sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

HAPPY NEW YEAR!



E mais um ano que se vai, e mais um ano que passo com todos vocês.
Eu lembro exatamente o que desejei para todos no dia 31/12/2009, desejei que os sonhos viessem ao alcance de todos vocês, e principalmente o nosso sonho, aquele de trazer Tokio Hotel ao Brasil.
Pois é, meu desejo foi realizado, 2010 foi o ano em que nós fãs de Tokio Hotel conseguimos realizar nosso maior sonho pelo qual lutamos incessáveis anos... trazer-los ao Brasil.
Mas o sonho não acabou á partir do momento em que o show de Tokio Hotel chegou ao fim... ele apenas começou. Essa foi a primeira vez da banda em nosso país, a primeira de muitas que ainda aconteceram, e para aqueles que não tiveram a oportunidade de estar presente alí no dia 23 de novembro de 2010, ainda teram mais oportunidade de viver esse sonho pela primeira vez.
Eu agradeço mais uma vez, mais um ano, por acompanharem o blog sempre, por me recompensarem por cada linha escrita, por todo amor que coloco em cada palavra, pela minha dedicação em cada detalhe desse blog. Vocês fazem isso tudo valer á pena.
Desejo á todos vocês um novo ano cheio de realizações e muita felicidade, e é claro, que possamos vivenciar mais uma vez esse sonho de estar perto de Bill, Tom, Georg e Gustav, e para aqueles que não puderam estar presente na primeira vez, desejo do fundo de meu coração que possam realizar esse sonho e então permanecer nele até o fim.
Apenas peço á todos vocês uma única coisa... nunca deixem de acreditar em seus sonhos, porque todo sonho um dia pode se tornar realidade.
Feliz 2011 para todos!
Obrigada por tudo.
Thá K.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Merry Christmas!

Galera, eu gostaria de desejar do fundo do meu coração um Natal muito mágico á todos vocês e muita, muita alegria.
Pois é, aqui estou eu passando mais um Natal maravilhoso com vocês e com essa fanfic que tem um significado enorme para mim.
Eu só tenho á agradecer por vocês estarem sempre aqui lendo e comentando, pois acreditem, o melhor presente de Natal para mim são vocês!
Obrigada por tudo, e ...

FELIZ NATAL!
Thá K.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Para sempre você - cap. 95

Levantei de seu peito e o olhei esperando sua reação.
- É uma menina? – Bill olhou para mim com os olhos brilhando.
Apenas afirmei com a cabeça e ele abriu um sorriso tão lindo que chegava a comover qualquer um juntamente com seus olhos brilhando de felicidade.
- É uma menina! Ouviram? – Bill falou em um tom alto de voz e ameaçou levantar-se, mas a aeromoça fez um gesto de reprovação que o fez continuar sentado.
Os seguranças olharam para ele com um meio sorriso e mais atrás Evy mostrava-se eufórica com a reação dele.
- Bill, por favor. – Falei rindo.
- O que? É uma menina Samy! – Bill bateu pequenas palmas.
- Eu sei que é. – Continuei rindo.
- A nossa filha! – Bill esbanjava sorrisos largos e me beijou demoradamente.
- Com licença. Poderiam sentar-se direito no banco com seus devidos cintos?! Obrigada. – Uma aeromoça nos interrompeu.
- Claro. – Sorri para Bill que sorria envergonhado também e sentei-me direito em meu banco.
- Estou empolgado para que todos saibam que serei pai de uma menina... sabe, quando eu digo todos, eu digo todos mesmo. – Bill sorria ainda, agora somente segurando minha mão direita.
- Você sabe que isso causará certo impacto em sua carreira, não sabe?! – Adverti.
- Claro, por isso que iremos nos casar antes. – Bill finalizou enquanto alisava minha mão.
Não pude evitar abrir um sorriso naquele momento. Ainda não havia caído a ficha de que o significado daquele anel em meu dedo era verdadeiro e que a idéia ainda estava amadurecida para ele.
