Bill olhou para mim como se estivesse esperando alguma reação minha e depois foi em direção á porta.
Eu o segui, claro. Precisava saber de quem se tratava.
Bill abriu a porta, e lá estava ela. Ina.
Mas que diabos essa garota queria com Bill agora? Já não havia roubado atenção demais dele por hoje?
- Ina! O que aconteceu? – Bill perguntou com a voz preocupada.
- Sabe Bill, eu não moro mais aqui nessa cidade, apenas estou visitando meus pais, e como você irá embora amanhã, eu estava pensando se poderia passar o dia com você, sabe, matar as saudades. Talvez demore anos para nos encontrar novamente, então queria aproveitar. – Ina deu de ombros.
O que? Definitivamente isso era demais. Eu tinha planos de passar o dia com Bill, de conhecer melhor Simone, curtir meu mais novo noivo de uma forma tranqüila antes de voltarmos para a vida agitada que Bill levava como líder dos Tokio Hotel. Mas não, teria que ter alguém para estragar tudo, ainda mais se tratando da ex-namorada de meu futuro marido.
Bill levou a mão na cabeça sem saber o que fazer.
- É... hm... Ina eu não sei se seria uma boa idéia. – Bill fez uma expressão sem graça e olhou para mim tentando ler em minha expressão o que eu estava achando sobre a idéia de Ina.
Por mais que eu odiasse aquilo tudo, eu não queria ser egoísta. A vida de Bill era completamente voltada á sua carreira, e com isso, praticamente ele não tinha vida pessoal, e eu não queria tirar o pouco que ele tinha.
- Ok. Porque não seria, Bill? – Falei, enquanto a minha vontade por dentro era de fechar aquela porta na cara de Ina e dizer para Bill nunca mais falar com ela na vida.
Bill olhou para mim com os olhos surpresos.
- Bom então, ok. – Bill olhou para Ina sem graça.
- Que tal reencontrar nosso grupo da escola? Eles estão em um bar aqui perto. Andreas estará lá também. – Ina sugeriu.
- Isso seria ótimo. Vamos Samy? – Bill abriu um sorriso de animação no rosto.
Eu iria passar todos os dias com Bill, esse poderia ser um dia único para ele que talvez jamais voltasse, eu não iria atrapalhar isso.
- Não Bill. Vá você! Aproveite, curta o dia com seus amigos, você merece. – Sorri para Bill e ele me olhou sem entender por um instante e pude ver em seus olhos que ele estava quase desistindo, mas não resistiu á vontade enorme de rever os amigos.
- Ok. Não irei voltar tarde. Eu te amo muito, não se esqueça disso. – Bill beijou meus lábios enquanto Ina ficava impaciente na porta.
- Eu também. – falei, e Bill sorriu com seu sorriso irresistível e que me dava forças sempre para seguir em frente, e saiu com Ina.
Agora era apenas nós três naquele enorme palácio. Eu, Simone e a criatura maravilhosa que crescia dentro de mim.
Parte contada por Bill.
Ina e eu andávamos pela rua enquanto ela me contava suas aventuras.
- E Tom, como ele está? – Ina finalizou suas histórias.
- O mesmo de sempre. – Respondi sem interesse. Ina não era uma pessoa de se entusiasmar alguém, quanto mais á mim. O que me interessava mesmo era rever meus antigos amigos, principalmente Andreas.
Andreas sempre foi um grande amigo para mim e Tom, e realmente fazia um bom tempo que não nos víamos. Eu precisava contar algumas novidades para ele.
- Você parece realmente estar apaixonado pela aquela garota. – Ina continuou.
- Não digo apaixonado, porque paixão é algo que um dia se acaba. Digo amando, porque disso eu sei que é eterno. – Respondi e Ina me olhou assustada.
- Que pena. Eu acho que você merecia alguém melhor. – Ina deu de ombros.
Procurei ignorar o que ela havia dito para não arrumar uma briga em um dia que eu gostaria de relaxar um pouco e fazer de conta que eu era uma pessoal comum.
Chegamos a um bar perto da escola. Não havia muitas pessoas naquele bar, mas o pouco que tinham, notaram minha presença. Mas não passaram apenas de olhares curiosos e surpresos. Mas eu não ligava, eu estava acostumado com isso desde pequeno.
O bar não era muito grande, e tinha uma luz amarelada dando um ar antigo ao ambiente.
Vasculhei o local com os olhos e reconheci rostos em uma mesa escondida ao fundo do local.
Caminhamos até a mesa e todos levantaram surpresos ao me verem.
- Bill! Quanto tempo! – Andreas foi o primeiro á me abraçar.
Logo depois vieram os outros, Melanie, Benjamin, Frank, Alex e Nico.
Mas uma garota não se levantou. Seu rosto não era familiar para mim.
Ela estava sentada olhando para todos sem entusiasmo, enquanto segurava elegantemente um cigarro com os dedos da mão esquerda.
Seus cabelos eram vermelhos como fogo, e seu rosto era semelhante á de uma modelo, com os traços suavemente perfeitos e lábios grandes e carnudos pintados com um batom da mesma cor de seus cabelos. Seus olhos destacados pelo delineador preto, chamavam atenção especial para sua iris castanho clara penetrante.
- Oh sim. Esta é Britta. Ela não estudou conosco, mas é uma grande amiga nossa. – Andreas respondeu o que eu gostaria de saber.
Britta apenas deu um sorriso torto para mim e continuou tragando seu cigarro.
Sentei-me na mesa de frente para ela, mas ela me ignorava completamente. Eu não estava acostumado á ser ignorado dessa forma.
- Então Bill, conte-me sobre sua amada. Eu vi algumas fotos que circularam por aí. – Melanie apoiou a cabeça em seu punho enquanto me olhava e seus cabelos loiros esvoaçavam com o vento que entrava pela janela logo ao lado de nossa mesa.
