quarta-feira, 17 de março de 2010

Para sempre você - cap. 62

Várias pessoas passaram pela minha cabeça. Seria a minha mãe? Meu pai? Nanda? Tom? Eu realmente não sabia a origem daquele número.
- Alô? – Atendi curiosa.
- Creio que você lembre-se de mim. – Uma voz grossa recitou as palavras. Busquei a voz pela minha cabeça tentando identificar-la.
Mike! Sim era ele!
- Como conseguiu meu número? – Perguntei assustada enquanto olhava para Bill que estava parado á minha frente de braços cruzados me olhando com curiosidade.
- Não importa. Poupe suas perguntas tolas, e fique bem quietinha. – Ele falava friamente.
- Porque deveria? Sinceramente, estou perdendo o meu precioso tempo. Tchau.
- Se eu fosse você, eu não desligaria e colocaria minha mamãezinha em apuros. – Ele cantarolou.
- Minha Mãe? – gaguejei e Bill começou á se preocupar.
- Fique quietinha e não demonstre alterações de seu humor no tom de sua voz, não faça perguntas e apenas responda com sim ou não. Eu sei que Bill está com você, e você terá que ser cautelosa se quiser sua mamãe viva. – Ele riu.
Eu o obedeci e permanecia quieta controlando meu humor.
- Muito bem. Tudo que você terá que fazer é terminar seu relacionamento com Bill. Assim que eu ver as primeiras noticias sobre isso, sua mamãe estará livre. Se Bill ficar sabendo disso, ou qualquer pessoa que seja, esqueça que um dia você teve uma mãe. Você entendeu?
- Sim. – gaguejei novamente.
Mike desligou, mas eu permanecia segurando o celular em meu ouvido e as lagrimas começando a se formar em meus olhos, mas eu as contive, não podia preocupar Bill com essa ligação.
Tirei o celular de meu ouvido lentamente e o desliguei.
- Quem era? – Bill caminhou em minha direção erguendo meu rosto para focalizar meus olhos.
- Era engano. Por um momento pensei ser minha mãe, mas não era. – Menti
Bill me abraçou em meio de um sorriso.
Como eu iria fazer o que Mike havia me mandando? Acabar meu relacionamento com Bill? Aquilo era a morte para mim. Eu o amava mais que qualquer coisa, ele era a minha vida, o meu ar, o meu tudo. Mas eu não queria nada de ruim á minha mãe. Eu realmente estava entre a cruz e a espada, estavam em jogo as duas pessoas que eu mais amava na vida.
Natalie! Sim Natalie! Eu tinha que falar com ela, ou melhor, matar-la se possível.
- Bill, você sabe onde está Natalie? Eu preciso ver-la.
Bill me olhou assustado.
- Ela deve estar junto com os Staffs. Vou tirar essa roupa molhada e vou com você até lá. – Bill virou-se para pegar alguma roupa em sua mala.
- Não! Não, eu preciso falar com ela em particular. – Senti a tontura voltar e recuei me segurando no sofá.
- Ok, ok! Os Staffs estão hospedados em um hotel á alguns metros daqui. Não fica longe, é logo depois do quiosque. Mas você está bem? – Bill veio em minha direção e segurou minhas mãos.
- Claro, estou ótima... Desculpe Bill, mas é que eu tenho que esclarecer algumas coisas com ela, por isso que tenho que ir sozinha.
- Já sei, vai tirar satisfações por ela ter vindo falar idiotices de você para mim. Ok, não vou a repreender, vá. – Ele sorriu e me deu um beijo demorado nos lábios.
Busquei um vestido qualquer em minha mala e o vesti. Sai do bangalô sufocada pelo o que estava me acontecendo. Eu realmente não sabia o que fazer.
Cortei caminho pela praia e nossas pegadas ainda estavam na areia perto do mar, era algo que me emocionava. Andei para longe das pegadas procurando as deixar intactas.
Eu não queria olhar para trás e ver meu par de pegadas solitárias na areia branca. Aquilo parecia uma visão do futuro, algo que eu não queria que acontecesse. Eu tinha que arranjar uma solução, eu não ia me separar de Bill... nem perder a minha mãe.
Logo eu já estava no quiosque, passei-o e logo podia ver um hotel típico de praia.
Era um hotel simples, não havia nada de incrível e chamativo nele, apenas sua cor amarelada era destaque. Entrei nele e perguntei á recepcionista sobre Natalie Franz e logo ela me mandou subir ao segundo andar, no quarto 15.
Subi pelo elevador e logo estava á frente do quarto 15. Bati duas vezes na porta, o que pareceu suficiente para Natalie Abrir.
- Você? – Natalie arregalou os olhos.
- Porque você está fazendo isso comigo? Por quê? Eu não mereço isso Natalie, ninguém merece isso! Isso é muito baixo, até mesmo para você. – As lagrimas desciam pelo meu rosto.
- Entre. – Natalie fez uma expressão perturbada e me deu passagem para entrar em seu quarto.

Um comentário:

  1. Me prendi o inicio ao fim *o*
    Fiquei paralisada!
    Fiquei boquiaberta ao ler a atitude do Mike!
    Será mesmo verdade?

    Rumo ao 63 para descobrir.

    Perfect ~*

    ~Ceh!~

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