Quinze minutos. Trinta minutos. Uma hora. Duas horas.
Os minutos pareciam passar rapidamente enquanto eu e Bill jogávamos conversa fora.
Eu contava o porquê que estava na Alemanha e todas minhas experiências na universidade, enquanto ele contava suas aventuras em cada show. Em nenhum momento hesitei em comentar que era fã da banda, isso poderia deixar-lo com uma visão diferente sobre mim.
Tudo aquilo era magnífico, Bill me divertia muito com suas historias, e eu podia sentir que também divertia ele. Isso era bom.
Depois de mais meia hora em estrada, finalmente chegamos a Hamburgo. O hotel que ficaríamos não ficava muito longe agora.
O celular de Bill tocava.
- Alô? – Ele atende. – Olá Kate! Não, estou perto agora. Em cinco minutos estarei ai. – Bill continua respondendo á alguma pergunta fácil de deduzir. – Ok, eu também. – Ele desliga.
Chegamos ao hotel, finalmente. Estava lotado de jovens. Provável que já sabiam quem estaria hospedado no local.
Bill deu a volta com o carro e entrou no estacionamento evitando tumulto. Saímos do carro e ele me ajudou novamente com as malas.
Ao atravessarmos a porta de entrada, o lugar era suntuoso e esplendido. Eu sabia que apenas os melhores estava há minha vista naquele hotel. A sensação de vitória, era por saber que agora seria reconhecida e ainda trabalhando com minha banda preferida, era incrível isso. Sem tirar o prazer de estar ao lado de quem eu amava, de certa forma.
Bill passava pelas pessoas distribuindo sorrisos e olhos simpáticos, enquanto eu esbanjava meu ar virgem do local, Bill estava muito introspectivo. Eu não queria ser olhada como uma idiota que nunca esteve num hotel luxuoso antes, mesmo sendo a minha primeira vez em um.
Entramos no elevador e Bill apertou o botão do terceiro andar.
- Sem chaves? – Perguntei curiosa.
- Temos um andar fechado somente para nós, as chaves estão com os seguranças. Poderá escolher o quarto que quiser. – Bill olhou para mim com um ar de cansaço.
As portas do elevador se abriram.
Cinco seguranças caminhavam de uma ponta á outra no enorme corredor. Confesso que isso me assustava.
Bill caminhava á minha frente levando minhas malas. Eu não sabia a onde ele estava me levando, eu apenas o segui.
Ele cumprimentou um dos seguranças e abriu uma das portas do corredor. Era uma sala enorme.
- Chegamos! – Bill soltou minhas malas e apoiou os braços em sua cintura.
Eu pude ver Tom, com suas tranças perfeitamente caídas ao longo de seu peito coberto pela camisa branca duas vezes maior que ele, Georg com seus cabelos lisos e dourados realçando a cor esmeralda de seus olhos, e Gustav com seu fiel boné preto e os olhos curiosos por trás dos óculos de grau, sentados no sofá, e mais várias pessoas que eu não conhecia, contando com duas mulheres, uma loira não muito bonita aparentando ter quase quarenta anos, e uma morena mais nova e também mais bonita, junto com três homens, um moreno mais velho e também mais baixo, outro mais alto e mais novo e um de cabelos grisalhos, porém mais novo que o primeiro.
Meus olhos brilharam ao encontro da figura dos integrantes da banda, até minha emoção de estar conhecendo todos pessoalmente ser cortada pela mulher morena mais nova que veio correndo ao encontro de Bill, que a recebeu com um abraço terno e logo depois seus lábios se encontraram.
Eu segurava minha bolsa nas mãos, mas a deixei cair pela dormência que senti em toda extensão de meu corpo. Aquilo foi como um golpe certeiro em algo que batia dentro de mim. Minha vontade era de sair correndo naquele momento, seja a onde fosse, e deixar jorrar lagrimas incessaveis de meus olhos, até morrer de angustia.
Mas eu não podia demonstrar nenhum abalo.
Quando deus lábios já não estavam mais em encontro, Bill virou-se sorrindo para mim, que forcei um sorriso não muito convincente.
- Sophie, esta é Kate Adler, minha namorada. – Bill apresentou a mulher que me mediu dos pés á cabeça.
- Olá senhorita Adler, prazer em conhecer-la. – Minha voz falhava em cada palavra.