- Oh sim. A Samantha, ela é maravilhosa. Ela é brasileira, a conheci por acaso no aeroporto no começo do ano. Vamos nos casar. – Desviei meus olhos para Melanie.
- Ela realmente parece ser uma boa garota. – Ina completou.
- Vão se casar? Meu deus que maravilhoso! Finalmente Bill encontrou sua alma gêmea. - Frank falou com um ar irônico.
- Vamos comemorar o futuro marido. –Alex riu e chamou o garçom para que trouxesse genebra e champanhe.
- Se casar... tão novo. – Britta finalmente falou. Sua voz era madura e leve como o vento.
Nico e Benjamin riram como se ela tivesse contado a melhor piada do mundo.
- Bill quando ama uma garota, ele realmente a ama. – Andreas interrompeu as risadas de todos e Britta fugiu seu olhar o cigarro novamente.
O garçom colocou uma garrafa de genebra na mesa e uma de champanhe branco.
Alex colocou genebra no copo de todos e Melanie recusou beber, ela nunca foi de beber álcool. Britta pegou o copo de Melanie e bebeu em um só gole.
- Problema resolvido. – Britta entregou o copo vazio para Melanie.
O dia foi ótimo, conversamos sobre tudo, novidades não faltaram, realmente fazia muito tempo que não conversávamos. Apenas Britta quase que não pronunciava uma palavra que fosse. Ela era muito misteriosa e isso me incomodava.
Alex, Benjamin e eu, acabamos bebendo demais. Isso não era de se acontecer comigo, eu nunca fui de exagerar na bebida, mas naquele dia, eu exagerei.
Já estava de noite, e eu havia perdido completamente todo o sentido de horário.
Levantei-me para ir lavar o rosto no banheiro, mas eu sentia minha cabeça girar e meus pés não responderem como deviam á meus comandos.
Britta então me ajudou á ir até o banheiro. Foi a primeira ação gentil dela naquele dia.
Ela vestia um vestido curto preto completamente colado ao corpo e todos naquele bar a olhavam com desejo.
Chegamos ao banheiro e já podia sentir-me no comando de meus pés novamente. O que Samantha iria pensar a me ver bêbado? Isso realmente não era nada bom.
Joguei um pouco de água fria no rosto e Britta se encostou à parede ao meu lado.
- Não posso deixar de comentar que é uma grande perda você se casar tão cedo. – Britta começou a falar.
- Não vejo dessa forma. Eu a amo, e sou feliz ao lado dela. – Falei meio desorientado enquanto secava o rosto.
- Talvez não tenha desfrutado dos grandes prazeres da vida ainda. – Britta olhou para mim com seus olhos penetrantes.
- Do que você está falando? – Me apoiei na pia enquanto a encarava.
- Estou falando de curtir a vida. Experimentar coisas diferentes... – Britta se aproximou de mim e começou a desabotoar minha calça e descer o zíper.
- Está maluca? Posso estar bêbado, mas tenho consciência. Não vou trair quem amo. – A empurrei e abotoei novamente minha calça.
- Eu sei que você quer. Olhou-me o dia todo, não negue isso. – Britta me empurrou na parede me encurralando.
- Me deixe passar. – Olhei sério para ela, mas, ela parecia não escutar.
- Eu estava certa então. – Britta sorriu maliciosamente e encostou seus lábios grossos em meu pescoço enquanto teimava á abaixar o zíper de minha calça novamente e deslizar sua mão para dentro dela.
- Chega! – A empurrei novamente e ela caiu ao chão sorrindo ainda maliciosamente para mim.
Sai do banheiro rapidamente e fui em direção de Ina e todos os outros.
- Foi ótimo rever-los. Mas agora eu realmente preciso ir embora. – Falei sem olhar nos olhos de nenhum deles e caminhei para fora do bar.
- Bill! Bill! Você não está em condições de andar sozinho! – Ina me seguiu.
- Estou perfeitamente bem! Adeus. – Continuei andando até o bar ficar longe atrás de mim.
Samy me deu um dia com os amigos e eu quase traio sua confiança. Eu realmente nunca iria me perdoar por isso. Eu quase me rendi á aquela vadia. Eu não devia ter bebido exageradamente, ou melhor, devia ter ficado em casa e passado o dia com Samy.
- Pare Bill! – Falei para mim mesmo.
Eu não fiz absolutamente nada. Estava exagerando.
Chegando em casa, lá estava Scotty, me esperando na porta com seu rabo balançando sem parar. Alisei sua cabeça e ele me recebeu com lambidas como sempre fazia.
Entrei na casa e tudo já estava escuro. Provavelmente minha mãe já havia ido dormir, e Samy também.
Caminhei até o andar de cima e entrei no quarto que eu havia dito á Samy que iríamos dormir nele.
Lá estava ela. A minha razão de viver agora. Sentada na cama, encostada no travesseiro enquanto dormia como um anjo. Provavelmente havia me esperado tanto que acabou pegando no sono.
Eu queria avisar que havia chegado, mas ver-la dormir era tão maravilhoso. Seus lábios rosados entreabertos, seus cabelos negros lisos caídos sobre os ombros e seus traços delicados do rosto. Eu desejava poder ver seus olhos azuis olharem para mim mais uma vez por hoje. Aqueles olhos que me conquistaram desde o primeiro dia que a vi naquele aeroporto. Aqueles olhos que me fazem sonhar todas as noites e me fazem sentir sensações difíceis de descrever dentro de mim.
Direcionei-me até o banheiro e tomei um banho rápido gelado para tirar um pouco o efeito da bebida sobre mim.