O avião finalmente decolou e então eu pude deitar em seu peito novamente. Era tão aconchegante, eu sentia tanta falta disso, e seus dedos caminhando pelos meus cabelos, sua respiração lenta e seu queixo cuidadosamente pousado sobre minha cabeça.
Adormeci ali, agora segura junto dele, para sempre. Pelo menos era o que eu desejava.
Acordei com a voz de Bill e de uma mulher. Ambos conversavam algo.
Abri um pouco meus olhos discretamente.
- Não obrigado. – Bill disse para a aeromoça ruiva com feições bonitas.
- Tem certeza? Venha comigo. – A ruiva se insinuava.
- Mas porque diabos você acha que eu iria me levantar daqui e ir com você até a cozinha? – Bill disse irritado.
- Não vai se arrepender. – Ela continuava á se insinuar.
- Já estou me arrependendo de estar no mesmo avião que você. – Bill pousou a cabeça sobre sua mão apoiada no braço do banco.
- Não se faça de difícil. – A aeromoça se aproximou mais.
Eu não pude agüentar mais um segundo daquilo fazendo de conta que ainda dormia.
- Deixa de ser idiota garota! Não vê que ele está com a noiva dele? Tenho nojo de prostitutas como você. – Me sentei em meu banco e falei alto e claro em português para ela.
A ruiva apenas mostrou-se surpresa e se afastou. Ela não iria começar uma briga comigo, pois seu trabalho estaria em risco, apesar de ter-lo ariscado já o bastante tentando conseguir algo com Bill.
- Não irei perguntar o que você disse para ela. – Bill riu.
- Eu apenas disse o que você deveria ter dito. – Respondi enquanto olhava pela janela.
- Não precisava dizer, estava mais do que na cara. – Bill continuou.
- Ok. – Falei por fim.
- Você ficou com raiva de mim? Pare de ser boba. – Bill me puxou pelo braço para seu peito novamente.
- Não estou com raiva de você. – Respondi enquanto brincava com os diversos colares pendurados em seu pescoço.
E então as horas se passaram. Bill dormia profundamente ao meu lado, mas eu não consegui mais dormir, agora eu era um cão de guarda, meus olhos percorriam o corredor do avião sem descansar por nenhum segundo.
Logo estávamos em terras alemãs, e o avião pousou finalmente depois de longas horas de vôo.
- Tom, Georg e Gustav viram nos buscar? – Perguntei á Bill enquanto descíamos do avião.
- Não. Na Alemanha não podemos nem se quer sair de casa, quanto mais ficar passeando por um aeroporto. É mais seguro eles nos esperar em casa. – Bill respondeu enquanto entrelaçava os dedos da mão livre nos meus.
Não entramos no aeroporto, demos a volta por fora e saímos pela área vip, onde um carro preto já nos esperava com cinco seguranças em sua volta.
Confesso que às vezes me assustava tudo isso.
Logo estávamos no enorme palácio. Eu estava de volta ao grande lar de meus sonhos, ainda era inacreditável.
Os cães de Bill e Tom nos aguardavam na porta e assim que viram Bill, correram ao seu encontro o recebendo com lambidas e pulos de alegria, e logo depois vieram ao meu encontro me receber da mesma forma.
Bill abriu a porta e um pedaço de pizza bateu em seu rosto.
- Tom! – Bill gritou irritado.
Tom jogava pizza em Georg e no mesmo instante ele parou e olhou incrédulo para Bill.
- Eles voltaram! – Gustav veio correndo do andar de cima com uma bandeja de pizza e começou a tacar em Bill.
Bill jogou a mala no sofá e correu atrás de Gustav pela casa com um pedaço de pizza que havia pegado no chão.
Eu entrei lentamente com minha mala cobrindo o rosto e Georg começou a rir alto.