- O prazer é todo nosso, senhorita Hildebrand. – Kate continuava me medindo com os olhos caramelo não muito convidadivos.
Pelo o que parecia, todos já me conheciam por alí.
- Essa é Sophie Hildebrand, nossa nova maquiadora. – Bill me puxou pelo braço para sua frente e todos me olharam por um momento com sorrisos de boas vindas.
- Seja bem vinda á familia, Sophie! – Tom falou com seu ar informal, o que me deixou totalmente á vontade. Tirando pelo fato de não querer olhar para trás e ter que me deparar com Kate abraçada á cintura de Bill e lembrar da cena que eu havia visto minutos atrás.
- Obrigada. – Respondi sem saber o que dizer.
- Sente-se conosco Sophie! – Georg bateu com a mão no espaço vazio ao seu lado no sofá para que eu me sentasse.
Caminhei em sua direção e sente-me ao lado de Georg e Tom.
Observei Kate e Bill, mesmo desejando permanecer meus olhos longe deles.
- ... Eu disse que não queria mulher novamente. Você é surdo? Eu não quero mulheres nessa equipe sem ser eu e a Sabine. – Kate bronquiava em um tom um pouco alto demais para Bill, que fazia sinal para que ela falasse baixo.
- Não ligue para ela. Terá que se acostumar com a presença dela, assim como todos nós também tivemos. – Tom cochichou para mim.
- Se acostumar? Porque? – Perguntei e Georg me olhou como se o cansasse pensar naquilo.
- Ninguém aqui gosta dela, á não ser o Bill. Ela é ciumenta demais, trata ele como empregado, despreza seus atos e tudo a irrita. Todos aqui sabem que eu e Bill somos inceparaveis, mas depois dela... – Tom deu uma pausa fuzilando Kate com os olhos. – Procuro nem chegar perto de Bill. – Tom finalizou a frase, chochichando ainda mais baixo.
- Cansamos de dizer para Bill que ele merece algo melhor... mas sabe, ele procurou tanto pela “alma gemea” e quando finalmente resolveu se relacionar com alguem, foi justo com a pessoa errada, e essa pessoa errada o deixou completamente cego. – Georg chochichou para mim também.
- É como eu digo... Bill escolheu, escolheu, e acabou sendo escolhido. – Tom concluiu.
- Isso é terrível. – Falei olhando para Tom e depois para Georg.
- O duro é ver que ele não está feliz como desejava estar, mas ele acredita que está feliz apenas por ter alguém com ele. – Gustav apoiou-se na perna de Georg para chochichar para mim.
- Ok, isso é mais do que terrível. – Falei para Gustav. – E a ultima maquiadora, o que aconteceu com ela? – Perguntei e Gustav voltou a sentar-se no sofá sem responder.
Procurei a resposta no rosto de Tom que ainda fuzilava Kate.
- Ela não aguentou mais e desistiu do cargo. – Tom falou em um tom de voz normal agora.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
So Closer Cap. 5 - Inesperado
Oito e meia da manhã, e lá estava eu, sentada no sofá perto da porta com minhas malas ao meu lado.
A ansiedade estava tão incontida dentro de mim que eu não havia nem se quer conseguido tomar café da manhã.
Eu olhava no relógio que parecia arrastar o ponteiro por cada número, lentamente. Tentei me acalmar repassando cada item de minha mala em minha cabeça para ter certeza de que não havia esquecido nada, mas me deixei perder a mente em algo muito mais interessante.
Aqueles olhos, aquelas mãos, aquele sorriso. Tão nítido ainda em minha mente, e fazia me sentir em uma tempestade de neve por dentro, só de pensar que veria tudo àquilo novamente.
Batidas na porta.
Meus olhos correram para o relógio novamente. Eram nove horas em ponto.
Levantei-me desnorteada com urgência para abrir a porta.
- Bom dia, senhorita Hildebrand! – A figura inesperada surgiu com um sorriso largo e divertido quando abri a porta, me causando um susto tão grande que comecei a rir em vez de ficar em choque.
- Bill! Meu Deus... desculpe. Bom dia senhor Kaulitz. – Me recompuz sem fôlego.
- Eu não esperava te assustar. – Bill riu também. Uma risada deliciosa de se ouvir.
