que o Dr. Peter havia dito, se repassava em minha mente com cuidado.
Não! Ele estava achando que eu estava... grávida?
Era difícil até para pensar na conclusão dele. Ele estava totalmente enganado quanto á isso! Tudo aquilo era fruto de minha falta de alimentação! Claro que era!
Bufei rejeitando a conclusão do médico e cruzei os braços ainda encarando o chão.
Eu não ia fazer aquela idéia me preocupar, eu estava disposta á esquecer-la. Eu também não ia colocar aquela idéia na cabeça de Bill. Aquilo que o médico disse acabou com um ponto final irremovível.
Bill entrou no quarto segurando uma bandeja e logo expulsei minha expressão emburrada para bem longe.
Senti-me uma doente crônica assim que percebi que era comida que estava em cima da bandeja.
Bill colocou a bandeja sobre a cama. Havia dois pratos de Panquecas integrais de frutas e dois copos de suco de laranja. Parecia saudável e interessante seguir a dieta vegetariana de Bill.
Bill sentou-se junto comigo na cama com um sorriso lindo que me derreteu por completa.
- O que o Dr. Peter quis falar com você ? – Bill tocou no assunto enquanto pegava um pedaço da sua panqueca.
- Nada demais. Apenas me aconselhou á ir á um médico especialista se caso continuar minhas tonturas e desmaios. – Dei de ombros e peguei um pedaço da minha panqueca. Era uma delicia.
Bill sorriu com os lábios fechados e me deu um beijo na testa.
Comemos enquanto conversávamos, contamos um para o outro nossas aventuras de infância e rimos bastante. Era um momento totalmente descontraído, mal notávamos que já se passava das três da manhã.
Havia sido um dia muito cansativo, mas eu não sentia necessidade de dormir, eu queria passar todos meus minutos e segundos com Bill, eu não queria perder tempo fechando meus olhos e me desligando da realidade que agora era mil vezes melhor que um sonho.
Fui banhar-me e logo depois me deitei na cama junto de Bill, colocando minha cabeça sobre seu peito enquanto ele acariciava meu rosto com sua mão suave.
Ele estava muito cansado e logo pegou no sono. Eu me maravilhava ao ver-lo dormir com tamanha serenidade e sua respiração lenta entre lábios.
O som de sua respiração era como uma cantiga de ninar, e logo deixei o sono tomar conta de mim também.
Era aquele sonho de novo.
- Mamãe! Mamãe! – A garotinha gritava desesperadamente em uma floresta escura. Tudo estava ainda mais embaçado, a névoa forte e esbranquiçada agora parecia neve dançante pelo ar. Eu nunca conseguia chegar até a garotinha que chorava desesperadamente pela mãe. Eu ansiava por ver seu rosto. Ver quem era ela.
O choro dela estava mais próximo agora, como se estivesse em minha frente. Mas eu a procurava entre as arvores e não a encontrava.
- Mamãe! – O grito dela ecoou agora parecendo vir de trás de mim. Olhei esperançosa, mas ela não estava ali.
De repente o vendo soprou fortemente na névoa de gelo e pude avistar uma garotinha de uns cinco anos de idade ao longe correndo entre as arvores. Seu cabelo comprido era negro e liso, destacando sua pele branquinha com um toque pêssego. Eu gritei por ela e ela me olhou por um momento. Seus olhos eram de um castanho quase mel. Seus traços faciais eram familiares.
Tentei alcançar-la novamente, mas ela sumiu entre a névoa de gelo novamente.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Para sempre você - cap. 67
- Natalie? - Atendi o celular com um sorriso enorme no rosto se expandindo.
- Oi Samy. Você está bem? – Natalie estava com uma voz cansada e sem animação.
- Sim. Bom, acho que sim. – Me corrigi, assim que lembrei o motivo de Bill estar no outro cômodo ao telefone com um médico. – E você? Você está bem? E o Mike? – Continuei.
Ouve uma pausa longa e incomoda, e ouvi Natalie suspirar.
- Você está ferida! – Gritei ao telefone.
- Não Samy! Eu estou bem! É que... o Mike fugiu. – Natalie estava com uma voz chorosa.
- Não! Não é possível, a polícia...
- Ele conseguiu passar pelos policiais e... fugiu. – Natalie me interrompeu.
Senti meu estomago se revirar. O medo crescia dentro de mim, e um gelo sufocante me cobriu.
- Vou deixar-la descansar. Depois nos falamos, ok?! – Natalie não esperou eu responder e logo desligou.