Coloquei apenas minha box e caminhei até a cama me deitando ao lado dela.
Tentei puxar-la para meu peito com cuidado sem acordar-la, e ela continuou em seu mais profundo sono.
Acariciei seu rosto macio e aveludado por um tempo e acabei adormecendo também.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Para sempre você - cap. 77
- O que... o que você disse? – Milha voz falhou. Eu sentia minhas mãos formigarem. Desmaiar agora iria estragar tudo.
- Me dê a certeza que por todos os dias da minha vida eu irei acordar e lhe ter ao meu lado como o mais doce sol caloroso que ilumina meus dias. Dê-me a certeza que poderei ver seu sorriso sempre quando eu sentir minhas forças acabarem. Dê-me a certeza de que poderei ser feliz pelo resto da minha vida por ter-la ao meu lado... Samy, eu posso estar lhe pedindo demais, mas... quer se casar comigo? – Bill recitou cada palavra como se fosse um poema repentino e me olhou nos olhos com a mais pura profundidade que eu já havia visto em seu olhar. Realmente posso dizer que esqueci como se respirava naquele momento.
Eu absorvia cada palavra que ele havia dito, repassando cada frase cuidadosamente em minha mente, e quando chegava a sua pergunta final, ecoava alto e claro como se ele tivesse repetindo para mim várias vezes.
Casar-se com Bill Kaulitz. Agora sim eu tinha a certeza que estava sonhando.
Bill olhava para mim impaciente tentando ler minha expressão.
Puxei o ar bruscamente para dentro de meus pulmões que gritavam por ar.
- Samy? – Bill me chamou preocupado com minha demora.
Eu não conseguia dizer nem uma palavra que fosse. Apenas me rendi ás lagrimas que eu não havia percebido se formarem em meus olhos e o abracei fortemente.
- É tudo o que eu mais quero! – Eu soluçava as palavras com dificuldade. Eu não conseguia acreditar.
E ficamos ali naquele momento, apenas nós dois. Agora sim eu sentia meu medo que eu escondia até mesmo de mim desaparecer sem deixar vestígios. O medo de perder-lo um dia agora não existia mais. Eu me sentia segura que aquele que era minha vida me manteria viva por um longo tempo, um tempo totalmente indeterminado. E que eu estaria mais do que completa agora juntamente com nosso filho. O nosso filho. Como essa palavra possessiva soava tão bem.
- Samy, já que estamos aqui, eu queria te levar para conhecer o bairro. Sei que parece um fim de mundo, mas existem lugares magníficos por aqui. Lugares que eu e Tom costumávamos freqüentar com nossa mãe todos finais de semana. – Bill levantou-se e me deu a mão para que eu me levantasse também.
Eu podia ver em sua expressão o desespero dele de querer fazer tudo, mas não ter tempo suficiente para isso. Lógico que ele queria me apresentar mais pessoas queridas, lugares de sua infância e talvez passar a noite comigo naquele jardim magnífico. Mas realmente o tempo era pouco, tínhamos que voltar no dia seguinte logo de manhã. Eles tinham um evento para participar e precisavam ensaiar o quanto antes.
Segurei sua mão e caminhamos para fora da enorme casa, ou seria melhor nomear-la de palácio?
Bill recusou-se á ir de carro. Ele queria que fossemos andando. Ok, aquele lugar parecia ser deserto, o que me fez concordar com sua idéia maluca. Mas se fosse ao contrário, jamais aceitaria isso, ainda mais sem seguranças.
Caminhamos pela estrada, e eu apenas podia ver árvores e mais arvores. Agora sim eu me sentia completamente dentro de meu sonho estranho novamente.
Estávamos agora nos aproximando de um vilarejo com pouca movimentação, ninguém parecia se importar com nossa presença.
- Eu e Tom estudávamos em uma escola não muito longe daqui. – Bill apontou para o longe.
Uma brisa fresca soprava e eu me encolhi no peito de Bill, que me abraçava.
- Bill? É você mesmo? – Uma voz feminina soou atrás de nós.
Bill virou-se para ver quem era a dona da voz.
Uma garota não muito alta, com os cabelos curtos e vermelhos como fogo, com os olhos castanhos que tinham o mesmo brilho avermelhado de seus cabelos por causa dos reflexos do sol, sorria para Bill com um sorriso largo que corava suas bochechas.
- Ina? – Bill arregalou os olhos.
- Você lembra-se de mim! – A garota deu pulinhos e abraçou Bill.
Confesso que me senti excluída naquele momento.
- Como eu poderia me esquecer?! Quanto tempo! – Bill falava enquanto a abraçava.
- Nunca pensei que te veria novamente por aqui! Realmente faz muito tempo. – A garota falava suavemente. Quem era ela? Eu estava ardendo de vontade de perguntar, mas eu não queria parecer uma chata.
- Pois bem, a vida dá voltas e aqui estou eu novamente. – Bill sorriu para ela.
- E quem é sua amiga? – A garota perguntou para Bill colocando os olhos em mim. Finalmente ela percebeu minha presença.
- Amiga não! Namorada... ou melhor, minha noiva, não é mesmo?! – Bill sorriu para mim e me deu um beijo na testa. – Essa é Samantha. – Bill continuou.
- Oh, sim. Prazer Samantha! Chamo-me Ina... sou a ex-namorada do Bill. – Ina sorriu para mim.
Ex-namorada do Bill? Ok, confesso que isso me fez sentir uma certa raiva dentro de mim, mas era possível de controlar-la. Por enquanto.
Bill fez uma expressão séria e me olhou sem graça. Certamente ele sabia que isso iria me incomodar.
Caminhamos pelo vilarejo até a antiga escola de Bill e Tom. Quando digo “caminhamos”, digo que não era apenas eu e Bill, mas sim Ina também.