- Samy, seja bem vinda de volta! – Tom fez uma expressão engraçada e ele e Georg vieram ao meu encontro rindo como duas crianças.
Os dois ameaçaram me abraçar mas não o fizeram, pois estavam sujos de molho de pizza.
- Não vamos te sujar, você é a única mulher da casa hoje, vai ganhar um crédito... só por hoje. – Tom brincou enquanto lambuzava a cara de Georg com as mãos lotadas de molho.
- Vocês não vão? Ok. Isso me dá certa vantagem. – Peguei um pedaço de pizza e joguei em Tom.
- Perdeu seus créditos, mocinha! – Tom e Georg pegaram outra bandeja de pizza e correram em minha direção.
Corri para o andar de cima e Bill vinha correndo do fundo do corredor em minha direção.
- Entre no quarto! – Bill gritou enquanto ria sem fôlego.
Gustav arremessou a bandeja de pizza mas eu não fui rápida o bastante e acertou em mim em vez de Bill.
- Gustav Schäfer! – Bill gritou com Gustav e começou a rir fazendo eco pelo corredor.
Peguei a bandeja e arremessei em Gustav de volta, mas como minha pontaria nunca foi muito boa, acabou acertando em Bill.
- Samantha, agora você está ferrada. – Bill veio rindo em minha direção e eu entrei no quarto gritando.
- Tenha piedade, sou só uma garotinha estrábica que não tem uma pontaria boa. – Subi em cima da cama e Bill me cercou.
- Não terei piedade! Vou te torturar pelo o que fez. – Bill ria e tentava me pegar.
Tentei correr para a porta mas ele me pegou pelo braço e a fechou me imprensando entre ele e a porta fechada.
Sua mão escorregou até o trinco da porta, e ele a trancou com duas voltas na chave e a escondeu em seu bolso da calça.
- Agora você não irá escapar de minha tortura. – Bill agora sussurrava com os lábios muito próximos dos meus.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Para sempre você - cap. 94

- Samy? Hey, Samantha! – Uma voz doce cortava minha mente, me acordando aos poucos. Eu sentia que sonhava ainda, mesmo não havendo sonho algum. – Samy, acorde! – A voz doce continuava, eu não estava sonhando.
Abri meus olhos e as luzes me cegaram por um momento. Alguém estava agachado á minha frente, isso eu pude ver antes de fechar os olhos novamente por conta das luzes fortes do aeroporto.
- Samy, sua maluca! – A voz doce estava alegre. Tentei abrir os olhos novamente mas meus olhos doíam. - Hallo Samy, dein Engel ist hier. – A voz continuou seguindo de uma risada deliciosa.
- Mein Engel? – Perguntei forçando meus olhos a ficarem abertos.
Bill estava agachado a minha frente com um sorriso estonteante. Parecia sonho, literalmente. Eu nunca pensei que poderia olhar aquele rosto tão de perto novamente, ou ouvir-lo dizer meu nome com tanta clareza mergulhado em seu sorriso tão penetrante e sincero. Senti meus olhos mergulharem em lagrimas.
Ele sentou-se em minha frente e me puxou para seus braços colando seus doces lábios nos meus e me envolvendo em um abraço apertado de uma saudade infinita.
- Bill, todos estão olhando. – Uma voz feminina nos interrompeu.
Bill olhou para a mulher loira em pé ao nosso lado. Eu jamais havia visto ela em minha vida.
- Ok, hora de comprar as passagens para a Alemanha. – Bill sorriu sem graça olhando rapidamente o rosto de todos que nos olhavam.
Ele se levantou e me ajudou a me levantar também, e logo me envolveu com seu braço, me puxando para seu peito.
Eu sentia tantas saudades de tudo nele, seu jeito, seu cheiro, suas mãos, seu toque, seu calor, seus lábios, sua voz, seu sorriso... tudo. Eu nunca iria imaginar que depois de tudo eu voltaria a estar com ele novamente.