- Desculpe novamente. Eu esperava um staff e não o próprio Bill Kaulitz em minha porta. Isso foi bem inesperado. – Brinquei.
- Ok, estará desculpada se me deixar ajudar-la a descer com as malas até o carro. – Bill apoiou um dos braços no batente da porta, me olhando através de seu óculos escuros.
- Claro, por favor. – Falei dando espaço para que ele entrasse em meu apartamento.
Bill hoje usava outro capuz, mas este era preto. Seus óculos escuros fiéis quando ele não usava maquiagem, e uma jaqueta preta de couro sintético criando contraste com sua calça jeans escura. Sempre muito elegante, não importava que ocasião.
Bill direcionou-se até minhas malas e pegou uma delas com facilidade. Eu me perdi na imagem. Nunca havia imaginado que um dia teria Bill Kaulitz em meu apartamento. Há dois dias atrás estava eu sentada em minha escrivaninha do escritório fazendo um esboço de seu rosto no papel, sem a nenhuma esperança de um dia se quer chegar perto dele, e hoje estava ele em minha sala, segurando minha mala.
O destino realmente era imprevisivel e irônico.
- Vamos? – Bill sorriu e eu sorri de volta pegando minha outra mala e uma bolsa com meus pertences mais importantes.
Dei uma ultima olhada em meu apartamento antes de trancar a porta e direcionar-me até o elevador junto de Bill.
O elevador já estava subindo para o andar que estavamos e quando as portas abriram, me deparei com Dirk que me olhou animado e perdeu a animaçao no mesmo instante em que avistou as malas e Bill ao meu lado.
- Bom dia Sophie. – Dirk quebrou a formalidade normal que os alemães tinham em se direcionar ás pessoas pelo sobrenome e olhou sério para Bill.
- Bom dia Dirk.- Manti a mesma linha de informalidade do rapaz e Bill me olhou sem entender o olhar do mesmo.
Dirk saiu do elevador e nós dois entramos nele. Dirk jogou um ultimo olhar estranho para Bill.
- Até mais. – Falei quebrando a tenção e ele sorriu por um momento até as portas do elevador se fecharem.
- Qual era o problema dele? – Bill perguntava enquanto arrumava os óculos no rosto.
- Eu não sei. Eu conheci ele ontem, não sei o que se passa com ele. – Respondi mais confusa do que Bill.
- Eu senti que ele não gostou muito de ver você com malas e um rapaz junto. – Bill riu.
- Que bobagem, eu conheci ele ontem! – Respondi rindo junto com Bill.
O elevador parou no estacionamento. Bill me guiou até um Audi A1 cinza, e pegou minha outra mala, novamente com uma facilidade incrivel, e as colocou dentro do porta-malas.
Ele foi um legitimo cavaleiro, abrindo a porta para mim do carro e entrando no mesmo logo em seguida.
- Pronta? A viagem será um pouco longa. – Bill ligou o carro sem ouvir minha resposta.
Bill dirigia elegantemente, era impossivel não admirar-lo com os olhos perdidos na estrada e as mãos levemente pousadas sobre o volante.
- Todos já estão em Hamburgo? – Quebrei o silêncio.
- Sim. Foram cedo de avião, o Tom não tem muita paciência para pegar estrada. Apenas faltam nós dois. – Bill respondeu enquanto parava o carro em um farol vermelho.
- Não teria sido mais confortável e menos estressante se tivesse ido de avião junto com todos? - Perguntei sem tirar os olhos dele em nenhum momento.
- Sim, teria. Mas preferi ir de carro com minha maquiadora para ter a chance de conhecer-la melhor durante a viagem. – Bill respondia enquanto me olhou com um sorriso por um momento até o farol ficar verde.
A ansiedade estava tão incontida dentro de mim que eu não havia nem se quer conseguido tomar café da manhã.
Eu olhava no relógio que parecia arrastar o ponteiro por cada número, lentamente. Tentei me acalmar repassando cada item de minha mala em minha cabeça para ter certeza de que não havia esquecido nada, mas me deixei perder a mente em algo muito mais interessante.
Aqueles olhos, aquelas mãos, aquele sorriso. Tão nítido ainda em minha mente, e fazia me sentir em uma tempestade de neve por dentro, só de pensar que veria tudo àquilo novamente.