Bill e ela não paravam de conversar assuntos que eu desconhecia. Senti-me totalmente excluída, e Bill parecia não perceber isso, ele continuava dando toda a atenção para ela e os dois riam á todo instante.
Mal chegamos à escola e já voltamos. Ina continuou andando juntamente com nós dois. Ou seria mais certo dizer que eu que continuei andando juntamente com eles?
Ela nos acompanhou até o palácio dos Kaulitz e Bill permaneceu um bom tempo conversando com ela no portão.
Tentei me acalmar e levar em consideração que eles não se viam á muito tempo e tinham muitas novidades para contar um ao outro.
Ex-namorados podem ser amigos, não podem?! Não.
A quem eu estava enganando? Até numero de celular eles trocaram. Agora sim estava passando dos limites.
Mas eu não iria ter um ataque de ciúmes agora, eu não queria que Bill se visse limitado á ter “amigas” por causa de meu ciúmes bobo.
Finalmente Ina se despediu de Bill e foi embora.
Bill olhou para mim sorridente e ficou sério no mesmo instante quando se deparou com meu olhar enfurecido.
Por mais que eu estivesse ao máximo tentando me acalmar, era difícil de esconder que eu estava realmente irritada com o reencontro deles.
Entramos calados para dentro da casa e pelo olhar de Bill agora percorria arrependimento e culpa.
Pelo menos me poupou de uma briga, bastou apenas um olhar para ele entender tudo o que havia me irritado.
- Samy, me desculpe. A Ina é passado, apenas ficamos muito tempo sem nos ver. Pode compreender isso? – Bill segurou minhas mãos e me olhou nos olhos com sua expressão de culpa.
Apenas assenti, mas Bill não sentiu confiança em minha concordância.
- Por favor Samy! É com você que irei me casar, é com você que irei ter um filho. Não seja boba, eu te amo mais do que tudo nesse mundo. – Bill continuou.
Eu podia sentir a verdade em suas palavras, mas eu ainda me sentia insegura em relação á Ina.
- Bill, uma amiga sua está na porta! Eu a convidei para entrar, mas ela recusou. Melhor você ir falar com ela. – A voz doce de Simone ecôo pelos diversos cômodos da casa.
- Me dê a certeza que por todos os dias da minha vida eu irei acordar e lhe ter ao meu lado como o mais doce sol caloroso que ilumina meus dias. Dê-me a certeza que poderei ver seu sorriso sempre quando eu sentir minhas forças acabarem. Dê-me a certeza de que poderei ser feliz pelo resto da minha vida por ter-la ao meu lado... Samy, eu posso estar lhe pedindo demais, mas... quer se casar comigo? – Bill recitou cada palavra como se fosse um poema repentino e me olhou nos olhos com a mais pura profundidade que eu já havia visto em seu olhar. Realmente posso dizer que esqueci como se respirava naquele momento.
Eu absorvia cada palavra que ele havia dito, repassando cada frase cuidadosamente em minha mente, e quando chegava a sua pergunta final, ecoava alto e claro como se ele tivesse repetindo para mim várias vezes.
Casar-se com Bill Kaulitz. Agora sim eu tinha a certeza que estava sonhando.
Bill olhava para mim impaciente tentando ler minha expressão.
Puxei o ar bruscamente para dentro de meus pulmões que gritavam por ar.
- Samy? – Bill me chamou preocupado com minha demora.
Eu não conseguia dizer nem uma palavra que fosse. Apenas me rendi ás lagrimas que eu não havia percebido se formarem em meus olhos e o abracei fortemente.
- É tudo o que eu mais quero! – Eu soluçava as palavras com dificuldade. Eu não conseguia acreditar.
E ficamos ali naquele momento, apenas nós dois. Agora sim eu sentia meu medo que eu escondia até mesmo de mim desaparecer sem deixar vestígios. O medo de perder-lo um dia agora não existia mais. Eu me sentia segura que aquele que era minha vida me manteria viva por um longo tempo, um tempo totalmente indeterminado. E que eu estaria mais do que completa agora juntamente com nosso filho. O nosso filho. Como essa palavra possessiva soava tão bem.
- Samy, já que estamos aqui, eu queria te levar para conhecer o bairro. Sei que parece um fim de mundo, mas existem lugares magníficos por aqui. Lugares que eu e Tom costumávamos freqüentar com nossa mãe todos finais de semana. – Bill levantou-se e me deu a mão para que eu me levantasse também.
Eu podia ver em sua expressão o desespero dele de querer fazer tudo, mas não ter tempo suficiente para isso. Lógico que ele queria me apresentar mais pessoas queridas, lugares de sua infância e talvez passar a noite comigo naquele jardim magnífico. Mas realmente o tempo era pouco, tínhamos que voltar no dia seguinte logo de manhã. Eles tinham um evento para participar e precisavam ensaiar o quanto antes.
Segurei sua mão e caminhamos para fora da enorme casa, ou seria melhor nomear-la de palácio?
Bill recusou-se á ir de carro. Ele queria que fossemos andando. Ok, aquele lugar parecia ser deserto, o que me fez concordar com sua idéia maluca. Mas se fosse ao contrário, jamais aceitaria isso, ainda mais sem seguranças.
Caminhamos pela estrada, e eu apenas podia ver árvores e mais arvores. Agora sim eu me sentia completamente dentro de meu sonho estranho novamente.
Estávamos agora nos aproximando de um vilarejo com pouca movimentação, ninguém parecia se importar com nossa presença.
- Eu e Tom estudávamos em uma escola não muito longe daqui. – Bill apontou para o longe.
Uma brisa fresca soprava e eu me encolhi no peito de Bill, que me abraçava.