Eu temia muito pelo perigo de Bill, mas eu não podia dizer-lhe sobre a fuga de Mike. Pelo menos, não hoje. Ele precisava descansar também, e ele ainda não sabia da história toda, apenas iria o deixar confuso, sem saber o porquê temer á Mike, e o melhor seria se Natalie contasse essa história á ele, e não eu.
Coloquei o celular sobre a cabeceira novamente, ainda congelada pelo medo.
Bill voltou para o quarto e senti meu medo se esvair no mesmo instante que coloquei os olhos em seu rosto enquanto ele sentava ao meu lado na cama. Ele estava mais alegre, não estava mais preocupado, e parecia calmo.
- O Dr. Peter irá vir tratar de seu corte. Ele me disse que suas tonturas e desmaios devem ser por causa da má alimentação. Ele disse-me para me preocupar mais com suas refeições, e se os desmaios e tonturas continuarem, ele aconselhou-me levar-te á um médico especialista, pois ele não tem recursos para atender-lhe aqui. Eu acredito que ele esteja certo. Você não está se alimentando corretamente. – Bill explicou enquanto alisava suavemente meu rosto com as costas de sua mão.
Eu sentir-me aliviada. Aproximei-me de Bill e deitei em seu colo enquanto ele alisava meus cabelos delicadamente. A mão de Bill parecia veludo tocando minha pele do rosto e deslizando por cada mecha de meu cabelo. Era aconchegante, delicioso, eu queria ficar ali para sempre.
Tudo ficou mais delicioso ainda, assim que ele começou á cantarolar em um tom baixo a minha música.
Fechei os olhos absorvendo cada palavra que ele cantarolava em sua voz baixa e rouca, que fazia cócegas em meu ouvido me deixando cada vez mais deliciada com aquele momento.
Ouve-se batidas na porta e então volto á realidade.
Levantei-me do colo de Bill e sentei-me na cama novamente.
Bill deu-me um beijo suave nos lábios antes de levantar-se e ir atender a porta.
Tudo ocorreu rápido e nem foi tão ruim como eu havia imaginado. Dr. Peter era um senhor baixo, apesar de que qualquer um parecia um anão perto de Bill, e tinha cabelos brancos que mais pareciam algodões fofinhos grudados em sua cabeça. Ele era simpático e falava muito, o que me deixou mais á vontade.
Ele limpou e medicou meu ferimento e logo depois fez um curativo pequeno que não me incomodava. Não precisou nem se quer de pontos, o que eu achei ótimo.
Bill curvou-se para dar-me um beijo suave nos lábios logo depois que Dr. Peter acabou seu trabalho.
Dr. Peter estava recolhendo seus medicamentos e colocando em sua bolsa, mas interrompeu-se olhando para nós por um longo momento, fazendo uma expressão de dúvida.
- Bill, posso falar á sós com a Samantha, por favor? – Dr. Peter pediu com delicadeza e Bill o olhou por um longo momento também sem entender suas intenções, mas no fim assentiu e caminhou até o outro cômodo me jogando um olhar que dizia claramente “se houver qualquer coisa, me chame!”.
- Oi Samy. Você está bem? – Natalie estava com uma voz cansada e sem animação.
- Sim. Bom, acho que sim. – Me corrigi, assim que lembrei o motivo de Bill estar no outro cômodo ao telefone com um médico. – E você? Você está bem? E o Mike? – Continuei.
Ouve uma pausa longa e incomoda, e ouvi Natalie suspirar.
- Você está ferida! – Gritei ao telefone.
- Não Samy! Eu estou bem! É que... o Mike fugiu. – Natalie estava com uma voz chorosa.
- Não! Não é possível, a polícia...
- Ele conseguiu passar pelos policiais e... fugiu. – Natalie me interrompeu.
Senti meu estomago se revirar. O medo crescia dentro de mim, e um gelo sufocante me cobriu.
- Vou deixar-la descansar. Depois nos falamos, ok?! – Natalie não esperou eu responder e logo desligou.
Eu temia muito pelo perigo de Bill, mas eu não podia dizer-lhe sobre a fuga de Mike. Pelo menos, não hoje. Ele precisava descansar também, e ele ainda não sabia da história toda, apenas iria o deixar confuso, sem saber o porquê temer á Mike, e o melhor seria se Natalie contasse essa história á ele, e não eu.
Coloquei o celular sobre a cabeceira novamente, ainda congelada pelo medo.
Bill voltou para o quarto e senti meu medo se esvair no mesmo instante que coloquei os olhos em seu rosto enquanto ele sentava ao meu lado na cama. Ele estava mais alegre, não estava mais preocupado, e parecia calmo.