Batidas na porta.
Meus olhos correram para o relógio novamente. Eram nove horas em ponto.
Levantei-me desnorteada com urgência para abrir a porta.
- Bom dia, senhorita Hildebrand! – A figura inesperada surgiu com um sorriso largo e divertido quando abri a porta, me causando um susto tão grande que comecei a rir em vez de ficar em choque.
- Bill! Meu Deus... desculpe. Bom dia senhor Kaulitz. – Me recompuz sem fôlego.
- Eu não esperava te assustar. – Bill riu também. Uma risada deliciosa de se ouvir.
- Desculpe novamente. Eu esperava um staff e não o próprio Bill Kaulitz em minha porta. Isso foi bem inesperado. – Brinquei.
- Ok, estará desculpada se me deixar ajudar-la a descer com as malas até o carro. – Bill apoiou um dos braços no batente da porta, me olhando através de seu óculos escuros.
- Claro, por favor. – Falei dando espaço para que ele entrasse em meu apartamento.
Bill hoje usava outro capuz, mas este era preto. Seus óculos escuros fiéis quando ele não usava maquiagem, e uma jaqueta preta de couro sintético criando contraste com sua calça jeans escura. Sempre muito elegante, não importava que ocasião.
Bill direcionou-se até minhas malas e pegou uma delas com facilidade. Eu me perdi na imagem. Nunca havia imaginado que um dia teria Bill Kaulitz em meu apartamento. Há dois dias atrás estava eu sentada em minha escrivaninha do escritório fazendo um esboço de seu rosto no papel, sem a nenhuma esperança de um dia se quer chegar perto dele, e hoje estava ele em minha sala, segurando minha mala.
O destino realmente era imprevisivel e irônico.
- Vamos? – Bill sorriu e eu sorri de volta pegando minha outra mala e uma bolsa com meus pertences mais importantes.
Dei uma ultima olhada em meu apartamento antes de trancar a porta e direcionar-me até o elevador junto de Bill.
O elevador já estava subindo para o andar que estavamos e quando as portas abriram, me deparei com Dirk que me olhou animado e perdeu a animaçao no mesmo instante em que avistou as malas e Bill ao meu lado.
- Bom dia Sophie. – Dirk quebrou a formalidade normal que os alemães tinham em se direcionar ás pessoas pelo sobrenome e olhou sério para Bill.
- Bom dia Dirk.- Manti a mesma linha de informalidade do rapaz e Bill me olhou sem entender o olhar do mesmo.
Dirk saiu do elevador e nós dois entramos nele. Dirk jogou um ultimo olhar estranho para Bill.
- Até mais. – Falei quebrando a tenção e ele sorriu por um momento até as portas do elevador se fecharem.
- Qual era o problema dele? – Bill perguntava enquanto arrumava os óculos no rosto.
- Eu não sei. Eu conheci ele ontem, não sei o que se passa com ele. – Respondi mais confusa do que Bill.
- Eu senti que ele não gostou muito de ver você com malas e um rapaz junto. – Bill riu.
- Que bobagem, eu conheci ele ontem! – Respondi rindo junto com Bill.
O elevador parou no estacionamento. Bill me guiou até um Audi A1 cinza, e pegou minha outra mala, novamente com uma facilidade incrivel, e as colocou dentro do porta-malas.
Ele foi um legitimo cavaleiro, abrindo a porta para mim do carro e entrando no mesmo logo em seguida.
- Pronta? A viagem será um pouco longa. – Bill ligou o carro sem ouvir minha resposta.
Bill dirigia elegantemente, era impossivel não admirar-lo com os olhos perdidos na estrada e as mãos levemente pousadas sobre o volante.
- Todos já estão em Hamburgo? – Quebrei o silêncio.
- Sim. Foram cedo de avião, o Tom não tem muita paciência para pegar estrada. Apenas faltam nós dois. – Bill respondeu enquanto parava o carro em um farol vermelho.
- Não teria sido mais confortável e menos estressante se tivesse ido de avião junto com todos? - Perguntei sem tirar os olhos dele em nenhum momento.
- Sim, teria. Mas preferi ir de carro com minha maquiadora para ter a chance de conhecer-la melhor durante a viagem. – Bill respondia enquanto me olhou com um sorriso por um momento até o farol ficar verde.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
So Closer Cap. 4 - Despedidas
Fiquei por tempo suficiente ali parada para todas as pessoas em volta me encararem como se eu fosse louca ou algo parecido.