- Bill? É você mesmo? – Uma voz feminina soou atrás de nós.
Bill virou-se para ver quem era a dona da voz.
Uma garota não muito alta, com os cabelos curtos e vermelhos como fogo, com os olhos castanhos que tinham o mesmo brilho avermelhado de seus cabelos por causa dos reflexos do sol, sorria para Bill com um sorriso largo que corava suas bochechas.
- Ina? – Bill arregalou os olhos.
- Você lembra-se de mim! – A garota deu pulinhos e abraçou Bill.
Confesso que me senti excluída naquele momento.
- Como eu poderia me esquecer?! Quanto tempo! – Bill falava enquanto a abraçava.
- Nunca pensei que te veria novamente por aqui! Realmente faz muito tempo. – A garota falava suavemente. Quem era ela? Eu estava ardendo de vontade de perguntar, mas eu não queria parecer uma chata.
- Pois bem, a vida dá voltas e aqui estou eu novamente. – Bill sorriu para ela.
- E quem é sua amiga? – A garota perguntou para Bill colocando os olhos em mim. Finalmente ela percebeu minha presença.
- Amiga não! Namorada... ou melhor, minha noiva, não é mesmo?! – Bill sorriu para mim e me deu um beijo na testa. – Essa é Samantha. – Bill continuou.
- Oh, sim. Prazer Samantha! Chamo-me Ina... sou a ex-namorada do Bill. – Ina sorriu para mim.
Ex-namorada do Bill? Ok, confesso que isso me fez sentir uma certa raiva dentro de mim, mas era possível de controlar-la. Por enquanto.
Bill fez uma expressão séria e me olhou sem graça. Certamente ele sabia que isso iria me incomodar.
Caminhamos pelo vilarejo até a antiga escola de Bill e Tom. Quando digo “caminhamos”, digo que não era apenas eu e Bill, mas sim Ina também.
Bill e ela não paravam de conversar assuntos que eu desconhecia. Senti-me totalmente excluída, e Bill parecia não perceber isso, ele continuava dando toda a atenção para ela e os dois riam á todo instante.
Mal chegamos à escola e já voltamos. Ina continuou andando juntamente com nós dois. Ou seria mais certo dizer que eu que continuei andando juntamente com eles?
Ela nos acompanhou até o palácio dos Kaulitz e Bill permaneceu um bom tempo conversando com ela no portão.
Tentei me acalmar e levar em consideração que eles não se viam á muito tempo e tinham muitas novidades para contar um ao outro.
Ex-namorados podem ser amigos, não podem?! Não.
A quem eu estava enganando? Até numero de celular eles trocaram. Agora sim estava passando dos limites.
Mas eu não iria ter um ataque de ciúmes agora, eu não queria que Bill se visse limitado á ter “amigas” por causa de meu ciúmes bobo.
Finalmente Ina se despediu de Bill e foi embora.
Bill olhou para mim sorridente e ficou sério no mesmo instante quando se deparou com meu olhar enfurecido.
Por mais que eu estivesse ao máximo tentando me acalmar, era difícil de esconder que eu estava realmente irritada com o reencontro deles.
Entramos calados para dentro da casa e pelo olhar de Bill agora percorria arrependimento e culpa.
Pelo menos me poupou de uma briga, bastou apenas um olhar para ele entender tudo o que havia me irritado.
- Samy, me desculpe. A Ina é passado, apenas ficamos muito tempo sem nos ver. Pode compreender isso? – Bill segurou minhas mãos e me olhou nos olhos com sua expressão de culpa.
Apenas assenti, mas Bill não sentiu confiança em minha concordância.
- Por favor Samy! É com você que irei me casar, é com você que irei ter um filho. Não seja boba, eu te amo mais do que tudo nesse mundo. – Bill continuou.
Eu podia sentir a verdade em suas palavras, mas eu ainda me sentia insegura em relação á Ina.
- Bill, uma amiga sua está na porta! Eu a convidei para entrar, mas ela recusou. Melhor você ir falar com ela. – A voz doce de Simone ecôo pelos diversos cômodos da casa.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Para sempre você - cap. 76
Acordei pela manhã com o brilho forte do sol. O dia estava maravilhoso e o frio havia amenizado. Eu ainda estava envolvida nos braços de Bill que dormia na mais pura serenidade com o peito nu amostra.
Se o dia passado já havia sido perfeito pelo grande presente que agora crescia dentro de mim, a noite havia sido mais perfeita ainda. O que se comparava ás caricias excitantes, o corpo quente delicioso e os beijos saborosos de Bill? O céu passava bem longe disso.
Ele estava feliz, eu podia ler isso em seus olhos puros e profundos no castanho mais açucarado do mundo. E isso que me importava realmente.
E o segredinho de Bill? Eu estava ansiosa para saber o que era. Não mais do que nervosa com o fato de conhecer Dona Simone. Ela me parecia ser uma grande mulher, seus filhos eram seu reflexo, lógico. Mas eu estava com medo de ela não gostar de mim ou achar meio absoleta a idéia de ter um filho agora e me ver como uma irresponsável... lógico que nesse caso eu não seria a única a levar a culpa, pois eu não teria engravidado sozinha.
Tentei levantar-me, mas o braço de Bill me apertava contra seu peito de uma forma impossível de escapar.
- Não irá escapar de mim tão cedo. – Bill murmurou com sua voz de veludo ainda com os olhos fechados e abrindo um sorriso irresistível.
- Pode ficar tranqüilo, nunca irei planejar isso. – Me rendi á seus braços.
A manhã foi maravilhosa, tivemos um café da manhã calmo e relaxante e depois voltamos para o quarto para nos arrumarmos. Bill que já era super protetor, agora havia se tornado cinco vezes pior. Era engraçado ver-lo tão preocupado comigo, apesar de parecer bobo, eu gostava.
