Acordei pela manhã com o brilho forte do sol. O dia estava maravilhoso e o frio havia amenizado. Eu ainda estava envolvida nos braços de Bill que dormia na mais pura serenidade com o peito nu amostra.
Se o dia passado já havia sido perfeito pelo grande presente que agora crescia dentro de mim, a noite havia sido mais perfeita ainda. O que se comparava ás caricias excitantes, o corpo quente delicioso e os beijos saborosos de Bill? O céu passava bem longe disso.
Ele estava feliz, eu podia ler isso em seus olhos puros e profundos no castanho mais açucarado do mundo. E isso que me importava realmente.
E o segredinho de Bill? Eu estava ansiosa para saber o que era. Não mais do que nervosa com o fato de conhecer Dona Simone. Ela me parecia ser uma grande mulher, seus filhos eram seu reflexo, lógico. Mas eu estava com medo de ela não gostar de mim ou achar meio absoleta a idéia de ter um filho agora e me ver como uma irresponsável... lógico que nesse caso eu não seria a única a levar a culpa, pois eu não teria engravidado sozinha.
Tentei levantar-me, mas o braço de Bill me apertava contra seu peito de uma forma impossível de escapar.
- Não irá escapar de mim tão cedo. – Bill murmurou com sua voz de veludo ainda com os olhos fechados e abrindo um sorriso irresistível.
- Pode ficar tranqüilo, nunca irei planejar isso. – Me rendi á seus braços.
A manhã foi maravilhosa, tivemos um café da manhã calmo e relaxante e depois voltamos para o quarto para nos arrumarmos. Bill que já era super protetor, agora havia se tornado cinco vezes pior. Era engraçado ver-lo tão preocupado comigo, apesar de parecer bobo, eu gostava.
Como o tempo estava ajudando, coloquei um vestido branco rodado de renda e prendi minha franja no alto na cabeça, deixando meus cabelos soltos como Bill gostava. Eu queria transparecer o máximo ser uma garota digna de ser aprovada pela sogra mais rígida já existente. Apesar de nada disso me parecer com a personalidade de Simone.
Bill estava magnífico como sempre em seus trajes de couro preto e apertados modelando seu corpo como uma luva.
Saímos do hotel e caminhamos até um Audi Q7 preto estacionado ao lado do hotel. A movimentação na rua era pouca, e nossa presença não foi notada, o que era bom.
Bill sentou-se no banco do motorista e eu sentei no banco do carona.
Olhei para os bancos de trás do carro procurando por seguranças, mas não os encontrei.
- Sim, estamos sozinhos. – Bill sorriu e ligou o carro.
Confesso que me dava um pouco de medo sair sozinha com Bill sem seguranças, mas ao mesmo tempo era prazeroso. Era como se fossemos um casal comum.
Bill dirigia cautelosamente, o carro parecia flutuar no asfalto liso da estrada e era delicioso observar-lo enquanto dirigia, a forma que ele se apoiava com o braço na janela do carro em cada parada no farol, a maneira como ele deslizava as mãos pelo volante, seus olhos atentos na estrada, seu corpo relaxado no banco e a cada minuto ele molhava os lábios com a ponta da língua.
Quando finalmente consegui desviar minha atenção de Bill para a estrada, percebi que estávamos em uma estrada deserta rodeada de arvores e vários outros tipos de vegetação. Tudo alí era muito verde e o ar era puro e úmido. Me fez lembrar de relance imagens do meu sonho com aquela garotinha com as feições perfeitas de Bill.
Em certo ponto da estrada, iniciou-se um muro alto que tampava totalmente a visão para o que ele protegia, e seguiu-se assim por quase um quarteirão, até chegarmos a um portão alto de ferro, do mesmo tamanho do muro, onde Bill entrou com o carro.
Naquele momento eu tinha quase certeza que havia morrido e estava entrando no céu. Era difícil de comparar aquela casa com algo já existente. Eu me senti em um conto de fadas.
Havia um jardim enorme que se expandia por todo o terreno, com uma grama verde clara e de aparencia macia, e vários arbustos e arvores dando um toque de paz ao local. Logo depois desse jardim magnífico, a casa era monstruosa de tão linda.
Ela era em um branco perfeito com detalhes em vermelho destacando as janelas e portas, e os telhados triangulares davam um toque típico alemão magnífico. Não me preocupei em contar quantas janelas havia naquela casa, era perda de tempo, havia muitas. E a Porta de entrada era um sonho com as colunas brancas medievais e uma escadaria em mármore cinza.
- Chegamos! – Bill tocou meu ombro e riu.
Eu não havia percebido, mas Bill já havia estacionado o carro e eu estava maravilhada demais com tudo aquilo para prestar atenção nisso.
Descemos do carro e uma brisa fresca soprou me fazendo sentir frio. Bill me abraçou procurando me esquentar e caminhamos até a escadaria.
Eu me sentia uma formiga em uma terra de gigantes. Era um palácio aquela casa, um castelo retirado de algum conto de fadas.