Disfarcei pegando minha pasta e saindo ignorando completamente os olhares indesejados.
Senti meu celular vibrar no bolso da calça.
- Alô? – Atendi já deduzindo quem seria.
- Soph, aonde você está? Liguei como uma louca em sua casa! – Anne falava gritando ao celular, como de costume.
- Tive uma reunião de negócios. Boas notícias, esse é o melhor emprego que eu poderia ser contratada! – Falei sorrindo ao celular enquanto entrava em meu carro e colocava a pasta no porta-luvas.
- Essa é minha garota! Eu preciso de mais detalhes, podemos sair essa noite? – Anne continuava em seu tom de voz normal, elevado.
- Eu acho melhor não, Anne. Devo me preparar para o trabalho de amanhã. – Respondi enquanto ligava o carro.
- Ótimo. Ás nove horas eu estarei em seu apartamento então, junto com Monica. Até mais tarde Soph. – Anne se despediu e logo desligou o telefone sem ao menos me deixar pronunciar uma única palavra. Isso era típico dela.
Anne era minha melhor amiga. Eu havia a conhecido em meus primeiros dias na faculdade. Como eu era a estrangeira da turma, a maioria me olhava como se eu fosse uma atração de circo, mas com Anne foi diferente. Ela havia se aproximado de mim com a maior naturalidade e me carregava á todo lugar que ela se dirigia. Por causa de Anne eu havia conhecido diversas pessoas, hoje meus amigos também, como Klaus, Helene, Hans e Monica. Eles eram a minha família naquela imensa Alemanha.
O transito estava ótimo, ao contrario de antes. Peguei poucos sinais fechados e logo eu estava de volta á meu apartamento.
Eu sentia uma ansiedade tão grande dentro de mim que eu poderia sair saltitando em pleno estacionamento do prédio e colocar para fora todos os gritos que eu havia repreendido naquele momento em que vi Bill Kaulitz em minha frente. Mas tudo que eu fiz foi sorrir para mim mesma como uma completa idiota, sem conseguir acreditar no que havia acontecido.
Caminhei até o elevador com minha pasta nos braços, completamente boba perdida em meus sorrisos difíceis de serem contidos.
Entrei no elevador e apertei o botão do sétimo andar.
O elevador subiu dois andares e parou. Um rapaz entrou nele dividindo o espaço comigo.
- Sophie Hildebrand, certo?! – O rapaz rompeu o silêncio.
- Sim... – Olhei assustada para o rapaz que eu jamais vira em minha vida.
Ele era um jovem rapaz bonito, uma pele muito branca típica alemã, cabelos castanhos lisos e olhos em um bege esverdeado.
- Prazer, meu nome é Dirk Heiselmann. Sou seu vizinho á cinco anos. – Dirk sorriu simpático.
- Prazer senhor Heiselmann. Desculpe-me não ter o notado antes, sabe, não costumo ficar muito em meu apartamento. – Falei retribuindo o sorriso encantador do rapaz.
- Tudo bem, não se preocupe. – Ele deu de ombros e abaixou os olhos, sorrindo ainda.
O elevador parou em nosso andar e eu me direcionei á meu apartamento. Dirk morava exatamente ao meu lado.
- Até mais vizinha. – Dirk brincou antes de entrar em seu apartamento.
Eu apenas sorri para ele e entrei no meu também.
Joguei minha pasta em cima da mesa e encarei o relógio que marcava quatro horas da tarde.
Eu não sabia se deveria pensar em como me vestiria e me arrumaria no amanhã. Não era um encontro, era apenas meu trabalho.
Sentei-me no sofá, imóvel, eu estava perdida em imagens nítidas que se passavam em minha mente, como se eu estivesse revendo a melhor parte de um filme, inúmeras vezes.
Seu sorriso, seus olhos, suas mãos. Tudo, exatamente tudo, era inacreditável. Meu mundo parou naquele momento em que me deparei com ele, e tudo que eu sabia fazer agora era continuar naquele momento.
O telefone tocou.
Levantei-me desnorteada, como se tivesse acabado de acordar de um sono profundo, e corri em direção do telefone o atendendo de imediato.