- O Dr. Peter irá vir tratar de seu corte. Ele me disse que suas tonturas e desmaios devem ser por causa da má alimentação. Ele disse-me para me preocupar mais com suas refeições, e se os desmaios e tonturas continuarem, ele aconselhou-me levar-te á um médico especialista, pois ele não tem recursos para atender-lhe aqui. Eu acredito que ele esteja certo. Você não está se alimentando corretamente. – Bill explicou enquanto alisava suavemente meu rosto com as costas de sua mão.
Eu sentir-me aliviada. Aproximei-me de Bill e deitei em seu colo enquanto ele alisava meus cabelos delicadamente. A mão de Bill parecia veludo tocando minha pele do rosto e deslizando por cada mecha de meu cabelo. Era aconchegante, delicioso, eu queria ficar ali para sempre.
Tudo ficou mais delicioso ainda, assim que ele começou á cantarolar em um tom baixo a minha música.
Fechei os olhos absorvendo cada palavra que ele cantarolava em sua voz baixa e rouca, que fazia cócegas em meu ouvido me deixando cada vez mais deliciada com aquele momento.
Ouve-se batidas na porta e então volto á realidade.
Levantei-me do colo de Bill e sentei-me na cama novamente.
Bill deu-me um beijo suave nos lábios antes de levantar-se e ir atender a porta.
Tudo ocorreu rápido e nem foi tão ruim como eu havia imaginado. Dr. Peter era um senhor baixo, apesar de que qualquer um parecia um anão perto de Bill, e tinha cabelos brancos que mais pareciam algodões fofinhos grudados em sua cabeça. Ele era simpático e falava muito, o que me deixou mais á vontade.
Ele limpou e medicou meu ferimento e logo depois fez um curativo pequeno que não me incomodava. Não precisou nem se quer de pontos, o que eu achei ótimo.
Bill curvou-se para dar-me um beijo suave nos lábios logo depois que Dr. Peter acabou seu trabalho.
Dr. Peter estava recolhendo seus medicamentos e colocando em sua bolsa, mas interrompeu-se olhando para nós por um longo momento, fazendo uma expressão de dúvida.
- Bill, posso falar á sós com a Samantha, por favor? – Dr. Peter pediu com delicadeza e Bill o olhou por um longo momento também sem entender suas intenções, mas no fim assentiu e caminhou até o outro cômodo me jogando um olhar que dizia claramente “se houver qualquer coisa, me chame!”.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Para sempre você - cap. 66
A mão de Bill relaxou em minhas costas, e percebi que ele estava mais calmo. Levantei-me procurando meu celular em meus bolsos, mas eu não o encontrava. Bill levantou-se e tirou do bolso da calça apertada cinza escura seu celular e fez uma ligação rápida para policia que durou apenas alguns segundos.
Eu podia ouvir a voz de Natalie alterada do outro lado da porta, sua voz estava agressiva e ela parecia estar sob o controle da situação, o que me aliviou por alguns instantes, até um grito alto e agudo soar de dentro do quarto.
Bill passou por mim indo em direção da porta. Ele estava desesperado agora e tentava á todo custo abrir a porta, virando incessantes vezes a maçaneta trancada e batendo fortemente na porta como se fosse a quebrar.
- Bill! Por favor! Isso é problema da Natalie, ela quis resolver sozinha! Ainda mais, a polícia está á caminho! – O repreendi, mas seu olhar para mim era estranho, eu não podia decifrar o que se passava por sua cabeça e ele não fazia idéia do porquê de tudo aquilo. Isso me dava medo.
Olhei incrédula para a porta. Eu queria ir embora o mais rápido possível e afastar Bill do perigo, mas eu estava muito preocupada com Natalie. Ela havia me ajudado, e estava naquela situação por minha causa também, era injusto deixar-la lidar sozinha com aquele monstro, por mais que fosse mais problema dela do que meu.
As mãos de Bill escorregaram na madeira da porta como se estivesse se rendendo ás minhas palavras.
Natalie gritou de novo e ouve um barulho de algo de vidro se espatifando ao chão. Agora eu estava ao lado de Bill, desesperada para abrir a porta, sem sucesso algum, é claro.
A porta era de madeira maciça e não mostrava nenhuma reação á nossos murros.
Escutamos a sirene de carros policiais na rua e olhamos um para o outro com um olhar aliviado e ao mesmo tempo ansioso.
Bill passou sua mão pela minha cintura e me puxou contra seu peito, me apertando em um abraço forte e seguro.