Bill levou a mão na maçaneta dourada da porta e a abriu.
O hall de entrada era a pura perfeição em branco, fazia até mesmo os olhos doerem.
O chão de mármore branco agora se estendia por todas as partes, e uma escadaria cortava o local, com detalhes em madeira escura. O sol entrava pelas janelas grandes e iluminava o ambiente por completo. Era realmente um paraíso.
- Procure não se perder por aqui. – Bill riu e beijou o alto de minha cabeça.
Pelo o que parecia, isso era bem fácil de acontecer naquela casa.
- Filho! Já chegou? Mas que maravilha! – Uma voz doce feminina ecoa pelo ambiente e Bill virou-se no mesmo instante.
Uma mulher esbelta vestindo um vestido azul claro, com os cabelos curto loiro claro e os olhos castanhos exatamente como os de Bill, veio em nossa direção com os braços abertos e um sorriso doce.
Bill caminhou em sua direção e a abraçou fortemente por um longo tempo.
- Mãe, essa é a Samantha! – Bill falou enquanto a puxava pela mão em minha direção.
- Samantha? Finalmente estou a conhecendo! A famosa Samantha que tanto escuto falar! Estava ansiosa para te conhecer, e fico feliz por isso. – Simone me abraçou calorosamente enquanto falava com sua voz doce e delicada.
- Feliz estou eu por conhecer a senhora. – Sorri para ela.
- Senhora não, por favor. Não estou tão velha assim, não acha? – Simone riu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.
Ela era encantadora.
- Bill, ela é tão linda e meiga. Fez uma ótima escolha. – Simone segurou minhas mãos enquanto sorria para mim.
Que ótimo, ela havia gostado de mim, isso era bom.
Caminhamos pela casa conversando e os dois me mostraram cada cômodo, tudo era muito grande e magnífico. Conheci os cachorros de Bill e Tom, ambos eram lindos e brincalhões, e obviamente gostaram de mim, fui recebida por eles com lambidas e abanadas de rabo.
Eu estava ansiosa para conhecer Gordon também, mas ele estava viajando. Eu podia ver nos olhos de Simone o quanto ela o amava toda vez que ela pronunciava o seu nome. Isso era maravilhoso.
Estávamos andando pelo jardim quando Bill resolveu dar a noticia para ela.
- Mãe, você será avó. – Bill me abraçou no mesmo instante.
Simone parou de andar e nos olhou por alguns segundos.
- Já estão pensando em ter filhos? – Seus olhos agora brilhavam.
- Não estamos pensando. Vamos ter um. – Bill a corrigiu.
Simone abriu um sorriso maravilhoso e abraçou Bill e depois a mim, com os olhos marejados.
- Meu deus! Que maravilhoso! Eu serei avó! – Sua alegria era totalmente visível, ela quase que dava pulinhos enquanto secava as lagrimas que teimavam em querer escorrer pelo seu rosto rosado.
Eu esperava que ela desse algum tipo de sermão ou nos desse uma bronca... mas pelo o contrário, ela adorou.
- Que lindo presente. Uma nora tão maravilhosa e ainda um neto que com certeza será também. – Simone alisava minha barriga com um sorriso lindo no rosto.
Como eu poderia chamar-la de sogra, já que dito cujo nome era significado de desprezo e irreverência? Ela era maravilhosa! Lembrava-me muito minha mãe... minha mãe que nunca mais reencontrei desde aquele dia. Que saudades.
Simone então resolveu deixar-nos á sós e ir telefonar para Gordon e contar a novidade. Ela realmente estava muito feliz.
Finalmente, agora eu podia perguntar para Bill sobre seu segredinho, a curiosidade estava me matando, mas algo me impedia de perguntar, eu queria que ele contasse sem eu precisar lembrar-lo.
Sentamos em um banco em baixo de uma arvore em seu jardim e Bill me aninhou em seu peito.
- O que achou de minha mãe? – Bill quebrou o silêncio.
- Maravilhosa! Ela é um doce, eu realmente gostei dela. – Respondi enquanto brincava com os anéis de seus dedos.
- Que ótimo! Ela realmente gostou de você também, estava bem visível isso. – Bill sorriu.
Tudo naquele jardim me maravilhava ainda. Eu me sentia em um paraíso, tudo era surreal, desde a parte de eu estar com Bill, até a folhagem da grama.
- Samy, você pode me dar a oportunidade de realmente ter-la para sempre? – Bill começou novamente. Algo me dizia que tinha algo relacionado á seu segredinho.
- Eu sempre serei sua. – Respondi.
- Então, se case comigo?
quinta-feira, 3 de junho de 2010
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Eu acho que já falei que está:
ResponderExcluirPerfeito;
Impecável;
Majestoso;
Incomparável;
E muitas outras coisas...
Mas casa Cap. parece ser a junção de tudo isso e ainda por cima intensificada *o*'
Adorei.
#JuroQueChorei
-Então, se case comigo?
O.M.G *-*
~Ceh!~