Como o tempo estava ajudando, coloquei um vestido branco rodado de renda e prendi minha franja no alto na cabeça, deixando meus cabelos soltos como Bill gostava. Eu queria transparecer o máximo ser uma garota digna de ser aprovada pela sogra mais rígida já existente. Apesar de nada disso me parecer com a personalidade de Simone.
Bill estava magnífico como sempre em seus trajes de couro preto e apertados modelando seu corpo como uma luva.
Saímos do hotel e caminhamos até um Audi Q7 preto estacionado ao lado do hotel. A movimentação na rua era pouca, e nossa presença não foi notada, o que era bom.
Bill sentou-se no banco do motorista e eu sentei no banco do carona.
Olhei para os bancos de trás do carro procurando por seguranças, mas não os encontrei.
- Sim, estamos sozinhos. – Bill sorriu e ligou o carro.
Confesso que me dava um pouco de medo sair sozinha com Bill sem seguranças, mas ao mesmo tempo era prazeroso. Era como se fossemos um casal comum.
Bill dirigia cautelosamente, o carro parecia flutuar no asfalto liso da estrada e era delicioso observar-lo enquanto dirigia, a forma que ele se apoiava com o braço na janela do carro em cada parada no farol, a maneira como ele deslizava as mãos pelo volante, seus olhos atentos na estrada, seu corpo relaxado no banco e a cada minuto ele molhava os lábios com a ponta da língua.
Quando finalmente consegui desviar minha atenção de Bill para a estrada, percebi que estávamos em uma estrada deserta rodeada de arvores e vários outros tipos de vegetação. Tudo alí era muito verde e o ar era puro e úmido. Me fez lembrar de relance imagens do meu sonho com aquela garotinha com as feições perfeitas de Bill.
Em certo ponto da estrada, iniciou-se um muro alto que tampava totalmente a visão para o que ele protegia, e seguiu-se assim por quase um quarteirão, até chegarmos a um portão alto de ferro, do mesmo tamanho do muro, onde Bill entrou com o carro.
Naquele momento eu tinha quase certeza que havia morrido e estava entrando no céu. Era difícil de comparar aquela casa com algo já existente. Eu me senti em um conto de fadas.
Havia um jardim enorme que se expandia por todo o terreno, com uma grama verde clara e de aparencia macia, e vários arbustos e arvores dando um toque de paz ao local. Logo depois desse jardim magnífico, a casa era monstruosa de tão linda.
Ela era em um branco perfeito com detalhes em vermelho destacando as janelas e portas, e os telhados triangulares davam um toque típico alemão magnífico. Não me preocupei em contar quantas janelas havia naquela casa, era perda de tempo, havia muitas. E a Porta de entrada era um sonho com as colunas brancas medievais e uma escadaria em mármore cinza.
- Chegamos! – Bill tocou meu ombro e riu.
Eu não havia percebido, mas Bill já havia estacionado o carro e eu estava maravilhada demais com tudo aquilo para prestar atenção nisso.
Descemos do carro e uma brisa fresca soprou me fazendo sentir frio. Bill me abraçou procurando me esquentar e caminhamos até a escadaria.
Eu me sentia uma formiga em uma terra de gigantes. Era um palácio aquela casa, um castelo retirado de algum conto de fadas.
Bill levou a mão na maçaneta dourada da porta e a abriu.
O hall de entrada era a pura perfeição em branco, fazia até mesmo os olhos doerem.
O chão de mármore branco agora se estendia por todas as partes, e uma escadaria cortava o local, com detalhes em madeira escura. O sol entrava pelas janelas grandes e iluminava o ambiente por completo. Era realmente um paraíso.
- Procure não se perder por aqui. – Bill riu e beijou o alto de minha cabeça.
Pelo o que parecia, isso era bem fácil de acontecer naquela casa.
- Filho! Já chegou? Mas que maravilha! – Uma voz doce feminina ecoa pelo ambiente e Bill virou-se no mesmo instante.
Uma mulher esbelta vestindo um vestido azul claro, com os cabelos curto loiro claro e os olhos castanhos exatamente como os de Bill, veio em nossa direção com os braços abertos e um sorriso doce.
Bill caminhou em sua direção e a abraçou fortemente por um longo tempo.
- Mãe, essa é a Samantha! – Bill falou enquanto a puxava pela mão em minha direção.
- Samantha? Finalmente estou a conhecendo! A famosa Samantha que tanto escuto falar! Estava ansiosa para te conhecer, e fico feliz por isso. – Simone me abraçou calorosamente enquanto falava com sua voz doce e delicada.
- Feliz estou eu por conhecer a senhora. – Sorri para ela.
- Senhora não, por favor. Não estou tão velha assim, não acha? – Simone riu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.
Ela era encantadora.
- Bill, ela é tão linda e meiga. Fez uma ótima escolha. – Simone segurou minhas mãos enquanto sorria para mim.
Que ótimo, ela havia gostado de mim, isso era bom.
Caminhamos pela casa conversando e os dois me mostraram cada cômodo, tudo era muito grande e magnífico. Conheci os cachorros de Bill e Tom, ambos eram lindos e brincalhões, e obviamente gostaram de mim, fui recebida por eles com lambidas e abanadas de rabo.
Eu estava ansiosa para conhecer Gordon também, mas ele estava viajando. Eu podia ver nos olhos de Simone o quanto ela o amava toda vez que ela pronunciava o seu nome. Isso era maravilhoso.
Estávamos andando pelo jardim quando Bill resolveu dar a noticia para ela.
- Mãe, você será avó. – Bill me abraçou no mesmo instante.
Simone parou de andar e nos olhou por alguns segundos.