Andamos pelo aeroporto até a central de vendas de passagens aéreas. Bill estava acompanhado de três seguranças e aquela mulher loira que eu realmente não sabia quem era e muito menos o porquê dela estar lá.
A mulher ofereceu-se para enfrentar a fila e comprar as passagens. Bill e eu então nos sentamos nas cadeiras de espera, os seguranças ficaram um pouco mais longe procurando dar privacidade.
- E então... voltamos ao zero. Estamos no Brasil, e no aeroporto... – Bill brincou enquanto eu deitava em seu peito e ele me abraçava com um dos braços.
- Eu amo esse aeroporto por isso. – Falei e ele riu. – Quem é ela? – Apontei para a mulher loira que estava na fila para comprar nossas passagens.
- Evyonne Muhuri, ela é nossa manager de produções de shows, e minha mais nova maquiadora. – Bill olhou para mim com um meio sorriso.
- Gostei da parte de ser sua nova maquiadora. – Sorri sarcasticamente. – Mas infelizmente eu não sei dizer o nome dela.
Bill riu um pouco alto e algumas pessoas olharam para nós.
- A chame somente de Evy e tudo estará resolvido. – Bill disse por fim.
Evy não era alguém ao que se preocupar. Ela parecia ser alguém de bom caráter, amiga e leal, á final, ela estava na equipe de managers de produção da banda desde o começo de tudo e nunca havia feito nada de errado. Depois de ter a analisado bem seus rosto maternal de trinta anos, eu pude lembrar-me de ter a visto algumas vezes brincando com Georg no hotel, como mãe e filho. Realmente dessa vez parecia que não teria com o que se preocupar.
- Ela parece ser legal. – Comentei depois de analisar-la.
- Sim, ela é. Ela as vezes lembra minha mãe, só que bem mais baixinha. – Bill riu novamente.
Evy veio em nossa direção com as passagens em mãos.
- Preparados para voltar para a Alemanha? – Ela balançou as passagens como um leque.
Bill sorriu e levantou-se rapidamente me carregando junto.
Direcionamos-nos até a sala de embarque para esperar nosso vôo que chegaria dentro de meia hora e Bill resolveu ir até a lanchonete para comprar alguns lanches naturais para nós dois.
- Como anda o bebê? – Evy cortou o silencio entre nós duas enquanto se sentava ao meu lado.
- Ela está ótima. – Respondi com um sorriso.
- Ela? – Evy arregalou os olhos com um sorriso.
- Sim, é uma menina. – Levei a mão automaticamente em minha barriga ainda muito pouco visível.
- O Bill não sabe disso ainda?! – Evy olhou em direção de Bill que estava do outro lado da sala de embarque em uma lanchonete.
- Não. – Respondi olhando na mesma direção que a dela.
- Ele vai adorar! Uma semana atrás ele havia sonhado que seria pai de uma menina. Ele me contou o sonho com tanta empolgação que quase que eu pude me convencer que ele realmente sabia que seria uma. – Evy sorriu para mim novamente.
- Faz uma semana que descobri que era uma menina. – Falei assustada e Evy riu de empolgação.
- Isso só mostra o quanto vocês estão ligados, mesmo de tão longe. – Ela piscou para mim. – Já escolheu o nome? – Ela continuou.
- Não, eu gostaria que Bill escolhesse. – Sorri para o nada.
Evy apenas sorriu novamente. Ela realmente parecia ser uma boa pessoa.
Bill vinha em nossa direção com uma bandeja com dois lanches e dois copos de suco.
- Demorei? – Bill olhou para Evy que automaticamente levantou-se e deixou que Bill sentasse ao meu lado.
- Não. Estávamos conversando enquanto você estava lá. – Evy respondeu.
- Espero que você não roube a Samy de mim. – Bill brincou enquanto me entregava o lanche recheado de legumes e maionese e um copo grande de suco de laranja.
- Pode ficar tranqüilo, ela é sua. – Evy riu e caminhou até os seguranças.