Escutamos passos ágeis se aproximando pelas escadas e o elevador desembarcando três policiais com as armas em punho.
Dois policiais se colocaram ao lado da porta e o outro ordenou-nos que fossemos embora. O que me aliviou mais ainda, mas ao mesmo tempo, eu ainda estava muito preocupada, eu queria ter certeza que Natalie estava bem.
Bill apertou-me com mais força ainda contra seu peito e me carregou junto dele até o elevador. Ele permaneceu o tempo todo me apertando contra seu corpo até sairmos daquele hotel.
Já estava de noite, e a lua branca brilhava em um tom perolado cintilante no céu límpido azul escuro forrado de estrelas que pareciam luzes de enfeites natalinos. Fiquei encantada com a tamanha beleza do céu e pude esquecer por alguns instantes o ocorrido daquele dia. Eu jamais havia visto o céu tão lindo como estava naquela noite.
Caminhamos rápido pela rua e logo estávamos na praia. Bill queria ficar longe daquele hotel o mais rápido possível.
Ele abraçou-me novamente, me aninhando em seu peito, enquanto andávamos pela areia com os passos acelerados. Eu podia ouvir sua respiração alterada no silencio ofuscante quebrado somente pelo som baixo e delicioso do mar se agitando lentamente.
Eu já havia me esquecido do corte longo e fundo do lado direito do meu rosto, até sentir pontadas ardentes vindo do mesmo. Apertei meu rosto contra o peito de Bill e senti as pontadas sumirem como mágica, como se Bill fosse a minha cura para absolutamente tudo.
Bill suspirou e deslizou a mão em minha cintura, me apertando novamente em um abraço seguro.
Eu desejava saber o que estava se passando pela cabeça dele naquele momento. Ele não sabia o motivo de eu ter ido falar com Natalie, nem o porquê de Mike estar por lá, e muito menos por ele ter nos ameaçado de tal maneira. Ele também não fazia idéia de que Mike era marido de Natalie. De qualquer forma, ele não desconfiou de mim, ele parecia mais preocupado em manter-me junto dele sem poupar nenhum segundo, do que com o que havia acabado de acontecer. Isso era bom, era um sinal que ele acreditava em mim toda vez que eu dizia que o amava.
Eu sorri para mim mesma.
Já estávamos na frente do bangalô quando senti outra crise de tontura e meus olhos ameaçarem á escurecer. Lutei contra mim mesma, mas sentia meu corpo falhar inúmeras.
Bill percebeu que eu não estava bem e se desesperou. Eu odiava ver Bill com aquela expressão estranha, que misturava preocupação, desespero, culpa e medo.
Ele me pegou em seu colo e me carregou rapidamente para dentro do bangalô e deitou-me na cama.
- Vou chamar um médico agora! – Bill exibia uma voz claramente preocupada.
- Não! Eu estou bem. É sério! – Tremi só de pensar em médico novamente.
- Não está. Começando pelo corte que provavelmente precisará de pontos. – Bill fuzilou-me com uma repreensão evidente.
Isso estava óbvio. Calculei comigo o que um médico seria capaz de fazer para me torturar, e cheguei á conclusão que como Bill iria o chamar, ele não poderia me torturar o bastante em um bangalô em beira mar.
Abaixei a cabeça me rendendo ao que Bill queria.
Bill caminhou para a sala e passou se alguns segundos e logo pude ouvir-lo ao telefone chamando o torturador. Tremi novamente com essa idéia de médico.
O celular de Bill estava na cabeceira da cama, e me assustei quando ele começou á tremer. O peguei olhando no visor e senti um alivio maior ainda, assim que reconheci o nome em destaque na tela.
Eu podia ouvir a voz de Natalie alterada do outro lado da porta, sua voz estava agressiva e ela parecia estar sob o controle da situação, o que me aliviou por alguns instantes, até um grito alto e agudo soar de dentro do quarto.
Bill passou por mim indo em direção da porta. Ele estava desesperado agora e tentava á todo custo abrir a porta, virando incessantes vezes a maçaneta trancada e batendo fortemente na porta como se fosse a quebrar.
- Bill! Por favor! Isso é problema da Natalie, ela quis resolver sozinha! Ainda mais, a polícia está á caminho! – O repreendi, mas seu olhar para mim era estranho, eu não podia decifrar o que se passava por sua cabeça e ele não fazia idéia do porquê de tudo aquilo. Isso me dava medo.