- Já estão pensando em ter filhos? – Seus olhos agora brilhavam.
- Não estamos pensando. Vamos ter um. – Bill a corrigiu.
Simone abriu um sorriso maravilhoso e abraçou Bill e depois a mim, com os olhos marejados.
- Meu deus! Que maravilhoso! Eu serei avó! – Sua alegria era totalmente visível, ela quase que dava pulinhos enquanto secava as lagrimas que teimavam em querer escorrer pelo seu rosto rosado.
Eu esperava que ela desse algum tipo de sermão ou nos desse uma bronca... mas pelo o contrário, ela adorou.
- Que lindo presente. Uma nora tão maravilhosa e ainda um neto que com certeza será também. – Simone alisava minha barriga com um sorriso lindo no rosto.
Como eu poderia chamar-la de sogra, já que dito cujo nome era significado de desprezo e irreverência? Ela era maravilhosa! Lembrava-me muito minha mãe... minha mãe que nunca mais reencontrei desde aquele dia. Que saudades.
Simone então resolveu deixar-nos á sós e ir telefonar para Gordon e contar a novidade. Ela realmente estava muito feliz.
Finalmente, agora eu podia perguntar para Bill sobre seu segredinho, a curiosidade estava me matando, mas algo me impedia de perguntar, eu queria que ele contasse sem eu precisar lembrar-lo.
Sentamos em um banco em baixo de uma arvore em seu jardim e Bill me aninhou em seu peito.
- O que achou de minha mãe? – Bill quebrou o silêncio.
- Maravilhosa! Ela é um doce, eu realmente gostei dela. – Respondi enquanto brincava com os anéis de seus dedos.
- Que ótimo! Ela realmente gostou de você também, estava bem visível isso. – Bill sorriu.
Tudo naquele jardim me maravilhava ainda. Eu me sentia em um paraíso, tudo era surreal, desde a parte de eu estar com Bill, até a folhagem da grama.
- Samy, você pode me dar a oportunidade de realmente ter-la para sempre? – Bill começou novamente. Algo me dizia que tinha algo relacionado á seu segredinho.
- Eu sempre serei sua. – Respondi.
- Então, se case comigo?
Se o dia passado já havia sido perfeito pelo grande presente que agora crescia dentro de mim, a noite havia sido mais perfeita ainda. O que se comparava ás caricias excitantes, o corpo quente delicioso e os beijos saborosos de Bill? O céu passava bem longe disso.
Ele estava feliz, eu podia ler isso em seus olhos puros e profundos no castanho mais açucarado do mundo. E isso que me importava realmente.
E o segredinho de Bill? Eu estava ansiosa para saber o que era. Não mais do que nervosa com o fato de conhecer Dona Simone. Ela me parecia ser uma grande mulher, seus filhos eram seu reflexo, lógico. Mas eu estava com medo de ela não gostar de mim ou achar meio absoleta a idéia de ter um filho agora e me ver como uma irresponsável... lógico que nesse caso eu não seria a única a levar a culpa, pois eu não teria engravidado sozinha.
Tentei levantar-me, mas o braço de Bill me apertava contra seu peito de uma forma impossível de escapar.
- Não irá escapar de mim tão cedo. – Bill murmurou com sua voz de veludo ainda com os olhos fechados e abrindo um sorriso irresistível.
- Pode ficar tranqüilo, nunca irei planejar isso. – Me rendi á seus braços.
A manhã foi maravilhosa, tivemos um café da manhã calmo e relaxante e depois voltamos para o quarto para nos arrumarmos. Bill que já era super protetor, agora havia se tornado cinco vezes pior. Era engraçado ver-lo tão preocupado comigo, apesar de parecer bobo, eu gostava.
Como o tempo estava ajudando, coloquei um vestido branco rodado de renda e prendi minha franja no alto na cabeça, deixando meus cabelos soltos como Bill gostava. Eu queria transparecer o máximo ser uma garota digna de ser aprovada pela sogra mais rígida já existente. Apesar de nada disso me parecer com a personalidade de Simone.
Bill estava magnífico como sempre em seus trajes de couro preto e apertados modelando seu corpo como uma luva.
Saímos do hotel e caminhamos até um Audi Q7 preto estacionado ao lado do hotel. A movimentação na rua era pouca, e nossa presença não foi notada, o que era bom.
Bill sentou-se no banco do motorista e eu sentei no banco do carona.
Olhei para os bancos de trás do carro procurando por seguranças, mas não os encontrei.
- Sim, estamos sozinhos. – Bill sorriu e ligou o carro.
Confesso que me dava um pouco de medo sair sozinha com Bill sem seguranças, mas ao mesmo tempo era prazeroso. Era como se fossemos um casal comum.
Bill dirigia cautelosamente, o carro parecia flutuar no asfalto liso da estrada e era delicioso observar-lo enquanto dirigia, a forma que ele se apoiava com o braço na janela do carro em cada parada no farol, a maneira como ele deslizava as mãos pelo volante, seus olhos atentos na estrada, seu corpo relaxado no banco e a cada minuto ele molhava os lábios com a ponta da língua.
Quando finalmente consegui desviar minha atenção de Bill para a estrada, percebi que estávamos em uma estrada deserta rodeada de arvores e vários outros tipos de vegetação. Tudo alí era muito verde e o ar era puro e úmido. Me fez lembrar de relance imagens do meu sonho com aquela garotinha com as feições perfeitas de Bill.
Em certo ponto da estrada, iniciou-se um muro alto que tampava totalmente a visão para o que ele protegia, e seguiu-se assim por quase um quarteirão, até chegarmos a um portão alto de ferro, do mesmo tamanho do muro, onde Bill entrou com o carro.