Eu já havia adotado a dieta de Bill á muito tempo. O habito de comer alimentos saudáveis e naturais agora pertencia á mim também, tanto que Nanda brigava comigo diariamente por não ingerir nenhum tipo de carne e costumava a dizer que minha filha iria nascer raquítica.
As horas passaram-se rápido e logo estávamos dentro do avião nos preparando para o vôo.
- Você está se sentindo bem? – Bill me perguntou preocupado.
- Perfeitamente. Ela não me dá muitos problemas. – Falei sem pensar.
- Ela, quem? – Bill olhou para mim sem entender.
Eu queria fazer surpresa, não iria dizer naquela hora, mesmo estando ansiosa para ver sua reação.
- Ninguém. – Respondi e olhei fixo pela janela.
Bill uniu as sobrancelhas e me puxou para que eu deitasse em seu peito.
- Ela, quem? Samantha... – Bill perguntou de novo depois de alguns minutos, agora com uma pontada de ansiedade. Ele já estava desconfiado.
Hesitei em dizer enquanto brincava com os anéis em seus dedos da mão.
- Samantha? – Bill insistiu.
- A nossa filha! – Falei por fim.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Para sempre você - cap. 93

Não poderia ser ele, esse celular era novo, ele não tinha meu numero, apenas do antigo... aquele no qual eu joguei na janela do avião para que ele me olhasse.
- Bill? – Esperei a resposta sentindo meu coração acelerar mais á cada segundo.
- Repita meu nome mais uma vez, por favor. – A voz dele ficou rouca e baixa.
- Bill! – Meus olhos voltaram a mergulhar em lagrimas trazendo consigo os soluços novamente.
- Você não tem idéia do quanto senti falta disso. – A voz dele continuava rouca e baixa, aquilo fazia meu coração doer, eu sabia que ele também estava chorando.
- Perdoe-me, Bill! Por favor, me perdoe?! – Eu implorava ao celular. O cobrador ameaçou levantar-se para ver se eu estava bem, mas se intimidou com o idioma que eu estava falando ao celular e desistiu.
- Eu nunca tive magoas de você, não precisa pedir perdão. Eu sei o porquê que você disse tudo aquilo... pelo menos eu deduzi, e espero não estar errado. Apenas me diga se estava falando sério ou não, é o que eu preciso saber para concluir tudo. – Bill continuava com a voz rouca, mas um pouco mais alta.
- Era tudo mentira. Eu apenas não queria que você me colocasse em primeiro de tudo. Sua carreira é o seu sonho, eu nunca iria sentir-me bem sabendo que você estaria abrindo mão de tudo apenas para me proteger, isso é injusto. Eu disse aquilo apenas para você ir nessa turnê e me deixar voltar ao Brasil apenas por esse tempo. – Minha voz falhava mas consegui explicar para ele tudo aquilo que me sufocava desde aquele dia.
Bill ficou em silencio por alguns minutos e comecei a me desesperar.
- Você se preocupa demais comigo. – Bill finalmente falou, mas agora sua voz não estava mais rouca, o que me aliviou um pouco.
- E você também se preocupa demais comigo, só que acaba se esquecendo de si mesmo. – Falei enquanto desviava os olhos do cobrador que não tirava os olhos de mim por nenhum segundo.
Bill riu de alivio. Sua risada me fazia tanta falta que pude me sentir quase completa naquele instante. Era um som tão doce quanto sua voz.
- Eu irei te buscar amanhã. – Bill falou com a voz firme.
- Amanhã? Como? – Perguntei sem saber o que fazer.
- Eu te amo. – Bill não respondeu minha pergunta e desligou o telefone.
Amanhã ele viria me buscar, mas como eu o encontraria se eu não tinha o seu numero de celular sendo que ele trocava sempre quando ia para um país diferente?
Era um tiro no escuro, eu realmente não tinha nenhuma informação, apenas a que ele viria amanhã.