- Sim? – Atendi ansiosa.
- Senhorita Hildebrand? Boa tarde! Creio que lembre-se de mim. Sou o Benjamin Ebel. – O rapaz da voz profissional ditava uma frase agora com simpatia, sem tanto profissionalismo.
- Boa tarde senhor Ebel! É claro que lembro do senhor. – Sorri enquanto perdia o fôlego de tanta ansiedade.
- Isso é ótimo! Fiquei feliz por Bill ter encontrado uma profissional como você. Ele realmente está animado. – Ebel falava com tanta simpatia que se podia deduzir que ele sorria ao telefone.
- Eu também estou muito animada. Devo agradecer-lo pela incrível proposta. – Falei puxando ar que quase não existia em meus pulmões.
- Não agradeça. – Ele riu – Arrume suas malas, amanhã estaremos indo para Hamburgo. Como você deve ter lido no contrato, você não terá moradia fixa a partir de amanhã, claro, irá estar viajando direto com a banda. Ás nove da manhã mandaremos um dos staffs te buscar para ajudar com as malas. Como dito no contrato, custos extras, como viagens, hospedagens de hotel e entre outros, não serão inclusos em seu salário, é tudo por conta dos managers, ok?! – Ebel fez questão de explicar o que havia no contrato, algo que eu não havia lido por culpa de alguém á minha frente que tirava completamente minha atenção naquele momento.
- Ok. Até amanhã então senhor Ebel. – Falei enquanto respirava fundo.
- Até amanhã senhorita Hildebrand. – Ebel desligou, sem mais.
Olhei em toda a extensão de meu apartamento. Eu iria embora de daquele lugar, amanhã.
Sim, eu iria voltar nas férias talvez, porém era tão triste ter que deixar aquela conquista de meu apartamento próprio. Deixar meus amigos, aqueles que me acolheram quando eu era tão sozinha em outro mundo. Deixar Anne, minha melhor amiga, minha base de tudo naquele novo sonho.
Não era a primeira vez em que eu deixara metade de mim em um lugar para ir atrás de um sonho. De metade em metade, um dia eu iria acabar vazia. Mas, quanto custaria esse sonho? Eu estava decidida pagar para ver.
Peguei minha mala que estava em baixo da cama e a abri.
Aquilo era tudo o que eu queria, mas, era tão receoso ter que deixar tudo novamente para trás.
Comecei a pegar minhas roupas de dentro do guarda-roupa e as colocar dentro da mala.
Horas se passaram enquanto eu arrumava minha mala, quando a campainha tocou.
- Soph! – Anne e Monica me abraçavam histéricamente quando abri a porta.
Elas tinham nas mãos uma caixa de pizza e refrigerantes.
Nos sentamos no sofá da sala para comermos. Era justo eu ter pelo menos aquela noite com elas, já que não iria ver o resto de meus amigos por algum tempo.
- Soph, conte-nos, como é esse novo emprego? – Monica comia uma fatia de pizza.
- Eu vou ir para Hamburgo amanhã... – Comecei pela pior parte e Monica engasgou com a pizza enquanto Anne arregavala os olhos.
- Não! Você não vai! Que tipo de trabalho é esse? É tão bom assim? – Anne levatou-se irritada.
- Anne... é com o Bill Kaulitz! – Falei alto cubrindo a voz de Anne, que no mesmo instante setou-se no sofá me olhando em choque.
- Bill? Como assim? O Bill do Tokio Hotel? Aquele estampado em todos seus desenhos? – Monica desistiu de seu pedaço de pizza e me olhava fixamente agora.
- Sim, ele mesmo. Ele me contratou para ser sua maquiadora. Vou precisar viajar direto com a banda por conta disso. O salário é bom, mas isso é de menos, o importante é com quem vou trabalhar. – Parei de falar e Anne e Monica não hesitaram em dizer mais nada. – Me dói ter que deixar vocês, ter que deixar tudo isso... – Continuei e Anne me interrompeu.
- Mas você deve ir. Voce terá férias também, certo?! Poderá voltar para nos ver, mas você tem que ir. Nunca mais em sua vida você terá outra chance como essa, se é que você me entende. – Anne falava e Monica apenas concordava com a cabeça.