Naquele momento eu tinha quase certeza que havia morrido e estava entrando no céu. Era difícil de comparar aquela casa com algo já existente. Eu me senti em um conto de fadas.
Havia um jardim enorme que se expandia por todo o terreno, com uma grama verde clara e de aparencia macia, e vários arbustos e arvores dando um toque de paz ao local. Logo depois desse jardim magnífico, a casa era monstruosa de tão linda.
Ela era em um branco perfeito com detalhes em vermelho destacando as janelas e portas, e os telhados triangulares davam um toque típico alemão magnífico. Não me preocupei em contar quantas janelas havia naquela casa, era perda de tempo, havia muitas. E a Porta de entrada era um sonho com as colunas brancas medievais e uma escadaria em mármore cinza.
- Chegamos! – Bill tocou meu ombro e riu.
Eu não havia percebido, mas Bill já havia estacionado o carro e eu estava maravilhada demais com tudo aquilo para prestar atenção nisso.
Descemos do carro e uma brisa fresca soprou me fazendo sentir frio. Bill me abraçou procurando me esquentar e caminhamos até a escadaria.
Eu me sentia uma formiga em uma terra de gigantes. Era um palácio aquela casa, um castelo retirado de algum conto de fadas.
Bill levou a mão na maçaneta dourada da porta e a abriu.
O hall de entrada era a pura perfeição em branco, fazia até mesmo os olhos doerem.
O chão de mármore branco agora se estendia por todas as partes, e uma escadaria cortava o local, com detalhes em madeira escura. O sol entrava pelas janelas grandes e iluminava o ambiente por completo. Era realmente um paraíso.
- Procure não se perder por aqui. – Bill riu e beijou o alto de minha cabeça.
Pelo o que parecia, isso era bem fácil de acontecer naquela casa.
- Filho! Já chegou? Mas que maravilha! – Uma voz doce feminina ecoa pelo ambiente e Bill virou-se no mesmo instante.
Uma mulher esbelta vestindo um vestido azul claro, com os cabelos curto loiro claro e os olhos castanhos exatamente como os de Bill, veio em nossa direção com os braços abertos e um sorriso doce.
Bill caminhou em sua direção e a abraçou fortemente por um longo tempo.
- Mãe, essa é a Samantha! – Bill falou enquanto a puxava pela mão em minha direção.
- Samantha? Finalmente estou a conhecendo! A famosa Samantha que tanto escuto falar! Estava ansiosa para te conhecer, e fico feliz por isso. – Simone me abraçou calorosamente enquanto falava com sua voz doce e delicada.
- Feliz estou eu por conhecer a senhora. – Sorri para ela.
- Senhora não, por favor. Não estou tão velha assim, não acha? – Simone riu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.
Ela era encantadora.
- Bill, ela é tão linda e meiga. Fez uma ótima escolha. – Simone segurou minhas mãos enquanto sorria para mim.
Que ótimo, ela havia gostado de mim, isso era bom.
Caminhamos pela casa conversando e os dois me mostraram cada cômodo, tudo era muito grande e magnífico. Conheci os cachorros de Bill e Tom, ambos eram lindos e brincalhões, e obviamente gostaram de mim, fui recebida por eles com lambidas e abanadas de rabo.
Eu estava ansiosa para conhecer Gordon também, mas ele estava viajando. Eu podia ver nos olhos de Simone o quanto ela o amava toda vez que ela pronunciava o seu nome. Isso era maravilhoso.
Estávamos andando pelo jardim quando Bill resolveu dar a noticia para ela.
- Mãe, você será avó. – Bill me abraçou no mesmo instante.
Simone parou de andar e nos olhou por alguns segundos.
- Já estão pensando em ter filhos? – Seus olhos agora brilhavam.
- Não estamos pensando. Vamos ter um. – Bill a corrigiu.
Simone abriu um sorriso maravilhoso e abraçou Bill e depois a mim, com os olhos marejados.
- Meu deus! Que maravilhoso! Eu serei avó! – Sua alegria era totalmente visível, ela quase que dava pulinhos enquanto secava as lagrimas que teimavam em querer escorrer pelo seu rosto rosado.
Eu esperava que ela desse algum tipo de sermão ou nos desse uma bronca... mas pelo o contrário, ela adorou.
- Que lindo presente. Uma nora tão maravilhosa e ainda um neto que com certeza será também. – Simone alisava minha barriga com um sorriso lindo no rosto.
Como eu poderia chamar-la de sogra, já que dito cujo nome era significado de desprezo e irreverência? Ela era maravilhosa! Lembrava-me muito minha mãe... minha mãe que nunca mais reencontrei desde aquele dia. Que saudades.
Simone então resolveu deixar-nos á sós e ir telefonar para Gordon e contar a novidade. Ela realmente estava muito feliz.
Finalmente, agora eu podia perguntar para Bill sobre seu segredinho, a curiosidade estava me matando, mas algo me impedia de perguntar, eu queria que ele contasse sem eu precisar lembrar-lo.
Sentamos em um banco em baixo de uma arvore em seu jardim e Bill me aninhou em seu peito.
- O que achou de minha mãe? – Bill quebrou o silêncio.
- Maravilhosa! Ela é um doce, eu realmente gostei dela. – Respondi enquanto brincava com os anéis de seus dedos.
- Que ótimo! Ela realmente gostou de você também, estava bem visível isso. – Bill sorriu.
Tudo naquele jardim me maravilhava ainda. Eu me sentia em um paraíso, tudo era surreal, desde a parte de eu estar com Bill, até a folhagem da grama.
- Samy, você pode me dar a oportunidade de realmente ter-la para sempre? – Bill começou novamente. Algo me dizia que tinha algo relacionado á seu segredinho.
- Eu sempre serei sua. – Respondi.
- Então, se case comigo?
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