O cobrador tomou coragem e se aproximou de mim.
- Desculpa me intrometer, mas, você é Brasileira? – O cobrador me olhava com curiosidade.
- Sou sim. – Respondi enquanto tentava ver o numero de Bill nas chamadas de meu celular.
- Então você tem algum amigo americano? – Ele perguntou novamente.
- Era meu noivo. Ele é alemão, mas nos comunicamos em inglês. – Mostrei meu anel para ele e ele sorriu.
- Bill Kaulitz? – Ele continuou sorrindo para mim.
- Sim, você o conhece? – O olhei surpresa.
- Minha filha é fã da banda dele. Eu vi algumas fotos de vocês juntos na TV. Eu sabia que te conhecia de algum lugar, mas depois que ouvi você dizendo o nome dele, eu logo me lembrei quem é você. – Ele cruzou os braços.
- Que legal. – Olhei novamente para o celular. O cobrador me interrompeu novamente e pediu uma foto comigo e eu não pude negar. Era estranho, eu não era famosa nem nada, para mim era novo as pessoas me pararem para tirar fotos apenas por eu ser noiva do vocalista de uma banda, eu não merecia toda essa atenção.
Logo depois, consegui achar o numero de Bill e retornei a ligação, mas ninguém atendeu. Era provável que ele havia ligado de seu quarto ou de algum local onde nesse momento com certeza ninguém mais saberia dele.
Retornei com ônibus até minha casa para arrumar minha mala. Eu não tinha muitas coisas para levar, tudo havia ficado na Alemanha, absolutamente tudo.
A única forma de encontrar com Bill era ficar no aeroporto até sua chegada, e era o que eu iria fazer.
Escrevi uma carta para Fernanda, explicando tudo que havia acontecido e a deixei sobre a mesa. Peguei minha pequena mala e entrei no taxi mais próximo de onde eu estava.
Aquele aeroporto me causava certa ansiedade e lembranças eternizadas em minha alma. Era onde eu havia conhecido Bill, onde a primeira linha da minha história havia sido escrita, onde eu havia encontrado meu destino definitivamente. Eu podia ver as imagens em minha mente exatamente como havia acontecido.
Eu lembro que corria sem prestar atenção para onde ia, para pegar o primeiro taxi que apareceria na minha frente, e então já me via nos braços de Bill para que eu não caísse ao chão depois de ter trombado com ele.
Eu me lembro de ficar em choque ao analisar seu rosto perfeito. - Está tudo bem com você? – Foi a primeira coisa que Bill me disse quando nos conhecemos. Incrível como ele conseguiu se preocupar comigo desde o primeiro segundo. Ele sempre foi meu anjo. Meu anjo, sim, era isso que ele era.
Tudo ainda estava tão claro e nítido em minha memória, e eu apenas desejava que continuasse para sempre esse momento gravado em mim.
Chegando ao desembarque de vôos internacionais, sentei-me ao chão perto da porta e peguei um papel em minha bolsa, onde eu escrevi “Bill Kaulitz, my angel” e fiquei o segurando voltado para a porta de desembarque por longas horas.
As horas iam se passando, e ainda eram seis da tarde. Eu sabia que ele chegaria no dia seguinte, mas eu teimava em segurar o papel como se minha vida dependesse disso.
Estava ficando tarde, eu estava ciente que viraria a noite lá aguardando, mas eu não me importava, eu havia ficado um mês e meio sem ele, passar a noite em claro para rever-lo não seria problema algum para mim.
O aeroporto começou a ficar vazio, havia apenas eu e algumas pessoas sentadas nas cadeiras um pouco ao longe, mas eu não iria sair da onde estava.
O sono estava começando a querer me dominar, estava difícil de agüentar. Ele apenas chegaria no dia seguinte mesmo, não iria fazer mal eu dormir apenas por algumas horas. E foi o que eu fiz. Encostei-me na parede sem largar o papel, e deixei o sono tomar conta de mim aos poucos.