Olhei incrédula para a porta. Eu queria ir embora o mais rápido possível e afastar Bill do perigo, mas eu estava muito preocupada com Natalie. Ela havia me ajudado, e estava naquela situação por minha causa também, era injusto deixar-la lidar sozinha com aquele monstro, por mais que fosse mais problema dela do que meu.
As mãos de Bill escorregaram na madeira da porta como se estivesse se rendendo ás minhas palavras.
Natalie gritou de novo e ouve um barulho de algo de vidro se espatifando ao chão. Agora eu estava ao lado de Bill, desesperada para abrir a porta, sem sucesso algum, é claro.
A porta era de madeira maciça e não mostrava nenhuma reação á nossos murros.
Escutamos a sirene de carros policiais na rua e olhamos um para o outro com um olhar aliviado e ao mesmo tempo ansioso.
Bill passou sua mão pela minha cintura e me puxou contra seu peito, me apertando em um abraço forte e seguro.
Escutamos passos ágeis se aproximando pelas escadas e o elevador desembarcando três policiais com as armas em punho.
Dois policiais se colocaram ao lado da porta e o outro ordenou-nos que fossemos embora. O que me aliviou mais ainda, mas ao mesmo tempo, eu ainda estava muito preocupada, eu queria ter certeza que Natalie estava bem.
Bill apertou-me com mais força ainda contra seu peito e me carregou junto dele até o elevador. Ele permaneceu o tempo todo me apertando contra seu corpo até sairmos daquele hotel.
Já estava de noite, e a lua branca brilhava em um tom perolado cintilante no céu límpido azul escuro forrado de estrelas que pareciam luzes de enfeites natalinos. Fiquei encantada com a tamanha beleza do céu e pude esquecer por alguns instantes o ocorrido daquele dia. Eu jamais havia visto o céu tão lindo como estava naquela noite.
Caminhamos rápido pela rua e logo estávamos na praia. Bill queria ficar longe daquele hotel o mais rápido possível.
Ele abraçou-me novamente, me aninhando em seu peito, enquanto andávamos pela areia com os passos acelerados. Eu podia ouvir sua respiração alterada no silencio ofuscante quebrado somente pelo som baixo e delicioso do mar se agitando lentamente.
Eu já havia me esquecido do corte longo e fundo do lado direito do meu rosto, até sentir pontadas ardentes vindo do mesmo. Apertei meu rosto contra o peito de Bill e senti as pontadas sumirem como mágica, como se Bill fosse a minha cura para absolutamente tudo.
Bill suspirou e deslizou a mão em minha cintura, me apertando novamente em um abraço seguro.
Eu desejava saber o que estava se passando pela cabeça dele naquele momento. Ele não sabia o motivo de eu ter ido falar com Natalie, nem o porquê de Mike estar por lá, e muito menos por ele ter nos ameaçado de tal maneira. Ele também não fazia idéia de que Mike era marido de Natalie. De qualquer forma, ele não desconfiou de mim, ele parecia mais preocupado em manter-me junto dele sem poupar nenhum segundo, do que com o que havia acabado de acontecer. Isso era bom, era um sinal que ele acreditava em mim toda vez que eu dizia que o amava.
Eu sorri para mim mesma.
Já estávamos na frente do bangalô quando senti outra crise de tontura e meus olhos ameaçarem á escurecer. Lutei contra mim mesma, mas sentia meu corpo falhar inúmeras.
Bill percebeu que eu não estava bem e se desesperou. Eu odiava ver Bill com aquela expressão estranha, que misturava preocupação, desespero, culpa e medo.
Ele me pegou em seu colo e me carregou rapidamente para dentro do bangalô e deitou-me na cama.
- Vou chamar um médico agora! – Bill exibia uma voz claramente preocupada.
- Não! Eu estou bem. É sério! – Tremi só de pensar em médico novamente.
- Não está. Começando pelo corte que provavelmente precisará de pontos. – Bill fuzilou-me com uma repreensão evidente.
Isso estava óbvio. Calculei comigo o que um médico seria capaz de fazer para me torturar, e cheguei á conclusão que como Bill iria o chamar, ele não poderia me torturar o bastante em um bangalô em beira mar.
Abaixei a cabeça me rendendo ao que Bill queria.
Bill caminhou para a sala e passou se alguns segundos e logo pude ouvir-lo ao telefone chamando o torturador. Tremi novamente com essa idéia de médico.
O celular de Bill estava na cabeceira da cama, e me assustei quando ele começou á tremer. O peguei olhando no visor e senti um alivio maior ainda, assim que reconheci o nome em destaque na tela.
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