- Eu sei. Vou sentir a falta de vocês. – Senti meus olhos mergulharem em lágrimas e ambas me abraçaram também em lágrimas.
Disfarcei pegando minha pasta e saindo ignorando completamente os olhares indesejados.
Senti meu celular vibrar no bolso da calça.
- Alô? – Atendi já deduzindo quem seria.
- Soph, aonde você está? Liguei como uma louca em sua casa! – Anne falava gritando ao celular, como de costume.
- Tive uma reunião de negócios. Boas notícias, esse é o melhor emprego que eu poderia ser contratada! – Falei sorrindo ao celular enquanto entrava em meu carro e colocava a pasta no porta-luvas.
- Essa é minha garota! Eu preciso de mais detalhes, podemos sair essa noite? – Anne continuava em seu tom de voz normal, elevado.
- Eu acho melhor não, Anne. Devo me preparar para o trabalho de amanhã. – Respondi enquanto ligava o carro.
- Ótimo. Ás nove horas eu estarei em seu apartamento então, junto com Monica. Até mais tarde Soph. – Anne se despediu e logo desligou o telefone sem ao menos me deixar pronunciar uma única palavra. Isso era típico dela.
Anne era minha melhor amiga. Eu havia a conhecido em meus primeiros dias na faculdade. Como eu era a estrangeira da turma, a maioria me olhava como se eu fosse uma atração de circo, mas com Anne foi diferente. Ela havia se aproximado de mim com a maior naturalidade e me carregava á todo lugar que ela se dirigia. Por causa de Anne eu havia conhecido diversas pessoas, hoje meus amigos também, como Klaus, Helene, Hans e Monica. Eles eram a minha família naquela imensa Alemanha.
O transito estava ótimo, ao contrario de antes. Peguei poucos sinais fechados e logo eu estava de volta á meu apartamento.
Eu sentia uma ansiedade tão grande dentro de mim que eu poderia sair saltitando em pleno estacionamento do prédio e colocar para fora todos os gritos que eu havia repreendido naquele momento em que vi Bill Kaulitz em minha frente. Mas tudo que eu fiz foi sorrir para mim mesma como uma completa idiota, sem conseguir acreditar no que havia acontecido.
Caminhei até o elevador com minha pasta nos braços, completamente boba perdida em meus sorrisos difíceis de serem contidos.
Entrei no elevador e apertei o botão do sétimo andar.
O elevador subiu dois andares e parou. Um rapaz entrou nele dividindo o espaço comigo.
- Sophie Hildebrand, certo?! – O rapaz rompeu o silêncio.
- Sim... – Olhei assustada para o rapaz que eu jamais vira em minha vida.
Ele era um jovem rapaz bonito, uma pele muito branca típica alemã, cabelos castanhos lisos e olhos em um bege esverdeado.
- Prazer, meu nome é Dirk Heiselmann. Sou seu vizinho á cinco anos. – Dirk sorriu simpático.
- Prazer senhor Heiselmann. Desculpe-me não ter o notado antes, sabe, não costumo ficar muito em meu apartamento. – Falei retribuindo o sorriso encantador do rapaz.
- Tudo bem, não se preocupe. – Ele deu de ombros e abaixou os olhos, sorrindo ainda.
O elevador parou em nosso andar e eu me direcionei á meu apartamento. Dirk morava exatamente ao meu lado.
- Até mais vizinha. – Dirk brincou antes de entrar em seu apartamento.
Eu apenas sorri para ele e entrei no meu também.
Joguei minha pasta em cima da mesa e encarei o relógio que marcava quatro horas da tarde.
Eu não sabia se deveria pensar em como me vestiria e me arrumaria no amanhã. Não era um encontro, era apenas meu trabalho.
Sentei-me no sofá, imóvel, eu estava perdida em imagens nítidas que se passavam em minha mente, como se eu estivesse revendo a melhor parte de um filme, inúmeras vezes.
Seu sorriso, seus olhos, suas mãos. Tudo, exatamente tudo, era inacreditável. Meu mundo parou naquele momento em que me deparei com ele, e tudo que eu sabia fazer agora era continuar naquele momento.
O telefone tocou.
Levantei-me desnorteada, como se tivesse acabado de acordar de um sono profundo, e corri em direção do telefone o atendendo de imediato.
- Sim? – Atendi ansiosa.
- Senhorita Hildebrand? Boa tarde! Creio que lembre-se de mim. Sou o Benjamin Ebel. – O rapaz da voz profissional ditava uma frase agora com simpatia, sem tanto profissionalismo.
- Boa tarde senhor Ebel! É claro que lembro do senhor. – Sorri enquanto perdia o fôlego de tanta ansiedade.
- Isso é ótimo! Fiquei feliz por Bill ter encontrado uma profissional como você. Ele realmente está animado. – Ebel falava com tanta simpatia que se podia deduzir que ele sorria ao telefone.
- Eu também estou muito animada. Devo agradecer-lo pela incrível proposta. – Falei puxando ar que quase não existia em meus pulmões.
- Não agradeça. – Ele riu – Arrume suas malas, amanhã estaremos indo para Hamburgo. Como você deve ter lido no contrato, você não terá moradia fixa a partir de amanhã, claro, irá estar viajando direto com a banda. Ás nove da manhã mandaremos um dos staffs te buscar para ajudar com as malas. Como dito no contrato, custos extras, como viagens, hospedagens de hotel e entre outros, não serão inclusos em seu salário, é tudo por conta dos managers, ok?! – Ebel fez questão de explicar o que havia no contrato, algo que eu não havia lido por culpa de alguém á minha frente que tirava completamente minha atenção naquele momento.
- Ok. Até amanhã então senhor Ebel. – Falei enquanto respirava fundo.
- Até amanhã senhorita Hildebrand. – Ebel desligou, sem mais.
Olhei em toda a extensão de meu apartamento. Eu iria embora de daquele lugar, amanhã.
Sim, eu iria voltar nas férias talvez, porém era tão triste ter que deixar aquela conquista de meu apartamento próprio. Deixar meus amigos, aqueles que me acolheram quando eu era tão sozinha em outro mundo. Deixar Anne, minha melhor amiga, minha base de tudo naquele novo sonho.
Não era a primeira vez em que eu deixara metade de mim em um lugar para ir atrás de um sonho. De metade em metade, um dia eu iria acabar vazia. Mas, quanto custaria esse sonho? Eu estava decidida pagar para ver.
Peguei minha mala que estava em baixo da cama e a abri.
Aquilo era tudo o que eu queria, mas, era tão receoso ter que deixar tudo novamente para trás.
Comecei a pegar minhas roupas de dentro do guarda-roupa e as colocar dentro da mala.
Horas se passaram enquanto eu arrumava minha mala, quando a campainha tocou.
- Soph! – Anne e Monica me abraçavam histéricamente quando abri a porta.
Elas tinham nas mãos uma caixa de pizza e refrigerantes.
Nos sentamos no sofá da sala para comermos. Era justo eu ter pelo menos aquela noite com elas, já que não iria ver o resto de meus amigos por algum tempo.
- Soph, conte-nos, como é esse novo emprego? – Monica comia uma fatia de pizza.
- Eu vou ir para Hamburgo amanhã... – Comecei pela pior parte e Monica engasgou com a pizza enquanto Anne arregavala os olhos.
- Não! Você não vai! Que tipo de trabalho é esse? É tão bom assim? – Anne levatou-se irritada.
- Anne... é com o Bill Kaulitz! – Falei alto cubrindo a voz de Anne, que no mesmo instante setou-se no sofá me olhando em choque.
- Bill? Como assim? O Bill do Tokio Hotel? Aquele estampado em todos seus desenhos? – Monica desistiu de seu pedaço de pizza e me olhava fixamente agora.
- Sim, ele mesmo. Ele me contratou para ser sua maquiadora. Vou precisar viajar direto com a banda por conta disso. O salário é bom, mas isso é de menos, o importante é com quem vou trabalhar. – Parei de falar e Anne e Monica não hesitaram em dizer mais nada. – Me dói ter que deixar vocês, ter que deixar tudo isso... – Continuei e Anne me interrompeu.
- Mas você deve ir. Voce terá férias também, certo?! Poderá voltar para nos ver, mas você tem que ir. Nunca mais em sua vida você terá outra chance como essa, se é que você me entende. – Anne falava e Monica apenas concordava com a cabeça.
- Eu sei. Vou sentir a falta de vocês. – Senti meus olhos mergulharem em lágrimas e ambas me abraçaram também em lágrimas.
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